Podcast: Sage of Love!

By shim_s

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Sage Of Love é um dos podcast sobre dicas amorosas mais bem conhecido entre grandes titãs, tendo como dono um... More

PODCAST: O não você já tem, leve um beijo também!
PODCAST: Me chame de Amor!
PODCAST: Rinha de Galos?!
PODCAST: Nossa Conexão é a Elite!
PODCAST: Capitão Hétero de Taubaté?!
PODCAST: Sunoo o Gay Emocionado.
PODCAST: Segure minha Mão!
PODCAST: Encontro de Velas!
PODCAST: A Regra dos Dois N.
PODCAST: Do Quinto Ano para o Amor!
PODCAST: Hábitos Héteros em Situações nada Hétero!
PODCAST: Talvez Eles sejam Feitos um para o Outro.
PODCAST: Fim da Era Hétero.
PODCAST: Começo da Nossa Era!
PODCAST: Sobre estar em Casa com Você!
PODCAST: A Nuance do Amor chamada Dor.

PODCAST: Harry do meu Draco, para Sempre!

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By shim_s

.🏹,, Bom dia, boa tarde, noite ou madrugada! Tudo bem?
.🏹,, Depois de uma semana de dores eu finalmente voltei.
.🏹,, Sentiram saudades? Eu sim, estava me corroendo para voltar logo.
.🏹,, Um capítulo de paz e gatilho KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK.
.🏹,, Enfim, boa leitura!


You know I say that I am better now, better now
I only say that 'cause you're not around, not around
You know I never meant to let you down, let you down
Woulda gave you anything, woulda gave you everything
Better Now ── Post Malone

Pessoas mudam. Sentimentos mudam pessoas. Sunghoon não era o maior fã de poesia, nem fazia o tipo que se esforçava para interpretar as coisas, entretanto ele entendia rápido quando algo começava a mudar dentro de si, pelo menos em partes, ele sabia o que fazer mas não sabia dar nome para aquilo. Uma prova disso era a forma como ele batia seus pés freneticamente no chão, havia pulado café e qualquer outro semelhante que pudesse vir a lhe deixar mais ansioso e energético do que já estava, um infarto não era necessário, ele já tinha aprendido a lição. Esperava pelo menos! Seus olhos estavam fixos no relógio de pulso, cada minuto que passava era uma vitória naquela eternidade sem fim, porque ele não aguentava mais ter que esperar para seus convidados chegarem no local que ele havia combinado de antemão nas mensagens. Ele precisava de reforço, era um caso: S.O.S!

Se você ouvisse falar que Park Sunghoon, o líder do time de futebol americano da universidade, filho de um empresário conhecido, com uma condição de vida financeira estável, podendo namorar quem lhe interessasse e tendo uma roda de amigos bem definidos, precisou pedir ajuda para conseguir recuperar uma amizade com um garoto que conheceu a algumas semanas, você iria acreditar? Muito provavelmente não, mas agora a questão era outra, o Park estava disposto a sacrificar essa suposta honra apenas para ter seu pedido de desculpas aceito pelo garoto de olhar de raposa. Ele obviamente lutaria por sua amizade com Jay, Jake e Wonyoung por exemplo, mas eram pessoas que ele conhecia a anos, Sunoo era quase um estranho perto deles. Entretanto foi esse estranho que estava junto consigo nas mais variadas confusões naqueles últimos dias, estava lhe tirando de várias situações que poderiam ter sido muito puto res sem sua ajuda.

