— Manfeys... - Murmura Maitê, desenhando a árvore que permanece em sua frente.
Seu rosto cansado, magreza e palidez demonstram a depressão da morena, que apoiava seu corpo sobre uma árvore para descansar. O dia estava chuvoso e calmo. Mas não era uma grande chuva, apenas pequenas gostas de água deixavam as nuvens.
— Quando vai admitir que ama que eu esteja aqui para ajudá-la. - O gato flutuante aparece sobre um dos galhos da árvore pela qual ela desenhava. — Diga... - Sorriu balançando o rabo.
— Eu tenho uma pergunta... - Murmurou ao desenhar a silhueta bonita do felino falante. — Na verdade, duas. - Observou-o revirar os olhos, soltando um pequeno sorriso. — Seria possível que minha paixão por Tom seja penas consequência do nosso pacto? - Questionou ela, descansando o lápis por alguns segundos.
O animal flutuante pareceu pensativo por um momento. Mas havia sentido na pergunta dela. Talvez, aquele pacto estivesse prendendo alguma coisa, e essa coisa, seria Tom, ao coração de Anweris.
— Há uma possibilidade. - Murmura o gato seriamente. — Com certeza, sim. O garoto sabia que você não conseguiria amá-lo após todos os caprichos dele. Então, o pacto, e você, caiu como uma pata. - Gargalhou o felino.
Enquanto Manfeys brincava com algumas folhas presentes no galho sobre sua cabeça, Maitê focava sua atenção no papel, sentando Manfeys e sua paisagem favorita em todo o universo.
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Tom parecia se importar muito com as memórias de Maitê. Eles vem mantendo uma relação amigável, e estavam sempre saindo juntos.
Contudo, Anweris não aceitou os últimos convites do lorde. Ela notou algo estranho. Talvez o seu subconsciente estivesse mandando uma mensagem pra ela, algo como memórias, ou flashbacks.
Ao dormir acordada mais uma vez, Maitê finalmente ouve a voz de Tom clamando pelo seu nome.
— Querida, você está bem? - Indagou a senhora Anweris, franzindo seu cenho.
— Estou... - Murmurou voltando seus olhos para Tom, que estava sentado ao seu lado, tão próximo, que ela podia sentir o suspiro quente do homem. — Só... Um pouco cansada, acredito. - Suspirou observando a mão do lorde sobre a sua, inocentemente.
— Quer que eu a leve até seu quarto? - Questionou ele, encarando-a, o que foi prontamente devolvido por ela.
— Não, eu... - Fez uma pequena pausa em sua frase. — Eu posso ir sozinha, Tom. Mas... Obrigada. - Sorriu colocando-se de pé.
O lorde voltou seus olhos para a senhora Anweris, que imediatamente percebeu o que ele queria com o contato visual.
— Amor, por que você não aceita a ajuda do lorde? - Questionou também se colocando de pé. — Mostre a ele como você toca bem, seu piano. - Sorriu voltando seus olhos para o homem.
Tom e Maitê se encararam por alguns segundos em silêncio. Ele esperava que ela o convidasse para ouvir sua música, enquanto ela, esperava ansiosamente que ele mencionasse um compromisso de última hora.
— Você não vai querer poluir seus ouvidos, senhor Riddle. - Sorriu cinicamente.
— Não acredito que possa ser tão nebulosa assim. - Maitê gargalhou. — E por favor, me chame de Tom. - Devolveu o sorriso.
— Tudo bem... - Suspirou observando-o ficar de pé. — Venha comigo. - Pediu caminhando em direção a escada.
Minutos mais tarde, era notável o exagero dela ao tocar o piano. Entretanto, o lorde sabia aonde ela queria chegar com isso, e não permitiu que ela vencesse essa batalha.
Contudo, de repente ele sente sua marca arder. Considerando o código que o círculo íntimo tinha, o problema era de alto nível, tal que, a senhora Anweris desapareceu inesperadamente.
— Maravilhoso Maitê. - Sorriu beijando as mãos dela. — Mas agora eu preciso ir. - Sorriu selando seus lábios sobre a bochecha dela.
Após alguns minutos sozinha, Maitê entrou em uma busca. Ela procurava o desenho que fez de Manfeys por todos os lugares.
Aquilo não era loucura, afinal, pareciam ser reais demais para que sejam falsas.
E finalmente ao encontrá-lo, Anweris sente seu coração arder em chamas. Então ela teria realmente vivido aquilo que vem sonhando?
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Não pode ser só eu que sinto falta do Manfeys, pode?
O que acharam?