๐“๐‡๐„ ๐–๐€๐‹๐‹๐’ ( aemond.t )

By favremus

25.2K 2.5K 768

๐˜๐—ต๐—ฒ ๐˜„๐—ฎ๐—น๐—น๐˜€ - ๐™–๐™š๐™ข๐™ค๐™ฃ๐™™ ๐™ฉ๐™–๐™ง๐™œ๐™–๐™ง๐™ฎ๐™š๐™ฃ โ Quando a guerra tiver inรญcio e a danรงa dos dragรต... More

๐“๐‡๐„ ๐–๐€๐‹๐‹๐’
๐€๐‚๐“ ๐Ÿ (how falling in love fells like)
(001) i got my eye on you
(002) dancing time
(003) fighting
(004) limitations
(005) new visitors
(006) father's girl
(007) insults
(008) decision

๐๐‘๐Ž๐‹๐Ž๐†๐”๐„

3.3K 358 223
By favremus

ㅤㅤㅤㅤㅤO vento gélido ia de encontro com o rosto de Morgana, a fazendo tremer minimamente e apertar mais a mão de seu pai. A pequena garota estava praticamente se escondendo atrás de Daemon, esperando que ninguém a visse ou tentasse trocar palavras com ela. Velórios sempre foram terríveis.
Ela assistia Leana, a segunda esposa de seu pai, ser atirada ao mar, fazendo com que ela se sentisse ainda mais incomodada com aquela situação. Ela puxou a mão do mais alto, esperando que ele chegasse ate sua altura para ouvir o que ela falaria.

— Pai, podemos ir embora? — as palavras saíram como um sussurro, ele sabia como aquilo a assustava, mas o máximo que ele pode fazer foi afagar seus cabelos, esperando que aquilo a tranquilizasse ao menos um pouco.

— Ainda não, Morgan. Mas eu estou aqui, não vou sair do seu lado. — ela acenou em afirmação, relutante, não gostava daquele lugar, mas era sua obrigação estar ali.

Logo as pessoas começaram a se dispersar pelo lugar, mulheres passavam com bandejas cheias de copos com vinho pela multidão, algumas pessoas pegavam um copo enquanto conversavam. Os assuntos não podiam parar, mesmo em momentos tão delicados como aquele. Daemon estava cansado de ouvir lamentações pela morte de sua esposa, ele não conseguia sair do lugar, sendo forçado a ouvir que sentiam muito, como aquilo era triste e que Leana merecia viver mais, alguns agiam como se ele pudesse resolver algo. Ele lidava com o luto de uma forma diferente, o Targaryen nunca falava muito sobre o que sentia e não seria agora que começaria a fazer isso. Ele não era um homem frio, ele tinha sentimentos, só era difícil se permitir expressar.

Morgana estava sentada entre os primos, Lucerys e Jacerys, eles conversavam sobre alguma coisa, mas ela não deu atenção. Ela estava observando Aemond, o filho mais novo de Allicent e o rei Viserys. Eles nunca interagiam muito, ambos tinham seus motivos, mas falta de vontade não era um deles. Morgana nunca teria a iniciativa, ela era uma criança tímida demais, e mesmo com Luke — que ela tinha mais proximidade — o medo nunca a deixava iniciar uma conversa. Já com Aemond era um pouco diferente, ele falava com quem queria sem relutância, mas ele percebia os olhares que sua mãe direcionava para Morgan, os quais o deixavam com medo do que poderia acontecer se ele trocasse palavras com ela. Com o tempo ele perceberia que a opinião da Hightower não iria o impedir, mas para uma criança, a opinião da mãe importa mais que qualquer outra.

O mais novo de seus primos a deixava curiosa, ele não era alguém fácil de se ler. Ela não conseguia imaginar o que ele estava escondendo por baixo daqueles olhos e a feição fechada, ele a assustava. Sempre que Morgan e o jovem Targaryen estavam no mesmo ambiente, inquietude a consumia por completo, ela queria se aproximar, o conhecer, saber quem ele era. Entretanto, a garota nunca se aproximava, então passou a se contentar com as possibilidades, o encarando de longe e imaginando como ele seria.

— Ela é estranha. — Aegon disse para o irmão, que encarava a filha de seu tio disfarçadamente.

— Ah... Quem? — balançou a cabeça, se voltando para o irmão e depositando sua atenção nele.

