𝐿𝑒𝑎𝑡ℎ𝑒𝑟𝑓𝑎𝑐𝑒 - 𝑈𝑚�...

By Srta_Lokidottir

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(CONCLUÍDA) Sarah Mildred é uma jovem de dezoito anos que,sofreu abuso de seu padrasto Jacob, e recebia pala... More

Prólogo
I
II
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
AVISO, NÃO É CAPÍTULO
XXII
XXIII
XXIV
O Final De Uma História... Feliz

III

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By Srta_Lokidottir

(Autora: Olá leitores! Vim aqui só pra dizer que essa história talvez não vá mostrar o que o filme diz, é isso.. Boa leitura!))

Capítulo Anterior...

Eu chorei e gritei para que ele me soltasse, e me deixasse ir, até ele agarrar meus cabelos erguer minha cabeça, e bater com força contra o chão.

Duas horas depois...

Abro os olhos respirando forte, deitada no sofá, e me sentei rápido ao me deparar com sua pessoa à minha frente.

Me assustei ao vê-lo sem a máscara, me olhando seriamente a minha frente, seu rosto era.. Desconfigurado e repleto de cicatrizes e algumas até abertas... Seus olhos demonstravam frieza, e seus lábios eram inchados e aparentavam ser ásperos.

Acabei perdendo o medo quando uma lágrima cai sobre minha bochecha.

- Bubba...

O vejo engolir em seco. Eu me lembrei. Eu o conheço.. Deste quando era apenas uma criança.

O livrei das mãos de seus irmãos que estavam o afogando em um barril de madeira, no qual era usado para por frutas ou água, ou até mesmo bebidas.

Havia chegado tarde mas consegui o ajudar jogando pedras em seus irmãos. Naquele dia, Bubba estava com uma máscara de porco, e estava engasgado. O ajudei mesmo que ele não quisesse tirar a máscara. "Bubba" não sabia falar, mas apenas fez um gesto de agradecimento em um abraço.

Depois daquilo, viramos amigos mesmo que os pais dele e os meus não aprovassem a nossa amizade, eu sempre ia se encontrar com ele.

Ele era apenas um garoto e os irmãos e os pais o maltratavam. Mas, aquela família aparentava esconder algo. Era o mistério de Texas, o mistério da família Sawyer.

E eu acho... Que descobri.

- E-eu senti... Saudade.

Digo entre um sorriso fraco com lágrimas nos olhos, ele assentiu e mostrou o bloco de notas já escrito.

"Também"

Novamente palavras desorganizadas, eu entendi por causa de um B ao contrário assim como o M que era um W.

Sorri o olhando. Bubba nunca foi a escola, como eu me lembro, ele nunca foi ensinado, por ninguém.

Pelo visto, até hoje é um analfabeto. Eu sempre quis o ensinar.

Percebendo que eu o olhava, ele escondeu o rosto novamente com a máscara, acredito que esqueceu de colocá-la, mas não queria vê-lo com aquilo.

- Tire.. Por favor.

Ele negou. Suspirei mas se ele se sentia melhor com a máscara, e também, ele também não gostava de me mostrar o rosto, mas já vi algumas vezes quando ele ficava se olhando no lago.

O vejo respirar fundo e apontar para a própria cabeça na parte de trás.

Imagino estar perguntando sobre a minha, por conta do que ele fez, toquei acima de minha nuca, e senti um algodão, ele havia cuidado disso.

- Obrigada... M-mas.. Por que.. Fez isso?

Este me olhou e suspirou olhando pra baixo, parecia um pedido de desculpas.

- T-ta bom...

Digo respirando fundo aceitando suas desculpas.

-... E-então... Esse era.. O segredo da família Sawyer?

Pergunto nervosa e ele apenas olhou para mim e abaixou a cabeça assentindo envergonhado.

Suspirei em resposta.

- Você... Não precisa ser assim, Bu....

Me assustei quando ele ergueu o pé para trás e bateu o mesmo no chão com força, e mostrou o nome que havia me mostrado antes.

"Thomas"

- C-certo, Thomas...

Este balançou a cabeça em concordância.

- Mas... Por favor.. Você não.. Precisa ser assim. Estou aqui agora.

Digo me aproximando e pondo uma mão em sua bochecha coberta pela máscara de pele.

- .. Você tem.. Casa?

Este negou.

- Okay... Olhe, se quiser você pode...

Olho em volta de minha casa.

- Ficar alguns... D-dias...

Este me olhou e deu alguns pulinhos ansiosos e ri pela sua animação.

Ele nunca foi mal.

Ele prontamente se aproxima e tentei me afastar por ele estar sujo de sangue mas acabo sendo esmagada por um abraço incrivelmente forte, que até me ergueu um pouco.

- O-ok... Bu... T-Thom... Thomas!

Digo ficando sem ar dando batidas fracas em seu ombro grande, e ele aparenta perceber assim que me soltou sem jeito e por pouco não caí no chão.

- T-temos que.. Melhorar os.. Abraços.

Dei uma risada ofegante.

