Pov's Nyx
Pelo visto meu casamento terá de esperar mais alguns dias...
Eu havia pensado seriamente em fingir que estava doente ou que tinha ficado extremamente bêbado, só para poder ficar em casa com minha parceira e levá-la para casar.
Mais acho que não adiantaria de muita coisa. Me arrastariam de qualquer maneira.
Voamos por cerca de uma hora até aterrissamos em uma próxima a onde a estranha criatura havia sido vista pela última vez.
- Era gigantesca e voava pelos ares como um pássaro.- um comerciante relatava a nós o que havia visto enquanto descia uma trilha que levava aos bosques congelados, do outro lado das montanhas que se erguiam atrás de nós.- Posso jurar que vi um clarão momentos antes da criatura passar voando acima de mim. E gritos também.
- Muito obrigado, senhor.- minha mãe disse ao macho.- Seu relato será muito importante em nossa busca.
De fato nos ajudaria em relação a possível localização da criatura. Mas em relação ao clarão e aos gritos? Não tinha certeza se gostaria de descobrir porque gritos e criaturas estranhas se encontravam no mesmo lugar.
Mais meia hora fora necessária para que chegassemos em uma clareira a alguns poucos quilômetros do sopé das montanhas.
Montamos nosso acampamento ali.
- Nos dividiremos em pequenos grupos para patrulhar as áreas próximas. Principalmente entre as montanhas. Elas podem ser um bom lugar para grandes esconderijos.- Cassian estava com um grande mapa do território da Corte Noturna sobre a mesa.
- Lynae, Nyx e Pólux. Vocês três fiquem com as terras mais ao norte e acima das nuvens. Hakon,Rhysand e Adhara ficam ao leste. Eu,Nair e Feyre ficamos ao oeste.
Assentimos e nos movemos para fora da tenda, levantando vôo.
Acho que era justamente por isso que Cassian não chamou a todos. Alguns não voavam.
- Já se acalmou um pouco?- olhei para cima e vi Lily voando alguns metros acima de mim, um leve sorriso provocativo em seu rosto.
- Não me provoque. Ainda estou irritado com você.
- E com Selene?
- Ela já deve ter pedido desculpas a ele...- Pólux se intrometeu na conversa.
- Foco pessoal!- exclamei.
Eu havia acordado muito bem naquela manhã. Não estava a fim de me irritar.
•
As patrulhas se estenderam por mais dois dias, e surpreendentemente, não havíamos visto sinal algum de qualquer criatura suspeita.
Estávamos todos almoçando, quando ouvimos um alto barulho de bater asas acima das nuvens.
O que quer que fosse, era muito, muito grande.
Todos olhávamos para cima, tentando ver alguma coisa por entre as nuvens e criando coragem para voar até lá.
Podia jurar que vi uma asa surgir e nos rodear por alguns segundos e sumir logo em seguida.
Lily, Pólux e eu levantamos vôo o mais rápido possível.
Atravessamos as nuvens, deixando a floresta nevada para trás, dando de cara com um céu azul límpido.
E lá estava a criatura.
Parecia um dragão, mas era mais comprido. Como uma serpente. Uma serpente alada.
E a serpente não estava sozinha.
Alguém a estava montando. Uma fêmea.
Um gavião branco rondava a mulher.
Enquanto a serpente nos olhava de modo mortífero. Pude observar sua cavaleira. Que lançava o mesmo olhar em nossa direção.
Tinha cabelos negros compridos meio presos para trás. Uma pele muito branca. Sol fazia algo reluzir em suas mãos.
Ao primeiro olhar parecia uma espada, mais assim que prestei mais atenção notei que estava errado.
Eram suas unhas que se projetavam. Longas e afiadas.
A serpente avançou.
Não nos movemos até que estivesse perto o suficiente para que não conseguisse acompanhar nossos movimentos.
E antes que eu pudesse pensar em alguma coisa, ouvi gritos vindos de Lily e da fêmea de cabelos negros.
Olhei para a serpente, onde a fêmea deveria se encontrar, mais a vi abaixo da serpente. Despencando em direção ao chão.
Agarrada a Lily.
A grande serpente ficou agitada e voou para longe quando o gavião branco avançou contra minha prima, fazendo-lhe um arranhão em sua asa direita.
Lily gritou diante da dor. E se ela tentava conter a fêmea no ar, sem deixá-la cair, agora não conseguia mais. As duas caiam rapidamente em direção ao chão.
Olhei desesperado para Pólux. O olhar dele dizia exatamente o que eu também estava pensando.
