𝐕𝐨𝐭𝐨 𝐏𝐞𝐫𝐩𝐞𝐭𝐮𝐨 (𝐕...

By Sra_LopesDancy

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Duas famílias poderosas no mundo bruxo, ambas fazem parte dos Sagrados Vinte e Oito, e ambas as famílias tinh... More

01 - AVISOS ❌️IMPORTANTE LEIAM❌️
02 - Prólogo
03 - Cartas de Hogwarts e suas revelações
4 - Voto Perpétuo
5 - Hogwarts
6 - Hogwarts e Chapéu seletor
7 - Primeira dia de aula e uma Pequena Vitoria
8 - Aula de voo e provocações
9 - Aula de feitiços e Noite de Halloween
10 - Jogo Sonserina VS Grifinoria
11 - Floresta Proibida
12 - Explicações
13 - Primeira festa de Natal em família
14 - Volta para Hogwarts e um fim de ano letivo nada satisfatório
15 - Beco diagonal
16 - Segundo ano em Hogwarts
17 - À terrível primeira aula de DCAT
18 - O mais novo apanhador dá Sonsorina
19 - Inimigos do Herdeiro
20 - Quem abriu à câmera secreta?
21 - Jogo de quadribol nada satisfatório
22 - Santo Potter
23 - Clube de duelos
24 - Uma visita inesperada
25 - Problemas avista
26 - Fim de mais um ano letivo
27 - Sírios Black um parente indesejável
28 - Dementadores em Hogwarts
29 - Primeiro dia de aula e de enfermaria
30 - Primeira aula de DCAT
31 - Família é família
32 - Primeira vez em Hogsmeade
33 - Dementadores
34 - Natal
35 - Um pouco de diversão antes da tormenta
36 - Realmente desesperados
37 - Últimos dias em Hogwarts
38 - Férias e copa mundial de quadribol
39 - Torneio Tribruxo
40 - Aula de DCAT ou aula de como se aprender artes das trevas ?
41 - Campeões Tribruxo
42 - Problemas no paraíso
43 - Nossos pais vão ficar sabendo disso
44 - Primeira prova - Dragões
45 - Convites para o baile de inverno
46 - E nesse jogo de egos até mesmo Crabbe e Goyle se saíram superiores
47 - Baile de inverno
48 - Baile de inverno (parte 2)
49 - Segunda prova - Lago negro
50 - A morte inesperada de Bartolomeu Crouch Sênior
51 - Terceira e última prova - Labirinto
52 - O Lorde das Trevas retornou... Preparam-se
53 - Em memória de Cedric Diggory
54 - Despedida e volta para casa
55 - Convites de casamento e visita à Ala Leste
56 - O grande dia chegou... Futura Senhora Malfoy
57 - Sr. & Sra. Malfoy
58 - Festa de casamento
59 - Noite de núpcias
60 - O primeiro dia do resto das nossas vidas
61 - Harry Potter indiciado
62 - Uma volta em grande estilo para Hogwarts
63 - Uma volta em grande estilo para Hogwarts (Parte 02)
64 - Show de talentos ( Filler )
65 - Show de talentos ( Filler ) - Parte 02
66 - Primeiro dia de aula e primeiros confrontos
67 - Que os jogos comecem
68 - Abra à sua mente
69 - Uma surpresa atrás da outra
70 - Ele sempre soube
71 - Dolores Umbridge avança em seu jogo
72 - Uma nova aliança
73 - Jogo de quadribol
74 - Jogo de quadribol (Parte 02)
75 - Jantar em família
76 - Uma pequena comemoração estilo Sonserina
77 - Somente nós dois
78 - O que o trio de ouro está aprontando
79 - Brigada Inquisitorial
80 - Volta para casa
81 - Preparativos de Natal
82 - Visita a mansão Black
83 - Festa de Natal
84 - Festa de Natal (Parte 02)
85 - Festa de Natal (Parte 03)
86 - Café da manhã e planos de ataque
87 - A família Nott e Greengrass deixam de ser um problema por enquanto
88 - Sala do diretor
89 - Merecemos uma comemoração
90 - Nada mal para um café da manhã
91 - Fuga de Azkaban
92 - Armada de Dumbledore
93 - Hogwarts sob nova direção
94 - Nunca se tem paz em Hogwarts
96 - Bem-vindo a mansão Malfoy
97 - O plano do lorde das trevas
98 - Inevitável
99 - O momento chegou
100 - Marca negra
101 - Avada Kedavra
102 - Isso não ficará impune
103 - Missão
104 - Ataque ão beco diagonal
105 - Missão suicida
106 - Borgin e Burkes
107 - Hogwarts último ano ?
108 - Aula de poções
109 - Defesa contra as artes das trevas
110 - Colar amaldiçoado
111 - Dia de Quadribol
112 - Jantar de natal do Slughorn
113 - Missão e segredos
114 - A profecia de Harry Potter
115 - Feliz Natal
116 - Falhando mais uma vez
117 - Sectumsempra
118 - A morte de Alvo Dumbledore
119 - Príncipe mestiço
120 - Volta para casa
121 - Uma manhã cheia de surpresas
122 - A arte da manipulação
123 - Chegou a hora da verdade
124 - Esse dia nunca tem fim
125 - Amor e morte, uma via de mão dupla
126 - Monstros não nascem,eles são criados
127 - Uma fuga quase perfeita
128 - A espera que mata e corrói
129 - Hoje não
130 - Palácio mental
131 - Caminhos estreitos
132 - Reunião comensais da morte
133 - Potter escapou com sorte
134 - O ministério caiu
135 - Relíquias da morte
136 - Uma pequena visita ao ministério da magia
137 - Volta a Hogwarts
138 - Lynx a implacável
139 - Feliz Natal
140 - Ele morreu
141 - Bem vindos a mansão Malfoy
142 - O momento da guerra chegou
143 - A batalha de Hogwarts
144 - Decisões tomadas e suas consequências
145 - Sentença decretada
146 - Seguindo em frente
147 - É o fim,mas também é o início de um novo começo
148 - Personagens
149 - Posfácio