Respirou fundo quando a porta foi aberta por um de seus amigos, Jake entrou na sala com um sorriso no rosto, diferente das demais figuras que o seguiam. Jongseong estava neutro, ele não tinha exatamente uma opinião sobre a história, logo atrás dele veio Jungwon de mãos dadas com Heeseung e pela primeira vez Sunghoon ignorou aquilo na base do ódio, ele tinha um assunto maior para ser resolvido naquele momento, seu irmão tinha um olhar curioso enquanto o garoto ao seu lado parecia ter vontade de lhe quebrar o pescoço sem misericórdia, compreensível. Por fim chegou Wonyoung com a mais plena expressão de "eu te avisei" ou "eu sempre soube que isso iria acontecer" aquela garota podia ser o pesadelo de Sunghoon muitas vezes, mas era uma gênia e poderia o ajudar demais naquele momento. Todos se sentaram ao redor do Park, a pressão o esmagando pouco a pouco, Sunoo precisava lhe perdoar urgentemente, porque Sunghoon não aguentaria mais tempo com tantos olhares sobre sua pessoa por causa de uma burrada que era inteiramente sua.

── Obrigado por virem, é muito importante pra mim. ── O Shim parecia estar controlando um sorriso largo, e Sunghoon estava se controlando para não lhe acertar um soco na boca. ── Preciso de ajuda.

── Se for para se resolver com Sunoo eu espero que você rasteje no chão. ── Heeseung se pronunciou, a voz obviamente irritada.

── Se isso o fizer me perdoar eu faço. ── Jongseong sorriu para Sunghoon, era por conta daquilo, daquele Sunghoon que eles tinham o escolhido como capitão do time, porque o Park mais novo era teimoso, porém estava disposto a se humilhar por algumas pessoas. ── E sim você está certo, preciso de vocês pra saber o que fazer para conquistar seu perdão.

── Fico feliz que você aceitou que errou e aceitou que precisa de ajuda. ── Jungwon estava sinceramente orgulhoso de sei irmão, era esse o Hyung que ele amava se inspirar desde cedo.

── Já tentou o clássico: Oi, me desculpa? ── Wonyoung o encarou com a expressão que os que não a conheciam diziam ser nojo.

── Já, mas ele fechou a porta na minha cara depois que o cachorro dele mijou em mim. ── Aquela informação fez todos desabarem em risos altos, ao menos o clima estava mais leve agora. ── Ele não atende minhas ligações, nada! E sumiu da universidade.

── Ok, você realmente o chateou. ── A garota concluiu pensativa.

── Sunoo é um garoto sensível. ── Heeseung começou quando recebeu um carinho na mão vindo do Yang, ele não queria ajudar Sunghoon, mas sabia também que seu amigo estava muito triste de ter brigado com o Park. ── Ele viu algo ontem?

── Sunghoon me pediu para fingir estar tendo algo com ele para diminuir um pouco o burburinho dessa universidade, só que quando o Sunoo apareceu ele o ignorou. ── A única garota do grupo explicou, porque sabia que o amigo não conseguiria falar nada.

── E por isso começaram a dizer que ele era um gayzinho emocionado e rejeitado? ── Jungwon encarou o irmão que abaixou a cabeça, ele queria se enterrar naquele piso. ── Caralho…

── Não sei se você merece o perdão dele. Você foi um idiota com i maiúsculo. ── O Lee concluiu, com um olhar nada empático, fazendo o Park se encolher mais. Nem Heeseung conseguia acreditar no que estava vendo bem em sua frente.

── Hyung, não somos nós que decidimos isso, essa é a decisão que Sunoo Hyung vai tomar, mas eu acho que meu irmão se arrependeu sim, e quer pelo menos tentar se desculpar. ── O Yang segurou firme a mão do de ficar fios rosados, e finalmente o Lee concordou a contra gosto.

── Não sei, mas acho que ele pode gostar que você compre algo doce para ele comer. ── Jake continuou dando sua primeira ideia.

── Não dê margem para ele fugir antes de você conseguir concluir seu pedido de desculpas, então se certifique de fazer ele ficar parado. ── Jongseong veio logo em seguida.

── Canta uma música para expressar algo que você está sentindo, isso vai o obrigar a ficar mesmo que seja apenas para tentar te fazer calar a boca, e aí bingo! Você ganhou a atenção dele. ── Wonyoung sorriu para o outro, se divertindo com a carinha de perdido do outro.

