Hype Girl | Kajemac Fanfic [P...

By kjbrandman

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Mackenzie Coyle era conhecida por ser uma aluna problemática. Karina Brandman, a presidente do Grêmio Estudan... More

2. Nothing New
3. Daddy Issues
4. Self-Centered
5. Secrets
6. In Your Dreams
7. Mommy Issues
8. Deal
9. Cigarettes & Mint
10. Karininha
11. Prom
12. Normal
13. All the things I hate about you

1. Hell's Day

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By kjbrandman

Personagens:

Mackenzie Coyle, 18 anos. Estudante do 3º ano.

Erin Tieng, 18 anos. Estudante do 3º ano e melhor amiga de Mackenzie.

Karina Brandman, 17 anos. Líder do Grêmio Estudantil.

Tiffany Quilkin, 18 anos. Vice-presidente do Grêmio Estudantil e melhor amiga de Karina.

_________________

[Mackenzie Coyle's Point Of View]:

Encostada no meu armário, observava de forma tediosa o fluxo de pessoas indo e vindo nos enormes corredores. Reparei em alguns rostos conhecidos, outros nem tanto. Provavelmente, alunos novos.

Sentia olhares sobre mim em certos momentos, porém aprendi a conviver com eles. Antes, eu odiava ser o centro das atenções, mas por ser a figura mais próxima de rebeldia que aquela escola para crianças ricas tinha, acabei conquistando determinada reputação. Está sempre metida em confusão, brigas e suspensões, ajudavam um pouco. 

Na verdade, nunca me importei com o quê falavam sobre mim pelos corredores. Afinal, ninguém naquele lugar era diferente de mim. Eles apenas fingiam melhor

Não sei como não sufocavam com tanta falsidade, enquanto agiam como seres perfeitos, dia após dia, em seus tênis caros e seus narizes empinados.

Patéticos.

A volta as aulas após as férias de verão trouxe consigo a rotina que eu tanto odiava. O que me mantinha "sobrevivendo" era o fato de que aquele seria o meu último ano naquele inferno. Porém, entre tantos pontos negativos, eu precisava admitir que estar ali era melhor do que estar em casa. Afinal, servia como uma maneira de distração para a mente.

- Ei, que cara é essa? - A voz da minha melhor amiga, Erin, me tirou dos meus pensamentos - Está pior do que o normal - Fez uma careta em reprovação - Anime-se jovem! Esse é o nosso último ano nesse hospício.

- Gostei do cabelo... - Comentei apontando para os cabelos agora curtos e mais escuros da garota - Combinou com você, devo admitir.

- Obrigada, eu sei - Ela agradeceu convencida - Esse ano decidi mudar o cabelo, consequentemente, minha personalidade também mudou.

Os corredores pareciam ainda mais cheios, quase claustrofóbicos. Nossa conversa acabava se perdendo em meio a tantas outras que aconteciam paralelamente. Porém, todos aqueles alunos tinham o mesmo destino: o ginásio do colégio, onde ocorreria a Cerimônia de boas-vindas.

- A gente precisa ir mesmo? - Erin choramingou.

Aquela era uma cerimônia sem graça, onde o diretor e os membros do grêmio estudantil davam discursos tão chatos e entediantes quanto suas personalidades. 

- Todo ano a mesma baboseira... - Erin continuou resmungando.

Abaixei-me um pouco para pegar minha mochila que estava largada no chão, ao lado dos meus pés. Coloquei apenas uma alça em meu ombro e começamos a caminhar em direção a entrada do ginásio. Não era como se fôssemos prestar atenção de qualquer maneira.

- Por mais chato que seja, não quero bater o meu próprio recorde e pegar uma advertência no primeiro dia - Falei, suspirando pesadamente. Não que eu ligasse para isso, mas essa manhã, estava particularmente sem paciência para ouvir sermões infinitamente longos do diretor.

Ao cruzarmos as portas, vi o típico palco montado no centro da quadra e as arquibancadas sendo ocupadas pelos alunos de todos os anos. Subimos as escadas da arquibancada mais próxima, em busca de lugares vazios nas últimas fileiras. 

A medida que passávamos pelos alunos era possível ouvir alguns olhares conhecidos, outros olhares curiosos. 

"Quem são elas?"

"Por que o uniforme delas estão daquela maneira? Isso não dá suspensão?"

"Espera, os olhos dela são diferentes?"