95 - Os jogos começaram

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By Sra_LopesDancy

   As horas haviam passado dolorosamente lentas. Severus, eu e Draco havíamos ficado a noite e a madrugada inteira acordados, esperando por notícias que pareciam que nunca iriam chegar.

— São oito horas da manhã. Acho que chegou o momento de aceitarmos que algo de ruim aconteceu — Falei, tomando uma poção de revitalização.

— Nem quando eles invadiram Azkaban ficamos tanto tempo sem notícias — Draco falou sério.

   Antes que pudéssemos nos afundar ainda mais em amargura pela falta de notícias, ouvimos alguém bater na porta, o que fez Severus revirar os olhos e se levantar com ainda mais raiva para ir ver quem era.

— McGonagall — Severus falou.

    O que fez eu e Draco nos olharmos. McGonagall vir até a sala de Severus não era nada comum, sinal de que algo realmente havia acontecido.

— Dumbledore está aqui. Ele gostaria de conversar com você — McGonagall disse em um tom baixo.

— Certo — Severus disse, abrindo um pouco mais a porta para que a coruja rastreada de Narcisa entrasse na sala.

— Ei, garoto, você trouxe notícias? — Draco disse, fazendo carinho na coruja.

— É pro Severus — Falei, olhando para a coruja que se negava a entregar o pergaminho para Draco.

    Logo, Severus entrou na sala novamente, indo até a coruja e pegando o pequeno pedaço de pergaminho, ao qual ele leu em completo silêncio, fechando ainda mais suas feições.

— O que foi? — Draco perguntou, não aguentando mais o silêncio estoico dele.

— Narcisa pediu que voltássemos imediatamente para a mansão Malfoy — Severus disse, amassando o papel.

— Somente isso? — Perguntei em descrença.