Não tentaríamos interferir até que elas estivessem no chão. A queda seria amortecida pela neve.
Olhei para baixo e pude ver Lily escondendo suas asas com magia, para que não fossem mais machucadas.
Elas atravessaram a linha das nuvens.
Eu e Pólux mergulhamos até o chão e aterrissamos segundos depois das duas terem atingido a neve.
As fêmeas caíram em direções diferentes, gemendo diante da dor que o impacto havia causado.
Lily soltava grunhidos a mais, talvez pela dor do arranhão relativamente profundo em sua asa, que mesmo agora escondida, deveria estar doente muito.
A mulher se levantou e andou em passos largos e firmes na direção de minha prima que começava a se levantar.
Ela se atirou em Lily, mirando com as unhas afiadas no em pescoço esposto. Lily segurou seu braço a tempo.
Eu e Pólux avançamos.
- Não!- Lynae gritou para nós dois, enquanto segurava os dois braços da fêmea sobre sua cabeça.- Eu faço isso sozinha!
Se atacássemos, poderíamos ser feridos pela estranha, e se acabássemos com ela, Lynae nos daria uma surra por termos a ajudado sem que estivesse com as tripas para fora. Sempre assim.
- Vai acabar como?- a estranha riu. Uma risada que estremeceu até minha alma.- Você está no chão, não eu.
Lily ofereceu um sorriso sinistro a mulher que tentava a degolar e seu olhos adquiriram um brilho prateado.
Ela reforçou o aperto em torno dos pulsos da mulher e fumaça começou a surgir onde ela a segurava, seguido do cheiro de carne e tecido queimados.
A estranha xingou, soltando Lynae, que aproveitou a oportunidade para lhe dar um soco no rosto da mesma.
Ela cambaleou para trás, colocando a mão sobre o maxilar e olhou com ódio na direção de minha prima.
Seus olhos eram surpreendentes. Dourados.
Ela sorriu sacando uma espada presa em suas costas.
Seus dentes eram de ferro.
Nunca havia visto feéricos, ou seja lá o que ela fosse, com dentes e unhas de ferro.
Lynae também sacou sua espada.
Elas avançaram no mesmo instante. O som das espadas se chocando me deixou levemente aflito.
Os membros de minha família chegaram e Cassian olhou furioso para mim e Pólux, como se quisesse saber o porquê de não estarmos ajudando sua filha.
- Tenho amor a vida.- Pólux respondeu por nós dois.
Cassian revirou os olhos e voltou a olhar para a filha.
Os movimentos das duas fêmeas eram precisos, impecáveis, mortíferos.
Não pareciam estar lutando para matar uma a outra. Parecia que dançavam, sem o menor dos esforços.
Aquela luta não acabaria tão cedo, todos percebemos.
As duas pareciam ter nascido para lutar. Pareciam ter sido criadas para isso.
Cassian avançou, e estava quase botando as mãos na mulher que estava meio paralisada por Lynae, quando aquele gavião branco que havia arranhado a asa de minha prima, voou até a frente de meu tio, se transformando em um feérico.
O homem tinha cabelos prateados, era alto e possuía tatuagens na lateral de seu rosto que desciam por seu pescoço e além dele.
Ele usou o feixe de luz de sua transformação a seu favor, puxando uma espada da bainha e a empunhando contra Cassian, que conseguiu desviar e rebater.
- Não toque em minha sobrinha.- o homem falou a meu tio.
Avançamos contra ele, mas fomos impedidos pela serpente voadora que pousou em nossa frente, quase nos esmagando.
Haviam três pessoas montadas na criatura.
Um homem de cabelos negros e olhos azuis, que segurava uma garotinha de cabelos e pele tão pálidas que beiravam o branco, mais tinha os mesmos olhos que ele.
E guiando a serpente, uma mulher com unhas de ferro. A mesma pele e cabelos pálidos que a garotinha, mas os olhos como os da estranha com quem Lynae lutava.
Aquilo já estava ficando preocupante.
A criança ficou no colo do homem, montados na criatura quando, pelo que presumi ser a mãe da menina, descer da serpente alada, sacar espadas e vir em nossa direção.
Percebi o homem abraçar a garotinha que parecia assustada, escondendo o rosto da pequena em seu peito. Magia pairava ao redor deles dois.
Senti um aperto no peito ao ver aquilo.
Vi pelo canto dos olhos, minha mãe empurrar Nair para trás, na direção da floresta e sussurrar algo para ela que assentiu calmante. Segundos depois ela sumiu por entre as árvores.
Meu pai avançou. A mulher avançou, mostrando também seus dentes de ferro.