— Vamos, consigo perceber os olhares que você dá para a pequena Morgana. — ele colocou as mãos nos ombros do menor, o encarando no fundo de seus olhos. — Ela é filha do Daemon, sei que isso assusta. Mas ela não morde, é medrosa demais para isso. — um tapinha foi dado no ombro direito de Aemond, ele acreditou que aquilo seria uma forma de incentivo vindo de Aegon, mas balançou a cabeça. — O que? Encarar é rude, cara. Cumprimentar não machuca.

— Mas o que a mamãe poderia pensar? — o mais velho riu da preocupação de seu irmão, o que o fez franzir a testa. — Do que esta rindo, idiota?

— Você está preocupado com o que a mamãe pensa? Ela está ocupada demais pensando em formas de me por no trono, nem vai perceber se você falar com a nossa querida prima.

Talvez seja uma boa ideia, ele pensou. Conversar com Morgana não faria mal, ela não era uma bastarda, o que sua mãe poderia dizer? Ele afirmou com a cabeça para Aegon, arrumando os ombros e andando até onde ela e os primos estavam. A coragem de repente pareceu sumir, Jacerys e Lucerys não eram fáceis de enfrentar, talvez fosse melhor esperar até que ela ficasse sozinha. Mas ele já estava caminhando, o que ele tinha a perder?
Baela e Rhaena também estavam lá, ele parou em frente a uma das fogueiras que iluminavam o lugar, os encarando com receio de continuar. Ele tentou seu melhor em um sorriso pequeno, que mostrasse que ele não estava ali para outro conflito. Jace estranhou um pouco tal ação, mas o deixou continuar, ele queria ver até onde ele iria.

— Eu sinto muito pela sua mãe. — disse para Baela e Rheana, que mexeram a cabeça em um agradecimento silencioso. Ele nem conseguia imaginar como elas se sentiam, mas queria expressar seus pêsames por tão trágico acontecimento.

Ele estava prestes a falar com Morgana, quando Rhaenys, a avó de Baela e Rheana, chegou ali, falando com as netas e demonstrando a preocupação e o pesar que sentia. Ela havia acabado de perder sua filha e estava inconsolável, era um momento muito difícil para a família Velaryon, e Aemond preferiu deixá-las sozinhas, afinal não era próximo o bastante de alguém ali para ficar. Ele suspirou derrotado, mas esperava que outras oportunidades surgissem.

Já Morgana, se sentiu levemente frustrada, esperava que ele ao menos a cumprimentasse, mas não fez isso. Ela ficou ali, entre as meias irmãs desejando desaparecer. Não era ela quem tinha perdido a mãe, não era dela que Rhaenys estava cuidando, se sentia incomodada e perdida ali, mas pensou ser uma falta de educação sair justo quando aquele assunto havia começado. Então ela ficou ali, esperando o momento em que ela poderia se esquivar da atenção delas. A Targaryen olhou para Jace, dando um olhar suplicante por ajuda, ela não sabia o que fazer. Mas deu graças aos Deuses quando Lorde Corlys fez um leve escândalo, segurando o braço do guarda de seu filho com força, dizendo uma ameaça disfarçada de pedido. Os olhos de todos os presentes estavam nele agora, incluindo o de Rhaenys, então a garota não perdeu tempo em se esgueirar por aquelas pessoas, abrindo caminho para que pudesse chegar até seu pai.
Daemon sorriu quando viu sua filha indo até ele, e logo se abaixou para afagar seus cabelos brancos que já estavam grandes, a altura não favorecia Morgan nem um pouco. Mesmo tendo quase 10 anos, ela ainda tinha a altura de alguém com 7.

— Eu quero ir para o quarto, me sinto uma intrusa entre Baela e Rhaena. — ela disse em baixo tom, como de costume. O Targaryen entendia como ela se sentia, e sabia que força-la a ficar ali pioraria ainda mais a situação, então apenas acenou com a cabeça, se levantando. Ela olhou para cima e sorriu, como forma de agradecimento.

Então ela começou a andar a caminho do castelo, seu vestido preto e vermelho arrastando um pouco no chão a medida que ela dava seus passos. Não demorou até que chegasse ao quarto grande que estava dividindo com seus primos, seguindo até sua cama. Ela tirou os sapatos e a capa que usava, se deitando, esperando cair no sono o mais rápido possível. O céu já estava escuro, e o vento aumentava cada vez mais, Driftmark sempre foi gelado, fazendo com que Morgan puxasse a coberta até suas orelhas.

