Ótima leitura a todos!
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- Park Jimin -
Nesse momento onde me encontro com Jungkook tão assustado em meus braços, rezo em pensamentos para que eu consiga ser forte o suficiente para o ajudar a fazer essa dor ir embora.
E a única forma de fazer isso agora é bloqueando qualquer sentimento que vier me fazer fraquejar, eu quero e preciso ser forte por ele, pois tenho em meus braços um menino machucado que não sabe lidar com a dor que sente. O medo é evidente em seus olhos e o homem forte e imponente que conheci nos nossos primeiros encontros não habita mais nesse corpo.
Mas mesmo em meio a todo esse caos sinto que algo muito forte nos une, uma conexão profunda, de almas, que é difícil de explicar apenas com palavras. Nossos corpos se magnetizam como imã. O calor se apossa do meu corpo quando sou tocado por ele, e então me rendo facilmente pois já sou totalmente dele!
E eu sei que quando vivenciamos um sentimento de conexão forte, nos vem a sensação de já ter visto aquela pessoa, e com Jungkook não é diferente, nossa atração é tão profunda que sinto no fundo do meu coração que já o vi em algum lugar antes. Seus olhos não me são estranhos, seus toques me trazem conforto, me sinto realizado quando beijo seus lábios. Por isso preciso ser forte, eu quero mostrar para ele que eu sou o seu Polisipo, a sua pausa na dor, a pessoa que irá o salvar.
Então eu não me importo com o porquê ou como tudo isso aconteceu, eu só quero passar conforto e segurança, mostrar que abri dentro de mim um espaço para que ele exista, e que sinto a sua dor.
Ainda ajoelhado e envolto nos fortes braços de Jungkook tentei me afastar por um momento apenas para que pudesse falar o olhando, o que não foi possível, pois me abraçou ainda mais forte indicando que ainda estava amedrontado.
- Jungkook, precisamos sair daqui e para isso você precisa me soltar. Eu sei que está com medo, mas confie em mim, eu estou aqui e não vou deixar nada acontecer com você.
Nada me respondeu de imediato, mas mostrando que tinha compreendido tudo o que eu disse foi me soltando lentamente. Levantei e estendi minhas mãos para o ajudar a se erguer, depois ajeitei o sobretudo em suas costas e começamos a nos mover, andando em direção a saída do local. Mas antes de sair fiz uma breve parada para falar com o proprietário.
- Ei, meu nome é Park Jimin e sou gerente administrativo da empresa Kefi Resorts e queria me desculpar pelo ocorrido. Vamos arcar com todo prejuízo causado, provavelmente no início da próxima semana alguém virá para resolver isso ok?
- Tudo bem senhor Park, não se preocupe. Foi apenas uma garrafa de whisky.
- Mas mesmo assim fazemos questão de pagar. Agradeço por ter me ligado e pela preocupação.
Me despedi e guiei Jungkook até o carro, peguei as chaves de seu bolso, abri a porta do carona e o pedi para sentar e colocar o cinto. Dei a volta e fui para o banco do motorista e comecei a dirigir, e ele continuava em silêncio olhando para o nada perdido em pensamentos. E mesmo com minha atenção na estrada não tirava os meus olhos dele.
Alguns minutos depois eu já estacionava o carro em frente a porta principal da grande mansão. Saí do mesmo e vendo que ele não não havia saído abri a porta o chamando.
- Jungkook. - Chamei a primeira vez sem resposta. - Jungkook, meu amor, venha nós chegamos. - Então ele me olha e lentamente sai do carro indo em direção a porta de entrada, e eu apenas o sigo.
Ao entrar na casa ele passa pela sala indo direto para a escada que dá acesso a parte superior da mansão onde fica seu quarto. Entra no mesmo e deixa a porta aberta indicando que eu poderia o acompanhar. Anda pelo quarto tirando suas roupas pouco se importando com minha presença, ficando totalmente nu.
Passa por uma porta na qual imagino ser a do banheiro e logo ouço o barulho da água cair ao chão. Quando entro o vejo debaixo do chuveiro deixando a água morna cair sobre suas costas e com a testa encostada na parede eu ouvi ele chorar.
Aquela cena era de partir o coração. Sem pensar muito eu apenas fui em sua direção e o abracei por trás, colei meu rosto em suas costas e coloquei minhas mãos em seu peito o prendendo fortemente em meus braços. Queria mostrar que eu estava alí e que não sairia do seu lado em momento algum. Sentia seu peito subir e descer rápido, então com um gesto calmo eu comecei a fazer carinho para o acalmar.