── Seja sincero, Hyung, diga para ele que você realmente está arrependido e não tente justificar sua burrada, apenas assuma a responsabilidade. ── Jungwon disse firme, mas seu olhar era extremamente terno.

── Aish… ── Heeseung olhou para o outro lado. ── Sunoo é muito teimoso com seus sentimentos, se você fez ele se sentir humilhado ele vai te aceitar mais facilmente se você também passar por alguma situação vergonhosa apenas para o ver aceitar suas desculpas.

── Sunghoon se envergonhar por alguém? Essa é nova pra mim. ── Jaeyun brincou rindo logo em seguida.

── Pode acreditar, Sunghoon é incrível quando decide fazer algo. ── O Yang olhou orgulhoso para o irmão que já havia desistido de prestar atenção após o conselho de Heeseung, sua mente só trabalhava em torno de como montar o pedido de desculpas perfeito. ── Eu acho melhor a gente ir, ele deve estar meditando no que falamos, nosso trabalho está feito.

O grupo se levantou silenciosamente e saiu um por um sem atrair a atenção do Park, o garoto pegou do bolso seu celular e tratou de começar organizar as coisas para o pedido de desculpas. Reservou um pequeno buquê em uma floricultura que gostava muito, entretanto não era a mesma onde ele sempre comprava as flores das garotas com quem saía, Sunghoon queria que se o outro investigasse a fundo aquele história toda um dia, ele notasse que o Park tinha feito seu melhor em tornar aquilo exclusivo, que houve dedicação ao pensar nos mínimos detalhes. Comprou um saco de bombons e mandou entregar em sua casa, o resto ele iria decidir no meio da aula que estava quase começando. O mais importante já estava certo em sua mente, ele só iria sair da frente daquela casa quando o mais novo dissesse que estava tudo bem entre eles e que não havia mais com o que se preocupar, caso contrário não arredaria um pé daquele local, nem mesmo se tentassem o arrastar dali. Por um minuto sua mente viajou na descrença dos amigos, e um sorriso surgiu em seus lábios, Sunghoon faria o que ninguém estava realmente disposto a fazer pelo Kim. O tratar como merecia.


Um olhar frio foi o que Yeji lançou para sua mãe, adorava ter herdado da mesma o dom de controlar todo seu corpo por fora, porque ela nunca iria abaixar a cabeça para a progenitora. A mulher desde sua adolescência nunca escondeu como desaprovava o rumo que a garota tinha decidido levar sua vida, então por qual motivo a mais nova tinha que ocultar como não gostava do jeito que era tratada? Cruzou as pernas e voltou a olhar seu livro enquanto comia mais um pedaço de suas frutas com mel naquela manhã, notou perifericamente quando o irmão sentou ao seu lado e recebeu um beijo na testa proveniente da progenitora, a garota não conseguia entender, o que tornava o irmão diferente dela. Riki gostava de garotos e garotas e Yeji de garotas, eles eram iguais, nenhum se enquadrava em ser hétero, então por qual razão a mais velha tratava o caçula como se fosse o filho que "deu certo" enquanto ela era o seu maior defeito? Era como se a mulher projetasse na filha tudo que ela desejava ter sido, mas não conseguiu, e como a garota fugiu de seus sonhos então ela foi um mero erro em sua história de vida.

A Nishimura levantou fechando o livro e pegando sua bolsa, ela já tinha assistido o suficiente, e só havia um jeito de abalar sua mãe o tanto que ela a abalava. Se Yeji demonstrasse estar chateada então seu irmão e pai ficariam de mau humor, e isso era o pesadelo da progenitora que só faltava subir pelas paredes em fúria. Fechou a porta e sorriu de canto, tinha instaurado o caos naquela casa sem o mínimo de remorso possível. Ser uma versão de sua mãe na juventude era interessante por certo lado, sua avó sempre a tratou bem, mas parecia não ter muita paciência para a filha, porque provavelmente a mãe de Yeji havia sido um terror em sua juventude e agora estava pagando o karma com a filha. Entretanto, se um dia a Nishimura decidisse ter um filho ou filha ela não iria projetar neles a sua expectativa, deixaria eles viverem sua vida e alcançarem a felicidade, só assim para ela também ser feliz. Não era mais fácil ter uma boa relação com os filhos do que viver em pé de guerra com estes? Por um minuto, uma única oportunidade ela pediu a qualquer força existente que sua mãe pudesse aprender a pensar assim, ela não queria viver brigando com a mais velha, ela estava cansada do quão machucada ela estava por não ter a amizade da progenitora, só um dia seria perfeito e Yeji deixaria de ser egoísta.

