O Experimento do Deus

Door ThaiDragomir

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Um experimento levou o senhor das moscas a conhecer a verdadeira essência de um ser, seria esse o fim de sua... Meer

Capítulo 1 - A Veela
Capítulo 2 - Melancolia do deus
Capítulo 3- Conflito de decisões
Capítulo 4 - A Verdade
Capítulo 5 - O nascer de um sentimento
Capítulo 6 - Você é perfeito
Capítulo 7 - A dança
Capítulo 8 - A dor da rejeição
Capítulo 9 - Cidade do Pecado
Capítulo 10- Ciúmes
Capítulo 11- Sintonia
Capítulo 12 - Lembranças que mais doem
Capítulo 14- Neblina
Capítulo 15 - A decisão
Capítulo 16 - Quebrando barreiras
Capítulo 17 - Entrega Sublime
Capítulo 18 - Ritual Humano
Capítulo 19 - Desejo intenso
Capítulo 20 - A caminhada
Capítulo 21- Cidade dos anjos
Capítulo 22- História dos Anjos
Capítulo 23 - Passado Sombrio
Capítulo 24- Amor é a cura
Capítulo 25- Enfrentando seus demônios
Capítulo 26 - Coração puro
Capítulo 27- Coração cheio de amor
Capítulo 28- Encontro com Satã
Capítulo 29- Poder total
Capítulo 30- Fogo eterno
Capítulo 31- Cuidando de você
Capítulo 32- Amando-a como se deve
Capítulo 33- Casa comigo?
Capítulo 34- Meu amor por você
Capítulo 35- Vou lutar por você
Capítulo 36- Eternidade ao seu lado

Capítulo 13 - Descobrindo o amor

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Door ThaiDragomir

Esse capítulo tem 3600 palavras

Boa leitura❤

Os braços continuaram ao redor do deus por longos minutos, sentia-o acalmar-se gradualmente, apesar de saber que não que era o suficiente, ele teria muito mais para desabafar, cuidadosamente passou as mãos em suas costas em sinal de conforto. Afastando-se suavemente ele dedicou um sorriso triste em sua direção, beijou com carinho sua testa fazendo-o suspirar.

— Obrigado — ele falou puxando-a para um abraço.

— Quer falar sobre eles? — perguntou com cautela.

— Foi a primeira vez que os vi, eles foram meus primeiros e únicos amigos, o pouco tempo que passamos juntos me fez muito feliz, apesar de eu ter destruído tudo — Belzebub fala rente ao seu ouvido.

— Bel, não fale assim! — resmunga descontente.

— Aine, se eles não tivessem me conhecido ou apenas tivessem me escutado e mantido a distância, estariam vivos agora — ele falou com um peso em sua voz, doeu em seu coração ouvi-lo daquela maneira, não queria vê-lo assim.

— Precisa parar de pensar no pior, eles ficaram felizes ao conhecê-lo, acredito que se arrependam de nada do que viveram com você! — fala com cuidado para o deus, não queria deixá-lo mais arisco.

Ele afastou-se para olhar em seus olhos, seus olhos marejaram ao vê-lo torturado daquela maneira, não poderia simplesmente sumir com o peso que seu coração tinha, pois, apesar de ter poderes para tal, o deus torturava-se no mais profundo de sua mente, saber que era inútil a esse ponto deixava-a triste, queria poder apagar toda a sua dor.

— Mas eu me arrependo, se eu tivesse mantido distância como fazia com todos, percebi na hora que eles não eram comuns, todos fugiam de mim, mas eles não, éramos chamados de grupo desajustado, menos Lúcifer claro, a luz dele era esplêndida, mesmo sendo alguém que poderia andar com os anjos das patentes mais altas, não era isso que importava para ele, a culpa do que eu fiz me destrói dia após dia... saber que eles estariam vivos se eu não existisse, me dói — o deus comenta com a voz embargada.

Suspirou ao ouvi-lo, sabia que doía, sabia que era difícil livrar-se da culpa, e arrependimento, seu ser estava em pedaços ao vê-lo daquela forma.

