• J U L I A N A •
📍 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
🗓 quarta feira, 5 de outubro
Acordo com um barulho super alto vindo da sala. Franzi o ceno precupada com o barulho e eu olhei para o lado e não encontrei o Lennon na cama, o que dobrou a minha preocupação. O Lennon com quatro criança? Claro que o Lucas e a Maria já não são tãoooo criança, mas ainda sim, aí tem.
Levantei da cama e sai do quarto na velocidade da luz. Vai que alguém se machucou, ou sei lá. Do jeito que o Lennon não é de confiança, eu já imaginei toda a merda que pode ter acontecido.
Quando eu cheguei na sala eu estava ouvindo umas risadinhas vindo da cozinha, o que me fez ficar mais aliviada, e mais precupada, porque eles não tinham machucado e sim aprontado. Espero.
Quando apareci na cozinha eu vi o Lennon esconder algo atrás do corpo, e eu não consegui ver. Eles seguraram a risada e eu não estava entendendo nada.
— Que que tá acontecendo aqui? — pergunto cruzando os braços na frente do corpo e eu vi a Maria colocar a mão na boca segurando a risada
— bom dia, linda. — ele vem até mim com a cara mais deslavada do mundo e eu arquiei a sobrancelha — dormiu bem? — ele pergunta com um sorriso no rosto
— que vocês aprontaram? — pergunto desviando o olhar dele para o resto da cozinha ouvindo o escapar da risada deles — em? — volto o olhar para o cantor — Você é o responsável. O que tem aí? — tentei olhar por trás dele que desviou
— nada. — ele disse com um sorriso que transmitia nervosismo no rosto e eu olhei para ele com os olhos cemirrados
— O que vocês estão aprontando, Melissa? — olho para a menina na intenção dela falar
— Melissa. — O Arthur passou o zíper na boca e eu escutei a risada da Maria
— ah, dinda. — ela começa a segurar a risada — a gente acordou e ficou com fome, aí, o tio Lenô disse que tinha bolo na geladeira. Só que era da senhora, aí, o tio Lenô, disse que a gente podia comer, e depois sair para comprar outro. Só que a gente foi no mercado e não achou esse bolo, então a gente foi tentar fazer igual esse. E o final da história é que deu tuuuuudo errado, e o bolo tá no forno agora. — ela fala e eu volto o olhar para o Lennon
Meu Deus. Quanto tempo eu dormi?
Não podia deixar o Lennon sozinho com eles assim. A cozinha está uma bagunça e a maioria deles estão com farinha por todo o corpo. Meu Deus.
— eles me obrigaram a fazer isso, eu só fui uma vítima da chantagem deles. — O Lennon fala e eu olho pra ele com desdém
— que mentira. Quem deu a ideia foi ele, dinda. — a Arthur fala desmentindo o Lennon
— é verdade. E ele ainda disse que tu não iria saber. Não iria nem desconfiar. — O Lucas fala e o Lennon olha para ele incrédulo
— eu nem sabia de nada. Eles me enganaram e disseram que não era pra mim falar nada. Então a real vítima da história, sou eu. — amaria se defende e todos olham para ela com cara de "ué" e eu segurei a risada para manter a minha pose
— mentiraaa. — a Melissa fala rindo
— vítima da história? Tu e o Lennon foram o que mais incentivaram. Falo 'memo. — O Lucas fala e a Maria assopra o resto de farinha que tinha no balcão
— Você tem alguma coisa pra me falar? — pergunto para o Lennon que estava na minha frente com aquele maldito sorrisinho
— tu tá linda. — ele fala e eu continuo com a pose — principalmente com essa cara amassada. É o charme que tá te deixando ainda mais linda. — ele disse e eu segurei a risada
Ele sabia que eu ficaria muito puta com essa história do bolo. Então ele tá tentado me agradar. Claro que está.
A verdade era que eu acabei de acordar e não conseguia estar tão puta. Meus neurônios não funcionam assim logo de cara, eu ainda estou processando essa ideia da cozinha estar uma bagunça e eles estarem brancos quem nem um fantasma de tanta farinha. O Lennon sabia o parto que foi pra mim achar esse bolo. Ele poderia ter me perguntado, ou sei lá. Eu não negaria, principalmente pra eles. Se fosse só o Lennon, é outro assunto.
Mas ele que vai se virar pra me comprar outro pedaço desse bolo. Ele que lute.
