- Oque !? - praticamente gritei - não , não e não , para o carro - falei e ele acelerou mais - Edward para esse carro se não eu vou pular ! - ele travou as portas do carro e comecei a pensar em uma maneira de fazer ele parar - Edward , por favor ... eu não quero voltar lá , por favor para o carro - falei com medo .
Senti a velocidade do carro diminuir e depois ele parou o carro .
- Me desculpa , eu não queria te assustar - Falou me olhando.
- Tudo bem ... aí meu Deus , as meninas estão me esperando no restaurante , eu me esqueci delas - lembrei pegando o celular mas estava descarregado .
- Tudo bem , eu te levo - Edward falou ligando o carro novamente.
Quebra de tempo
Assim que chegamos , vi as meninas saindo do restaurante e fui até elas.
- Anjinha ! - Ângela falou - onde você estava ?
- Nós te ligamos várias vezes - Jessica falou.
- Meu celular descarregou - falei.
- Me desculpem por atrasar a Angelis - Edward falou se aproximando e as meninas pareciam bem surpresas - É que nós nos encontramos e começamos a conversar .
- Tudo bem - Ângela falou sorrindo.
- Acontece , né ? - Jessica falou meio sem graça - você ralou o joelho ?
- Ah ... bom ... eu escorreguei e cai , mas tá tudo bem - falei dando um leve sorriso esperando que ela acreditasse .
- Então tá - Jessica respondeu ainda meio desconfiada - bom , nós acabamos comendo enquanto esperávamos você.
- Desculpa - Ângela falou sem graça.
- Tudo bem , meninas - falei.
- Então ... nós já estávamos indo , você vem ?- Jessica falou.
- Na verdade eu acho melhor a Angelis comer algo antes de ir e depois eu a levo para casa - Edward falou com um leve sorriso.
- ... Ok então - elas responderam juntas.
- Então nós já vamos - Jessica falou.
- Até amanhã anjinha - Ângela falou me abraçando.
- Até - falei.
Me despedi das meninas e depois Edward e eu entramos no restaurante , nos sentamos em um lugar mais reservado , pedi um suco de maracujá e lasanha , já Edward pediu apenas um suco de maracujá.
- Bebe - ele falou empurrando levemente o suco pra mim e me analisando.
-É sério , eu tô bem - falei .
- Uma pessoa normal não estaria bem - ele disse com um leve sorriso .
- Eu não sou muito normal - falei e rimos.
Quando acabei meu suco ele me passou o outro .
- E então ? ... já tem alguma teoria sobre oque eu sou ? - perguntou.
- Na verdade não , eu tinha até me esquecido disso - menti.
- Qual é ? , pelo menos uma - falou sorrindo.
- Um amigo meu me contou uma lenda quileute sobre os frios - falei e o sorriso dele sumiu.
- E você achou que eu era um ? - ele perguntou em um tom zombeteiro , mas claramente estava tenso .
- Na verdade não , como eu disse , eu não pensei sobre isso - menti na cara dura e em seguida o garçom entrou.
- Aqui está senhorita - Falou sorrindo e colocando o prato na mesa - a senhorita deseja algo mais ? - ele falou colocando um papel dobrado ao lado do prato .
- Não , obrigada - falei sorrindo gentilmente .
- Tem certeza ? - o garçom perguntou sorrindo .
- Sim , ela tem certeza , pode ir - Edward falou em um tom bem sério pegando o papel e colocando no bolso do garçom - vai ! - Falou irritado e o garçom saiu.
- Oque foi isso ? - falei rindo.
- Não gosto de pessoas abusadas - o nervosinho falou.
- Então tá , né ? ... então ... eu queria te agradecer pelo que fez por mim hoje , você me salvou denovo , se continuar assim , vou começar a pensar que você é um super herói nas horas vagas - falei sorrindo.
- Eu com certeza não sou um herói - ele disse.
- Por que ? - perguntei.
- Se olhar pelo ângulo certo , verá que eu estou mais para o vilão - falou olhando para as próprias mãos.
- Eu não concordo , um vilão não faria oque você fez por mim , eu basicamente deveria ter morrido no dia do acidente com a van mas você impediu - falei.
- Na verdade , você deveria ter morrido no dia em que me conheceu - ele falou ainda olhando para as mãos.
- Oque ? - perguntei confusa .
- Nada - ele falou dando um leve sorriso de lado .
- Tá bom ... a propósito , no carro você falou como se soubesse oque aqueles caras estavam pensando , por que ? - falei e ele pareceu pensar na resposta.
- Oque você diria se eu te falasse que posso ler mentes ? - Edward falou olhando nos meus olhos.
- Eu diria que eu realmente espero que você não consiga ler a minha - falei e ele riu - Você pode mesmo ler mentes ?
