Diário de Bordo - Jikook (ABO...

Від Lariekookie

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Era Dourada da Pirataria - Livro 3 [CONCLUÍDA] Em breve, livro físico pela Editora Euphoria. Oito anos após... Більше

Introdução
[1] Tulipas
[2] Rumores
[3] A Reunião
[4] Promessa
[5] Submundo
[6] Furto
[7] Força
[8] Suspeitos
[9] Acertos
[10] A Fuga de Puffy
[11] Caça ao Tesouro
[12] Em Busca de Respostas
[13] Confirmação e Exigências
[14] Em Apuros
[15] Com a Marinha
[16] De Mãos Atadas
[17] No Encalço do Inimigo
[18] Se Livrando das Provas
[19] Um Alfa Corajoso
[20] A Resposta do Capitão Jeon
[21] O Fim da Guerra
[22] República Pirata
[23] Confiança
[24] O Início de Um Sonho
[25] Déjà-vu
[26] Deep Sea
[27] Deu Tudo Certo
[28] Em Acordo
[29] Mudanças
[30] Heat
[31] Cooperação
[32] Tragam o Suco
[33] O que é Justo
[34] Respeito
[35] Novo Membro
[36] Inaceitável
[37] Ataques
[38] Mudança de Curso
[39] Um Ômega Corajoso
[40] Ajuda Improvável
[41] Guiando O Navio
[42] Ilha de Raran
[43] Os Novos Integrantes
[44] A Batalha de Raran
[45] O Início de Tudo
[46] O Fim do Submundo
[47] Bandeira Vermelha
[48] Incógnita
[49] Apenas Um
Personagens
[50] Azul e Cinza
[51] Resistente
[52] O Festival
[53] Confuso
[54] Acerto de Contas
[55] Feliz Aniversário
[56] Tomorrow
[57] Filter
[58] Prelúdios
[59] Um Lado Para Lutar
[60] O Caos em Nabuco - Parte 1
[61] O Caos em Nabuco - Parte 2
[62] Mais Um Novo Membro
[63] Butter
[64] Longe de Casa - Parte 1
[65] Longe de Casa - Parte 2
[66] Longe de Casa - Parte 3
[67] Revelações
[68] Somos Um
[69] Conversando
[70] Prancha
[71] De Volta Aos Mares
[73] Porões Cheios, baús ainda mais
[74] Retornando a Nabuco
[75] Presepadas
[76] O Novo Navegador
[77] Numb
[78] Prioridades
[79] Às vezes é bom não fazer nada
[80] Heat
[81] Marcas
[82] O Que Vem Depois
[83] A Fossa
[84] O Campeão
[85] Recrutamento
[86] O Motim
[87] Tudo Em Dia
[88] Infeliz Descoberta
[89] As Quatro Estações...
[90] Ada Ada
[91] Nós Resistimos ( FINAL )

[72] Febre

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Від Lariekookie

Alguns dias após deixar Nabuco, o Luna, juntamente ao Black Swan, seguiam contornando as ilhas do Triângulo da Morte. Mesmo nos arredores, era preciso cautela. Os fenómenos misteriosos aconteciam mesmo pelas redondezas, embora esporadicamente. 

— Você não precisa ficar guiando o navio o tempo todo, sabe? — Jay estava ao lado do timoneiro, apoiado no mezanino do convés superior.

— Eu gosto — Lian respondeu. O vento forte espalhou seu cabelo crescido quando ele virou o rosto para o mais novo e sorriu para ele. — E desse jeito eu consigo mais experiência.

— É assim que eu gosto, um marujo competente — os dois riram. — Jungwon disse que vamos ancorar em Cabuga, antes de seguirmos para o Oeste.

— Repor provisões?

— Também. Há muitos navios comerciantes para onde estamos indo. Ataques serão constantes. 

— Vou ficar aqui mais um pouco, depois eu desço.

— E eu vou pegar mais um pouco de rum. — Jay sorriu de uma orelha a outra, segurando um copo vazio.

Lian sorriu, vendo o outro descer cantarolando. Desde seu último aniversário Jay estava constantemente buscando experimentar coisas que, até alguns meses atrás, ele era impossibilitado.

Um grupo de piratas estavam conversando na ponta dianteira do Luna, compartilhando suas primeiras impressões quanto a nova tripulação. 

— Um contramestre não deveria ser alguém experiente, que possa corrigir o capitão em momentos de insensatez? — Tucker contestou.

— Ele só tem dezoito anos... É o Alfa mais jovem do navio. — Givaudan concordou.

— E não há muita diferença entre ele e o Capitão. — Lina pontuou.

— Mas o Jungwon tomou boas decisões desde que estamos navegando com ele. — disse Tony.

— Estou falando da idade, idiota. — Lina rosnou.

— Ata.

— E isso conta? — Herman argumentou. — Por que se ele for capaz de nos levar a grandes conquistas, pouco me importa quantos anos ele tem.

— Ouvi dizer que ele foi criado sendo alimentado pelo Kraken… — ninguém nunca havia dito isso, era apenas coisa da cabeça de Tony.