— para de querer me agradar. — me aproximei dele na intenção de ver o que ele ainda estava escondendo atrás do corpo — O que tem aí, Frasetti? Deixa eu ver. — puxei o braço dele o que fez o mesmo virar um pouco e eu pude ver o que tinha por trás — essa camiseta é minha??? — eu perguntei
Eu vi direito? Minha camisa do Corinthians queimada? Ah não.
— foi um acidente. Ela estava jogada lá no sofá, e eu peguei e coloquei no ombro pra guardar depois. E quando eu fui ligar o forno, a camisa caiu e pegou fogo. — ele explicar tirando a camiseta de trás do corpo
Não consegui nem falar nada e só vi a barra da minha camiseta toda queimada. Logo a única que eu tinha trazido pra esses dias na casa dele, e a única que eu mais gostava.
Quando eu pensei em falar milhares de coisas para ele, xingando e tudo mais. Eu lembrei que nao e estava só eu e o Lennon na cozinha. Parece que ele logo entendeu e olhou para eles que pareciam estar bem atentos. E eu tive até a impressão que eles estavam com o semblante culpado, então eu tirei a minha carranca do rosto para fingir que estava tudo bem.
— vamo' fazer o seguinte. Vocês ficam olhando o bolo e arrumam essa bagunça que eu já venho ajudar vocês, fechou? — o Lennon fala pra eles
— a dinda vai te dar bronca? — eu escuto o Arthur cochichar para Lennon que riu fraco
— ela tá braba' né? — eles me olharam rápido e mais novo concorda com a cabeça — mas relaxa que a tua dinda vai só trocar uma ideia comigo. — ele bsguncou o cabelo cacheado do menino
Ele passou por mim e eu o acompanhei que estava indo em direção do quarto. Ele sentou na cama me esperando falar e parecia que ele sabia que eu iria surtar. Claro que sabia.
— Você viu a bagunça que tá na cozinha? — pergunto — olha seu estado. Eu sei que foi na melhor das intenções e tudo mais, só que se não tivesse comido o bolo, não teria tudo aquilo na cozinha. — eu falo
— tu tá fazendo questão do bolo? Não tem problema, eu te compro outro. — ele avisa cruzando os braços na frente do corpo
— não tô fazendo questão de nada. Até porque é os meus afilhados e os seus irmãos. Eu nunca faria questão de comida com eles. Nunca. — eu olho no fundo dos olhos dele para mostrar sinceridade — eu só queria que você tivesse um pouco de responsabilidade. Eu dormi pra caralho por causa dos remédios e eu pensei que podia confiar em você.
— eu acho que tu tá exagerando. — ele fala e foi a minha vez de cruzar os braços
— exagerando? Você viu o estado da cozinha? O estado deles? O estado da minha camisa? — perguntei várias vezes
— Juliana... — ele respirou fundo e fez o gesto de descruzar os braços — eu não tiro a razão de tu estar bolada, mas eu acho que tu tá exagerando sim. É a sujeira na cozinha? Relaxa, a gente limpa. Limpa tudo. E a sua camisa, eu disse foi um acidente, não foi na intenção, papo reto. E eu peço desculpa, sem neurose. Mas eu te compro outra pra compensar essa. — ele garante e eu respiro fundo
— só... tenta pensar no, e se, antes de fazer as coisas. — falei já para encerrar o assunto — poderia ter sido uma coisa bem mais grave que só uma camisa queimada. — eu disse antes de entrar no banheiro
Eu precisava tomar um banho gelado para tentar acalmar. Tava estressada, mas eu não via motivo para eu falar um monte de coisa pra ele, sendo que a galera da bagunça estavam sozinhos limpando a cozinha.
Só de imaginar eu penso em outra bagunça se formando.
N O T A S F I N A I S
Gente, Boa tarde né? Eu amo o quanto aleatório são os meus capítulos. No capítulo anterior eles estavam tão maduros conversando sobre a Juliana, sobre eles. E hoje eles "brigam" pq será né? Homem sendo homem.
Mas tá tudo bem. Só pra encerrar esse assunto mesmo. Eu tô chocada com a repercussão dessa história, juro. Eu vi agora que bateu mais de 25K de visualizações. Tô muuuito feliz, por isso decidi postar hj mesmo.
Obrigado por tuuudo genteeee, amo cada um de vcs🥺❤🤧