   Balançando a cabeça em concordância, Severus se voltou para a lareira, jogando o pergaminho no fogo crepitante, que virou cinzas praticamente no mesmo instante.

— Só teríamos mais hoje em Hogwarts de qualquer maneira, então vamos nos arrumar e fazer nossas malas, Lynx. Meia hora está bom para você, padrinho? — Draco perguntou.

— Sim, vou fazer o mesmo — Ele disse, se virando para nós.

— E Dumbledore? Ele não queria te ver? — Perguntei.

— Converso com ele por carta, não é importante no momento. Agora vão, nos encontramos na entrada de Hogwarts, como sempre — Ele disse, já indo para seus aposentos.

    Com essa deixa, eu e Draco caminhamos o mais depressa possível para o salão comunal da Sonserina, onde Draco ficou para trás para conversar com Crabbe, Goyle e Blásio.

  Eu imediatamente conjurei nossos malões e bolsas de mão, lançando um feitiço de arrumação e levitação nas nossas roupas. Também peguei Drogo e o coloquei em cima da cama, para que não corresse o perigo de ser atingido pelos feitiços e encolhido ao ponto de ir para dentro dos malões.

   Eu tinha o pressentimento de que algo ruim havia acontecido. Narcisa nos mandar voltar imediatamente para casa não era uma boa coisa; aquela ida ao ministério em cima da hora não teve sentido algum, nem mesmo deu tempo de papai e Lúcio nos avisarem, sinal de que o lorde das trevas ou tinha decidido fazer isso de última hora, o que obviamente não era o caso, já que ele nunca faz nada sem pensar, ou ele não quis avisar papai e Lúcio, o que só mostrava que talvez o lorde não estivesse tão contente assim conosco, o que mais uma vez era extremamente óbvio.

   Logo pude sentir aquele arrepio por debaixo da minha pele, uma vibração de raiva e angústia que estava se tornando constante ultimamente, sempre me fazendo sentir como se andasse em uma estrada tortuosa e deserta, sempre sozinha, sempre com medo.

    Mas isso não importava no momento; eu tinha que fechar essa porta novamente, girar a chave e escondê-la no fundo da minha mente. Eu tinha coisas mais importantes para lidar no momento, e com isso fui para o banheiro.

   Assim que saí do banheiro, Draco estava lá escolhendo nossas roupas, o que, de certo modo, me transmitiu um pouco de calma.

— Obrigado, amor — Disse, lhe dando um selinho.

— Não fique nervosa. Eu sei que, assim como eu e Severus, você também sente que algo de ruim aconteceu. Não somos crianças tolas, então está na hora de respirar fundo e nos concentrar — Draco disse, me abraçando forte, sendo o marido, amigo e bruxo excepcional que eu conheço.

    Eu apenas concordei com a cabeça e selei nossas bocas juntas em um beijo forte e cheio de amor. Eu não precisava de palavras para mostrar a ele que ele estava certo e que ele era incrível.

    Com isso, ele entrou no banheiro, e eu fui em direção à cama, vendo o que ele tinha escolhido para usarmos.

   O vestido que Draco havia escolhido era um modelo novo, de ombros curtos, que ele completou com luvas de punho extremamente altas, o que dava um ar elegante e despojado.

   Assim que terminei de me vestir e arrumar o cabelo, juntamente com os brincos, Draco saiu do banheiro.

— Gostou da minha escolha? — Perguntou, com um sorriso presunçoso nos lábios.

— Se tem uma coisa na qual você nunca vai errar, é na escolha de vestimentas, querido. Acho que você chega a ser melhor do que eu — Falei, olhando-o.

— Se vamos aparatar bem no centro nervoso do caos e desastre, devemos estar no nosso melhor — Ele disse, com um suspiro.

— Queria poder dizer para nos mantermos positivos, mas a negação em um momento como esse só vai nos fazer tomar decisões erradas — Falei com certo melancolismo.