Os piratas continuaram conversando. Não havia nenhum Ômega a bordo, a não ser o próprio Jungwon. Uma Alfa disse que era cozinheira, eles ainda não possuíam um navegador e boa parte da tripulação não era muito competente no que diz respeito a manipular uma embarcação, sendo alguns dos motivos de serem expulsos de outros navios.

Alguns Betas disseram ter um certo conhecimento em relação ao conserto de um navio. Os poucos canhões instalados seriam utilizados ao comando do capitão. Médicos? Nem sombra. Assim era constituída a tripulação de Jungwon, a princípio. Um pouco de cada coisa e ninguém especialista em nada.

Ao anoitecer, os navios chegaram ancorando no porto de Cabuga. A Ilha se tornou um ponto de estadia para aqueles que seguiam viagens longas. O pouco comércio que ainda restava na ilha era o que sustentava o local.

A cozinheira já havia feito a refeição daquela noite, por isso, a tripulação permaneceu no navio para jantar, antes de sair em busca de diversão pela Ilha. Diferente do que estava acostumado no Black Swan, Jungwon deixou sua refeição de lado, visto que aquilo tinha a aparência e o cheiro da gosma de alguma criatura com dor de barriga.

— Tá com nojinho? — Tucker riu. — Volta pro navio dos seus pais, e deixa que eu comando este aqui.

— Você tá querendo inaugurar a prancha? — Jay perguntou. — Olha como você fala com o Capitão!

— Seu capitão. Eu aceitei navegar com o Luna, mas não disse que o chamaria assim.

Jay pretendia se levantar, para enfrentá-lo, mas Jungwon segurou em seu braço, fazendo-o desistir. Tucker estava sentado em uma cadeira do outro lado da mesa, à frente do Ômega. 

Jungwon apoiou os antebraços sobre a mesa e cruzou os dedos, encarando o marujo profundamente nos olhos. Tucker estava diante de muitos Alfas e Betas, então sustentou o mesmo olhar.

— Você quer tomar a liderança? — O Ômega perguntou, sorrindo pouco. — Acha que pode fazer melhor?

— Com toda certeza. Fui contramestre do Vulture.

— Ótimo. — Jungwon tomou o restante da bebida e se levantou. — Se for Alfa o suficiente pra me enfrentar, estarei no convés.

Existem 3 formas de tirar a liderança de um capitão pirata: quando ele morre em combate, obviamente; quando a própria tripulação se juntava para removê-lo, e por último; quando alguém o desafia para um duelo. 

Tucker sem dúvida hesitou por um momento, afinal de contas, aquele Ômega era um Jeon. Contudo, essa era a sua chance de receber aquilo que merecia há muito tempo: a liderança de um navio. Certo de que seria relativamente fácil, pois, já era um grumete quando Jungwon estava apenas na barriga de seu pai, ele subiu para o convés, sendo acompanhado em peso pelo restante da tripulação. 

Jungwon já se encontrava sozinho no pavimento superior, sentado em cima de algumas caixas, com as pernas cruzadas. A mesma Lua visível no céu estampava o emblema na bandeira, tremulando ao vento metros acima dele. Ele não moveu os olhos de Tucker, conforme a tripulação se espalhava pelo convés.

— Veja bem, eu respeito o fato de você ser filho dos Jeon, e ter conseguido o navio, então não quero te humilhar na frente de todo mundo — o Alfa sinalizou. Jungwon manteve a expressão calma, apenas ouvindo. — Podemos fazer da seguinte maneira, você continua como capitão do navio e fica com a cabine, mas eu darei as ordens. O que você acha?

— A única chance que você tem de dar as ordens por aqui é me matando.

— Então você não me deixa escolha. — Tucker desembainhou a espada e se colocou diante do Ômega. — Deveria ter aprendido com seus pais, mas eu vou te ensinar uma lição. Espero que aprenda…

Jungwon desceu de onde estava sentado ao passo que puxava as duas adagas do cinto. Uma, posicionou junto ao peito próximo a cicatriz, e a outra em posição de ataque direcionada contra o Alfa.

A tripulação abriu mais espaço quando Tucker avançou contra o Ômega. Suas investidas eram ferozes, porém, incertas. Ele ataca brutalmente com intenção de matar com um único golpe, mas Jungwon foi mais rápido, desviando facilmente.

Começou a ter dificuldade quando Jungwon passou a atacá-lo de volta, e quando achou que tinha encontrado uma abertura, foi derrubado pelo Ômega. Tucker se arrastou pelo chão em busca de recuperar a espada. Passou o braço na testa para limpar o que pensava ser o suor, mas quando viu o tecido da camisa, era sangue. 

Engoliu em seco quando se deparou com o Ômega sem nenhum ferimento, segurando as adagas do mesmo jeito de quando iniciou a luta. O Alfa, por outro lado, estava cansado e com alguns ferimentos pelos braços, um risco na testa e começando a sentir a coxa esquerda. 

De onde ele tirou que poderia vencer aquele Ômega, ninguém sabe. Ele sequer fez Jungwon transpirar. Se Tucker ou qualquer outro que tenha entrado naquela tripulação com a intenção de tomar aquele navio, deveria desistir naquele instante, ou teria o mesmo destino que o Alfa.

