𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃 𝐍𝐈𝐆𝐇𝐓𝐌𝐀𝐑𝐄...

De Natmoony

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"- Você vai ter que decidir - começou o Targaryen de cabelo cacheado. - Você é meu inimigo ou meu aliado?" Ne... Mai multe

PRÓLOGO
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capital 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Epílogo

Capítulo 4

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De Natmoony

No dia seguinte, Alec passou fugindo da rainha.

Mas infelizmente, não teve tanta sorte quanto gostaria. Um de seus cavaleiros - Sor. Erryk Cargyll, o achou - e nesse momento, estava sendo conduzido até a sala do Rei.

Quando chegaram ao portão pesado de madeira, encontraram não só apenas mais cavaleiros para garantir ao príncipe sua segurança, mas também Aemond Targaryen.

- O que ele tá fazendo aqui? - perguntou, a sobrancelha arqueada.

- Eu estou odiando isso tanto quanto você - respondeu o platinado.

- A Rainha o mandou para que lhe ajudasse na escolha de alguma donzela, meu príncipe - respondeu Erryk.

- Ah, claro! - exclamou em sarcasmo.

Sabia o porquê de Aemond está presente, sua mãe provavelmente o mandou para garantir que fizesse Alec escolher alguma donzela de algum outro reino.

Ele teria que se casar, e tudo seria ainda mais difícil para ocupar seu lugar como futuro Rei dos Sete Reinos depois de sua mãe. E sua coroa em Dragonstone.

- Então, o que eu tenho que fazer? - perguntou, tédio em sua voz.

- Apenas sentar-se, meu príncipe. Os convidados estão a espera - respondeu apontando para o trono de ferro.

O garoto olhou para o trono repleto de espadas e várias outras armas, logo depois voltou seu olhar para Erryk.

- Apenas... sentar? - repetiu.

- Sim, não ouviu? - respondeu Aemond, rude.

- Seu-

Tentou dizer, mas o platinado apenas revirou os olhos e puxou o braço do garoto até o trono.

Quanto mais rápido terminassem, melhor.

- Seja um bom garoto, e faça uma escolha decente - disse o mais velho se colocando ao seu lado em pé.

- Como quiser, meu príncipe - retrucou voltando seu olhar para frente, seu queixo apoiado em sua mão.

Infelizmente, ou felizmente. Alec não teve noção do sorrisinho ladino que deixou no rosto do platinado pela a simples menção de "meu príncipe".

Não sabia o porquê, mas isso deixava um gosto bom na boca de Aemond.

- Deixe-os entrar! - pediu Erryk para os outro guardas.

Os cavaleiros abriram o grande portão, deixando uma porção significativa de pessoas entrarem.

O de cachos arqueou a sobrancelha, confuso. Ele se virou para sua esquerda - onde Erryk Cargyll estava.

- Sor. Erryk - chamou. - Por que temos homens aqui?

Não se incomodava, mas quase era impossível ver dois Reis casandos e governando, ou duas Rainhas.

Na verdade, naquela concepção, pessoas que gostavam do mesmo gênero poderiam ficar juntas?

Não era desonroso?

- É uma antiga tradição, meu príncipe - respondeu. E agora, até Aemond que estava a sua direita, prestava atenção na conversa. - Alguns homens e mulheres podem ser casar com outras para fortalecer a ligação entre os reinos.

- Mas homens não podem procriar... - disse Aemond, confuso. Era a primeira vez que ouvia falar dessa tradição. - Como podem ter herdeiros?

- Bem, não seria necessário se já tivessem filhos - respondeu.

E Alec entendeu, olhou ao redor e teve uma leve epifania.

- Espera... todos os homens que estão aqui são casados? - perguntou.

Erryk nada disse, apenas assentiu.

O de cachos mordeu o lábio inferior, baixando a cabeça e percebendo a gravidade da situação.

Tirando as lindas moças que tinham por todo salão. Os homens que estavam presentes eram casados, e acima de tudo, tinham filhos.

Eles apenas queriam seu nome, e por infelicidade do garoto, talvez até seus serviços quando estivesse mais velho.

Sentiu um arrepio percorrer por seu corpo, era nojento.