- Heterocromia - Erin não conseguiu segurar a sua língua ao ouvir aquele comentário em específico - É assim que se chama, idiota.

- D-desculpe - A garota pediu sem graça. Quando Erin queria, ela conseguia ser assustadora. Soltei uma risada anasalada, negando com a cabeça. 

Meu olho esquerdo era verde, enquanto o direito era um tom de castanho claro. Nunca me incomodei com essa característica rara, afinal sempre amei ter os olhos iguais aos da minha mãe. Era como uma lembrança constante dela em mim.

- Erin, assim você vai assustar a pobrezinha... - Toquei seu ombro, enquanto ria - Anda, vamos.

- Foi engraçado, não foi? - Erin questionou orgulhosa. Ela adorava ver o efeito que tinha nos outros alunos, ainda mais se fossem novatos. 

Continuamos a subir as escadas, nos acomodando na parte mais alta. Poucos alunos sentavam-se naquela parte para a minha felicidade. 

- Onde está aquele velho? - Questionei impaciente, não vendo o diretor no palco.

- Está ansiosa para o discurso encorajador sobre o ano letivo, Coyle? - Perguntou de maneira provocante e debochada. 

- Quanto mais cedo começar, mais rápido vai terminar essa tortura - Respondi, cruzando os braços - Não estou a fim de ficar aqui por muito tempo.

- Igual ano passado que durou duas horas e você acabou dormindo? - Ela questionou, erguendo sua sobrancelha direita.

- Foi apenas um deslize - Me justifiquei rindo - E ninguém pode me julgar!

No meio da quadra, iniciou-se uma movimentação. O diretor havia chegado ao local e atrás de si, o grêmio estudantil o seguia como cachorrinhos. 

O grêmio estudantil era o principal responsável por todas as minhas advertências e suspensões. Por mais que não fossem a maior autoridade do colégio, conseguiam colocar ordem fazendo o que podiam.  

Era de se esperar que nos odiávamos mutualmente, quase que algo natural. Se cruzássemos o caminho uns dos outros, faíscas rolavam. 

Eu, particularmente, apenas os via como mimados que se achavam donos da razão. Eles eram tão idiotas e patéticos quanto qualquer um que pisasse naquele lugar. 

- Odeio admitir, mas ela está uma gata - Erin comentou, apontando com seu queixo em direção a garota que andava na frente dos outros.

Karina Brandman, a presidente do grêmio estudantil, estava com seus cabelos soltos. Seus cachos caíam perfeitamente, assim como seu uniforme impecável como sempre. Seu nariz empinado e seu ar superior estavam presentes também. Todos os olhares naquele ginásio estavam voltados para ela naquele momento. 

- Embora seja uma chata... - Erin completou sua fala, enrugando seu nariz.

Meu olhar caiu sobre a garota que caminhava em direção ao centro do grande palco. Limitei-me a rir baixo, eu conhecia muito bem Karina Brandman, a garota prodígio e preferida por todos os professores, de excelente condição financeira e com família bem estruturada. O combo perfeito para ser uma riquinha mesquinha e imprestável. 

Demorou poucos minutos para o barulho do ajuste do microfone ecoar pelos alto-falantes do ginásio, finalmente anunciando o começo daquela tortura matinal. 

A presidente do grêmio pigarreou, interrompendo aqueles que ainda conversavam. A vi respirar fundo e ajeitar o seu uniforme antes de iniciar o seu monologo. 

Eu nunca entendi o porquê de sempre os membros do grêmio estarem arrumando suas próprias roupas, apertando suas gravatas e verificando se seus ternos estavam impecáveis. Talvez fosse uma mania brega causada pelo complexo de superioridade ou apenas medo de que o mau-caratismo escorresse pelo tecido do uniforme. 

- Antes do nosso diretor iniciar a Cerimônia, nós, representantes do Grêmio Estudantil, gostaríamos de dizer algumas palavras - Brandman anunciou em um tom claro - Como sabem, iremos nos formar esse ano e não seremos mais parte da equipe que acompanhou vocês desde que entramos no primeiro ano escolar - Fez uma pequena pausa - Nesse ano de eleições, não participaremos como concorrentes, mas sim, como apoiadores. Dentre as chapas, iremos escolher uma para apoiar, então para aqueles que pensam em participar, estaremos atentos - Terminou seu discurso sendo ovacionada por grande maioria dos alunos ali presentes.

Eles aplaudiam como se Brandman tivesse acabado de anunciar a cura para o câncer. Era patético de se ver. 