Em um último ataque, Tucker investiu toda sua fúria contra ele. Do rosto pingava suor misturado com sangue, seus olhos estavam tão amarelos que pareciam pegar fogo. O Alfa lançou sua espada, Jungwon se abaixou e girou o corpo, atingindo o abdômen dele com um chute. 

Tucker largou a espada e cambaleou alguns passos para trás, batendo as costas contra um dos mastros. No instante seguinte, a mesma espada que ele utilizou durante a luta, foi lançada como uma lança em sua direção, atravessando seu peito e mantendo seu corpo preso contra o mastro.

Tucker tentou remover a lâmina de seu peito, mas tossiu ainda mais e desistiu da ideia. A platéia permaneceu imovél e silenciosa, assistindo Jungwon caminhar até parar diante do Alfa. Ele agarrou o cabo da espada e o outro gemeu alguma coisa em resposta, mas ninguém deu atenção.

Sangue espirrou do peito dele quando o Ômega puxou a espada de uma só vez, livrando o corpo de Tucker que caiu imediatamente sem vida. A tripulação em peso deu um passo para trás, ao deparar-se com o sangue do pirata morto se espalhando pelo chão. Jay e Lian permaneceram no mesmo lugar. Jungwon ainda jogou a arma contra o corpo de Tucker, ergueu os olhos para os piratas e desafiou:

— Mais alguém gostaria de me ensinar uma lição?

Embora alguns estivessem tentados a dizer sim, não tiveram coragem para fazê-lo. Se Tucker, que foi um contramestre de um importante navio pirata falhou nessa tentativa, quem seriam eles para desafiar aquele que acabara de o matar com tamanha facilidade?

— O que devemos fazer com ele? — Alguém perguntou, em relação ao corpo.

“Se jogar aqui, eu devolvo” — O Kraken avisou na mente do Ômega.

— Se livrem dele, mas não joguem no mar — Jungwon decidiu. — Eu saberei se desobedecerem…

Com isso, o Capitão retornou para a cabine a fim de limpar as armas. Lian foi logo atrás, e Jay se certificou de que o convés seria limpo. 

— Vamos jogar no mar mesmo — Tony cochichou. — Ele nem vai saber.

Jay apenas cruzou os braços e assistiu. Tony, juntamente com mais 3 piratas, agarraram os pés e as mãos de Tucker, prontos para arremessá-lo para o lado de fora do navio, quando viram o Kraken com parte do corpo fora da água, encarando-os com o olhar que dizia claramente: “atrevam-se a jogar esse lixo aqui!”.

— É melhor obedecer o Capitão… — Tony e os demais mudaram de ideia.

Outro grupo composto por duas Alfas e três Betas, limparam o sangue do pavimento, enquanto a maioria saltou na ilha com o intuito de aproveitar a estadia, antes de prosseguir com a rota.

Havia uma bacia com água, em cima da mesa, onde Jungwon estava lavando as mãos depois de limpar e secar as adagas com um tecido limpo. Lian entrou na cabine e o observou. O Ômega parecia indiferente, mesmo após matar um Alfa diante de todos, que pretendia traí-lo e que possivelmente não era o único.

— O que foi? — Jungwon sorriu para ele, estranhando o silêncio.

— Você está bem?

— Perfeitamente. Por que eu não estaria? Nem arranhado estou.

— Levando em conta o que acabou de acontecer, e bom… — ele hesitou. Não queria ser pessimista.

— Ele não será o único, estou ciente disso — Jungwon continuou por ele. — Eu nasci e fui criado em um ambiente como este. Vi meus pais sendo traídos constantemente. Não se preocupe, sei o que me aguarda.

Lian segurou o rosto dele e o virou para si. Ele o beijou suavemente, antes de lembrar:

— Você não está sozinho aqui.

O aroma de sândalo e a porta da cabine sendo aberta mais uma vez, trazendo o cheiro de amêndoas, lembrou ao Ômega, mais uma vez, que ele não começou com uma tripulação inteiramente traiçoeira.

— Eles querem saber quanto tempo vamos ficar — Jay comentou, se referindo aos bucaneiros.

— Preciso ver com meus pais, e sinceramente eu não estou muito afim de falar com um deles agora… — Ele riu nervoso. — Contei pro meu pai sobre nós…

— O que ele disse? — Jay colocou as mãos na cabeça.

— Não fiquei pra esperar — Jungwon riu ainda mais. — Corri pro Luna imediatamente.

— Até que enfim — Lian festejou. — Agora vou poder beijar vocês dois à vontade.

— Você não faria isso de propósito na frente dele, não é? — O Ômega perguntou, sobre Jungkook.

— Eu tenho cara de quem faria isso? — O mais velho olhou para os dois, ambos não responderam. — Tá, eu faria.

— Quer que eu vá com você? — Jay se ofereceu ao Ômega. 

— Preciso de você aqui, mantendo a ordem.

— E eu? — Lian também se ofereceu.

— Você definitivamente não!