Formamos uma "parede" ao redor da criatura, usando magia e sombras para contê-la.
Minha mãe assumiu minha frente, usando magia para levantar água.
Água que ela teria atirando contra a mulher capa vermelha que lutava com meu pai, se um leopardo branco não tivesse surgido por entre as árvores e pulado sobre ela, que rapidamente se transformou em uma besta para confrontá-la.
Que porra era aquela?!
De onde essas criaturas e essas pessoas haviam surgido?!
•
Pov's Nair
Aquilo estava errado. Muito errado.
Desde pequena eu havia estudado sobre todos os tipos de feéricos e todos os tipos de criaturas que nosso mundo conhecia.
Mais nunca havia lido ou ouvido falar sobre alguém como aquelas duas que surgiram em nossas terras ou naquela serpente alada.
Tia Feyre havia ordenado para que eu corresse em silêncio até uma área mais afastada e depois voasse até Velaris para pedir ajuda a tia Mor e tio Azriel.
Eu até teria levantado vôo se o grito de minha tia não tivesse alertado todos os instintos de meu corpo, me fazendo voltar para aquela clareira.
Corri de volta, na direção da traseira da serpente, rezando para que ela não notasse minha presença e não me devorasse viva.
Parei a cerca de dois metros da cauda da criatura.
Com apenas dezessete anos de vida, essa poderia ser considerada a cena mais assustadora de toda minha vida.
Minha família cercada de pessoas que pareciam querer matá-las a todo custo. Meu pai com sangue escorrendo pelo braço, mais vivo.
E minha irmã com uma espada em seu pescoço, fazendo o mesmo que sua oponente. Um movimento brusco de qualquer uma das duas, qualquer mínimo uso de magia por ambas as partes e elas cortariam a garganta uma da outra.
- Asterin!- uma voz infantil chamou minha atenção para cima.
A garotinha montada na serpente alada, no colo de um macho feérico, com o rosto manchado de lágrimas, estendia o braço na direção da oponente de minha irmã. Chamando por ela.
(Vai ter explicação pra ele ter virado feérico, meus queridos.)
Eu sabia que aquilo não acabaria bem para ambas as partes.
Principalmente para nós, em menor número.
Então fiz o que fui instruída a minha vida toda a não fazer: pedir ajuda ao inimigo.
Abri as asas e plainei até uma distância segura, porém perto o suficiente para que o homem e a menina pudessem me ouvir.
- Faça-os parar!- gritei para eles. O homem se virou levemente assustado, apertado a menina contra si.- Faça-os parar, por favor! Nós dois sabemos que isso não vai acabar bem.
- Asterin...- a menina chamou novamente e macho olhou na direção da morena.
- É sua irmã?- perguntei a ela, me aproximando minimamente. O feérico cheirava a magia pura.
A garotinha assentiu.
- Aquela é minha irmã, a que está brigando com a sua.- ela ficou calada, ao passo que o homem lentamente olhou para mim.- E aquele é meu pai.- apontei para onde meu pai estava em uma briga feia contra o macho de cabelos prateados.- Aquela é minha tia. Meu tio. Meus primos. Minha família.- apontei para cada membro da família, rezando para que ninguém se matasse nesse meio tempo.- Essa deve ser a sua, não é?
- É sim.- ela respondeu, o medo transparecendo na voz doce. O macho me observava atentamente.
- Nós duas não queremos que ninguém se machuque. Que acha de me ajudar a pará-los?- fogo fogo surgiu a minha direita, ao mesmo tempo que uma parede de gelo e água para bloquear o calor.- Não somos inimigos.- falei ao homem.- Minha família governa essas terras, apenas estávamos a defendendo. Podemos resolver isso pacificamente se me ajudar a pará-los.
- E como saberia se está falando a verdade?- ele perguntou receoso.
- Minha irmã está com uma espada na garganta. Meu pai lutando e sangrando. Enquanto minha mãe está em casa, grávida. Achando que estamos apenas em uma patrulha normal. Como acha que aconteceria, como acha que ela ficaria se eu tivesse que contar e ela que a filha e o parceiro morreram na porcaria de uma patrulha?! Acha que eu não estou vendo essa criança chorar pela irmã, assim como eu também choraria pela minha? Por favor, sejamos sensatos, mais do que eles estão sendo agora e acabamos logo com isso. Sem perdas ou mais sangue derramado. Eu sozinha não paro eles, pelo menos não a sua família.
- Papai,- o homem olhou para a pequena que puxou levemente a gola do casaco dele.- Eu gostei dela, ela não ia mentir sobre isso.- gostei daquela garotinha também.