— Sabe isso é um insulto a suas memórias, não podemos mudar o passado, mas sim, usa-lo como forma de aprendizado, você não tinha como saber o que aconteceria e nem eles sabiam, então perdoe-se por isso, pois eu sei que se eles pudessem voltar ao tempo iriam querer conhecê-lo novamente — fala pegando o rosto do deus em suas mãos.

— Aine... — ele soluça permitindo as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, puxou-o em sua direção abraçando-o com força.

— Belzebub, eles amavam você, jamais iriam querer vê-lo dessa maneira — fala fazendo um terno carinho em seus cabelos negros, ficaram longos minutos até ele se acalmar, levantou secando as lágrimas.

— Lúcifer morreu... abraçado a mim, mesmo estando possuído pelo... monstro... ele não me soltou — Belzebub fala evitando contato com seus olhos.

— É porque ele sabia que aquele não era você, não queria que sentisse remorso por algo que não é sua culpa — fala sorrindo gentil para o deus, ele balançou a cabeça em negação soltando um fraco riso.

— Eu não mereço você, mas estou tão feliz de tê-la comigo — o deus fala puxando-a para um abraço.

— Você merece o mundo Bel, apenas não se deu conta disso — fala rente ao ouvido do deus.

Ele afastou-se minimamente para deixar um suave beijo em suas bochechas, sentiu-o mais tranquilo, apesar de a dor ainda estar lá, demandaria tempo para que ele se perdoasse pelo que ocorreu.

O deus deu um longo suspiro antes de olhá-la novamente, parecia estar tomando coragem para falar consigo, sorriu incentivando-o, ele sorriu tímido ao perceber que não precisava ter cautela, estava ali por ele afinal.

— Podemos continuar? — ele pergunta inserto.

— Você decide, está bem para continuar? — pergunta fazendo-lhe um terno carinho na bochecha.

— Estou — ele fala sorrindo tristemente.

Analisara com cautela suas emoções, apesar de estar triste, ele estava decidido, não poderia opor-se a isso se era o que ele queria, não queria sobrecarregá-lo apenas, já sofrera muitas emoções.

— Aine, eu juro que estou bem — ele fala segurando com carinho as suas mãos, suspirou exasperada ao notar que não iria conseguir convencê-lo.

— Qualquer sinal de desconforto seu, vou parar de imediato, está ouvindo? — pergunta cerrando os olhos em sua direção, ele sorri maroto roubando um suave selinho.

— A senhora quem manda! — ele responde com uma piscadela, riu indignada em sua direção.

— Feche os olhos e imagine-se novamente na piscina, seu corpo esta cada vez mais afundando na água, quanto mais fundo mais relaxado vai sentir-se — fala docemente ao deus que se entrega por completo a hipnose.

"Estava completamente obcecado a procura de pistas sobre o paradeiro de Satã, tudo que encontrava eram lendas e histórias duvidosas, mas não iria parar até encontrá-lo, o mataria com as suas próprias mãos, não se perdoava pelo que ocorrera com seus amigos, sempre duvidara da lenda envolvendo seu nome, mas ser trazido para a realidade daquela forma foi brutal.

Passos o tiraram de seus pensamentos, uma bela mulher entrou na biblioteca onde estava, fechou os olhos para ignorá-la, não era hora para se distrair.

Ela aproximou-se até parar em sua frente, continuou a mirar o livro sem dar a mínima bola para ela.

— Você é o Belzebub? — ela pergunta fazendo-o tirar os olhos do livro para mira-la, duas asas demoníacas estão presentes em cada lado da sua cabeça, dando-lhe uma aparência peculiar e atraente, pela aura percebeu que se tratava de uma deusa.

Apenas mirou novamente o livro ignorando-a por completo, a deusa bufou descontente ao vê-lo ignorar a sua presença, uma mão fora colocada em seu queixo deixando-o atônito, ela levantara seu rosto para mirar em seus olhos, olhava-o de maneira decidida e brava.

— O que quer? — pergunta secamente.

— Sou Lilith, sou seguindo os rastros de Lúcifer, soube que ele, Azazel e Samael morreram e que estava junto a eles — ela fala olhando atentamente para o deus.