   Ele apenas concordou com a cabeça, enquanto vestia um dos seus ternos pretos franceses novos, juntamente com os sapatos e sua bengala.

— Muito bonito, poderia posar para todas as revistas bruxas de moda — Falei com um sorriso.

— Obrigado, amor, mas agora devemos ir. Se não, vamos aparecer no obituário do Profeta Diário, com uma manchete enorme de "Severus Snape assassina casal de sobrinhos" — Draco fala, rindo, enquanto encolhe nossa bagagem e a coloca no bolso.

   Com Drogo em um dos meus braços e o outro pendurado no braço de Draco, saímos do quarto. Os alunos nos olham curiosos, já que deveríamos ir embora amanhã cedo, mas, como sempre, não damos moral e seguimos nosso caminho.

   Os corredores estavam um pouco vazios no momento; era cedo e não haveria aula, então os alunos poderiam dormir até mais tarde, o que era bom, já que não haveria tanta gente nos vendo aparatar com Severus.

    Quando chegamos aos portões, ele ainda não estava lá, o que nos fez esperar por mais dez minutos, aumentando ainda mais nossa ansiedade. Eu só esperava que ele não tivesse ido até o Dumbledore, senão poderíamos voltar. O velho falava tanto por enigmas que, até você desvendar um, já estaria velho igual a ele.

    Mas, pela boa graça de Merlin, Severus estava vindo em nossa direção. O seu semblante ainda estava carrancudo e de péssimo humor; os alunos que estavam no corredor e que deveriam tê-lo visto certamente teriam pesadelos por um bom tempo.

— Tudo certo para aparatarmos? — Severus perguntou, colocando as mãos em nossos ombros.

— Sim — Draco e eu dissemos em uníssono.

    Então, logo senti o puxão tradicional na barriga, o que me fez apertar Drogo em meus braços, que miou irritado pelo transporte brusco. 

     Aparatamos do lado de fora dos portões da mansão, o que significava que todas as proteções estavam levantadas e ninguém conseguiria aparatar dentro ou fora da propriedade.

— As coisas devem estar em um nível crítico — Draco disse, lançando um feitiço de reconhecimento.

   Assim que passamos pelo portão, Tinker apareceu na nossa frente.

— Mileide Lynx, mestre Draco, senhor Severus — Ela disse, fazendo uma reverência. — As malas, por favor.

    Draco apenas as pegou na mão e as entregou a Tinker, que imediatamente sumiu, o que só me fez respirar ainda mais com dificuldade. Tinker estava nervosa; o comportamento frio dela era um indicativo disso. Ela não estava feliz.

    Quando chegamos às portas da mansão, Narcisa, juntamente com Bellatrix e Rodolphus Lestrange, nos aguardavam no foyer.

— Draco, Lynx querida — Narcisa veio até nós, dando beijos e abraços.

— É bom te ver novamente, Severus — Rodolphus disse, com um pequeno sorriso.

— Você parece acabado — Severus disse em seu típico humor ácido.

    O que fez Rodolphus rir e concordar com a cabeça.

— Você não tem respeito pela família, Severus — Bellatrix disse, revirando os olhos.

— A você também está aqui, Bella, nem tinha te visto — Severus disse, forçando um sorriso.

— Aonde estão papai e Lúcio? — Perguntei, cortando os três.

    Narcisa não me respondeu, simplesmente arrastou Draco e eu até Rodolphus e Bellatrix, o que não ajudou em nada no meu humor.

— É um prazer conhecê-los, crianças — Rodolphus disse, apertando nossas mãos.

— Não somos crianças — Draco disse, sério.

— Ele realmente é a cara do Lúcio na adolescência — Rodolphus fala, rindo.

— Ele tem sangue Black, um vitorioso, é claro — Bellatrix disse, apertando a bochecha de Draco, que afastou a mão dela com um tapa.

— Você viu isso, Cissa? Seu filho me afastou — Bellatrix disse, fazendo um beicinho, como se estivesse realmente chateada.