O macho sorriu para a pequena e se virou para mim.
- Consegue usar magia?- sorri e fiz chamas brotarem de minha palma.
- Com certeza.
- Me acompanhe por favor.- assenti e me coloquei ao lado dele.
O homem lançou, o que pareciam ser mãos, na direção dos que lutavam, os empurrando para trás.
Segui seu poder, deixando um rastro de fogo prateado no ar por onde passava. Olhares de questionamento e surpresa eram lançados em nossa direção.
Afastamos a todos, que recuaram ao nos ver trabalhando juntos para separá-los
Ao tentar separar Asterin e Lynae, que ainda estavam com espadas na garganta uma da outra, nossos poderes ricochetearam de volta.
Droga, Lily!
Se tentássemos bater contra o escudo dela novamente, poderíamos fazê-la cair, pois apesar de não demonstrar, sabia que usar magia e lutar ao mesmo tempo a estava deixando cansada.
E se caísse, Asterin podia agir por instinto e cortar-lhe a garganta.
Fiz um sinal para que o macho parasse de lançar seu poder sobre o escudo de minha irmã.
- Lily!- gritei para minha irmã.- Abaixa essa espada.
Mais nem ela e Asterin moveram um músculo.
Elas mantiveram o olhar fixo uma na outra. Nenhuma recuaria.
O homem desceu da serpente e andou devagar na direção das duas, ainda carregando a pequena.
Os demais começaram a se aproximar também, ainda desconfiados uns dos outros, olhando constantemente para os lados.
Incluindo tia Feyre em forma bestial e um leopardo branco que mancava sutilmente.
- Lynae. Largue a espada.- meu pai falou, usando de seu tom de general.
- Não sem ela o fizer primeiro.
- Para você ter a oportunidade de rasgar meu pescoço? Sem chance.- a de olhos dourados riu sadicamente.
- Abaixem as espadas. Agora.- uma feérica com os cabelos dourados e olhos azuis se colocou a uma distância segura ao lado de meu pai.
A mulher erguia a cabeça e usava um tom de autoridade. Asterin rapidamente desviou o olhar na direção dela e voltou a olhar para minha irmã.
Elas exitaram um pouco.
- Abaixem. As. Espadas.- a mulher de cabelo cabelo brancos que lutara contra Rhysand falou chamando a atenção das duas.
As duas fêmeas se olharam por alguns segundos. Ambas as espadas tremeram um pouco pela força feita uma contra a outra.
Elas se separam, indo para direções opostas, as lâminas raspando uma contra a outra.
Asterin jogou a espada no chão. Um sinal claro que não lutaria mais. Pelo menos não com espadas, pois suas unhas e dentes de ferro continuavam a mostra.
Uma olhada rápida para o pai e um olhar severo recebido a fizeram esconder as unhas e os dentes de ferro.
Lily ainda tinha a espada na mão.
Minha irmã olhou para nosso pai e jogou a espada no chão.
Um certo alívio tomou conta de todos ali presentes.
•
Pov's Lynae
- Por favor, me digam que ninguém morreu.- Nair disse pousando ao meu lado.
- Talvez as crianças sejam mesmo o futuro do mundo.- o homem que havia lançado magia contra mim, falou sorrindo para Nana.
Soltei um leve rosnando para ele e recebi em troca um beliscão discreto de minha irmã.
A criança no colo do feérico foi colocada no chão e correu até Asterin, que já andava na direção dela.
Então aquela vadia tem uma irmã mais nova também... Que conveniente.
Coitada da criança.
A garotinha correu para os braços da irmã, que a pegou no colo, a abraçando.
- Quem são vocês?- Feyre perguntou.
Uma ordem seca e precisa. Uma ordem de Grã-Senhora.
- Quem são vocês?- uma fêmea de cabelos dourados e olhos azuis retrucou minha tia, usando um certo tom de deboche e ganância.
- Feyre faz as perguntas por aqui.- Tio Rhysand se colocou ao lado da parceira.- Vocês são os estranhos em nossas terras.
Um macho de cabelos prateados rosnou para meu tio. Ele era o metamorfo que havia arranhado minhas asas.
Rhysand rosnou de volta. Nyx também. E um outro macho loiro de cabelo curtos e olhos azuis.
Teríamos outra briga, se Nair não tivesse simplesmente pulado entre os dois grupos e empurrado ambos os machos, Rhysand e o de tatuagem no rosto, para trás.
Nosso tio recuou com calma, ao mesmo passo que o outro macho rosnou para minha irmã.