Os três riram. Naquela noite, eles decidiram apenas deitar na enorme cama que iriam dividir pelos próximos anos de suas vidas, e descansar para os dias que estariam por vir.

🏴‍☠️

Na manhã seguinte, Jungwon decidiu tomar café antes de seguir para o Black Swan. A cozinheira do Luna separou uma porção para ele, enquanto preparava a refeição para os demais piratas.

— Você disse que sabia cozinhar… — O Ômega olhou para a refeição com cheiro de esgoto.

— Sim, eu disse. Só não falei que a comida era boa…

— Vou trazer alguns livros que possam te ajudar.

— Isso seria ótimo. A maioria das receitas que conheço, aprendi na prisão.

— Percebe-se… 

— Obrigada, Capitão. — A cozinheira ficou séria. Aquela Alfa foi a primeira que o chamou daquela forma. Jungwon lhe prestou toda atenção. — Fui expulsa de todas as tripulações porque minha comida não agradou os capitães. Você é o primeiro que me aceitou e está disposto a me ajudar.

 — Faça valer a pena — o Ômega sorriu para ela, e deixou a cozinha logo após.

Jungwon passou do Luna para o Black Swan. Alguns marujos que já iniciaram o dia trabalhando pelo convés o cumprimentaram.

— É isso. É hora de enfrentar a fera… — Ele respirou fundo, diante da entrada da cabine. — Pai, estou entrando…

Jungwon abriu a porta vagarosamente. Foi pego de surpresa quando no mesmo instante, Namjoon surgiu na sua frente. Ele falou consigo e depois seguiu seu caminho. Dentro do cômodo, o Capitão Jeon manteve-se de costas, mesmo sabendo que o filho estava ali para falar consigo.

— A tripulação quer saber quanto tempo vamos ficar — o Ômega disse, com as mãos na cintura. — Eu acredito que três dias está de bom tamanho.

— Uhum.

— Não vai olhar pra mim?

— Estou ocupado.

O que ele estava fazendo era folhear as páginas de um livro qualquer. Jungwon deu a volta na mesa e ficou de frente para ele, de braços cruzados.

— Olhe para mim, Capitão Jeon. — O Alfa olhou para ele no mesmo instante em que foi chamado. 

Ambos ficaram se encarando até que a atenção foi movida para a saída do cômodo, quando Jimin abriu a porta e a fechou no momento seguinte, caminhando tranquilamente até eles com um sorriso calmo.

— A reunião começou e eu não fui chamado? 

— Oi, pai… — Jungwon o cumprimentou com um beijo na bochecha. — Estamos concordando que ficar três dias em Cabuga será suficiente.

— Três é um número ímpar — Jungkook argumentou. — Não gosto de números ímpares.

— Três é o equilíbrio de tudo. — Jungwon respondeu. —  Não é cinco e não é um. Não é muito e nem é pouco.

— Três é baderna!

Enquanto eles discutiam, Jimin olhava de um para o outro.

— Três é o meu número da sorte.

— Temos duas tripulações aqui. Acredito que dois dias serão mais que o suficiente.

— Concordo com você — Jungwon sorriu. — Dois é perfeito!

O Alfa bateu com a mão na mesa. Todos sabiam que aquela discussão por números era em relação a Jungwon e seus dois Alfas. 

— Acabou? — Jimin perguntou. — Podemos conversar como pessoas adultas agora?

— Pergunte isso para ele, que estava me ignorando quando cheguei aqui.

Jimin encarou o mais velho com indignação. O Alfa desviou o olhar, encabulado.

— O que ele está fazendo é uma pouca vergonha. — Jungkook murmurou.

Jungwon abriu a boca para se defender, mas Jimin ergueu a mão antes. Ele então aguardou o mais velho se pronunciar:

— O que ele está fazendo?

— Um Ômega com dois Alfas da mesma tripulação… — Jungkook expôs. — E não venha me falar de Yoongi, Hoseok e Taehyung.

— Sungjae, Rubi, Esmeralda, Diamante, eu e sabe-se lá quantos outros… — À medida  que Jimin listava, o Alfa foi murchando o sorriso. — Nosso filho vai ter que ficar com metade dos Alfas da tripulação dele, se quiser bater o seu recorde de pouca vergonha.

— É diferente, e você sabe.

— Claro que é. Você é Alfa e pode tudo. — Jimin deu as costas para ele e piscou para Jungwon. O mais novo segurou para não rir. — Eu nem deveria estar discutindo com você.

— Não foi isso que eu quis dizer.

— Entendo... — O Ômega puxou uma cadeira. — Mas será que tenho permissão para sentar aqui?

— Pare com isso. Você quer me obrigar a aceitar uma situação que não estou de acordo?

— Se você apenas respeitar, será um ótimo começo.

— Eu respeito. — Os dois Ômegas olharam para ele, sem acreditar. — Não é fácil criar um Ômega desde que ele era apenas um piratinha. Você o vê dando seus primeiros passos, as primeiras palavras, atirando pela primeira vez. Você quer protegê-lo de tudo e de todos… e de repente não um, mas DOIS Alfas surgem do inferno das cuias para corrompê-lo. Não é fácil.