— Qualquer pessoa com o mínimo de inteligência te afastaria, Bellatrix — Severus fala, revirando os olhos.

   O que a fez rir cinicamente.

— Fique calma, sim? — Narcisa disse, com um sorriso amarelo, batendo no ombro da mesma.

    Assim que Bellatrix parou de rir, Rodolphus se voltou para mim.

— Tão bonita quanto a sua mãe... Na verdade, é bem mais... Mas ouvi dizer que você é tão inteligente quanto seu pai — Rodolphus disse, me olhando.

— Inteligente o bastante para perceber que vocês estão nos enrolando. Onde está o meu pai? — Perguntei, olhando-o.

— Vamos para a sala íntima, lá podemos conversar, sim — Narcisa disse, com um suspiro.

    Então a seguimos em silêncio, o que só estava fazendo com que a minha cabeça começasse a doer de raiva por nos enrolar e de preocupação, porque, obviamente, Lúcio e papai não estavam aqui na mansão.

    Assim que chegamos à sala, cada um de nós sentou-se em uma poltrona. Rodolphus ficou em pé ao lado da lareira, olhando para mim, Draco e Severus.

— Como vocês devem saber, o lorde das trevas nos enviou em uma missão de última hora. Não tivemos tempo de avisar nada a vocês...

— Não que tivéssemos a obrigação de fazer isso — Bellatrix o interrompeu, revirando os olhos.

— Querida, você sabe que eu odeio ser interrompido. Tenho certeza de que ainda lhe restam alguns bons modos, certo? — Rodolphus afirma, olhando-a seriamente, o que a faz rir baixinho.

    Certamente, os anos em Azkaban não a fizeram bem. É notável a sua instabilidade e o olhar louco que ela lança para todos nós, como se estivesse vendo e ouvindo algo muito engraçado. Mas isso certamente não a impedia de ser perigosa; sua postura não deixava dúvidas. O que mais estava me deixando nervosa era sua postura em alerta.

— Continue — Severus disse, irritado.

— O lorde queria que pegássemos uma profecia que falava sobre o garoto Harry Potter, mas, como vocês devem saber, somente o dono da profecia é quem pode pegá-la. Então, ele implantou uma falsa visão de Sirius sendo torturado no ministério, fazendo com que o garoto impulsivo fosse resgatá-lo. Como era certo, ele foi até o ministério e tudo que tínhamos que fazer era esperar... Lúcio, eu, Bella e Bart, nós mostramos primeiro, pedindo que ele entregasse a profecia sem alarde, podendo sair com seus amigos sem problemas. Mas é claro que ele foi idiota, igual ao pai, e se negou a nos entregar — Rodolphus disse, revirando os olhos.

— Potter e seus amigos são conhecidos pela sua imprudência e apreço pela morte — Falei, imaginando toda a cena.

— A garota ruiva patética, que com certeza é uma Weasley, destruiu milhares de profecias — Bella gritou, nos assustando.

— Sim, sim... Então começou uma correria sem fim. Logo, os outros camaradas que foram conosco nos emboscaram, e antes que pudéssemos realmente pegar a profecia, a Ordem da Fênix chegou e começamos a lutar com eles. Lúcio, obviamente, seguindo o propósito de pegar a profecia, começou a duelar com o Potter, e logo Sirius foi ao seu socorro, desmaiando Lúcio, que estava com a profecia na mão... Eu estava longe, Bart estava mais perto e foi para perto de Lúcio protegê-lo dos feitiços enquanto lutava com o auror Shacklebolt... Bella, em um momento de insanidade desmedida, lançou um Avada em Sirius — Rodolphus disse, logo se calando e olhando para Bella.

    Assim que nós três tivemos noção do que foi dito, também voltamos nosso olhar para ela, que agora ria baixinho, murmurando "Eu matei Sirius Black".