Era pedir demais?

Avistou ao longo de seu caminho para a sala um banco, justamente embaixo de uma árvore de ipês rosa, a garota do outro dia. Qual era mesmo o nome da mais nova? Ryu… Ryu… Ryujin! Sorriu ao conseguir lembrar do nome da de fios rosados, colocou uma bala na boca, não queria ter que explicar a ninguém aquele ato então simplesmente se fez de desentendida enquanto lentamente se aproximava da menor, iria lhe cumprimentar, talvez puxar algum assunto da aula e tentar iniciar lentamente uma amizade. Definitivamente ela já estava se sentindo um tanto sozinha em seu curso, ter uma amiga seria algo muito bom para si. Inclusive serviria muito bem para lhe distrair do estresse que estava sentindo nos últimos dias conforme discutia com sua mãe, respirou fundo e quando estava prestes a chegar numa distância que já conseguisse acenar e lhe dar um oi, ela notou um cara sentar ao lado da mais nova. Decidiu observar sem muita preocupação em ser vista por algum deles, até porque era explícita a intenção do rapaz e todos na sala sabiam muito bem que Yeji e Ryujin eram lésbicas, então qual seria a dificuldade de respeitar a garota decentemente?

── Finalmente te encontrei, você vive fugindo de mim, princesa. ── O rapaz sorriu, era notório como ele estava seguro de si em questão de jurar de pé junto que a garota estava tímida sobre ele. ── Eu não vou morder se você não pedir.

── Que bom, porque se você me mordesse sem eu pedir isso seria assédio e eu iria te denunciar. ── A Shin colocou o cabelo para o lado contrário, exibindo a parte raspada debaixo. Linda! Yeji sorriu com o ato. ── E melhor ainda porque eu nunca vou pedir.

── Ah, qual é? Só uns beijinhos não matam ninguém, não é? ── Ele colocou o braço por trás de Ryujin que inclinou o corpo para longe, mas aquilo não inibia o maior, na verdade parecia o incentivar mais ainda a furar sua bolha social. ── Não precisa ser tímida, meu amor.

── Beijinhos de quem você não tem interesse são a coisa mais repugnante do mundo, então sim, eles são letais. ── A mais nova estava quase na ponta do banco, poderia só se levantar e ir embora, mas era tão cansativo sempre ter que ceder para a porra do ego masculino, aquilo a sufocava demais. ── Eu não quero nada com você, caso você não lembre eu sou lésbica, gostaria que você me respeitasse.

── Eu sei, mas já fiquei com uma garota lésbica e ela adorou. Não quer testar? Garanto que não vou decepcionar. ── O rapaz se inclinou mais, agora era mais que óbvio o desconforto da Shin.

── Eu não quero, vai embora, cara! ── A mais baixa disse firme, entretanto só recebeu uma risadinha como resposta e o outro estava pronto para a agarrar ali mesmo.

── Ei, Hyuwon! ── Yeji o chamou, quando os olhos dos dois se encontraram foi como golpes de espada. ── Pode vir aqui rapidinho?

── O que você quer? ── O outro se manteve parado.

── Quero te contar um negócio, vem cá por favor! ── Fez uma voz mansinha, chamando a atenção do outro que se levantou e caminhou até a outra.

── Hm, o que é? ── Aquele bendito sorriso galanteador, Yeji poderia vomitar.