Pouco a pouco ele foi se acalmando, soltei o meu braço direito e alcancei uma bucha macia que havia dentro do nicho. Desliguei o chuveiro e calmamente fui passando em suas costas a esfregando por inteiro, desci um pouco mais e passei por suas pernas. Ao me levantar, o toco indicando para se virar e ele obedece.
Com a mesma leveza começo a passar a bucha por todo seu peito, quando levanto meu olhar percebo que estava encarando e pela primeira vez depois de que me viu no mercado ele me dirige a palavra novamente.
- Você está todo molhado.
- Sim, mas não se preocupe com isso.
Ligo novamente o chuveiro e começo o ajudar a tirar todo a espuma de seu corpo, vendo-o fechar os olhos assim que o toco novamente. Depois com um pouco de shampoo nas mãos passo em seus cabelos negros massageando lentamente, tirando também logo depois.
De repente me assusto ao sentir as mãos do Jungkook pegando na barra da minha camisa a puxando para cima para que pudesse retirá-la. E logo após começou a abrir os botões da minha calça para fazer o mesmo.
- Posso? - Pergunta com as pontas do dedo no cós da minha sunga.
Até penso em negar mas não tinha motivos para isso, ultimamente me sinto muito a vontade na presença do Jungkook. Mas tenho medo de estarmos indo rápido demais, não quero o assustar, é tudo muito novo para ele em relação a sua sexualidade então eu sei que devemos ir com calma.
Quando eu estava completamente nu ele começou a fazer tudo o que eu tinha feito com ele antes, com o mesmo carinho e atenção que lhe dei.
Poderia sim ser um momento bem erótico, com toques ousados e com os hormônios a flor da pele. Mas não, foi o momento mais lindo e agradável que já tive na vida. Foi simplesmente uma troca de carinhos sem segundas intenções, somente a vontade de proporcionar ao outro confiança, paz, tranquilidade e o principal amor.
Sei que amor é uma palavra muito forte, mas eu não posso negar que eu amo o Jungkook, e isso me deixa amedrontado. Eu não sei o que seria de mim se eu descobrir que para ele eu sou apenas uma forma de sanar suas curiosidades.
Ao terminar, Jungkook sai primeiro e se veste com um roupão, vai até o quarto e logo volta trazendo um para mim também, me visto e o sigo até seu quarto o vendo sentar na lateral da cama e então me sento ao sei lado.
- Acho melhor você se deitar e descansar um pouco enquanto desço e preparo algo para você comer.
Tento me afastar mas sou impedido pelo toque do Jungkook em minhas mãos.
- Não vá, eu não quero nada, eu só preciso de você agora. Por favor, só fique aqui.
Sem ter o que argumentar eu começo a me mover sobre a cama, deito e o chamo para perto. Com a cabeça sobre meus braços eu apenas começo a fazer um carinho gostoso em seus cabelos ainda úmidos.
Com o silêncio e o carinho notei alguns minutos depois quando ele ressonava baixinho indicando já que tinha dormido.
Então com gestos lentos eu ia me afastando calmamente para que Jungkook não acordasse. O cobri para que o vento gelado do ar condicionado não o atingisse e fui saindo indo em direção a cozinha.
Agora sozinho tentei não levar meus pensamentos a tudo o que acabou de acontecer, me ocupando em apenas separar os ingredientes para fazer uma sopa.
Abri a geladeira e encontrei uma tigela de Kimchi, decidi então fazer uma sopa.
Separei outros ingredientes como, cebolas, cebolinha, tofu e alguns frutos do mar.
É uma sopa muito prática de ser feita já que o Kimchi já pronto é colocado em uma panela com todos os outros ingredientes. Depois de ter a panela de sopa já no fogo, vou até a pia para arrumar a bagunça que eu tinha feito.
Parei por um segundo e simplesmente desabei com as mãos apoiadas na lateral da pia e a cabeça baixa. Eu tentei ser forte mas é muito difícil conseguir me fazer entender que eu conseguiria aguentar toda aquela pressão.
Eram tantas perguntas sem respostas naquele momento, mas sei que devo respeito o espaço do Jungkook, pois tenho certeza que no momento certo ele vai se abrir e me contar tudo o que acontece quando essa crise o ataca.
Com os olhos fechados levanto minha cabeça e respiro fundo, seco as lágrimas e começo a lavar a louça suja.
- Como pode me deixar sozinho lá em cima, depois de prometer que não sairia de perto de mim, heim Park? - Ele me abraçou por trás e pousou seu queixo em meu ombro me fazendo sentir sua respiração quente bem próximo a minha orelha direita.