- Não precisa escolher nenhum deles se não desejar - disse Aemond, se inclinando para sussurrar em seu ouvido.

O de cachos virou o rosto, mas afastou levemente quando percebeu a aproximadamente em que estavam.

Podia sentir a respiração do platinado tocar em sua bochecha, era tão... quente?

Mas não de uma menina malicioso, longe disso. Sua respiração era quente, como se seu corpo estivesse nervoso pela a situação em que estava.

- Eu vou precisar escolher de qualquer jeito... - respondeu, seus olhos focados no azuis claros do outro.

- Mas não precisa ser eles - retrucou, e inconscientemente, Aemond tocou em seu braço.

Alec olhou para o seu toque, depois voltou seu olhar outra vez para o platinado.

- Eu tenho deveres a fazer como futuro Rei de Dragonstone e futuro Rei dos Sete Reinos depois de minha mãe - voltou a dizer.

- Então escolha uma dessas moças, não precisa seguir uma tradição nojenta de merda - respondeu.

E pela a primeira vez, Alec viu Aemond quase... irritado?

Não, essa não seria a palavra correta. Talvez enojado com os fatos em que chegaram, ou apenas entediado.

- Ok... - sussurrou o garoto, logo voltando seu olhar para Erryk. - Mande que comecem!

- Entendido, meu príncipe - respondeu. - Senhora e Senhores, chegou a hora de começarmos a honra sobre o futuro casamento de Alec Targaryen Velaryon. Primeiro filho de Rhaenyra Targaryen e Laenor Velaryon e futuro Rei de Dragonstone e dos Sete Reinos depois de sua mãe!

E assim começou o dia de uma maneira surpreendentemente chata.

[...]

- E estou aqui para protegê-lo e promovê-lo ao um novo trono - disse o homem de quase meia idade.

E quando Alec finalmente achou que ele não iria mais continuar, ele o fez.

O Targaryen de cabelos negros revirou os olhos, e se inclinou para a direita - onde Aemond estava.

- Acho que sua mãe gostaria desse - brincou o garoto.

- Não brinca com isso, o homem tem quase ou até mais da idade de meu pai - fez uma careta, mas sua feição se dissipou quando ouviu um risinho baixo do outro ao seu lado.

- Eu aposto que ele deve ser o primeiro de sua geração - comentou, e Aemond o olhou alarmado.

O platinado voltou seus olhos para o homem, o examinando. E depois para Alec, surpreso.

- Aposto que ele foi o primeiro a achar o barco de quase cem anos abaixo do mar - disse.

- Aposto que ele foi o homem a ver o primeiro ovo de dragão - respondeu.

Silêncio.

Os dois se olharam durante três segundos, e logo depois caíram na risada. Esquecendo seus ideais sobre serem inimigos.

- Príncipe Alec! Príncipe Aemond! - repreendeu o cavaleiro.

- Desculpe, Sor. Erryk - disse Alec. - Mas, chame o próximo, sim?

- O que tem de errado com esse, meu príncipe? - perguntou.

- Ele tem idade para ser pai do meu pai - brincou.

O cavaleiro fez uma expressão de surpresa, logo pedindo o próximo.

- Lady. Fluer Wellington - disse o homem. - Filha de Sor. Hearb Wellington, segunda em seu nome.

E uma garota de cabelos absurdamente longos apareceu, trajava verde, o que fazia um conjunto incrível entre seus olhos.

- Príncipe Alec Targaryen Velaryon! - se curvou perante o outro.

Seus cabelos ruivos dando um destaque habitual no verde, a garota era esplêndida. Mas Alec tivera percebido que ela parecia ser ainda mais velha que ele.

Dezoito ou dezenove anos?

- Lady. Wellington, o que te faz querer um casamento comigo? - perguntou, suas costas apoiadas no trono de ferro.

Alec sabia o real motivo, todavia, era ainda melhor quando se ouvia por outra pessoa.

Mentiras contadas são apenas falácia se você não souber a verdade.

- Acredito que você e eu podemos estabelecer uma linhagem forte, meu príncipe. Seus dragões junto as minhas terras, nunca irá lhe faltar mais nada, meu Lorde - respondeu.