── Isso! ── A garota acertou com tanta força o livro de capa dura no nariz do outro que escorreu sangue.

── Tá louca? ── O outro gritou, mas não teve muito tempo para assimilar, porque logo em seguida recebeu um chute bem dado em seu estômago. ── Filha da…

── Shhhh! Você gostou de alguém abusando do seu espaço pessoal? Qual foi a sensação de alguém não estar lhe respeitando? Pois é, pense nisso antes de mexer com qualquer mulher que for. ── A outra limpou a capa do livro, o encarando sem sentimento algum além de repúdio. ── Não quero, não tenho interesse, não estou afim, você não é meu tipo, não entre outros são todas formas de expressar um fora, uma rejeição, um alerta para você não cruzar a linha, entendeu? Se você insistir você está sendo um assediador, um agressor, um monstro, um verdadeiro lixo. Aprenda a respeitar!

Caminhou na direção da garota que havia apelidado secretamente de Florzinha, estendendo a mão para esta e assim que foi segurada a ajudou a se levantar para seguirem caminho para sua sala.

── Sempre que precisar de ajuda é só me chamar, nós devemos nos ajudar! ── A mais velha disse, evitando olhar para a coreana por vergonha de ver o lindo sorriso da menor.

── Eu farei, pode contar comigo também. Aliás, muito obrigada! ── A Shin tirou de dentro da mochila um plástico transparente com balinhas em forma de flores, oferecendo uma para a maior. ── Você tem esse jeito forte, mas é tão bonitinho te ver sendo fofa e preocupada.

── Yah, não fale essas coisas, garota! Eu sou muito durona, ok? ── Ambas riram baixinho, e pela primeira vez naquele ano se sentaram lado a lado. ── Hm, me empresta uma dessas canetinhas com cheirinho?

── E você jura ser durona? ── Ryujin riu alto quando notou o rubor nas bochechas da mais velha, era naqueles momentos que ela entendia porque havia se apaixonado na outra. ── Qual fruta?

── Morango. ── Yeji queria uma pequena lembrança da menina ao seu lado, sua nova amiga.


Respirou fundo, o Kim estava com uma sensação estranha. Naquele dia não tinha encontrado nem ao menos esbarrado em algum conhecido, tão pouco com seu melhor amigo, parecia que ele e todos os outros haviam evaporado de uma hora para a outra. Foi um tanto solitário, muito irritante porque as piadinhas ainda estavam rolando soltas pelos corredores a seu respeito, e como ele imaginava: Sunghoon tinha vindo se desculpar por obrigação. Porque após o mais novo fechar a porta com tudo ele não havia nem ao menos o procurado na universidade para tentar conversar, ou talvez isso fosse porque ele tinha vergonha de ser visto sendo rejeitado pelo Kim, Sunoo riu do pensamento, era óbvio: Park Sunghoon nunca iria se humilhar por ele, não importa o quanto ele fosse merecedor disto. No final apenas aceitou aquele fato, tinha feito uma péssima escolha ao pensar que ambos poderiam ser amigos, e que talvez Sunghoon o tirasse de seus dias solitários na universidade enquanto Heeseung se apaixonava cada vez mais por Jungwon. Sim, Sunoo era um idiota iludido, ele mesmo admitia isso.

Naquela noite ele com toda certeza iria abrir seu podcast e voltar a interagir com as pessoas que lhe traziam tantos sorrisos, inventaria uma desculpa para não estar gravando com o suposto namorado e tudo certo. Esfregou os olhos, iria revisar o conteúdo da última aula antes da semana de provas que se aproximava, entretanto ouviu alguém bater palmas na frente de sua casa. Desceu as escadas e olhou pela janela, Sunghoon estava parado na frente de seu portão novamente, decidiu o ignorar e então fechou as cortinas. O outro não merecia seu tempo o ouvindo, avisou para ninguém atender a porta e foi rumo às escadas quando uma música começou a tocar alta na rua, seus olhos duplicaram de tamanho e o Kim correu novamente para a porta, lá estava o Park pegando um microfone e cantando uma música que Sunoo simplesmente não poderia acreditar. Os vizinhos olhavam para o platinado, e por mais que este estivesse completamente vermelho de vergonha, com os olhos fechados e apertando os punhos ele não parava por um minuto sequer de cantar.