- Só aproveitei minha falta de sono e desci para preparar algo para o jantar. - Me viro ficando de frente para ele. - conseguiu descansar? Está melhor agora?
- Sim, estou bem melhor. Nossa que cheiro maravilhoso, o que está preparando?
Sim, depois dessa mudança repentina de assunto constato que ele mais uma vez não iria me dizer nada sobre o ocorrido. Também não irei perguntar, mas espero que isso não nos atrapalhe mais adiante.
- Estou fazendo sopa de Kimchi. Encontrei algumas coisas na geladeira, então decidi fazer por ser mais rápido e fácil.
- Não precisava se preocupar. - Me abraça e beija meu pescoço me causando calafrios.
- Você precisa se alimentar Jungkook.
- Eu sei, mas sei de algo que iria me satisfazer muito mais.
- Ah é? E eu posso saber o que seria senhor Jungkook?
- Tem certeza que não sabe, senhor Park?
- Você é um pervertido Jungkook. - Me desfaço do seu abraço e vou até o fogão para desligar o fogo que fervia a sopa. - Está pronta, senta que vou te servir.
Com aquele sorriso debochado ele vai até o balcão e se senta.
Começo a procurar as tigelas e quando as acho respiro fundo me perguntando o porquê de ser baixo demais. Levantando e ficando nas pontas dos pés tento alcançá-las sem sucesso. Mas logo sinto o corpo forte de Jungkook se chocar contra o meu alcançando as tigelas.
- É isso o que quer Park? - sussurra em meu ouvido me causando um arrepio gostoso, e eu penas concordo com a cabeça. - Mas agora vou te mostrar o que eu quero.
De repente sinto a boca quente passeando pelo meu pescoço, sua mão esquerda adentra a parte superior do meu roupão alcançando meu mamilo esquerdo me fazendo gemer baixo com o toque inesperado. Fecho os olhos e encosto minha cabeça em seu peito me entregando aos seus toques que eram impossíveis de resistir.
Me virou e notando que meu pau já dava sinais de uma ereção sussurrou:
- Eu nem cheguei lá embaixo, e você já tá assim?
- Não faz assim Jungkook. - Disse manhoso totalmente entregue aquele momento.
No mesmo instante ele me levanta e me apoia no balcão ficando entre minhas pernas. E me beijando lentamente começa a percorrer suas mãos pelas minhas coxas que foi exposta pela posição em que eu estava.
Eu já estava totalmente entregue a ele novamente, mas logo algo me fez travar.
- Não, Jungkook para.
- O que foi? Eu fiz algo errado?
- Não, é claro que não fez. Mas eu quero que a gente tente ir mais devagar. Eu sei que tudo isso é muito novo para você então eu não quero ir rápido demais. Você me entende né?
- Claro, não se preocupe. E foi bom você falar sobre isso comigo e dizer como se sente. Eu nunca que vou forçar você fazer o que não quer ou não se sente a vontade.
- Mas eu quero Jungkook. - Disse o olhando diretamente nos olhos. - Quero tanto que você nem imagina. Mas eu só vou aceitar ir mais além quando eu sentir que você está realmente certo de que quer dar esse passo a mais.
- Tudo bem, eu prometo que quando eu estiver realmente pronto irei te avisar. Não é que eu não esteja, eu só quero que tudo seja perfeito tanto para mim quanto para você. E se você sente que eu ainda não estou pronto eu vou te respeitar.
Ao terminar sua fala me deu um beijo e me abraçou. É claro que meu corpo gritava de todas as maneiras possíveis para pertencer ao de Jungkook. Mas eu tinha medo.
Amar e não ser verdadeiramente correspondido dói muito, e se eu apenas estiver me iludindo, me entregar ao Jungkook vai ser um grande erro.
- Fique aqui, eu tenho uma coisa para te dar. - Me deu um último beijo e saiu.
Fiquei sentado no balcão por alguns minutos esperando a sua volta não entendendo direito o que ele teria para me entregar. Pouco tempo depois Jungkook retorna com uma caixa pequena em mãos.
- Aqui, isso é para você. Espero que goste, é algo simples mas é de coração.
- Mas o porquê disso?
- Ah desculpa, eu esqueci de falar. FELIZ ANIVERSÁRIO PARK.
Haviam acontecido tantas coisas que pela primeira vez eu simplesmente me esqueci daquela data.
13 de outubro.
Por um momento eu apenas paralisei pensando em como pude esquecer não só do meu aniversário, mas de toda dor que eu sentia sempre que me pegava sozinho nessa mesma madrugada naquela praia.