Aemond franziu o nariz, descontente por toda a formalidade desnecessária.

- Você acha que falta alguma coisa ao futuro Senhor de Dragonstone? - gritou uma outra donzela.

E alguns começaram a rir, a mulher ruiva abaixou levemente a cabeça. Envergonhada.

Alec viu que talvez não fosse aquilo que ela queria, ela poderia ter sido mandada ou até mesmo forçada.

- Eu acho que posso aprender a gostar de você - sorriu o de cachos.

A garota ergueu a cabeça, contente.

Aemond a olhou, e logo em seguida seus olhos passaram para Alec.

O garoto percebeu o silêncio ao seu lado, fixou seu olhar no platinado. Mas Aemond já havia desviado, as mãos para trás das costas em um gesto de "Eu não me importo.", e a carranca habitual no rosto.

- Platinado idiota! - chamou. - O que acha dela?

- Ela vai ser sua noiva, não minha - respondeu sem olhá-lo.

Rude.

- É, mas infelizmente, sua mãe está como uma pedra no meu sapato - retrucou.

Silêncio.

- Achei que você tivesse vindo aqui pra me ajudar - comentou.

- Estou aqui apenas para garantir que você cumprirá seu papel - respondeu.

- É uma pena - levantou, esticando-se. Aquele trono de ferro era absurdamente desconfortável.

- O que tá fazendo? - perguntou quando notou o garoto caminhar para a saída.

- Elas estão brigando, basta olhar - apontou para as donzelas e até alguns dos homens.

Aemond estava tão focado em sua mente, tão focado em Alec que não tivera percebido o ocorrido.

Sor. Erryk tentava ao máximo apartar a briga junto aos outros cavaleiros, sem chance.

- Você vem? - perguntou Alec se distanciando.

O garoto passou despercebido pela a porta aberta, Aemond logo atrás.

- Está quase na hora do jantar - disse o platinado.

- Eu sei - respondeu o outro, as mãos para trás.

- Esse não é o corredor certo para onde devemos ir - Aemond voltou a dizer.

- Eu também sei disso.

- Pra onde estamos indo? - perguntou, impaciente.

- Para o festival.

- O quê? Não! Sem chance! As nossas mães vão nos matar - retrucou.

- Elas não precisam saber - respondeu, e agora ele caminhava de costas para o corredor e de frente para Aemond.

- Vire-se! Você vai acabar caindo - repreendeu o mais velho.

Tão mandão.

- Você é tão negativo assim, tio? - perguntou, dando passos ainda mais largos quando Aemond ameaçou atacá-lo.

- Você é tão infantil assim? - perguntou, soltando o ar em seus pulmões que nem sabia que estava segurando.

- E você é tão chato, até Aegon parece se divertir mais - acusou, o queixo erguido em confiança.

Aemond deu alguns passos mais a frente, fazendo o garoto dar ainda mais passos para trás.

- Sério? Você está realmente me comparando com Aegon? - atirou.

- Não, estou te comparando com um velho de quase cem anos - parou repentinamente.

Alec quase riu quando Aemond também parou abruptamente quase colado em si, tudo por culpa de não ser sido avisado que iam parar.

O platinado engoliu em seco com a proximidade, dando dois passos para trás. Agora estavam em um distância considerável.

- Venha comigo - sussurrou o cacheado.

- O quê? - sua boca entreaberta em surpresa.

- O festival - respondeu, suas mãos ainda para trás. Era uma mania tão formal mais ao mesmo tempo tão informal que o mais novo tinha, e era tão... adorável?

- Não podemos, Alec... - disse.

E o Targaryen mais novo quase arregalou os olhos, era a primeira vez que Aemond o chamava pelo o nome.

- Apenas dessa vez - voltou a dizer. - Não como amigos, não como inimigos. Mas sim como duas pessoas decentes. E depois disso, voltamos a não nos gostarmos.

Ele sorriu.

O filho da puta sorriu.

E quanta merda, era a primeira vez que Aemond o viu sorrir tão de perto. E era fascinante.

- É uma proposta tentadora... - disse. - Entretanto impossível, sinto muito, mas temos que ir.

Alec suspirou, balançando a cabeça e bagunçando os cachinhos negros.