Você sabe que eu digo que estou melhor agora, melhor agora
Eu só digo isso porque você não está por perto, não por perto
Você sabe que eu nunca quis te decepcionar, te decepcionar
Daria a você qualquer coisa, daria a você sempre

── Sunoo, me desculpa por favor! Eu vou ficar aqui até você sair e me perdoar! ── Sunghoon se sentou no meio da calçada após finalizar a música.

── Você vai rasgar minha cortina, amor. ── O Kim se assustou quando ouviu a voz calma de sua avó ao seu lado. ── Perdoar não é fraqueza, pedir desculpas é coragem, mas quando você está disposto a aceitar essa coragem e deixar para trás um erro, você está sendo mais forte que a maioria das pessoas. Se ele fez algo que pode ser desconsiderado, seria muito bom para você fazer isso.

── Vovó… ── O garoto olhou nos olhos da mais velha, esta que sorria quase fechando as pálpebras.

── Eu consigo ver o quanto você esperou por ele se desculpando, e posso ver mais ainda sua ansiedade para ir lá e fazer as pazes com ele. Se você está assim, por que não tentar dar uma chance? ── O garoto concordou a abraçando forte, tinha visto seus avós errarem um com o outro várias vezes, mas eles se desculpavam e perdoavam, por este motivo tinham ficado juntos até a morte do senhor. Ele queria ser assim um dia com seu futuro companheiro, mas para alcançar tal meta ele precisava começar por suas amizades. ── Vai lá meu amor, sentem e conversem.

── Obrigado, Vovó! ── Sunoo respirou fundo e abriu a porta, vendo o mais velho quase pular do chão quando o viu se aproximando.

── Sunoo! ── Sunghoon correu até o carro pegando de dentro deste um pequeno buquê de tulipas e um saco de bombons, voltando apressado para ver o outro no portão. ── Por favor, aceite isso, é para compensar 1% do que fiz ontem pra você.

── Hm, boa jogada até. Agora consigo ver porque é o capitão do time. ── Observou o outro negar freneticamente apoiando o corpo no portão. ── O que?

── Não estou jogando com você, eu estou chegando como Park Sunghoon, apenas um garoto que fez uma idiotice, sem demais títulos. ── Encarou por baixo dos fios de cabelo ainda molhados do banho, as orbes pretas do garoto mais baixo. ── Pode me desculpar?

── Por que eu deveria? ── O Kim não iria exigir mais nada após aquela pergunta.

── Porque eu assumo meu erro, eu deveria ter falado com você e achado um jeito de resolver essa situação na universidade sem te atrasar para outro pesadelo ainda pior, mas eu fui egoísta e só pensei em sair logo daquela fofoca, não considerei os demais envolvidos, eu vou ser mais cuidadoso na próxima vez e falar com você antes. ── Respirou fundo, sua garganta estava cada vez mais seca, e seu coração batia mais forte ainda à medida que esperava que o outro aceitasse seu pedido para fazerem as pazes. ── Porque o Draco não pode ficar sem o Harry, a existência dele simplesmente não faz sentido assim.

── Affs, garoto! Ok! Ok! Eu te desculpo. ── Abriu o portão e recebeu inesperadamente um abraço do outro juntamente de uma risada de alívio. ── Nada mal! Voltamos a nosso acordo então.

── Ainda bem, eu tinha esquecido de trazer um cobertor caso eu realmente precisasse passar a noite te esperando. ── Ambos se olharam e riram desacreditados daquela ideia que o Park tinha tido.

