Sou Autora desse Mundo

Da Romancista-Chan

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Renasci como a filha do personagem que causou minha morte indiretamente. Por causa de Leonel, meus fãs fizera... Altro

Prólogo - Não deveria ter escrito aquele livro

Capítulo 1 - O Meu Mundo

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Da Romancista-Chan

Humanos veneram a deuses, os deuses veneram a quem? Conhecem o mito do Autor? Isso explica muito como o mundo funciona, apenas uma casta de criaturas sabem de suas origem, aqueles chamados de deuses ao qual governa o mundo humano, são apenas criaturas feitas de palavras. Todo autor é um criador, quando perece ele é encarnado em sua própria obra, em seu próprio mundo que criou com a caneta; esse é o destino de qualquer autor.

***

A cada momento, meu corpo afundava mais na escuridão, ela era quentinha como o útero de uma mãe. Por mais que eu não lembrasse da sensação de quando eu era um bebê, creio que o mesmo sentimento seria o mesmo. Então a morte é como voltar ao útero da mãe? Estava tranquila até a sensação de uma onda me levar através das correntezas, a onda era numa forma de luz, agia como as águas agitadas de um rio em meio a tempestade, até que senti afundar naquelas águas luminosas. O mundo era diferente, um clarão contendo apenas o pálido branco. Algumas estrelas flutuavam com o tom amarelo dourado, brilhavam com a mais forte luz.

Então uma das estrelas começou a brilhar, foi tão forte que explodiu em um dourado clarão. A luz me cegou, fiquei alguns segundos com os olhos fechados, então escutei a voz ofegante de uma mulher. Quando abri os meus olhos, estava todo embaçado, a claridade me impedia de ver com clareza. O contorno de duas pessoas, me fez pensar estar num hospital. Alegria de não ter morrido naquele instante, fez o meu ser alegra-se; como um ato inconsciente, meus lábios formaram um sorriso. A figura daquelas pessoas cada vez se tornavam mais nítidas, olhos fulvos me fitaram com calidez. O homem com cabelos escuros, sorria amavelmente como se estivesse no seu momento mais feliz da vida. Tais características me eram familiares, como se a figura do homem estivesse sempre presente em minha imaginação.

"Ela é muito linda." A voz gentil de uma mulher, fez-me voltar para a realidade. Olhando para ele, havia características muito estranhas para um humano. Cabelos tão platinados como o alvo mais puro, as cores do branco se tornavam o arco-íris quando o sol refletia nos seus fios. Olhos profundos como as águas límpidas do Hawaii.

Timidamente, o homem pegou em minhas mãos — que eram tão pequenas, quanto de um recém-nascido.

"Sim." ele respondeu timidamente.

Definitivamente essas pessoas eram muitos familiares para mim, com a cicatriz no queixo do homem, algo me veio à mente. Um homem com cabelos negros e olhos dourados, uma cicatriz recém-sarada e uma mulher tão linda como uma deusa, são as criações minhas. Em minha frente, está Leonel com Élia, figuras tão reais quanto a minha própria existência. Como é possível? Estou sonhando? Pensei desesperada diante de minha situação inusitada. Onde estou? Isso é o céu?

"Por que não escolhe um nome?" disse a mulher para o homem.

"Eu? Isso é uma responsabilidade e tanto."

"Então, pense bem."

Ele olhou para a mulher desconfiado.

"Tem certeza? Se eu der um nome de cachorro para ela?"

"Confio plenamente nas suas capacidades intelectuais. Com certeza você não é o tipo que abria a própria cova."

Leonel riu com a declaração de sua esposa.

"Seria um grande escândalo a arquiduquesa matar o seu próprio marido em decorrência a ele nomear sua filha com um nome de cachorro"

"Todos estariam ao meu lado, falariam 'ainda bem que a arquiduquesa matou o malvado arquiduque antes que ele colocasse o nome de um cachorro em sua própria herdeira'".

Ambos riram e olharam para si, com um sinal de consentimento, o homem pairou por um momento. Pareciam que várias coisas estavam passando sobre sua cabeça.

"Cattleya? O que acha?" perguntou para esposa.

"Ah, o nome da antiga imperatriz! É um ótimo nome." A mulher olhou para mim, com um sorriso gentil, ela disse, enquanto pegava na minha mão desocupada. "Bem-vinda a nossa pequena família, Cattleya."

Em todo momento não deixei de olhar interrogativamente, o que estava acontecendo? Tal pergunta não saía da minha cabeça. Essas pessoas definitivamente são os mesmo personagens que criei nos meus livros, até mesmo seus trejeitos e a forma de falar são parecidos. Estou sonhando, só pode.