Jungwon sensibilizou-se. Aquele ciúme todo não era inteiramente sem razão. Jungkook tinha, como pai e como Alfa, o sentimento de que deveria proteger seu filhotinho Ômega até o fim de sua vida. A maioria dos Alfas tornam-se duplamente protetores quando se tornam pais e mães, assim como os Ômegas.

— Sabe quem é a principal referência que eu tenho de um Alfa? — Jungwon se aproximou dele quando respondeu: — Você. Desde sempre. Nada vai mudar isso. Você é o Alfa número um na minha vida, pai. Nenhum outro vai ocupar o seu lugar.

— Eu sei… mas acredito que eles não podem te manter totalmente seguro.

— Meu pai precisa da sua proteção?

— Eu que preciso dele — o Alfa respondeu olhando para Jimin, e este sorriu de volta.

— Sou filho de Jeon Jimin — Jungwon disse, recebendo a atenção de Jungkook outra vez. — Não dependo de Alfas pra me proteger. Sei cuidar de mim. Vocês me ensinaram isso.

— Você cresceu tanto — Jungkook tocou o rosto dele com suavidade. — Jurei que ninguém o levaria daqui.

— Ninguém está me levando. Estou voando por conta própria.

O Alfa cedeu, abraçando seu filho com muita intensidade. Ainda que o quisesse por perto, não podia negar que Jungwon tinha tudo para conquistar o mundo. 

— Três dias — Jungkook sinalizou. — Avise a sua tripulação. 

Jungwon assentiu, sorrindo para ambos, deixando a cabine logo em seguida. Jimin abraçou seu Alfa de lado, satisfeito com o rumo da discussão.

— Que bom que agora você vai parar de implicar com os meninos — Jimin falou em relação a Jay e Lian. Franziu o cenho ao receber o silêncio do Alfa. — Não é, Jungkook?

— Sim, meu coração… — passou a mão no cabelo dele e sorriu sonso. — Claro que eu vou…

— Hum… — suspirou desconfiado. 

Jungkook manteria seus olhos atentos, obviamente, e é certo que Lian não iria facilitar as coisas para o implacável sogro. Ao menos, Jay teria menos motivos para se preocupar.

🏴‍☠️

Os dias que permaneceram na Ilha de Cabuga foram suficientes para deixar os piratas descansados e ansiosos, para enfrentar os longos dias do itinerário de saques. Desde o fim de Tucker, os marujos evitaram comentar sobre. Jungwon deixou claro que não seria fácil removê-lo de sua posição.

O Ômega permitiu que os marujos gastassem um pouco mais, como uma forma de incentivo. Estava sentado em sua mesa, registrando informações em seu diário, quando a porta da cabine foi aberta. Jungwon sorriu, não olhou na direção mas podia sentir o aroma de amêndoas chegando mais perto. 

— Todo mundo tá buscando um navio pelo horizonte. — Jay informou. 

— Estamos chegando na rota dos comerciantes — O Ômega analisou um mapa, depois ergueu a vista para o Alfa. — Taehyung disse que-... 

Parou de falar, observando o mais novo. Jay estava em pé, do outro lado da mesa. Ao invés de estar vestido com a camisa, ela estava amarrada no quadril. 

— O que ele disse?

— Que podemos encontrar o primeiro navio a qualquer momento… — o Ômega respirou fundo, voltando a se concentrar. — A cozinheira já possui os livros que eu pedi?

— Sim. Ela ficou bem satisfeita. 

— Que bom. — Jungwon fechou o livro e o observou mais uma vez. — Tá calor…

— Hm? — Franziu as sobrancelhas, olhando para o próprio corpo ao notar a observação do Ômega. —  Ah, não… Eu tava ajudando a limpar o convés.

— E ficou bem limpinho? — Jungwon desceu os olhos pelo abdômen dele, parou na virilha e depois subiu a visão para os olhos dele. 

— Tenho certeza que você ficará muito satisfeito. 

Jungwon engasgou com saliva, tossindo algumas vezes para se recuperar. Jay correu para ajudá-lo, servindo um copo com água e posteriormente oferecendo a ele. Os pensamentos do Ômega distraiam-no por alguns segundos. 

— Você está bem? 

— Uhum… — assentiu, tomando mais um pouco de água. Ele sabia que Jay não fazia aquilo de propósito, mas não podia evitar, o mais novo ficava muito atraente daquele jeito. — Estou bem.

— Talvez seja melhor você descansar um pouquinho na cama.

A mão do Alfa estava apoiada no ombro de Jungwon, atento ao bem-estar de seu Capitão. O Ômega, por outro lado, queria sentir aquelas mãos tocando seu corpo um pouco mais, e agora que estavam a bordo do Luna, não existia nada que pudesse impedi-los.

— Você me ajuda? 

O Alfa não respondeu. Ele prontamente o pegou no colo e o levou até a cama, colocando-o suavemente sobre o leito. Um pouco acima dele, Jay ficou com as mãos apoiadas no colchão. Parecia preocupado. 

— Tá sentindo mais alguma coisa? 

— Muito calor… — Jungwon esperou ele sugerir que tirasse a roupa, mas Jay se afastou.