Suspirou descontente, era claro que os boatos que fora o único a sobreviver ao massacre que ocorreu aos seus amigos, se espalhou de maneira rápida, ninguém ousava ao menos respirar em sua presença.

Ela estaria buscando vingança?

Queria matá-lo pelo que ocorrera a eles?

— E o que quer comigo? — pergunta desconfiado cerrando os olhos para a deusa.

— Soube que ficou amigo deles, sou amiga de infância de Lúcifer e quero vingar sua morte! — Lilith fala calorosamente fazendo-o bufar descontente.

— Vai embora! — fala voltando os olhos para o livro ignorando a deusa.

— Eu sei que está a procura de quem fez isso a eles, conheço sua lenda e sei que foi Satã — a fala da deusa o fez olhar seriamente em seus olhos.

— Mais um motivo para ir embora — fala azedo.

— Não irei embora, vou ajudá-lo a matar o desgraçado! — Lilith fala energética.

Levantou-se irritado afastando-se dela, não queria ser culpado por mais uma morte, não queria feri-la apenas por estar em sua presença, era amaldiçoado e viveria sozinho até matar Satã.

— Vai embora, não deve se envolver comigo, qualquer um que se aproxime de mim, acaba morrendo — falou afastando-se dela.

— Luci era meu amigo de infância, eu tracei e segui seus passos até aqui, eu vou ajudar você, jurei que vingaria a sua morte, além disso eu não estou pedindo, isso é uma ordem! — Lilith fala exibindo toda a sua aura intensa, porém estava longe de sentir medo perante ao seu poder.

Ao olhar nos olhos da deusa não pode deixar de rir ironicamente, ela tinha o mesmo olhar e a mesma teimosia de Lúcifer, o brilho que via nela era o mesmo, a energia e vontade que obedecem a suas ordens, era como ver o seu amigo em sua frente.

— Tudo bem — fala resignado.

Ela o acompanhou na sua busca por Satã por toda a cidade celestial até o Helheim, gradualmente percebera quão ela era especial, mas não podia deixar-se distrair do seu objetivo. Ambos estavam a beira de um lago próximos a uma aldeia, diziam que lá fora a morada de Satã a um tempo atrás, esperavam achar alguma pista sobre ele.

— Vem nadar, está calor e vamos fazer uma pausa para comer — Lilith fala despindo-se na frente do deus.

Não pode deixar de percorrer o olhar pelo corpo da deusa, ela era linda como nenhuma mulher que já viu, sorrindo ela caminhou nua até ele, ficara levemente em alerta ao tê-la tão próxima daquela forma.

— Se você não vem eu levo você — Lilith fala sensual tirando a sua roupa.

O seu corpo tremeu com o toque suave das suas mãos macias, segurou-a pela cintura puxando-a em sua direção, a respiração arfante misturando-se com a dela, sentiu um desejo insano tomar posse de seu corpo..."

Parou a hipnose por conta própria, sentia-se mal ao perceber o desejo com o qual ele falava da deusa, a paixão em sua voz ao lembrar-se dos tempos juntos a ela, era como se ainda sentisse esses sentimentos por Lilith, não queria, mas sentiu ciúme daquilo, ele jamais seria assim com ela, não como fora com a deusa, a liberdade que ele falava dos toques, coisa que com ela... ele evitava.

— Aine desculpa, eu não queria que você ouvisse isso! — o deus fala evitando olhar em sua direção.

Assentiu sem falar nada, até porque não encontraria a sua voz, as dúvidas assombravam a sua mente, o medo apossou-se de seu coração, aquilo não era nem de perto o que ele era consigo. Aquela paixão, os sentimentos intensos que ele não era capaz de controlar, aquilo não era apenas desejo, aquilo era o amor que ele sentia por Lilith.

O deus assumira sentir algo por ela, sabia do seu carinho, mas não acreditava que era algo forte como amor, se tudo que ele sentisse por ela era apenas desejo?

A culpa não seria dele se fosse, jamais deixou de instigá-lo a querê-la, a consideração ao casamento, se aquilo fosse porque ela era a única que ele conseguira manter-se perto depois da morte da sua amada?