Parece que pensei tanto que acabei sonhando com eles. Quando despertar, estarei no meu quarto, a facada seria apenas um pesadelo seguido de um sonho estranho. Pensando bem, não lembro de ter escrito que esses dois tinham uma filha chamada Cattleya, tal criança não era criação minha. Sempre deixava minha história em aberto, deixava que os fãs imaginassem o que aconteceria depois da última página. De certa forma, ocorreu em A Santa Entre as Rosas, apenas descrevi que Robert e Katherine haviam criado uma família. Como? Isso deixou em aberto para os fãs pensarem na composição familiar a vontade, todavia mudou quando escrevi a sequência descrevia que fim levou os antigos personagens. Não dava muitos detalhes, pois o foco era principalmente no Leonel e consequentemente na Élia. O último capítulo de A Rosa Solitária, foi apenas o casamento deles, ao qual todos os personagens que apareceram de A Santa Entre as Rosas e A Rosa Solitária estão presente. O que passou com eles deixei para a imaginação dos leitores.

E foi nesse capítulo que dei uma manchada na personalidade de Katherine, desconstruindo ou ressignificando ela. Pois achei que isso ficaria mais interessante, contudo não havia razão para fazer essas mudanças no final do livro. Alguns leitores não perceberam, outros ficaram confusos, porém, nunca revelei exatamente o que Katherine sentiu no dia do casamento de Élia e Leonel.

Pensando no que poderia ter acontecido comigo, eu dormi. Inicialmente parecia ser um sonho normal, que ao final ficou um tanto quanto confuso. A paisagem era branca, não havia céu, apenas o chão com flores. Ao fundo, um grupo de pessoas me olhavam, não estava muito longe, todavia quando eu a olhava-vos, as figuras estavam embaçadas. Uma dessas figuras, ao qual identifiquei como um menino, começou a correr em direção a mim. Outros, olhavam para o menino de uma forma surpresa, suas bocas mexeram.
"Não podem se aproximar, agora." Não houve nenhum som, mas sentia ser isso o que eles queriam dizer para o menino. Mesmo assim, a criança continuou a correr na minha direção, fiquei parada fitando-o ao mesmo tempo, que ele vinha. Ao fundo, via que o chão começa a cair, o grupo de pessoas também caíram, o menino corria conforme o chão desaparecia. Finalmente o chão alcançou e ele estendeu sua mão, inconsciente corri em sua direção e peguei sua mãozinha.

"Que bom você esteja aqui." o menino sussurrou. "Todos estão feli..."

Não sabia quem era a criança, sua existência estava toda borrada, antes de terminar sua frase, ele caiu no limbo. Quando senti o chão desfazer diante de meus pés, acordei no meio da noite. A lua refletia através da grande vidraça, senti os olhos grandes de uma coruja me olhar. Olhei em volta e não via nada além das sombras da luxuosa mobília daquela mansão. Minha mente estava confusa em não ter acordado no hospital. Tentei me levantar, porém, falhei miseravelmente. Novamente fitei o ambiente e vi algo em cima de mim; mobile nas formas de luas, estrelas e sóis, feitos de algum tipo de cristal translúcido.

Que porra é essa?

Estava silencioso, apenas ouvia o som da noite cantante; agradavelmente nostálgico. Até ouvir o som insuportável de uma criança chorona. Queria dormir para despertar no mundo real, a criança não parava de chorar até escutar a voz de uma mulher cansada.

"Sua vez."

"Deveria ser você. Queria que ela dormisse conosco." disse o homem entre dormindo e acordado.

"Cala boca e vá." Logo após isso, escutei o som de algo de espatifado no chão.
"Não precisava me empurrar da cama."

"O que disse?" perguntou a voz sonolenta da mulher.

Não houve resposta, apenas sons sucessivamente de passos se aproximando de mim. O homem que parecia ser Leonel estava olhando para mim, enquanto coçava a cabeça impacientemente. Foi nesse momento que percebi que o choro vinha de mim, não fazia isso de uma forma consciente, apenas queria que esse sonho acabasse.

"O que tu precisa?" perguntou carinhosamente, ao mesmo tempo que afagava meu cabelo. Sua cabeça se aproximou e a expressão de asco se formou. "Oh, isso é um grande problema."

Ele saiu de perto do berço e voltou para sua esposa. Com alguns cutucões ele a chamou:

"Élia acorda." cutucou ele. "Precisa trocar a fralda dela."

A mulher virou-se para o lado oposto, enquanto lhe abraçava o travesseiro.
"Faça você caramba."

"E acha que eu sei?!" respondeu ele.

"Eu muito menos. Isso é tudo novo para mim também."
Ele coçou a cabeça impacientemente.

"Por que então colocou ela no mesmo quarto que o nosso? Ela tem o dela, além que as empregadas poderiam fazer o serviço." disse bufando.

"Para amamenta-la. Foi um erro meu, não pensei nessa possibilidade das fraldas."

"Mas... mas podemos contratar uma ama de leite."

Ela levantou a cabeça com uma expressão perplexa.

"Quero que ela se apegue a mim, não em uma babá. Essa não é uma das obrigações de uma mãe? Amamentá-la?"