— Vou trazer um refresco pra você.

O Ômega ficou estático, assistindo o outro deixar o cômodo. Rolou pela cama e parou de costas, com os braços esticados, encarando o teto com um sorriso divertido. Jay era tão adorável que às vezes não captava as segundas intenções dele.

Do alto do convés, Lian viu quando o Alfa deixou o camarote e passou ligeiro descendo as escadas. Supôs que alguma coisa poderia ter acontecido, assim, deixou o leme e desceu até a cabine do Capitão.

No momento em que abriu a porta quase bateu de frente com o Ômega, que vinha deixando o quarto. Ele deu um passo para trás e sorriu, assim que o menor olhou para ele.

— Parece que todos estão com pressa hoje — Lian comentou. Ele notou que Jungwon não entendeu, então explicou: — Vi o Jay correndo agora mesmo…

— Aah… Ele foi atrás de algo pra me deixar melhor.

— E o que você tem?

— Eu disse a ele que estava com muito calor — ele riu.

O Alfa também riu, observando o mais novo inquieto. Depois, com o mesmo sorriso ousado de sempre, ele perguntou:

— Então por que você não tirou a roupa? 

— Foi exatamente isso que eu esperei ele sugerir… — revelou, falando um pouco baixo.

Surpreso, Lian ergueu as duas sobrancelhas. Falou aquilo para provocar, mas identificou um certo tom de verdade no que Jungwon disse. Ele olhou para trás e viu alguns marujos circulando pelo convés, mantendo o navio seguindo firme na direção certa. 

— E por que você mesmo não sugeriu? — Voltou a olhar para o Ômega.

Jungwon sentiu o rosto quente, desviando sua atenção para dentro da cabine quando deu meia volta e retornou para seu interior. Lian também foi junto.

— Não é tão simples assim… 

— Claro que é. Você é o Capitão. Sua palavra é lei por aqui.

— E o que isso tem a ver?

— Você pode dizer, por exemplo… — O Alfa inclinou-se para sussurrar no ouvido dele: — Leve-me até a nossa cama e tire a minha roupa. — Ele voltou a ficar de frente para o Ômega. Jungwon estava levemente corado. Lian sorriu quando acrescentou: — Fique sabendo que eu sou muito obediente. 

Os olhos escuros do Alfa observavam cuidadosamente cada expressão do menor. Jungwon tinha certeza que deveria dizer alguma coisa, e estava pronto para fazê-lo quando umedeceu os lábios, porém, com Lian o encarando tão de perto, as palavras sumiram. 

A porta foi aberta quando o Alfa mais novo retornou para a cabine, trazendo consigo uma caneca. Lian deu a volta e parou atrás de Jungwon, o Ômega pretendia virar-se para ele mas desistiu quando Jay se aproximou.

— Trouxe pra você — ofereceu a caneca. — Beba, vai melhorar.

— Obrigado. — Jungwon sorriu, agradecido.

— Por que você não diz a ele o que realmente quer? — Lian murmurou logo atrás.

Era como se Jungwon estivesse entre duas forças opostas. Jay era um anjo doce e gentil, enquanto Liam, o próprio diabo, quente e degenerado, sussurrando como uma serpente. O Ômega levou a caneca até os lábios e saboreou um pouco da bebida, sem tirar os olhos do mais novo.

— Pode dizer e eu faço — Jay adiantou-se. — Qualquer coisa.

Lian apoiou as mãos nos quadris do Ômega, sussurrando próximo do ouvido:

— Fala pra ele…  

Jungwon fechou os olhos, e embora estivesse com a boca entreaberta, sua garganta não emitiu nenhum som. Cada palavra dita pelo Alfa gerava um arrepio prazeroso na pele de seu pescoço. Lian roçou os lábios contra aquela área e beijou suavemente, depois mordeu e chupou. 

Quando ergueu o olhar, Lian viu que o Alfa respirava profundamente, assistindo com atenção ao que ele estava fazendo. Seus olhos verdes transmitiam um ávido interesse em participar. 

— Diz o que você quer… — a voz de Lian fez Jungwon abrir os olhos.

Encontrou a atenção do Alfa mais novo percorrendo todo o seu corpo. Podia sentir a respiração do outro logo atrás em sua nuca. Se não fosse pelas mãos que ainda seguravam firmemente seus quadris, suas pernas já teriam desabado.

— Quero vocês dois… — o Ômega mordeu os lábios.

— Seja um pouco mais específico.

Jungwon respirou fundo e virou-se de frente para o Alfa. Lian sabia exatamente o que ele queria, mas o dono daquele sorrisinho cínico esperava ouvir da boca dele, com todas as letras, aquilo que desejava.

— Quero os dois em minha cama, agora… — o sorriso do Alfa aumentou. Jungwon sentiu o rosto ficar cada vez mais vermelho. — Você precisa que eu desenhe?

— Não. — Ele olhou para o outro Alfa e indicou: — Acho melhor você fechar a porta.