- Não rosne para mim.- ela usou do pouco poder que possuía, para que seus olhos brilhassem prateado.- Eu faço as perguntas a partir de agora. Se depender de vocês, isso aqui terminaria com todos se matando por uma briga que apenas duas fêmeas começaram.
Eu e a morena, que ainda estava na minha lista, nos entreolhamos.
- Qual o motivo da briga?- minha irmã perguntou passando o olhar entre eu e Asterin.
- Ela e essa serpente alada me atacaram.- falei.
- Eu não ataquei ninguém! Abraxos estava apenas me concedendo montaria! Eu não controlo ele, apenas minha mãe! Não tenho culpa alguma se ele te viu voando e ao invés de uma... sei lá o que você é, ele viu um lanchinho!- Lanchinho?! Ora essa, já ouvi desculpas muito melhores.
- Então porquê revidou quando eu tentei te derrubar da montaria?- cruzei os braços.
- E porque eu não revidaria, cacete?!- ela gritou.
- Olha a boca! Tua irmã tá do teu lado!- uma fêmea de cabelos e pele branca a advertiu.
- Então foi apenas uma falha na... Comunicação?- Nair falou.- De qualquer modo, eu fico feliz que todos estejam bem. E se me permite dizer, senhora,- minha irmã se virou para a loira.- gostaria que respondesse a pergunta de minha tia, e então nos apresentaremos.- A mulher sorriu.
- Você é uma criaturinha interessante. Gostei de você garota.- Nana acenou com a cabeça, em sinal de gratidão pelo que pareceu ser um elogio.- Aelin Ashryver Whitentorn Galathynius, Rainha de Terrassen. Ao seu dispor milady.- ela fez uma breve reverência a Feyre que retribuiu. Pude jurar que Adhara, ao meu lado, prendeu a respiração por um segundo.
- Feyre Archeron. Grã-Senhora da Corte Noturna. Ao seu dispor, majestade.- elas ofereceram um sorriso uma a outra.
- Este é Rowan.- a rainha indicou o macho a sua direita.- Príncipe consorte de Terrassen. Meu marido, parceiro e carranam.- o macho acenou levemente com a cabeça, mais um olhar mortífero ainda era lançado em direção a meu tio.
- Este é Rhysand. Grão-Senhor da Corte Noturna. Meu marido e parceiro.
As duas fêmeas sorriram novamente uma para a outra, parecia que estavam entendendo uma a outra, pareciam ter simpatizado uma com a outra.
- Apresentamos então as duas que nos trouxeram até aqui!- Aelin disse e andou até Asterin, passando os braços nos ombros da garota. A garotinha correu de volta até o colo do homem que a segurava mais cedo.- Essa aqui é Asterin Blackbeack-Havilliard. Uma das minhas bruxinhas preferidas. Um doce de pessoa, assim como a mãe.- olhei para a mãe de Asterin a tempo de vê-la fazer uma careta e revirar os olhos.
- Essa é Lynae Archeron. Minha sobrinha. Um tanto temperamental, só até o vinho fazer efeito.- tia Feyre falou rindo. Olhei incrédula para ela.
- Também posso dizer que minha filha é delicada como a mãe...- meu pai riu.
- Vou contar pra mamãe.- falei empinando o nariz.- Ela vai amar saber que a acha delicada.- ofereci um sorriso forçado para ele.
Meu pai riu, mas pude jurar ter visto um certo desespero em seu olhar.
- Você disse Terrassen?- Pólux perguntou se dirigindo calmante a rainha. Suas sombras pareciam agitadas.
- Sim. Viemos todos de Terrassen... e outros lugares também.
A memória de alguns meses atrás invadiu minha mente.
Os portais, o clarão, o brasão. Tudo deveria estar ligado.
Olhei para minha família. Os olhares deles eram um misto de confusão, preocupação e até mesmo desespero.
A rainha acenou com a cabeça para meus tios, como se soubesse exatamente o que eles pensavam naquele momento.
Algo estava terrivelmente errado.
•
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BOA NOITE POVO!!!!
Primeiramente, peço desculpas por não ter postado antes, o capítulo ficou grande e eu gastei um certo tempo procurando rostos que se encaixassem com as características que eu queria para cada um.
Segundamente: O CROSSOVER VEIO FINALMENTE, PORRA!!!!!
E é nesse momento que vocês tem que começar a ficar realmente preocupados 🙂
Espero que tenham gostado do capítulo ☺️
É isso, um beijo da tia Isa ❤️
(P.s. perdão por qualquer erro de português)