"Minha mãe não me amamentou." e completou. "Todas as mulheres da nobreza optam por não amamentar os seus filhos."

"Isso é tão errado." concluiu ela.

"Não acho."

"Se as mães podem dar leite para seus filhos, então não há razão para contratar alguém para tal serviço. De qualquer forma, ela não precisa ser amamentada, então como está no seu turno... se vira! Agora deixe eu dormir em paz."

É tão estranho, mas, ao mesmo tempo, tão fascinante ver esse casal interagir entre si, sem eu precisar escrever cada linha de diálogos. Ver minhas criações se mexerem e falarem como coisas vivas no mesmo mundo ao qual criei; tal coisa é fascinante, porém, ao mesmo tempo, estranha. Que lugar é este? Um sonho não poderia ser tão vivido, esse mundo está muito coerente para ser um sonho. Não há outra explicação lógica, exceto se tenha reencarnado no meu próprio mundo. Existem vários pontos que devem ser levados, não existe reencarnação! E mesmo se existisse, como seria possível ser no mundo de A Santa Entre as Rosas, que saiu inteiramente de minha cabeça? Outra coisa estranha, muita coincidência. Poderia ter encarnado em outro mundo, qualquer outro lugar, porém foi justo nessa obra.

Há tantas coisas que não fazem sentido, não acordando no mundo real, significa que eu morri. Minha morte foi causada por aquele fã — tal pessoa deveria ser chamado de fã? — porque o shippe dele não foi o que aconteceu. O que ele estava pensando, fanfics servem justamente para isso. Quando o autor não lhe segue sua vontade, basta ler a versão do fã.

Preferiu me matar. Lembrando de seu perfil; nenhum momento pareceu um rapaz normal. Havia poucas pessoas do sexo masculino na fila, espera esse resultado por uma história voltando para o público feminino. Aparência era estranha, como fizesse muitos anos sem sair do quarto. Hikikomori aparentemente.

Leonel olhou-me angustiado. Ficou encarando-me como se não soubesse onde começar. Então ele me pegou e aninhou no seu colo. Rapidamente caminhou em direção à porta e saiu no corredor. Começou a correr no grande e magnífico palácio ducal. Lembro de ter descrito como o local mais luxuoso do que o próprio Palácio Imperial. Queria dar mais vantagem para Leonel e Élia, do que o meu antigo casal Robert e Katherine.

Ele correu até um corredor que ficava no segundo andar, bateu várias vezes na porta de um quarto. Uma velha senhora atendendo.

"Oh, céus. O que está acontecendo?" perguntou a senhora.

Sabia exatamente de quem se tratava. Era a babá que cuidou de Leonel e Robert em suas infâncias. Ela também foi a babá da antiga imperatriz e mãe dos dois, quando ela cresceu e virou imperatriz, a senhora Abigail entrou na corte e se tornou chefe das damas de companhia. Eventualmente ela ficou encarregada de cuidar dos dois príncipes de Cattleya. Ela saiu do palácio com a morte da imperatriz, não queria se envolver com disputas palacianas. E nenhum momento ela apareceu em A Santa Entre as Rosas, apenas no máximo descrevi em alguns parágrafos, quando contava as histórias dos irmãos. Ela só foi aparecer como personagem em A Rosa Solitária, desempenhando um papel importante na superação da depressão de Leonel devido ao casamento de Robert e Katherine.

Após o encontrou, ele novamente a contratou para ser a governante do ducado.
"Babá, poderia trocá-la?" Leonel, mesmo após adulto, ainda chamava Abigail de babá. Houve vários momentos engraçados, uma delas foi quando Élia descobriu esse fato e não parou de zombar.
"Eu disse, não disse? Mesmo assim teimaram em colocar o berço no seu aposento."

"Não poderia ir contra Élia."

"Ah, você mudou!" exclamou Abigail afagando a cabeça de Leonel como se fosse os pelos de um cachorro. 

"Isso é bom?"

"Claro que é! No passado nunca seguiria os desejos de alguém."

"Bem, fui contra com essa ideia de Élia." disse ele.

"Mesmo assim, deixou ela fazê-la."

"Claro, morar com ela é a mesma coisa de estar com uma espada no pescoço. Ou acata aos desejos dela, ou morre."

Abigail riu e depois olhou para mim.

"Bem, deixa a nossa princesa comigo, cuidarei dela."

"Só... troca a fralda dela..."

"Ah, não!" Balançou a mão. "Cuidarei dela essa noite."

"Mas..."

A babá me pegou e aninhou em seu colo. 

"Vou mandar trazer o berço dela, então." disse Leonel hesitante.

"Já tenho um aqui." Ela saiu da frente e mostrou um berço de madeira.

Ele olhou surpreso e, ao mesmo tempo, confuso.
"O que um berço..."

"Já esperava esse resultado, então me adiantei."

Naquela noite ela me trocou e cuidou de mim, quando acordei, já era manhã e ainda continuava aqui.

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