π—˜π—‘π—˜π— π—œπ—˜π—¦ π—Ÿπ—’π—©π—˜π—₯𝗦...

By https_minalydu

26.6K 2.7K 2K

╰─► π”ππˆπ•π„π‘π’πŽ π€π‹π“π„π‘ππ€π“πˆπ•πŽ +16 πŠπ€π“π’π”πŠπˆ ππ€πŠπ”π†πŽπ” 𝐗 π‹π„πˆπ“πŽπ‘π€ Entre o Γ“οΏ½... More

02
03
04
05
06
07
08
09
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24

01

3.8K 187 123
By https_minalydu

【Faculdade】
18:00:

— Estou pensando em mudar de curso, não aguento mais ler catálogos de biomedicina. - suspirei suavemente, enquanto caminhava perdidamente pelos corredores da faculdade.

— Falei que engenharia não era pra você.

— Kaminari.. Eu estudo biologia. - o loiro me encarou com um sorriso envergonhado em seu rosto.

— Eu sabia, estava apenas te testando. - revirei os olhos automaticamente.

3º período do curso de biologia, nunca foi do meu interesse embora eu tivesse muito talento na área. Sempre busquei uma faculdade metódica, por esse interesse optei no curso de biomedicina.
Ainda estava no começo, mas me cansava todo aquele conteúdo, e além disso, não era uma área muito fácil de arranjar emprego.

— Pretende mudar? - ele me pergunta.

— Não sei... Talvez Design e Arte.

— Vai virar Fashionista agora?

— Quem sabe.

Nós ríamos enquanto caminhavam pelo corredor, até o loiro parar de frente a porta da secretaria. — Por que não fala com a direção agora? Aproveita esse tempo livre.

— Eu tenho vergonha! Depois eu resolvo isso. - segurei sua mão e o tentei puxar para continuarmos andando, mas Kaminari continuava no mesmo lugar.

— Eu vou com você, sabe que comigo tudo é suave. - piscou um olho de modo sedutor, apenas retribui com um sorriso.

O que eu falo?

Ao entrar na sala, que por sinal estava um pouco cheia, ocupada por dois jovens aparentemente altos na minha visão. Um deles estava sentado conversando com a mulher que trabalhava na parte da secretaria enquanto o outro se encontrava encostado no canto da parede, ao lado do bebedouro de cabeça baixa.

Ambos olharam para nós, tímida, segurei firme a mão do Kaminari que ao contrário de mim era bastante extrovertido nessas situações. — Opa, perdão, tudo bem? - disse ele com um sorriso carismático no rosto.

— Desculpe-nos entrar assim de repente, batemos na porta mas não ouvimos nada, pensamos que podia abrir. - completei a fala do Kaminari.

— Está tudo bem, no que posso ajudar vocês? - respondeu a moça sem direcionar seu olhar para nós, apenas mexia em sua papelada. — Peço que esperem só um instante enquanto eu termino de resolver o caso desses rapazes.

— Tudo bem, nós esperamos. - afirmei.

— Ela quer trocar o curso. - Kaminari respondeu por cima de minha fala.

Ainda segurando a mão dele, o apertei discretamente para que ninguém notasse, o olhava com os olhos erguidos e uma careta irritada, que fazia o loiro segurar a risada de mim naquele momento.

Denki Kaminari, poderia considerar que ele meu melhor amigo da faculdade, era leal e o que mais me impressionava era a confiança que ele transmitia aos outros. Porém, seu maior defeito era não pensar antes de agir.

— Claro, deixa eu só terminar de ajustar a papelada desses dois. - apenas acenei com a cabeça.

Junto com ele me sentei em algumas poltronas que havia na sala, era pequena e fria porém organizada, típico de uma faculdade. Observando o local, notei o olhar frio do rapaz que estava em pé, sua cabeça estava baixa mas seu olhar direcionado a mim, parecia um olhar de julgamento ao invés de uma simples troca de olhares.