Ao abrir a caixinha vejo um colar e um pingente redondo com algumas pequenas pedras brilhantes. Passo o dedo indicador por cima e algumas lágrimas caem dos meus olhos.
- Não gostou do presente? - Jungkook seca meu rosto e me olha assustado.
- Eu com certeza amei.
- Então porquê?
- Porque depois de alguns anos, esse é o primeiro que eu realmente estou chorando de felicidade, é o primeiro que não estou sozinho.
Jungkook limpa minhas lágrimas novamente e me beija.
- Esse pingente é único, só você o tem. Fiz uma pesquisa rápida na sua certidão e mandei fazer personalizado. Ele mostra quais eram as estrelas mais brilhantes em um dia e local específico, então eu escolhi o dia em que você nasceu e o local. E olhando atrás está escrito a localização e a data.
"13 de outubro de 1995 - Hoedong-dong - Busan"
E então eu apenas sorri.
Jungkook não sabia, mas quem salvou alguém hoje foi ele, me tirando totalmente do mar da solidão, me levando a concluir uma coisa.
Jungkook é o meu Polisipo!
- Narrador -
Os dois passaram praticamente todo o fim de semana juntos, se separando apenas quando Jungkook teve que levar Jimin para seu apartamento, pois os dois tinham que viajar no dia seguinte para Nova York, onde Jungkook também estudava uma possibilidade de abrir uma nova filial da Kefi Resorts.
Robert tinha ligado e confirmando que as papeladas para comprar o novo local já estavam praticamente prontas e que Jungkook só precisava ir visitar para dar a decisão final.
O moreno mobilizou uma equipe grande, queria saber como tudo funcionaria caso realmente comprasse aquela área. No dia seguinte os dois viajaram, passando às 14 horas dentro do avião, chegando ao hotel um pouco antes do horário do almoço.
- Bom dia, sou Jeon Jungkook e tenho uma reserva neste hotel.
- Ah sim, estávamos à sua espera senhor. - A recepcionista diz educadamente. - Aqui está a chave da sua suíte, espero que possa fazer uma bela estadia.
O moreno pega as chaves e se encaminha até o elevador com Jimin ao seu lado.
- Está tudo bem Park?
- Sim, é que essa é a minha primeira viagem para fora da Coreia e é tudo tão diferente e novo. Estou encantado.
- Creio que não viu nada ainda. Mas vamos deixar as malas na suíte e vamos descer para almoçar. Como hoje o dia está tranquilo, prometo te levar nos melhores lugares de Nova York.
Jimin sorri com a proposta.
Já no restaurante do hotel, os dois fizeram os pedidos e esperavam pelo almoço.
Eles não confessaram, mas estavam felizes por fazer essa viagem juntos, pois estava sendo como uma "lua de mel", um descanso. Era a oportunidade para passar mais um tempo juntos e se conhecerem mais a fundo, somente os dois.
Ou não.
- Não acredito. Que coincidência.
Os olhos de Jimin se reviraram assim que ouviu a voz. Ele não podia acreditar que até ali, essa mulher poderia estragar seu dia.
Jungkook educado se levanta para cumprimentar Paulina que também estava acompanhada por uma outra pessoa.
- Viemos almoçar aqui porque é a melhor comida de Nova York. Na verdade eu sabia que você iria almoçar aqui também Jungkook. Os velhos hábitos nunca mudam.
Jimin sentia a provocação em cada palavra dita por aquela mulher, e por isso não via a hora dela sair dali e os deixar a sós novamente.
- Essa é uma grande amiga que também é designer Jungkook. Estava aqui procurando saber um pouco das tendências do mercado para podermos aplicar no novo Kefi.
Jimin olha para o moreno a sua frente não acreditando no que ouvia. Ele realmente tinha a convidado como designer para trabalhar nesse novo projeto?
Jungkook até percebeu o olhar diferente de Jimin mas entendia muito bem o porquê.
- Podemos sentar aqui e almoçar com vocês? Seria uma boa oportunidades para começarmos a falar sobre o que você espera desse projeto Jeon.
Era nítido que ela ignorava totalmente a existência de Jimin. E por isso o loiro esperava que Jungkook inventasse uma desculpa para não aceitar aquele pedido ridículo. Mas não foi o que aconteceu.
- Sim, por favor sentem-se.
Com um sorriso vitorioso a mulher olha para Jimin e se senta.
Park chateado tinha perdido totalmente a fome, e permanecer em um lugar junto aquela mulher não era opção, pois ele sabia do que ela era capaz.