Não demorou muito para que Jacerys e Lucerys chegassem ao quarto, tagarelando sobre a morte de Harwin Strong, pelo que parecia, ele era muito importante para eles. Ela fingiu que estava dormindo para não deixar a situação constrangedora, já havia ouvido rumores de que Strong era o pai legítimo dos filhos de Rhaenyra, talvez fosse por isso que eles estavam sentindo tanto pela morte dele.

Enquanto ela tentava cair no sono, Aemond nem pensava em fazer isso.

Uma ideia surgiu em sua mente assim que ouviu Vhagar, que agora estava sem cavaleiro, voando pelos céus. Ele a procurava com os olhos no céu escuro a medida que descia mais um lance de escadas, começando a correr em direção ao lugar em que ela estava. Ele espiava o grande dragão escondido atrás de um arbusto, uma ideia de proteção muito falha, o tamanho considerável assustaria qualquer um, principalmente uma criança. Mesmo sabendo que Vhagar não faria nenhum esforço para mata-lo, Aemond não estava ligando para o que aconteceria, não queria mais ser o alvo de piadas por não ter um dragão, e ali estava uma oportunidade, praticamente implorando por ele.
Seu orgulho falava mais alto do que o medo naquele momento, então ele respirou fundo uma última vez antes de correr para outro arbusto, agora mais próximo do dragão. Ele a observava com admiração, imaginando como seria voar nas costas do dragão, mas também, o rosto de Aegon e seus primos caso conseguisse reivindicar Vhagar.

Não perdeu tempo, desceu tentando não fazer barulhos quando batia os pés da areia, se aproximando com cuidado, ele se sentia como uma formiga perto dela. Esticou a mão até a corda que servia de escada para subir, mas a despertando no processo. O dragão o olhou, mas não deu importância, voltando a dormir. Quando ele não desistiu e tentou novamente ela quase o incendiou, o Targaryen havia ido até ali, só iria embora se conseguisse ser o novo cavaleiro de Vhagar ou fosse morto por ela. Ele recitou palavras em alto Valiriano, esperando acalma-la, mesmo que aceitasse a possibilidade de morrer, ele não queria isso. Ela estava relutando, mas por fim, cedeu. Aemond subiu rápido, se sentando na sela e se segurando.

Adrenalina o consumia por inteiro, Vhagar ia tão alto que o fez cair da sela, um grito escapou de sua garganta, ele se esforçava para se segurar nas cordas para que não chegasse ao chão tão rápido quanto saiu. Ele usou toda a sua força para conseguir voltar a se sentar, segurando as cordas, conseguindo controlar o dragão. Ele voava sobre o mar, chegando tão perto que sentia o medo de cair, mas trazendo um sorriso ao rosto. Ele estava com medo e assustado, mas ainda assim adorou aquela experiência. Vhagar era sua, ele tinha conseguido.

Porém, a paz não durou muito tempo. Assim que chegou ao chão e estava a caminho do castelo, ansioso para contar que finalmente havia conseguido um dragão, ele deu de cara com seus cinco primos. Rhaena e Baela estavam bravas, isso era perceptível, Lucerys e Jacerys estavam ali para protege-las caso algo acontecesse, mas Morgana estava no canto, com os braços cruzados, ainda na camisola branca de pijama. Ela foi a primeira que ele percebeu, e se sentiu frustrado pelos outros estarem ali, não permitindo que ele pudesse finalmente interagir com ela. A pequena garota ficou parada, um pouco mais distante, os observando com atenção, ela não queria se envolver no que estava perto de acontecer.

— Vhagar era o dragão da minha mãe. — Rhaena disse, ela estava furiosa, sentia que Aemond havia a roubado dela.

— Sua mãe está morta. Vhagar tem um novo montador agora. — falou orgulhoso de si mesmo. Reivindicar um dragão não era nem um pouco fácil.

— Ela era minha por direito!

— Então você deveria ter a montado antes de mim. — Morgan suspirou, sabia que aquilo seria um desastre, ela só poderia esperar que alguém chegasse a tempo. — Talvez seus primos consigam lhe arrumar um porco para montar, combina com você. — Aemond com certeza não deveria ter dito isso, Rhaena foi para cima dele, na tentativa de o bater, mas não conseguindo.

Ele derrubou a garota no chão, fazendo com que sua irmã mais velha tomasse atitude, conseguindo dar um soco na bochecha do garoto. Aquilo estava indo para um caminho que ninguém esperava. O Targaryen devolveu, a fazendo cair contra o chão de pedras.