- Ok então! - respondeu, se virando e continuou a andar. - Eu vou sozinho.

- O quê? Não! - quase gritou. - Alec! - o garoto não deu ouvidos. - Alec!

Aemond travou o maxilar, com raiva do que iria fazer. Ele correu, correu até alcançar o cacheado no outro corredor perto de um dos pilares.

- O que é isso? - perguntou notando a bolsa preta de pano.

- Disfarce, não podemos sair se formos vistos como príncipes - respondeu.

- Podemos? - repetiu, a frase estava no plural.

- Veste! - entregou uma capa preta e totalmente lisa para o platinado.

Parece que não era só Aemond que gostava de mandar.

O garoto segurou, mas não fez o que o mais novo disse. Apenas continuou a olhar o pedaço de pano liso.

- Ok! - disse Alec.

O garoto de cachos suspirou, retirando a capa da mão do platinado. Ele se aproximou, passando a capa por seus ombros e enrolando o pequeno cordão na frente.

Aemond viu quando Alec ergueu a mão, e inconscientemente segurou seu pulso.

- O que tá fazendo? - sussurrou.

- Vou puxar o capuz... - respondeu, tentando puxar seu pulso de volta. Mas o platinado não o soltou. - Você não vai querer que alguém reconheça seu cabelo, vai? Pode ser perigoso.

O mais alto engoliu em seco, nervoso pela a proximidade. Não era próximo de nenhum dos irmãos filhos de Rhaenyra.

Também não era próximo de seus próprios irmãos, apenas se dava bem com Helaena.

- Você pode soltar, por favor? - perguntou o cacheado.

- Tá... eu... - gaguejou, mas fez o que Alec pediu. - Ok...

- Obrigado - ironizou, puxando o capuz e colocando sobre a cabeça de Aemond. Ele tocou nos fios brancos, empurrando-os para trás, tentando esconder que era um Targaryen. O outro não tirava os olhos do mais novo, contemplando cada reação perfeccionista que ele tinha. - Prontinho!

Se distanciou.

- Agora vamos! - exclamou dando alguns passos para trás, mas Aemond o puxou de volta pelo o braço. - O que foi?

- Você não tá pronto... - respondeu, e pegou a outra capa. - Se aproxime! - mandou, e Alec sentiu as mãos esfriarem.

Ele chegou mais perto, timidamente por não ser acostumado com a proximidade de quem não gostava.

Aemond contornou a capa pelos os ombros de Alec, fazendo o mesmo processo com o cordão que o segurava e teve a liberdade de se inclinar para puxar o capuz, tentando esconder os cachinhos negros.

- É quase impossível escondê-los - comentou o platinado se referindo aos cachos na testa. - Talvez se eu puxar um pouco mais o capuz...

Alec arqueou uma sobrancelha, Aemond estava realmente divagando sozinho?

Seus pensamentos foram dissipados quando sentiu o capuz escorregar sobre seu rosto, ele revirou os olhos.

- Acho que você ficou totalmente escondido - brincou Aemond.

O garoto cacheado puxou o capuz um pouquinho mais pra cima, para que conseguisse ver.

- Acho que assim é melhor - respondeu.

- Não me admira a capa ficar grande, você pode ser comparado ao um ratinho - ironizou e começou a caminhar.

Alec arregalou os olhos pelo o apelido esquisito.

- Talvez seja porque sou dois anos mais novo que você! - retrucou dando passos largos para encontrar o outro. - E eu ainda vou crescer.

- Quem sabe? - não deu importância. - Rhaenyra não é tão grande, Laenor muito menos. Não acho que você cresça muito - balançou os ombros.

- Ora seu platinado de merda! Tá tentando me estressar? - perguntou.

- Não, tô tentando passar o tempo enquanto não chegamos a cidade - respondeu e seguiu em frente.

Alec não o fez, parando para olhar o teto e fazer uma oração para os Deuses sobre seu arrependimento em levar Aemond.

- Vem! - chamou o mais alto. - Vamos, ratinho!

Gota d'água.

Aemond correu com um sorrisinho em seu rosto ao ver Alec correndo atrás de si e o ameaçando de morte.

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