Apenas continuei o encarando até ele virar o rosto, cruzou os braços e se mostrou indiferente em relação a mim. Ignorando a situação voltei minha atenção a conversa do Kaminari que até então falava sozinho.

— E então? Acha que são professores? - Denki sussurrou no meu ouvido.

— Que? - o encarei distraída, após perder a atenção da sua conversa.

— Acha que são professores? - repetiu.

— Não sei, são muito novos...

— Bom, podem vir vocês dois. - a moça nos chamou, me desprendendo a atenção da conversa.

— Obrigada moça. - agradeceu o rapaz que estava sentado na cadeira, abrindo espaço para que eu me sentasse no seu lugar. Apenas acenei com a cabeça agradecendo.

— Sejam bem-vindos a Faculdade Harley, vocês começam segunda-feira, certo?

— Certo. - o rapaz sorriu, o outro que julguei ser seu amigo apenas virou-se e caminhou até a porta, sem cumprimentar ninguém.

— Ele é bem calado, né? — Denki sussurrou no meu ouvido, vendo os dois se afastarem de nossas vistas.

— É. - respondi indiferente.

— Bom, no que posso ajudar vocês?...

【Faculdade】
21:00:

— Finalmente acabou. - Kaminari respirava aliviado.

As aulas daquele dia já haviam se encerrado, estavam todos saindo de suas salas enquanto eu e o loiro nos sentávamos em uma mesa vazia, conversando na lanchonete da faculdade.
A comida não era tão boa, mas era 21:00 da noite e eu não estava afim de preparar comida essas horas.

— Odeio a comida desse lugar. - resmunguei.

— E por que está comendo? Se não quiser pode me dar.

— Eu também estou com fome, sabia? - revirei os olhos.

— Bem que poderíamos jantar em algum canto, não acha? - um sorriso malandro surgiu no canto de sua boca, acompanhado com seus olhos esperançosos esperando uma resposta positiva.

— Ah Denki... - respirei fundo. — Hoje não dá, eu entro no trabalho.

— Eu vou ter que tomar conta do apê hoje?

— Você não trabalha à noite, então sim.

— É final de semana [Nome], eu não quero ter que ficar em casa em plena sexta-feira. Eu tenho uma vida social pra seguir.

— Sua única amiga sou eu idiota, que vida social você tem? - sorri.

— Correção, única amiga que eu NÃO peguei, mas eu tenho outras amigas. - disse com um sorriso sapeca em seu rosto, mexendo em seus cabelos loiros enquanto frisava seu olhar em mim.

— Ta bom então. - balancei a cabeça em sinal de negação, apenas sorrindo.

— E então, posso sair hoje né? - ele pergunta novamente.

— Pode, mas não chegue tarde. Sabe que eu não gosto do apê sozinho.

— Certo... Então vamos logo, você entra de 21:00 horas no trabalho. - se levantou da mesa retirando alguns trocados que tinha em seu bolso para pagar nosso lanche.

— Como você sabe? - o acompanhei.

— Não é o horário que putas trabalham? - ao ouvir aquilo dei um soco levemente forte em seu braço, o loiro apenas ria. — Ai, essa doeu. - disse alisando o local.

— Não sou puta, deveria parar de generalizar garçonetes. É assim que você vê todas elas?

— Garçonete de bar onde só tem velho rico e tarado. - ele rebateu.

— Não é como se eu fosse vestir uma mini-saia, um salto alto e usar maquiagem exagerada.

— Ah, é sim. - riu.

Apenas fiquei quieta e cogitei se aquilo que o loiro falava era realmente verdade. Bom, se for verdade não há muito o que se fazer, eu preciso daquele emprego.

Nós dois sustentamos um apê perto da faculdade, Kaminari trabalhava como assistente em uma empresa durante meio período, era um bom salário mas por conta das despesas eu tive que ir atrás de um trabalho para ajudar nas contas.

Vai ser só por um tempo até arranjar algo melhor.