- Posso , qualquer mente - arregalei os olhos - menos a sua e a da sua irmã.
- Graças a Deus ! - falei alto e ele voltou a rir - foi por isso que você ficou irritado com o garçom ?
- ... foi , os pensamentos dele me incomodaram - falou ficando sério.
- Oque ele pensou ? - perguntei curiosa e Edward pareceu pensar antes de voltar a falar .
- O papel que ele colocou ao lado do seu prato tinha o número dele - Falou com uma expressão engraçada que poderia facilmente ser confundida com ciúme e eu segurei o riso - ele estava pensando no quanto você é bonita e em como ... - ele parou por um segundo com uma expressão de desgosto - como seria te beijar .
- Meu Deus - falei com vergonha , voltei a olhar para Edward e ele me olhava fixamente - que foi ?
- Não importa oque eu faça ou o quanto eu tente , eu não consigo ficar longe de você - ele falou tocando a minha mão que estava sobre a mesa , mas logo soltou como se tivesse feito algo muito errado , porém o mais estranho foi que a mão dele é tipo , muito fria.
Depois que acabei de comer Edward insistiu em pagar a conta e depois fomos para o carro .
- Agora vamos falar com o seu pai - Edward falou enquanto abria a porta para mim.
- Falar oque ? - perguntei confusa .
- Sobre oque aconteceu hoje - Edward falou .
- Ah não , é melhor não , não precisa - falei tudo de uma vez .
- Precisa sim e eu vou com você , eu vi os rostos deles lembra ? , eu vou ser sua testemunha , você vai falar com o seu pai e isso não é negociável - ele falou fechando calmamente a porta .
Quando chegamos na delegacia , vimos o carro do pai de Edward estacionado .
Depois que Edward estacionou o carro , nós fomos até o doutor Cullen que disse que o amigo do meu pai , waylon tinha morrido por conta de um ataque animal.
Entrei na delegacia para ver meu pai e Edward viria depois de falar com o pai dele .
- Pai ? - chamei parada em frente à porta que estava entre aberta , papai estava sentado olhando para o nada até me ver .
- Borboletinha ? , por que está aqui a essa hora filha ? - ele perguntou preocupado enquanto se levantava.
- Eu vim falar com o senhor mais fiquei sabendo que o tio waylon ... - não terminei a frase e o abracei.
- Ele e eu fomos amigos a vida inteira , eu ainda não consigo acreditar - falou me abraçando ainda mais forte e depois respirou fundo - e então ? , oque você queria me falar ?
- Eu acho melhor o senhor se sentar - falei levando ele até a cadeira e ele arregalou os olhos .
- Aconteceu algo com a sua irmã ? - falou nervoso enquanto se sentava.
- Não ... - falei e ele se acalmou - foi comigo - ele pulou da cadeira .
- Oque aconteceu ? - falou procurando por ferimentos - por que sua bochecha está com marca de mão ? - falou olhando de perto e depois olhou minha pernas - Por que seus joelhos estão ralados ? , oque aconteceu ? - ele falou ficando ainda mais nervoso e fazendo uma pergunta atrás da outra.
- Eu vou explicar mas é melhor o senhor se acalmar primeiro - falei o puxando para a cadeira denovo , abri o casaco que Edward me emprestou e o retirei para mostrar os machucados nos braços , expliquei tudo que aconteceu e não preciso dizer que meu pai surtou , né ? , também falei sobre Edward ter me ajudado , que ele queria ser testemunha e que estava me esperando lá fora .
Meu pai ia sair para chamar Edward , mas ele bateu na porta no exato momento.
Edward explicou tudo e desenhou os rostos dos 4 caras com muita facilidade , ele também contou ao meu pai que os caras deviam estar no hospital.
Edward disse que quebrou as costelas de um , os braços de outros 2 e a perna de um .
Ele usou a desculpa de que faz aulas de luta desde pequeno , eu fiquei boba por saber o estado dos caras , já meu pai não reclamou e parecia até feliz.
Meu pai agradeceu a Edward por ter me ajudado e depois disso me deu um spray de pimenta , fez todos os procedimentos necessários e pediu a Edward que me levasse para casa enquanto ele iria atrás dos caras.
Pedi ao meu pai que não contasse a Bella e nem a minha mãe , já que ela ainda não tinha superado o surto do acidente com a van.
Fazia um tempo que estávamos no carro de Edward e já estávamos quase chegando a minha casa.
- Edward como você sabia onde eu estava ? , você me seguiu ? - perguntei.
- Sim - ele respondeu calmo - e não me arrependo.
- Por que me seguiu ? - falei confusa.
- Eu nunca tentei manter alguém vivo ... mas com você eu não consigo evitar - ele respirou fundo - Você é importante demais .
- Importante para quem ? - perguntei.
- Pra mim - ele falou olhando nos meus olhos.
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