    Eu não sabia se sentia pena pela morte dele ou por Potter, que agora, mais uma vez, estava sozinho no mundo. Mas, dadas as circunstâncias, eu não iria sentir pena de ninguém, já que eu não sabia onde estavam papai e Lúcio, o que me fez arrepiar e imaginar o pior, apertando a mão de Draco.

— O que aconteceu com Lúcio e Bart, Rodolphus? Eu não ligo para o Black — Severus disse, se levantando impaciente.

— Bella, assim que matou o Black, saiu correndo com o Potter atrás dela, enquanto ficamos com o resto. O lorde duelou com Dumbledore e, antes que pudéssemos pensar em alguma coisa, os aurores chegaram em peso. Bart gritou para que eu fugisse. Eu não queria deixar ele e um Lúcio desmaiado para trás... Mas ele parou de duelar com Shacklebolt e me lançou para a lareira. Então, a última coisa que eu vi foi ele caindo desmaiado, sendo rodeado por vários aurores — Rodolphus disse, sério.

— Papai e Lúcio estão em Azkaban? — Perguntei, segurando o choro de alívio, já que Azkaban é melhor que a morte.

— Sim — Rodolphus acenou com a cabeça.

— Nossas fontes seguras no Profeta Diário nos disseram que amanhã fotos deles estarão na primeira capa — Narcisa disse, limpando uma lágrima.

— Então não temos tempo. Temos que avisar nossos sócios e tentar ao máximo minimizar os danos que vamos sofrer amanhã — Draco disse, sério.

— Papai e Lúcio estão em Azkaban, dois dos principais comensais da morte do lorde das trevas... E a profecia, o que aconteceu? — Perguntei, me controlando igual a Draco; não era momento para mostrar medo e fraqueza.

— Quando Sirius Black nocauteou Lúcio, ele deixou a profecia cair, então ela se quebrou — Rodolphus disse, com um suspiro.

— Então haverá consequências gravíssimas contra nós... Além de falhar na missão, papai e Lúcio foram capturados, e todos vão saber da volta do lorde das trevas — Disse, séria.

— Não tem problema — Bellatrix disse de modo simplório.

— Não tem problema? — Perguntei, me levantando. — Papai e Lúcio estão em Azkaban, e vocês perderam a profecia que o lorde queria. Se Lúcio estava com a profecia na mão, alguém deveria estar cobrindo-o, não matando Sirius Black — f. Falei, com raiva.

— Não fique brava, coisa fofa — Bella disse, rindo. — Tenho certeza de que o lorde das trevas vai compreender tudo.

— A única coisa que vamos compreender é a punição por termos falhado, não somente vocês, mas Narcisa, Draco, Severus e eu também... Para ele, não faz diferença; ele já vinha testando nossa lealdade, só esperando o momento certo para nos punir — Falei, andando de um lado para o outro.

— Lynx tem razão. Na verdade, estou surpreso por ele já não estar aqui — Severus fala de modo frio.

— Ele deve estar esperando a nossa primeira humilhação. Ele sabe como damos valor ao nosso nome e, amanhã, ele estará sendo arrastado na lama, e não vamos poder fazer nada contra isso, e nem contra ele — Draco disse, indo até a garrafa de whisky.

— Ele provavelmente irá nos rebaixar — Rodolphus disse, cético.

— Ele irá nos usar como exemplo, fazendo uma segunda humilhação. Ele não gosta de nós, mas sabe que, mesmo assim, precisa de uma família influente no meio puro-sangue... Agora ele tem todas as armas para nos punir adequadamente — Draco disse, soltando um riso de lamentação.

— Ele vai querer mostrar para todos que nem mesmo as duas famílias mais importantes e antigas do mundo bruxo podem contra ele — Severus disse, massageando as têmporas.

— Mamãe, comece a escrever cartas para nossos aliados mais próximos. Eles terão que ser úteis agora. — Narcisa apenas concordou com a cabeça, conjurando pergaminhos e pena. — E você, tia Bella, também será punida. Esteve lá na missão e também perdeu a profecia e, antes, esteve presa em Azkaban, não podendo ajudar os outros comensais a trazer o lorde das trevas de volta. Sabe quem o trouxe de volta? — Draco perguntou, debochado.