Enquanto Jay fazia o que ele disse, Lian subitamente puxou o mais baixo contra seu corpo e o ergueu do chão, levando-o até a cama, onde o colocou de maneira cuidadosa. Ele sustentou um joelho no chão e passou a remover as botas do Ômega gentilmente. Depois, apoiou o pé dele no outro joelho e o beijou no dorso. Jungwon acompanhava todos os seus movimentos.

— Está nervoso?

O Ômega sorriu para ele e negou, balançando a cabeça. De repente, seu olhar subiu para alguém que se aproximou por trás do mais velho. Jay era mais tímido que os dois, por isso, ficou apenas parado, sem saber ao certo o que deveria fazer. 

— Senta aqui — Jungwon indicou um lugar no colchão, bem ao lado. 

Jay removeu as botas e sentou. Ficou encarando as mãos inquietas sobre o próprio colo. O que deveria fazer com elas? Pensou consigo mesmo. Olhou de soslaio para o Ômega, sentindo muita vontade de tocá-lo também. O contato visual entre os dois foi cortado quando Lian ficou de pé, os dois assistiram ele remover os calçados e subir na cama, um joelho de cada vez. 

Jungwon apoiou as mãos no colchão e afastou o corpo para trás um pouco mais, para dar espaço ao mais velho, que continuou avançando contra ele até parar no centro da cama. Lian deixou um selinho nele, depois caiu para o lado e viu o mais novo observando-os. Ele segurou uma das mãos dele, que ainda estavam inquietas, e a beijou. Em seguida, colocou suavemente sobre a coxa do Ômega.

— Não precisa ter medo de me tocar, Jay — Jungwon sorriu para ele. — Eu não sou feito de porcelana. 

O Alfa mais novo levou a outra mão até o rosto dele e acariciou a face. O Ômega encarou a boca dele e posteriormente os olhos, transmitindo seu desejo. Jay inclinou-se um pouco mais e encostou os lábios contra os dele. A mão subiu até o quadril onde os dedos afundaram-se na pele, e o beijo se tornou longo e intenso. 

Sentiram o peso sobre a cama mudar, quando Lian moveu-se para ficar atrás de Jungwon. Suas mãos moveram-se por baixo da camisa dele, percorrendo a pele quente e macia, enquanto beijava suavemente a curva entre o pescoço e o ombro. A mão do outro deslizou astuciosamente para a parte interna da coxa do Ômega, subindo ainda mais até parar na virilha. Jungwon gemeu contra a boca do Alfa durante o beijo, e só pararam o contato para recuperar o fôlego.

Enquanto Lian explorava-o com os lábios, o Ômega manteve os olhos fechados, mesmo quando o mais novo, sentindo o sangue circular com mais fervura em sua região íntima, passou a desatar os botões da camisa dele. A cicatriz em seu peito ficou exposta, e Jay manteve seus olhos fixos nela enquanto seguia abrindo cada botão até o último. 

Lian puxou a camisa dos ombros do Ômega e a removeu devagar, obtendo mais espaço para beijar. Jay removeu o cinto dele enquanto a mão do mais velho subiu até o pescoço, mantendo-o com a cabeça erguida. Lian inclinou-se próximo ao ouvido dele, Jungwon podia sentir que ele estava sorrindo. A respiração tocando sua pele causava arrepios bons.

— É assim que você quer? — Lian sussurrou. 

— Me toque… — o Ômega mordeu o lábio, para amenizar a ânsia.

Lian o beijou um pouco abaixo da orelha, depois se afastou para remover a única coisa que o impedia de sentir a pele deles por inteiro, suas roupas. Jungwon ajudou o mais novo a retirá-las também, até que os três ficaram completamente despidos. 

— Você é tão lindo… — Jay admirou a visão do Ômega sem roupas. Parecia fascinado.

Jungwon sentiu a face esquentar, sorriu timidamente e desviou o olhar. Lian tocou no rosto dele e o fez virar a cabeça para o lado, beijando-o no mesmo instante. Com o torso do Ômega completamente exposto para si, Jay o beijou pela clavícula com delicadeza mantendo as mãos na cintura dele, adorando cada parte daquela área e sentindo o doce aroma de chocolate, mesclando-se com o de sândalo. 

Jungwon sentiu-se preso entre uma teia de braços, mãos e bocas, com os dois Alfas o beijando e acariciando ao mesmo tempo. Seu coração batia rápido e o desejo pulsava entre as pernas. Foi guiado pelo mais velho até sentir as costas irem de encontro à cama. Jay inclinou-se sobre ele, mantendo a mão apoiada firmemente na cintura e os lábios explorando um lado do pescoço, enquanto Lian tomou posse do outro.

O Ômega manteve as mãos segurando o cabelo de cada um, enquanto os dois percorriam sua pele com os lábios. As mãos dos Alfas deslizaram pelo abdômen dele, quando se encontraram, eles cruzaram os dedos e pararam com a exploração para se encarar. 

Jungwon testemunhou quando ambos se beijaram bem à sua frente. Fechou os olhos e abriu a boca, respirando profundamente, no momento em que sentiu uma mão grande e ousada tocando seu órgão. Pela firmeza, sabia que pertencia ao mais velho. Mesmo com os olhos fechados ele era capaz de reconhecer a quem pertencia cada toque. Jay era mais suave e delicado quando o explorava. 