— Me ataque novamente e eu te dou como comida para o meu dragão. — então foi a vez de Jacerys atacar o primo, o batendo algumas vezes antes que fosse chutado na barriga e caísse no chão assim como Baela e Rhaena.

O pequeno Lucerys gritou, tentando o atacar para proteger o irmão, mas levando um soco no nariz antes que conseguisse o acertar. Novamente, caindo no chão com um grito, seu nariz estava quebrado e aquilo doía muito. Jace se levantou de novo, com ódio pelo que o primo havia feito com seu irmão, ele conseguiu derrubar Aemond, e as outras crianças, — exceto Morgan, que estava assustada demais para se mexer — começaram a chuta-lo. o mantendo naquela posição. Até que ele chutou Jacerys e conseguiu se livrar das duas garotas. Luke correu novamente, mas a mão de seu primo estava em sua garganta, não permitindo que o ar chegasse aos seus pulmões. Aemond pegou uma pedra no chão, assustando todos ali.

— Vocês vão morrer gritando no fogo assim como seu pai, seus bastardos.

— Meu pai ainda está vivo! — o pequeno Lucerys disse em desespero, ele ainda era novo demais para entender, mas seu irmão já fazia isso.

— Ele não sabe, não é? — falou enquanto abaixava a pedra e diminuía o aperto no pescoço de seu primo. — Lorde Strong.

Jace perdeu a paciência que o restava, sacando a pequena faca que carregava em sua cintura, apontando para ele. Morgan gritou por ele, esperando que ele desistisse daquela péssima ideia, mas ele não ouviu, avançando novamente contra Aemond. Ele não conseguiu acertar, mas pelo menos fez com que ele soltasse Lucerys, o garoto com cabelos brancos acertou a cabeça de seu primo com a pedra, o deixando no chão novamente, fazendo com que ele soltasse a faca no processo. Levantou a pedra de novo, aquilo era praticamente uma ameaça de morte. Jacerys pegou um pouco da areia do chão e jogou no rosto do mais alto, o fazendo fechar os olhos devido a irritação que surgiu. O Targaryen não percebeu quando quando Luke engatinhou até onde a faca de seu irmão estava jogada, a pegando com as mãos trêmulas. Ele olhou para seu irmão, e depois a levantou com força, acertando o olho de seu primo. Ele gritou enquanto o sangue preenchia a mão que estava sobre seu ferimento.

— Parem com isso! — Sir Harold gritou para as crianças enquanto outros guardas o acompanhavam, ninguém percebeu quando Morgan correu para pedir ajuda, mas agora era tarde demais. — Deixe-me ver, meu príncipe. — disse calmamente enquanto segurava nos ombros do garoto que gritava de dor, seus olhos se arregalaram quando viu aquilo. — Que os Deuses sejam bons!

(...)

Rei Viserys estava furioso, ele queria respostas, mas ninguém parecia querer as dar. Ele interrogava Aemond e os guardas enquanto o meistre costurava o ferimento do príncipe. Allicent estava preocupada com seu filho, era um ferimento grave, e estava ansiosa por respostas. Quando o meistre disse que o olho estava perdido, ela se levantou devastada, indo até Aegon e dando um tapa em seu rosto, perguntando onde ele estava quando seu irmão foi atacado.

Corlys e Rhaenys chegaram ao lugar, perguntando em confusão o que estava acontecendo. Logo depois Rhaenyra e Daemon chegaram, o último ficando encostado no batente da porta apenas observando. Quando ele viu Morgana, sorriu aliviado por ela estar bem e sem nenhum ferimento, a chamando para que ficasse ao seu lado, o que ela fez rapidamente, deixando o lado de seus primos que agora estavam acompanhados por uma mãe muito preocupada.

— Quem fez isso? — ela perguntou.

— Eles me atacaram! — Aemond gritou de onde estava sentado.

— Ele atacou a Baela! — Jacerys disse, ele estava protegendo seu irmão e suas primas.

— Você está bem?

— Ele quem começou! — as crianças começaram a falar uma por cima da outra, não dando espaço para que nada fosse ouvido e causando um caos. Morgan apenas apertou a mão de seu pai com mais força, ela queria estar em qualquer lugar menos ali.

— Meu filho quem deveria contar a verdade! — Allicent gritou.

— Ele nos chamou de...

— Silêncio! — o Rei gritou, fazendo com que se calassem e o ouvissem. Jacerys terminou o que ia dizer para que apenas sua mãe ouvisse, ela ficou a frente deles, esperando que pudesse os proteger.