- Okay.. Olha, eu vou limpar essa bagunça toda e... Você vai me ajudar!

Este me olhou.. Assustado? Hum.. Me lembrei que a família Sawyer sempre dizia que Bubba era um imprestável e sempre fazia algo de errado.

- ... Certo, vamos começar com calma, está bem? Fique aqui... Aqui.

Digo e me afasto indo pra cozinha, abro o armário que fica abaixo da pia onde havia itens de limpeza e colocava tudo no balcão, e peguei um balde e rodo no banheiro, deixando tudo na sala de jantar, e percebo que entre esses quinze minutos, Thomas permaneceu parado, em pé.

É.. Será mais difícil que pensei.

- Começa pegando o prato que você usou.. Okay?

Este assentiu e foi fazer o segurando com total cuidado, e levou pra pia.

- Isso.. Você só sujou a toalha então.. Acho melhor...

Observo a mesa e respiro fundo indo pegar as cadeiras e por na sala uma em uma por serem pesadas e me surpreendo quando ele deixa duas na sala, terminando.

Sorrio pra ele assentindo, e fomos pra mesa, e o vejo erguer a toalha de pano grosso, levando sangue e alguns pedaços ao chão. Tampo o nariz sentindo o odor horrível subir e ponho uma máscara de pano.

Pego o rodo com o pano molhado e começo a limpar.

E foi assim, passamos aquela madrugada limpando, ambos ajudando um ao outro., até damos algumas risadas, até acabarmos e eu estava exausta.

Me deitei em seu braço grande e forte, já adormecendo.

Sinto ser pega no colo, o olho com a visão um pouco borrada pelo cansaço, e acabo dormindo assim que ele me coloca na cama.

No dia Seguinte...

Acordo em um bocejo, me espreguiçando na cama, me sentei esfregando os olhos e assim que foco minha visão, acabo gritando, o assustando o qual fica sem jeito, abre a porta e sai correndo para fora.

- Thomas você não pode entrar no meu quarto assim. Ele é.. Privado. Você bate, antes de entrar! Entendeu?

Pergunto após me levantar um pouco assustada mas assim que o vi encolhido em pé no meio da sala, não consegui brigar com ele.

Thomas apenas acentiu diversas vezes.

- Certo. Não faça mais... Já tomou café da manhã?

Este me olhou e negou, mas apenas avança e me puxou para a sala de jantar e vejo um prato tampado com uma tampa de alumínio.

Tomada pela curiosidade, abro e sorrio só ver ovos mexidos e bacon. Detalhe, ele havia desenhado uma carinha feliz no ovo mexido com ketchup.

Ri fraco e o agradeçci logo comendo.

- Hum... Tá uma.. Delícia...

Mesmo que ele tenha deixado o ovo meio cru.

- Não vai comer?

Pergunto o olhando já terminando, e o vejo negar.

- Está bem... Bom, acho que agora sem Jacob, posso tentar fazer alguma coisa... Um trabalho, um curso, faculdade...

Sinto o olhar meio magoado mesmo por baixo da máscara.

- Que foi, Thom? Não gostou..?

Este negou. Eu não entendi no início.

- Eu vou ficar bem, uma coisa de cada, tenho que trabalhar para comprar alimentos e itens necessários. E depois, quero fazer uma prova que eu possa conseguir uma bolsa e fazer faculdade de Pedagogia.

O vejo me olhar sério.. Eu acho.

- Sim, eu quero ser professora. Sou como minha mãe, gosto de ensinar.

Sorrio talvez o respondendo mas apenas percebo seu olhar mudar e ele vir até mim, e se agachar por causa da diferença de tamanhos e por eu estar sentada na cadeira.

Thomas apontou para mim e apontou para o chão. Gesto simples e compreensivo.

- ... Eu.. Ficar.. Em casa?

Ele assentiu e apontou para si, e corei um pouco.

- C-com.. Você?

Thomas assentiu novamente, e engoli em seco corando um pouco mais, e dei uma risada fraca.

- Não posso, Thom. Eu tenho que correr atrás do tempo perdido.

O mesmo apenas bufou e sorri o olhando.

- Mas.. Enquanto não faço nada... Teremos um tempo para.. Lembrar do passado, e conversar!

Este me olhou com um pequeno brilho nos olhos e percebo ele sorrir e assentir gostando da ideia.

- Bem... Agora vou tomar um banho.. E nada de entrar no meu quarto! Bata na porta.

Digo e vou em direção à escada, mas sinto ele agarrar minha mão e me virar para ele. Thomas me abraçou fortemente e o sinto me levantar um pouco, senti o ar me escapar e dei tapinhas em seu braço e ele me soltou.

- O-ok... Temos que melhorar os abraços também.. Heh...

E assim voltei para meu quarto, mas pensativa a respeito de "Thomas". Ele foi meu melhor amigo na infância, e agora é um serial Killer e um canibal...

Assustador.

Após o banho tomado, estava com o cabelo preso por uma toalha, e com uma camisola longa.