— Pedro Pettigrew — Rodolphus disse, revirando os olhos.

— Aquele rato não tem o valor que nós temos — Ela disse, confiante.

— Ele trouxe o mestiço de volta. Acorda pra realidade — Falei, com raiva.

   O que fez Rodolphus e Draco engasgarem com o whisky.

— Lynx — Severus chiou em repreensão.

— Não fale assim, menina. Mostre respeito — Bellatrix disse, se levantando.

— Ou o quê? Seguimos ele com o propósito de uma pureza de sangue que nem ele mesmo tem. Ser descendente de Salazar Sonserina não significa nada... Quando até mesmo o seu descendente iria o desprezar por ser quem é — Falei, em desafio.

— E o que você julga ser certo a seguir? — Rodolphus perguntou, tomando um gole do seu whisky.

— Papai me ensinou que a magia só floresce em almas raras; cada bruxo morto é um desperdício de magia que poderia estar sendo usada para outros recursos mais importantes da nossa espécie... Que os nossos verdadeiros inimigos são os não-mágicos, eles que trazem guerra e decadência à humanidade — Falei, séria.

— Bart sempre dizia isso, não posso deixar de concordar com ele, mas me surpreendeu bastante quando ele entrou para o círculo de comensais, justamente por não acreditar no que o lorde pregava — Rodolphus disse.

— Bart não é idiota, ele não faz nada sem ter pensado em um motivo importante para o fazer em primeiro lugar, ainda mais com a mãe que ele tinha — Severus falou, sério.

— Besteira — Bellatrix desdenhou.

— Para quem não é inteligente o bastante para as sutilezas da manipulação, é besteira mesmo — Falei, rindo cínica.

— Agora não é o momento para brigas — Draco disse, segurando a minha mão.

— Vamos, Bella, quero conversar com a mamãe e o papai, tenho certeza de que o papai vai adorar te dar alguns conselhos — Narcisa disse.

— Papai está com raiva de mim, Cissa — Bellatrix disse, batendo o pé.

— Mais um motivo para você estar nas boas graças dele novamente — Narcisa disse, pegando-a pela mão.

   Com isso, ela saiu com Narcisa, nos deixando a sós novamente.

— Temos que estar preparados para as consequências que se seguirão — Severus disse.

— Temos que pensar em uma maneira de tirar papai e Lúcio de Azkaban... Quando for possível, é claro — Falei com um suspiro.

— O lorde das trevas não vai querer tirá-los de lá agora — Severus disse, em desgosto.

— Eu não pensei em pedir sua permissão; talvez pudéssemos ajudá-los a fugir. Somos bons com magia silenciosa; se pudéssemos chegar a uma distância segura, poderíamos lançar feitiços na estrutura de Azkaban. Papai e Lúcio notariam a oscilação da magia que cerca o prédio e ajudariam de dentro — Falei, olhando-o.

— É um bom plano — Rodolphus disse em concordância.

— Lynx é boa em montar estratégias — Draco disse com um pequeno sorriso. — Mas devemos ver se vai ser seguro tirá-los de lá; talvez eles estejam mais seguros em Azkaban do que aqui com o lorde das trevas.

— Você tem um bom ponto, Draco; devemos saber o que o lorde das trevas vai querer fazer conosco primeiro — Severus falou, servindo-se de bourbon.

— Bem-vindos aos jogos, crianças — Rodolphus disse, erguendo o copo com whisky em um brinde.

    Já que as coisas realmente tinham fugido do controle, agora, papai e Lúcio presos em Azkaban eram um grande problema, um problema que nunca havíamos previsto, e isso era extremamente inconveniente e perigoso, já que havia nos deixado em extrema desvantagem e expostos a novos perigos.

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