Era horrível pensar nisso, mas Lilith estava morta, estava em um lugar onde ele não poderia acessar, jamais poderia viver seu amor, já com ela, o deus teria uma chance de ser feliz, era uma premissa para o futuro, davam-se bem, então ele estaria dando uma oportunidade ao seu coração.

Pensar nisso deixou-a inquieta, pois significava que ele amava Lilith e jamais deixaria de amar.

— Aine? — o deus chamou-a com suavidade tirando-a de seus pensamentos.

Levantou a cabeça para mirá-lo, suas vistas estavam embaçadas pelas lágrimas não derramadas, não conseguia conter a mágoa em seu olhar, ele arregalou os olhos ao vê-la assim.

A culpa não era dele, se seu coração pertencia a Lilith, nada poderia fazer se não aceitar, apesar disso doer em seu coração, sentia-se sufocada naquele momento.

— Eu... eu... preciso de ar — fala levantando-se rapidamente, precisava se acalmar antes de qualquer coisa.

Ele arregalou os olhos levantando-se de supetão, suas mãos foram tomadas pelas trêmulas dele, o olhar aflito em sua direção apenas a fazia sentir culpa por estar daquela maneira.

— Aine por favor não vá embora! — a voz dele saiu desesperada ocasionando em um sorriso triste em seu rosto.

Não seria capaz de deixá-lo, mas naquele momento precisava colocar as ideias em ordem, tudo estava bagunçado, sabia que não poderia cobrar nada dele, por isso precisava manter a mente sã.

— Não vou embora, apenas preciso... de um tempo, sozinha — fala soltando-se gentilmente do deus.

❈✡

Saiu sem rumo pelo submundo, até pensara em ir para o campo que ele fizera, mas não queria ficar naquele lugar que traria lembranças que seriam dolorosas naquele momento, suas vistas estavam mais embaçadas e seu coração totalmente partido, era horrível sentir-se assim, não era culpa dele, era injusto ficar com raiva dele.

Que culpa ele teria de não amá-la?

A dor dilacerava seu coração, saber que ele jamais poderia amá-la doía demais, os passos estavam cada vez mais lentos, caminhou até cansar, quando percebera estar em um campo, mas aquele era diferente do que esteve com ele, avistou uma enorme árvore que chamou a sua atenção, foi em direção a ela sentindo-se tonta, sentou na beirada colocando os joelhos sobre rosto.

Apenas permitiu as lágrimas escorrerem, os sentimentos transbordaram como uma enorme onda, sentia-se exausta de uma luta que ela sabia que sairia perdedora, aquilo a fez chorar mais.

— O que aconteceu querida? — Sarah pergunta gentilmente colocando a mão sobre a sua cabeça.

Ficara momentaneamente em choque ao perceber que não estava sozinha, levantou o olhar em direção a deusa, sentiu-se pior ao ver o olhar triste dela ao vê-la daquela forma, apenas se atirou em seus braços, ao senti-la abraçar de volta, apenas permitiu-se chorar copiosamente.

— Coloque tudo para fora — Sarah fala passando as mãos carinhosamente nas suas costas.

Apenas permitiu-se deixar os sentimentos saírem, ficou por longos minutos até perceber que já não tinha mais lágrimas para derramar.

— Ele ama Lilith — a voz saiu extremamente baixa, mas a deusa a escutou.

— Ele disse isso a você? — Sarah pergunta cerrando os olhos.

— Não com palavras, estávamos usando a hipnose para conseguir acessar as memórias de Satã, usei o poder de persuasão e indução da verdade para fazê-lo contar tudo que via, assim ficava mais fácil para ver o que acontecia, ele falou dela de uma forma... de uma maneira... eu senti o amor por ela, o amor dele por ela.

— Aine-

— Eu sou uma veela, nos podemos sentir as emoções das pessoas, eu senti as emoções dele para com Lilith, ele ama ela — interrompeu-a num soluço, sentiu as mãos dela segurarem seu queixo com extremo carinho, levantando-o para mirá-la.

A deusa sorriu gentilmente em sua direção, sentiu uma paz emanando dela, aquilo a acalmou um pouco seu coração.