Definitivamente aquele emprego não me agrada. Minha visão de lugares como aquele não era das melhores, sem contar pensamentos como o do Kaminari espalhados por aí.

【MiniBar Liv】
21:15:

— Obrigada Kaminari. - desci de sua moto e o entreguei o capacete.

— Relaxa, qualquer coisa é só ligar.

— Vê se não bebe muito, você está dirigindo. - o encarei seriamente.

Kaminari sofria uma certa compulsão por álcool, ao sentir o cheiro se via na obrigação de beber uma gota sequer, apenas para saciar sua vontade. Bebe desde seus 14 anos de idade, só conseguiu parar por um tempo quando ficou internado por dias no hospital com coma alcoólico. Desde então tenta se controlar, afinal, ele tinha apenas 16 anos quando aconteceu.

— Deu uma de mãe agora [Nome]? - sorriu. — Não se preocupe, não vou beber muito. - disse colocando a mão em meu queixo, o alisando com seu polegar.

— Se cuida. - me despedi.

Após entrar no estabelecimento, fui até a primeira recepção me apresentar. Ao atendida fui direcionada para os fundos do local e apresentada a um pequeno camarim onde havia várias mulheres se arrumando.

Então é como o Kaminari disse...

O loiro não mentiu, realmente sabia o que estava dizendo, talvez por ter andando em muitos bares em sua vida. Apenas fiquei parada encarando o local, mulheres se trocando, outras arrumando o cabelo e fazendo maquiagem.

Como alguém poderia se rebaixar a exibir seu próprio corpo por uma maneira de conseguir dinheiro para sobreviver? Talvez existisse alguém ali que gostasse dessa forma de viver, ser exaltada como mais bela, como linda, como esbelta.. Mas quem queremos enganar? O que as mulheres mais escutavam era comentários como "gostosa", "vadia", "bixa boa", "submissa".

— Ei você, é nova aqui não é? - alguém me tira dos pensamentos.

— Sim... - respondi envergonhada.

— Está fazendo o que parada ai? Bora querida, seu figurino é aquele dali. - automaticamente senti suas mãos segurando meus ombros e me empurrando delicadamente em direção ao guarda-roupa cheio de figurinos coloridos.

Para minha surpresa o figurino não era tão vulgar, uma saia preta com um body branco, com bastante brilho incluso. Era cheio de tirinhas transparentes ao redor dos seios, faziam barulho de sininho que incomodavam os ouvidos ao serem balançados. O sapato... Bom, obviamente era um salto alto, preto por sinal.

— Quer ajuda na maquiagem? - outra pessoa, dessa vez uma das mulheres que se arrumavam falou comigo.

— Precisa mesmo? - fiz uma cara desanimada.

— É perceptível que você não quer. - sorriu. — Mas infelizmente é necessário, eu te ajudo. - ela se virou e pegou uma bolsa repleta de maquiagem.

— Obrigada. - a observei enquanto me maquiava. — Como se chama?

— Mina Ashido. - sorriu empolgada. — E você?

— [Nome]. - retribui seu sorriso.

— O Ayoma não passou muitas instruções, né? - perguntou.

— Eu saberia responder se eu soubesse quem é Ayoma.

— Ah, é aquele que te mostrou os figurinos.

— Ah... Ele... - ela riu. — Não, não me disse muita coisa.

— Não tem muito o que saber, só pegar os pedidos e servir. - se afastou de mim me observando. — Prontinho. - me levou a frente de um espelho.

— Uau...  - falei enquanto me encarava.

— Eu sou muito boa, eu sei. - nós rimos. — Agora vai lá, bom trabalho.

— Você não vai...?

— Eu trabalho na parte da maquiagem, amiga. - ela me interrompe.

— Entendi...

— Ah, mais uma coisa.. Se tocarem em você sem sua permissão pode falar comigo que eu vou estar na recepção. Cuidado com alguns deles, se mexerem com você ferindo seus valores pode se pronunciar, nós damos ouvidos á vocês. - sorriu.