— Aemond, eu quero a verdade sobre o que aconteceu! — seu filho continuou em silêncio. — Agora!

— O que mais precisa ouvir? Seu filho foi mutilado. — a rainha disse, esperando livrar seu filho de alguma culpa que ele pudesse ter, que obviamente ele tinha. — O filho dela foi responsável.

— Foi um acidente lamentável.

— Acidente? O príncipe Lucerys levou uma adaga para a emboscada, ele queria matar meu filho.

— Foram os meus filhos que foram atacados e forçados a se defender! — Rhaenyra disse aumentando o tom de voz, não deixaria seu irmão sair impune pelo que havia feito e dito. — Insultos vis foram desferidos contra eles.

— Quais insultos? — um silêncio preencheu o ambiente novamente quando o rei perguntou.

— Aemond os chamou de bastardos. — a voz de Morgana foi ouvida pela primeira vez na noite, ela ainda estava ao lado do pai, mas deu um passo a frente quando disse tais palavras. Ela não fraquejou nem por um minuto. O príncipe a olhou, não acreditando que ela havia dito algo, e principalmente que havia sido contra ele.

— Diga o que aconteceu, garotinha. — Viserys disse enquanto dava um passo em sua direção.

— Ele reivindicou Vhagar para si, o que deixou Rhaena e Baela furiosas, afinal, o dragão seria de uma delas por direito. Então, elas o confrontaram. Jacerys e Lucerys só as acompanharam para protegê-las. E foi o que fizeram. — ela olhou para seu pai, que afirmou com a cabeça para que ela continuasse, estava orgulhoso por ela estar dizendo algo que não fosse só para ele. — Socos, empurrões e chutes foram dados, mas foi quando Aemond levantou uma pedra enquanto segurava Lucerys pelo pescoço que Jace retirou sua adaga. O príncipe o chamou de Lorde Strong.

— Meus filhos estão na linhagem de sucessão do trono de ferro, majestade. Essa é a maior das traições. — Rhaenyra falou, agradecendo mentalmente por Morgan ter dito aquilo. — O príncipe Aemond deve ser severamente interrogado para que saibamos onde ele ouviu tais calúnias.

— Por um insulto? — Allicent estava incrédula, ela estava ignorando tudo que Morgana disse. — Meu filho perdeu um olho!

— Me diga garoto, onde ouviu essas mentiras? — o rei tornou a perguntar.

— Uma chacota durante o treino. Coisa de meninos. Nada demais...

— Aemond! Eu te fiz uma pergunta.

— Onde está o Sir Leanor? Onde está o pai dos meninos? Talvez ele tenha algo a dizer sobre o assunto. — a rainha disse, uma tentativa de tirar a atenção do filho.

— Sim, onde está Sir Leanor?

— Eu não sei majestade. Eu... não consegui dormir, sai para uma caminhada. — era obviamente uma desculpa, quando Morgan olhou para o pai e o viu sorrindo disfarçadamente ele soube que estavam juntos.

— Entretendo seus escudeiros, eu me arrisco a dizer. — Allicent não percebeu, mas Rhaenys não gostou do comentário.

— Aemond, olhe para mim. Seu rei ordena que responda. — silêncio. — Quem disse essas mentiras para você? — o rei viu seu filho olhar fixamente para a sua mãe por um tempo, o que a deixou apreensiva, mas ele engoliu em seco e o respondeu.

— Foi o Aegon.

— Eu? — o rapaz que estava em silêncio total ficou surpreso.

— E você, garoto? Onde ouviu tais calúnias? — Viserys andava na direção de seu filho, perdendo o resto de paciência que o restava. — Aegon! — ele gritou. — Me diga a verdade disso! — o príncipe estava encurralado, o que poderia dizer?

— Nós sabemos, pai. — respondeu apreensivo. — Todos sabem, basta olhar para eles. — Luke se encolheu no abraço de sua mãe quando ele disse isso.

— Esta rivalidade interminável deve acabar! Entre todos vocês! — Viserys falou alto. — Somos uma família! Agora, desculpem-se e mostrem boa vontade uns com os outros. O seu pai, o seu avô, o seu Rei ordena! — bateu com a bengala no chão.

— Isso não é o suficiente. — Allicent falou novamente. — Aemond foi ferido permanentemente, meu rei. Boa vontade não irá curá-lo.

— Eu sei, Allicent. Mas não posso restaurar o olho dele.