— Aine, ela foi a primeira dele, seu primeiro amor em tudo, por isso é especial para ele, foi tirada dele de maneira brutal e ele sente-se principalmente culpado por isso, mas não significa que ele não goste de você, precisa entender que ele tem um passado, o que sentiu emanando dele pode ser as lembranças dele do que sentia por ela, amores são diferentes, não espere que ele sinta mais por você e menos por ela — Sarah explicou calmamente fazendo-a suspirar olhando para o chão.

Sabia disso, não poderia exigir que ele esquecesse da deusa, era egoísta da sua parte pensar nisso, mesmo sabendo disso, não podia impedir a dor em seu coração, amores não eram iguais, mas esse era justamente o problema, ele não sentia isso por ela.

— Ele não me ama —fala com convicção para a deusa que suspira exasperada.

— E você o ama? — Sarah pergunta, em contrapartida.

A pergunta pegou-a desprevenida, pensou no que sentia por ele, essa vontade de estar perto, a mágoa que sentira quando escutou que não era o tipo de mulher que ele escolheria, seu coração repleto de alegria quando ele fora buscá-la, a satisfação por vê-lo com ciúme, o reboliço que ele ocasionou em seu ser quando dissera estar falando sério sobre o casamento, a verdade estava estampada em sua face, talvez soubesse dela desde a primeira vez que o viu.

— Amo, eu amo Belzebub — fala firme

— Então devia falar para ele isso — Sarah fala sorrindo gentil.

— Não posso, não quero que ele se sinta obrigado a nada — Aine fala triste a deusa que suspira exasperada.

— Quando contei a ele que estava no mundo humano fazendo sucesso com os homens ele enlouqueceu — Sarah fala rindo fazendo-a olhar em dúvida na sua direção.

— Não acredita em mim? — com a negação a deusa pega suas mãos colocando em suas têmporas para que ela visse suas memórias.

"— O que aconteceu? — perguntou curiosa ao vê-lo de perto, não conseguia acreditar que aquele em sua frente era Belzebub.

— Por Hécate! Está com olheiras fundas! — fala preocupada.

— Aconteceu algo? Onde está Aine? — Hades pergunta olhando-o com seriedade.

A sua preocupação cresceu ao vê-lo suspirar tristemente, sabia que a veela estava sendo caçada no mundo, se ele estava tão miserável assim, talvez ela tivesse sido capturada.

— Eu... Nós brigamos e... Aine sumiu! Não consigo acha-la, preciso de ajuda — Belzebub fala agoniado.

Olhou-o por longos minutos, sabia que o deus era um ser bem excêntrico, para não dizer solitário, passara muito tempo sozinho com a veela, o que teria feito para que ela arriscasse sair do submundo?

— O que fez? — pergunta com os olhos cerrados em sua direção.

— Por que acredita que a culpa é minha?! — ele resmunga fazendo-a rir.

— Por que é homem, vocês têm essa mania de serem idiotas quando estão apaixonados e ainda estão em fase de negação — retruca fazendo-o ofegar, Hades sorriu concordando consigo.

— Não estou apaixonado! Apenas preocupado! — ele replica sob o olhar gozador do casal em sua frente."

Soltou-se de Sarah com os olhos tristes.

— Ele disse com todas as letras que não está apaixonado por mim! — fala teimosa fazendo-a bufar.

— Ele não quer apaixonar-se e colocar você em perigo, mas ele já está, olhe!

"— Eu descobri que ela era virgem... minha ficha caiu... não mereço ela, não quando ainda tenho Satã... ele pode sair a qualquer momento e... mata-la — ele fala agoniado fazendo-a olhar com mais carinho, no fundo, ele apenas não sabia lidar com que sentia.

— Mas aposto que você falou merda! — Hades pontua ocasionando em um longo suspiro no deus.

— Disse que não a queria... que estava excitado por conta dela ser uma mulher bonita e que qualquer um reagiria assim, que era por conta de seus poderes e... que ela não era o tipo de mulher que eu escolheria — Belzebub falou tudo rapidamente."

Arregalou os olhos soltando-se da deusa que sorriu marota puxando novamente suas mãos para continuar a mostrar suas memórias sob o olhar atônito.