No momento estava um longo silêncio, até que um som de panelas caindo me assustou me fazendo destrancar a porta e correr para a escada, descer rapidamente e ir para a cozinha, vendo o homem de um e noventa e três metros de altura, preparar a batedeira e com uma frigideira posta na boca do fogão.

- Bubba.. Digo.. Thomas..! O que é isso tudo..?

O mesmo me olhou e mostrou minha revista de receitas. Panquecas. Ele queria fazer panquecas... Espere... Ele sabe fazer panquecas..?

- Mas.. Você sabe fazer isso..?

O mesmo apenas acentiu. O moreno apontou para fora da cozinha e o olhei surpresa.

Mal chegou... E já quer me expulsar de minha cozinha...

- Okay.. Esperto, espero que fique bom!

Este apenas balançou a cabeça em concordância com o braço ainda estendido, e a mão apontando para fora do cômodo.

Uma risada escapou de meus lábios e fiz o que ele me pedia, o deixando a sós com minhas panelas.

Fiquei na sala, e arrumei os sofás que estavam com algumas revistas velhas de meu padrasto... Observei aquilo e logo peguei um saco plástico preto, feito para lixo, e joguei as revistas de mulheres nuas no lixo, e junto com alguns cigarros que eu encontrava no canto da janela e na pequena mesa do centro da sala.

Após aquilo, descansei estando deitada no sofá de três lugares.
Eu assistia o desenho antigo "Pica-pau" o qual a velha testava suas vassouras.

- "E lá vamos nós"

Digo entre uma risada. Jacob não deixava eu desfrutar de minha infância assistindo à desenhos quando ele estava em casa, mas eu assistia escondida com minha mãe. Ela fazia a pipoca e eu pegava a calda de caramelo para por em cima.

Dei uma risada lembrando desses momentos...

Sinto um cheiro delicioso vindo da cozinha. Acho que estou errada pensando que Thomas não sabia cozinhar ou fazer panquecas.

Sorrio ainda assistindo o desenho do pássaro vermelho e azul, que usava luvas brancas.

Cerca de meia hora, estavam prontas e postas na mesa, preparei o suco de limão, e distribui os pratos e copos que eram só dois, mas eu tinha um costume, no qual Jacob odiava, que era colocar o prato e copo de minha mãe, na cadeira da ponta, onde ela ficava.

Thomas olhou o prato e o copo vazio e ficou confuso e fez o "três" com os dedos em um olhar confuso.

- Ignore... Isso tá com uma cara boa.

Digo abrindo um sorriso e pegando uma pequena montanha, e ponto calda de caramelo.

Deus.. Há quanto tempo que não como isso...

Sorrio e comecei a comer como uma criança ansiosa.

Meus olhos brilham e minhas mãos ficam travadas por um curto tempo.

Estava... Incrível...

O escuto estalar os dedos à frente de meu rosto, mesmo por baixo da máscara, entendendo o que ele queria saber.

- Está.. Bem melhor do que imaginei.

O mesmo aparenta sorrir.

- Como sabe cozinhar?

Este apenas ergueu os ombros rindo. Sua risada era rouca e grave, meus pelos dos braços se arrepiam e apenas sorri um pouco corada.

- Hum.. Eu gostei.

Digo me referindo às panquecas.

No final, lavei a louça e ficamos assistindo. Thomas estava na poltrona antiga, e eu no mesmo sofá de antes.

O olhei e este parecia que ia dormir à qualquer momento, e acertei assim que seu rosto foi para o lado e adormeceu com seus olhos fechados.

Fiquei um tempo parada não o querendo acordar, mas assim que desliguei a televisão, ele acordou.

Ele tinha um sono leve. Irei me lembrar disso.

- Venha.. Pode ficar nos quartos de cima.

O mesmo me olhou e apontou para mim.

- O que..?

Ele persistiu no gesto e entendi, sentindo minhas bochechas rubras.

- Você.. Não pode dormir comigo, Tom... Mas.. Pode ficar no quarto de Jacob.. É o único que tem cama de casal, e espaçoso...

Murmurei lembrando que um dia, mamãe dormiu ali.

Thomas aparenta pensar na ideia.

- Vou dormir... Boa noite.. Thomas.

Sorrio e senti ele me segurar pelo braço me impedindo de se afastar.
Ele apontou para a própria testa e fiquei confusa...

Ele estava.. Pedindo um beijo de boa noite..?

Abro um sorriso com bochechas rubras e me aproximei e dei um selinho no topo da cabeça de Thomas sem ser em sua máscara, e sim no cabelo.

Thomas pareceu gostar já que bateu as palmas como uma.. Criança.

O observo e sorrir segurando meu braço um pouco envergonhada.

- Certo.. Agora... Boa noite.. Tommy.

Sorrio e ele me olhou parecendo gostar do apelido, e assim, me retirei indo para meu quarto e se deitando.

Abro um sorriso contente e envergonhado.

Depois de tantos anos... Será que ele me trará a alegria perdida em minha alma ferida...?

Espero que sim...












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