── Idiota. ── Saiu do caminho do outro. ── Vem, vamos sentar um pouco no meu jardim e resolver essa confusão.

── Você tem algo para me falar? ── Sunghoon o acompanhou, se sentando assim que avistou o banco de pedra ao redor de vários girassóis.

── Sim, é sobre o Heeseung. ── Sunoo deixou o saco de bombons no banco, indo encher um vaso com algo para colocar suas tulipas antes de se sentar ao lado do outro. ── Sem caretas, ok?

── Certo, vou escutar em silêncio. ── O mais velho ergueu as mãos em rendição. ── Mas não prometo concordar com você, sabe que odeio aquele cara.

── Eu sei, não espero mudar seu pensamento sobre ele, mas quero evitar que você continue se descontrolando toda vez que olha para ele. ── Respirou fundo, esperando o maior concordar porque afinal de contas isso era o mínimo.

── Tudo bem, sou todo ouvidos. ── E pela primeira vez ele realmente mostrou estar disposto a ouvir o Kim que sorriu com isso.

── A mãe de Heeseung saiu de casa quando ele era um garoto de quinze anos, ele até tentou ter uma relação mais íntima mesmo com a distância entre o trabalho dela e os horários que ele estava disponível, mas isso foi interrompido pelo pai dele que digasse de passagem é um verdadeiro cuzão. ── Começou contando o básico, de qualquer forma não iria se aprofundar muito na história do outro sem ao menos ter esse direito. ── Ele simplesmente detesta perder, quer um filho prodígio, que gerencie a empresa dele no futuro, e odeia que Heeseung se misture com pessoas fora da sua bolha de dinheiro e poder, por isso eu nunca pude o visitar. Entretanto vai mais além, ele é um homofóbico do caralho, e extremamente violento.

── Puta que pariu… ── Sunghoon começou a pensar na briga que eles tiveram um ano atrás, será que tinha um dedo do progenitor do Lee por trás daquela bagunça toda?

── Pois é. Sabe, eu fiquei com ele no meu aniversário de quinze anos porque eu estava muito frustrado de ainda ser bv, então ele me deu isso como um presente adicional para eu parar de choramingar em seu ouvido. ── Coçou a nuca com um sorriso bobo. ── E foi aí que eu me apaixonei por ele, mas infelizmente eu não consigo ser tudo que ele precisa nesse momento, mas se eu puder fazer você pelo menos se controlar um pouco perto dele e diminuir esse estresse de vocês dois eu já vou estar feliz.

── Eu… ── Abaixou a cabeça suspirando, antes de levantar novamente. ── Ok, como seu amigo vou considerar as dificuldades dele e tentar me segurar, mas eu ainda quero ele longe do meu irmão.

── Não tem problema, nós vamos continuar trabalhando para os afastar, farei meu melhor se você fizer seu melhor. ── Sunoo sorriu largo para o mais alto, sentindo este colocar um bombom em sua boca e sorrir negando enquanto olhava para o céu. ── Vamos entrar e gravar algo?

── Hmmm, acho que pode ser. ── Sunghoon estava prestes a se levantar quando sentiu o celular vibrar, o pegou e sentiu o coração palpitar ao ver quem estava ligando. ── Espere aí! Vou entender rapidinho. ── Se afastou para fazer o que havia dito, a ligação era só uma informação, por isso foi tão rápida que quando se virou encontrou o outro abraço no saco de bombons. ── Minha mãe me chamou para jantar na casa dela, faz muito tempo, podemos gravar amanhã?

── Claro! Vai lá. ── O Kim estava feliz por ver a animação do garoto ao falar da progenitora. ── Até amanhã na universidade!

O Park acenou saindo correndo, finalmente sua oportunidade de tentar se aproximar mais da mulher havia chegado, e ele não poderia estar mais feliz do que naquele momento. As coisas finalmente estavam se encaixando, não é?

.🏹,, Obrigada por chegar até aqui.
.🏹,, Vejo vocês nos comentários ou tags.
.🏹,, Até quinta!

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