"— Ela está no mundo humano, ainda bem que não é apaixonado por ela... — comenta ferina.

— Porquê? — Belzebub pergunta olhando-a seriamente.

— Por que ela está divertindo-se muito, está fazendo sucesso com os homens humanos e sem nem notar! — comenta risonha.

— O quê? — Belzebub pergunta abismado.

— Ela está na cidade do pecado, Los Angeles... sabe o que significa? — fala para o deus que arregala os olhos, Hades não aguenta olha-lo daquela forma.

— Está ferrado parceiro! — Hades comenta bem-humorado fazendo-a rir.

— Está nada querido, Belzebub não gosta dela... — cutuca fazendo o deus fechar a cara.

— Ou Gosta? — perguntou mordaz ao deus que fecha os olhos com força.

Era interessante ver o esforço que ele fazia para esconder seus sentimentos, mas estava explicito em sua face, ele estava morrendo de ciúme e não conseguia nem se controlar.

— Ela está... com alguém? — Belzebub pergunta furioso fazendo-a sorrir marota.

— Por que não vai verificar? — fala piscando marota para o deus.

Belzebub sai feito um foguete sob os risos dos deuses, Hades a segura puxando-a para si.

— Para quem não está apaixonado, ele saiu desesperado atrás dela — o deus comenta rindo ocasionando em um riso debochado em resposta.

— Stella mea, ele está em negação, mas francamente ele nunca se importou com nada e ninguém, está claro que ele a ama, só ainda não percebeu — fala deitando a cabeça no peito do marido.

— Ou ele já se deu de conta e está ignorando — Hades fala suspirando.

— Como assim?

— Dulce meum, ele tem medo de perde-la, se a negação a deixar segura... ele vai negar eternamente — Hades fala baixo fazendo-a suspirar triste."

Soltou-se da deusa completamente ofegante, estava num conflito interno, enquanto se sentia eufórica ao vê-lo daquela maneira nas lembranças da deusa, ficava com um pé atrás, não queria ter esperanças para depois sofrer.

— Eu sei que ele gosta e tem carinho por mim, mas ele não me ama, você sabe disso também — comenta triste.

— Como tem tanta certeza disso? — Sarah pergunta cerrando os olhos em sua direção.

— Quanto tempo estou aqui? — apenas essa pergunta fez Sarah arregalar os olhos.

Pelo que sabia estava com ele aproximadamente uns três meses, não sabia ao certo, pois o tempo ali era diferente, no entanto, era mais que esteve seus amigos e sua amada em sua presença, se ele realmente a amasse, essa hora ela estaria morta.

— Se ele me amasse... sabe o que acontece com aqueles que ele ama — fala olhando seriamente para a deusa.

— Está errada — uma voz rouca ecoou pelo recinto, ambas viram-se assustadas com a chegada repentina do deus.

— Belzebub não fica em sua presença por muito tempo e ele não dorme com você, aliás ele dorme trancado no quarto por meio dos meus poderes, tudo isso para protegê-la, por isso ainda está viva — Hades comenta olhando-a seriamente.

— Como assim? — pergunta confusa.

— Aine, o Satã toma seu corpo através de um Demonic Destrudo, quando o amor dele atingir o ápice ele destrói o que ama, quando isso acontece ele perde a consciência e sofre uma mudança, suas mãos transformam-se em garras, olhos ficam pretos com pupilas brancas, nesse estado ele simplesmente rasga os corações daqueles que ama — Hades explica deixando-as perplexas.

— Então ele dorme amarrado para não a matar?! — Sarah fala com os olhos arregalados para o marido que assente seriamente.

Arregalou os olhos ao dar-se conta daquilo, seu coração apertou, ele fazia o sacrifício de ficar preso para protegê-la?

Por isso que ele sempre fugia, sempre arrumando uma maneira de manter-se longe, o motivo era para mantê-la em segurança!

Não conseguia acreditar naquilo, essa era a prova que precisava para acalmar seu coração, ele vivia num martírio apenas por ela, se aquilo não era uma declaração, não sabia o que era.

— Obrigada! — sorri para os deuses saindo correndo do local, precisava encontra-lo.

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