— Não, porque foi tirado.

— O que você quer que eu faça?

— Está dívida deve ser paga. — disse com lágrimas nos olhos. — Eu quero o olho do filho dela em troca. — todos ficaram surpresos com tal fala, Luke se escondeu atrás da mãe, com medo.

— Minha querida esposa... — ele começou.

— Ele é seu filho, Viserys. Seu sangue.

— Não permita que o seu temperamento oriente o seu julgamento. — o rei nunca permitiria aquilo, e todos sabiam. Mas Allicent não aceitou.

— Se o rei não vai buscar justiça, a rainha o fará. Sir Criston... Me traga o olho de Lucerys Velaryon. — o pequeno garoto gritou por sua mãe, se escondendo atrás dela mais do que nunca.

— Allicent. — o rei tornou a tentar.

— Ele pode escolher o qual vai manter. — ela falou. — Privilégio que ele não deu ao meu filho.

— Você não fará tal coisa. — Rhaenyra disse, a frente de seus filhos de forma protetora, ela nunca permitiria aquilo.

Morgana agarrou a mão de seu pai com força, não queria ver o que viria a seguir. Mas ouviu seu pai dizer "Fique calma, ela vai dar um jeito." então ficou onde estava, apenas observando tudo aquilo. Ela rolou os olhos pela sala, até que encontrou ao de Aemond, que usava seu único olho com atenção a ela. Ela não desviou, decidiu manter aquele contado até que ele desistisse, o que ele não fez.

— Fique onde está, sir.

— Não, você é jurado a mim! — ela gritou.

— Como seu protetor, minha rainha. — Cole disse dando um passo a frente.

— Allicent, esse assunto... está encerrado. Você compreendeu? — virou as costas para ela, andando um pouco a frente. — E para que todos saibam, quem ousar questionar a paternidade dos filhos da princesa Rhaenyra, terá a língua cortada.

— Obrigada, pai. — se virou para seus filhos, os tranquilizando.

Mas Allicent não ficou satisfeita, andou rápido até o marido e empunhou a adaga que estava com ele, indo em direção a Rhaenyra. Gritos foram destinados para que ela ficasse no lugar, mas não ouviu nenhum deles. Sir Criston avançou, e então Daemon se desencostou da parede e foi em sua direção, deixando sua filha lá, assustada. Luke gritou, Morgan olhou em sua direção, não perdendo tempo em se aproximar dele, deixando a disputa de olhares com Aemond de lado. A rainha e a princesa começaram uma discussão, uma segurando no braço da outra, Rhaenyra não a deixava se aproximar, mas Allicent segurava a adaga com força. E foi quando elas se distanciaram que o barulho do objeto caindo no chão consumiu o lugar silencioso, sangue escorria pelo braço da princesa, e foi ai que a Hightower percebeu o que havia feito, ela tinha ido longe demais.

Aemond finalmente se levantou da cadeira onde estava, indo até sua mãe. Ele não queria que aquilo continuasse, embora desejasse o pior a Jace e Luke, isso poderia esperar, ele teria sua vingança.

— Não sofra por mim, mãe. Foi uma troca justa. Posso ter perdido um olho, mas ganhei um dragão.

— Essa situação acaba agora. — dessa vez, Viserys não precisou voltar para o ambiente, saiu de lá indo direto para seu quarto.

Aemond foi de encontro a sua mãe, a abraçando. Mas seu olho estava em Morgana, a encarando sem tentar esconder. Ela estava entre Lucerys e Jacerys, com Rhaenyra e Daemon ao seu lado, só desviando quando sua mãe a puxou para sairem daquele lugar.
No final das contas, ele ainda não havia dito uma palavra sequer para ela.

Continue Reading

You'll Also Like

2.2K 213 11
๐——๐—ข๐—–๐—˜ ๐—”๐—ฃ๐—ข๐—Ÿ๐—Ÿ๐—ข || Doce Apolo รฉ um romance ambientado em Londres. A histรณria gira em torno de dois protagonista. Um universo onde Apollo jรก tev...
30.8K 1.3K 8
Ensinado a idolatrar bruxos como Albus Dumbledore e odiar bruxos como Gellert Grindelwald, James sentiu mais do que deveria ao conhecer uma Dumbledor...
111K 6.7K 34
1 TEMPORADA CONCLUรDA 2 TEMPORADA EM ANDAMENTO S/n se vรช a pior amiga do mundo quando descobre que o cara com quem ela ficou em uma boate รฉ o pai d...