— Ta certo, obrigada Mina.

【MiniBar Liv】
03:00:

Estava chegando ao fim do expediente, a noite foi longa, meus pés estavam inchados de tanto tempo que passei em pé com um salto.
Até então havia alguns senhores dormindo nas mesas, bêbados que provavelmente seria eu uma das responsáveis pra pedir que se retirassem já que todos estavam organizando o bar para ser fechado.

— Parabéns meninas, bom trabalho o de hoje. - disse o que chamavam de Aoyama, carregando uma bolsa nas costas prestes a sair do estabelecimento.

— Eai, muito cansativo? - perguntou a Mina chegando ao meu lado, me ajudando a arrumar a mesa.

— Meus pés estão latejando. - suspirei.

— Imagino, aos poucos você se acostuma.

Enquanto terminava de guardar os copos de vidro em suas bancadas, Mina me ajudava lavando eles em uma pequena pia ao lado do frigobar. Nós conversávamos sobre o minibar e alguns momentos tocavam no assunto da vida pessoal, Mina parecia uma pessoa bastante gentil e companheira, era agradável conversar com ela.

— Mina? Vamos. - ouvi uma voz masculina soar pelo cômodo, ao olhar ao redor percebi um rapaz encostado na porta de entrada, provavelmente esperando a Ashido.

— Espera só um pouco. - ela respondeu ainda lavando a louça.

— Vamos logo, são 03:00 horas da manhã. Olha a hora que você me fez acordar só para buscar você.

— Eu pedi para algum dos rapazes virem, não você.

— Mas acabou sobrando para mim, então larga logo a porra do que você estiver fazendo e vamos. - disse irritado.

Apenas fiquei encarando aquela situação, me perguntava se eram namorados ou apenas amigos. Não tinha visto como era o rapaz por causa da luz que fazia sombra ao seu rosto, e nem estava interessada em saber.

— Até logo [Nome], você pode arrumar o resto?

— Ah, claro. - caminhei até a porta para terminar de guardar os pratos. — Licença... - pedi ao rapaz que estava na porta.

Assim que o encarei mais de perto, percebi que era o mesmo rapaz de hoje mais cedo na faculdade, que mundo pequeno.

Ele me encarava com o mesmo olhar de antes, dessa vez mais raivoso por estar irritado. Seus olhos avermelhados brilhavam naquela luz fraca que quase deixava tudo escuro, seu cabelo era loiro e bem bagunçado. Assim que passei por ele consegui sentir seu cheiro de perfume masculino, talvez um Malbec?

— Nem pra pedir licença. - disse em um tom ignorante, tão baixo que parecia ter dito apenas para que eu escutasse.

— Disse algo? - me virei franzindo o cenho.

— Não. - ele respondeu indiferente.

— Vamos Bakugou. - disse a Mina segurando em sua jaqueta de couro, o puxando para a saída. — Até mais, [Nome].

— Até Mina. - sorri.

Continue Reading

You'll Also Like

1.1M 65.4K 47
Atenção! Obra em processo de revisΓ£o! +16| π•½π–”π–ˆπ–Žπ–“π–π–† - π•½π–Žπ–” π•―π–Š π•΅π–†π–“π–Šπ–Žπ–—π–”| Fast burn. Mel Γ© uma menina que mora sozinha, sem famΓ­lia e s...
193K 8.3K 46
Maria Eduarda adolescente de 17 anos , adora uma festa, curte muito, morava com os pais que precisaram se mudar, com isso ela tÑ de mudança pro Morro...
353K 17.9K 97
nunca sabemos o quanto somos fortes,até que ser forte,se torna a única opção. Começo: 05/09/2022 Fim: 05/12/2022 PlÑgio é crime!!
70.5K 9.9K 101
Takemichi Hanagaki, um adulto de 26 anos, virgem e sem futuro. um dia quando estava indo para o trabalho acabou sendo empurrado nos trilhos do trem...