Lian agarrou o quadril do Ômega com firmeza e o virou de lado, de frente para si. O Alfa manteve uma perna entre as dele, apoiou a mão embaixo do joelho e dobrou a perna de Jungwon sobre a sua, abrindo caminho para tocá-lo em sua intimidade. Podia sentir o quanto ele estava molhado, ao roçar com o dedo a entrada naturalmente lubrificada. 

Um gemido escapou da garganta do Ômega, no momento em que sentiu um dedo deslizando fundo em seu interior, um arrepio percorreu sua coluna e ele afundou o rosto no peito de Lian. Quando o Alfa adicionou outro dedo, ele sentiu o peito do mais novo em suas costas, a mão pela cintura e a ereção logo atrás.

O corpo dele estava mole quando Lian removeu os dedos. Jay moveu o quadril timidamente, sua ereção deslizou entre a fenda molhada do Ômega sem penetrá-lo, aquilo o despertou de todo autocontrole que estava mantendo, e o sangue circulou com mais ímpeto por seu órgão. Podia sentir o quão excitado Jungwon estava. Ele moveu o quadril para trás e logo em seguida para frente, dessa vez, pressionando a ponta do membro em sua entrada. 

Lian agarrou com força a coxa do do Ômega e o beijou no ombro. Jungwon mordeu o lábio e soltou um gemido ao sentir cada centímetro do Alfa mais novo deslizando para dentro. Naquele momento, sentiu uma vibração passar por todo seu corpo e as pernas tremeram em êxtase. 

— Estou te machucando? — Jay sussurrou preocupado. Sua respiração batia contra a parte de trás do pescoço dele.

Estava agarrando-se a todo autocontrole que possuía para não se mover, esperando que o Ômega se acostumasse ao seu órgão. Os olhos de Jungwon estavam fechados e úmidos, não porque estava sofrendo, mas pelo sentimento que invadiu seu interior. 

— Tudo bem… — o Ômega respondeu. — Eu estou bem.

Jungwon abriu os olhos e sorriu ao ver o Alfa mais velho encarando-o de volta. Aquela era a cena mais linda e erótica que Lian viu em toda sua vida. Seus dois amores estavam mergulhando juntos em uma nova descoberta. Era puro e ao mesmo tempo intenso demais.

O Ômega sorriu quando recebeu um selinho, depois virou a cabeça para o lado e encontrou o mais novo lhe admirando de cima. Jungwon fechou os olhos quando Jay se moveu, ao mesmo tempo em que juntou seus lábios. Gemeu contra a boca dele conforme o Alfa mexia os quadris, para frente e para trás. 

Jungwon sentiu-se perdido de prazer, arqueando as costas quando o mais novo deixou sua boca para percorrer a lateral do pescoço, mordendo e chupando. Lian também explorava aquela área quando se encontrou com o outro Alfa. O Ômega encolheu-se entre ambos quando os dois se beijaram. A mão de Lian subiu firme pelas costelas do menor enquanto Jay segurou a parte de baixo da coxa dele, mantendo sua perna dobrada enquanto movia seus quadris.

Sentindo-se atordoado e fora de si, o Ômega gemia quase sem ar, tão excitado e perfeitamente habituado ao órgão do mais novo. Ele cravou a ponta dos dedos nas costas de Lian quando Jay voltou a mover seu membro vagarosamente. Jungwon podia sentir cada centímetro dentro dele. Era uma sensação que nunca havia experimentado antes. A dor aguda ligada ao prazer quase o fez gritar, e teria feito, se não fosse pela língua do Alfa dentro de sua boca. A sensibilidade aumentava a cada vez que o alfa entrava e saia de dentro dele. 

Lian afastou seus lábios, mas manteve o nariz colado ao do Ômega. Suas respirações se chocavam uma na outra.

— Oh, meu Deus… — Jungwon gemeu.

— Você quer que eu pare? — Jay perguntou.

— Não… — O Ômega suplicou ofegante. — Por favor.

Sair de dentro dele, agora, seria uma tortura. A forma como eles se encaixavam era deliciosamente arrebatadora. Seus corpos suados e se movendo juntos era algo selvagem, e as marcas dos dedos do Ômega ficaram nos ombros de Lian.

Estava perdido entre os dois Alfas. Seu coração estava acelerado e a mente extasiada. Se perguntassem que dia era aquele, Jungwon não saberia responder de imediato, só conseguia pensar no quanto aquilo era maravilhoso. Ofegou com o mais novo movendo-se lentamente dentro dele. Seu corpo inteiro foi tomado pelo prazer.  Jungwon mal podia manter seus olhos abertos quando  foi arrebatado pelo clímax. Seu corpo inteiro cintilava, entre respirações ofegantes. 

Exausto, o Ômega aninhou-se no corpo de Lian apoiando a cabeça em seu ombro, sendo abraçado pelo mais novo por trás. Ele fechou os olhos e adormeceu sendo acariciado nos cabelos, sentindo o aroma dos dois Alfas envolvendo todo seu corpo.

Continua…


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