- Como ela consegue ter tanta lábia? - Divaguei em voz alta.

- Eu me pergunto a mesma coisa - Erin disse inconformada - Mas foi por isso que votou nela ano passado? - Brincou, me empurrando com os ombros.

- Eu não votei nela, votei naquele garoto esquisito do segundo ano - Respondi, dando de ombros - Ele parecia promissor.

Na verdade, ele era uma completo inútil. Mas, quem ligava para essa baboseira de grêmio estudantil, afinal de contas?

- Tão promissor que teve somente dois votos, o seu e o dele mesmo - Erin riu.

- Acho que nem ele votou nele mesmo - Acabei rindo do meu próprio comentário.

- Atenção, alunos! Daremos início a cerimônia de retorno as aulas! - Sequer notei quando o discurso da presidente acabou, mas agora, o diretor tinha o microfone em mãos.

Afundei ainda mais no banco, queria apenas que aquela tortura terminasse logo. Mas todo o discurso pareceu ficar ainda mais longo do que o do ano anterior.

A medida que os minutos passava, eu podia sentir meus olhos pesarem. Eu lutava para mantê-los abertos.

- Eu vou ao banheiro - Anunciei ao me levantar - Esse velho está me dando um puta de um sono.

- Vou ficar por aqui mesmo - Erin disse, dando de ombros - Vai embora? - Perguntou.

- Isso vai depender dessa cerimônia - Falei antes de sair.

Desci as escadas da arquibancada, caminhando até o banheiro localizado atrás da grande quadra. Precisava urgentemente lavar o rosto para despertar um pouco, afinal ainda teria que aturar aulas até o final do dia. 

A voz irritante do diretor ficava cada vez mais baixa e abafada a medida que me aproximava do banheiro. Encontrei alguns alunos perto dos vestiários, provavelmente fugindo da cerimônia assim como eu.

Assim que empurrei a porta do banheiro, notei a presença de uma certa pessoa. Para o meu azar ou sorte. 

Brandman estava lavando seu rosto, de costas para mim, mas eu podia ver o seu reflexo pelo enorme espelho. 

Estávamos sozinhas.

Um sorriso sacana ganhou meus lábios e caminhei até a pia vazia ao seu lado. Ela não parecia ter notado minha presença ainda.

- Belo discurso hoje, presidente -  Falei. O corpo de Brandman enrijeceu e ela levantou o olhar, encontrando com o meu através do espelho - Deve funcionar com os novatos.

- O que quer aqui, Coyle? - Ela perguntou de forma ríspida completamente diferente do tom amigável que usou para fazer seu discurso.

- Não posso usar o banheiro? - Questionei de forma irônica. Odiava a forma que ela se achava o centro do universo.

- Pode fazer o que quiser, se me deixar em paz - Limitou-se a responder. Brandman parecia estar um dia ruim, provavelmente algum problema fútil de garota rica e mimada havia lhe aborrecido.

Abaixei meu tronco e molhei meu rosto, fazendo o que queria desde que a cerimônia para trás. Enquanto isso, a garota ao meu lado encarava o próprio reflexo no espelho como uma verdadeira narcisista. 

Caminhei até o outro lado para pegar um papel toalha, mas ao voltar, decidi brincar um pouco.

- Tem um botão da sua camisa social desabotoado... - Dei um passo para frente, nos deixando próximas o suficiente para sussurrar em seu ouvido - Te deixa menos mesquinha. 

Seus dedos tocaram firmemente o mármore da pia. Brandman virou-se de repente, me empurrando com nenhuma delicadeza.

- Respeite o espaço pessoal dos outros, Coyle - A raiva saiu de sua garganta - Eu não vou aturar suas gracinhas hoje, quer ficar de detenção no primeiro dia de aula?

- E por que eu ficaria, presente? - Perguntei desafiante - Essa sua pose de autoridade não funciona comigo, sabe disso, Brandman - Falei, sorrindo de lado. Aquilo pareceu ter a irritado ainda mais.

- Saia da minha frente -  Exigiu. Senti sua mão me empurrar para o lado, passando ao meu lado, em direção a saída.

- Ei - A chamei, antes que saísse do lugar. Ela apenas parou na porta, me olhando por cima dos ombros, esperando que eu falasse - Te vejo na aula mais tarde?

A vi revirar os olhos e sair do local sem me responder. Me deixando com um sorriso satisfeito nos lábios. 

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