- Senhor Jungkook eu vou ao banheiro, não me sinto muito bem, talvez foi a longa viagem.
- Está tudo bem? Quer que eu te acompanhe? - o moreno se preocupou no mesmo instante.
- Sim está, é somente um mal estar, eu já volto. Com licença.
Jimin sai e vai em direção ao banheiro. Mas logo muda seu destino indo para a saída do local.
Estava triste e magoado, pensou que aquele dia seria somente dos dois, que iriam aproveitar juntos o dia de folga.
Ao sair do hotel pegou o celular e mandou uma mensagem para Jungkook.
- Mensagem -
- Desculpa mas não me sinto bem na presença dessa mulher. Aproveite seu almoço. Voltarei mais tarde.
- Como assim Park? O que houve? Me espere no quarto já estou indo.
- Não, Jungkook. Já não estou no hotel, aproveite seu almoço, como já disse eu volto mais tarde.
- Que loucura é essa Park? Você mal conhece essa cidade.
Jimin apenas resolveu ignorar, pois qualquer coisa colocaria o endereço no mapa e voltaria em segurança.
Andou por alguns minutos e quando se deu conta já estava em um dos principais pontos turísticos de Nova York. O Central Park.
E não era atoa que o lugar era considerado, por muitos nova-iorquinos, um oásis dentro da grande floresta de arranha-céus existente na região. É um lugar lindo e Jimin estava maravilhado.
Seguindo os passos de muitos, Jimin apenas deitou na grama verde olhando para o céu azul. Só queria curtir aquele momento de paz e tranquilidade que aquele lugar o proporcionava.
- Não acredito no que estou vendo. - Uma voz um pouco conhecida falou. - Quando te vi de longe eu mal acreditei, então tive que vir aqui e ter certeza.
Atrapalhado pela claridade que vinha do céu que o impedia de ver quem era, Jimin ainda não reconhecia aquela voz. Sentou e quando a pessoa ajoelhou em sua frente um sorriso tímido nasceu em seus lábios.
Ele não podia acreditar, era o Anthony.
Repetindo o mesmo gesto de quando se viram a primeira vez, o homem se joga contra o corpo do Jimin o abraçando e o beijando no rosto. Jimin retribuiu o carinho mas logo se soltaram.
- O que você faz aqui Jimin, tão longe da Coreia? E cadê aquele seu patrão bonitão e mal humorado?
Jimin riu pela forma de falar de Anthony.
- Estamos aqui a trabalho, e o meu patrão está em um almoço agora.
- Pensei que seria função sua o acompanhar nesses almoços, assim como fez quando nos encontramos naquele restaurante. Porque nunca me ligou?
- Nossa, direto.
- Sim, sempre sou. Agora me diz, porque não me ligou?
- Sendo sincero eu não estava muito interessado, me desculpe.
- Que isso está tudo bem. Quando voltei conheci um homem lindo, então descobri que eu estou mais para passivo do que ser ativo. É claro que você é um homem lindo Jimin, mas olhando agora não iria dar certo. - Os dois sorriram. - Então está conhecendo Nova York sozinho?
- Não necessariamente. - Jimin responde. - Eu só comecei a andar por aí e quando vi já estava aqui.
- Então vem, levanta. Vou te mostrar os melhores lugares de Nova York.
- Não, eu não quero incomodar.
- Não se preocupe, não está. Já encerrei meu expediente hoje. Agora vamos.
Puxando Jimin pelo braço, Anthony o leva para fora do Parque onde seu carro está estacionado.
Então a partir daquele momento eles começam a visitar lugares importantes da cidade como a Times Square, Estátua da Liberdade, Empire State Building e entre outros.
O loiro estava se divertindo tanto que nem viu a hora passar, e muito menos notou que seu celular havia desligado.
Anthony amando a companhia de Jimin o convida para irem a uma boate a noite. Ele aceita, mas diz que precisa voltar para tomar um banho e trocar de roupa. Então Anthony leva Jimin de volta ao hotel.
Chegando no local são surpreendidos por um Jungkook preocupado.
- Park onde você estava? Como sai assim e não avisa para onde vai. Eu estava morrendo de preocupação.
- Calma, gato. - Jungkook leva a sua atenção até a voz atrás de si, não acreditando no que via assim que se virou. - O Jimin estava comigo, não se preocupe, o celular dele apenas descarregou.
De preocupado, Jungkook mudou para irritado. Lembrava muito bem do Anthony e de como deu em cima do Jimin naquela reunião.
- Já que o trouxe agora pode ir Anthony, eu cuido do Park a partir de agora não se preocupe.
- Eu até iria, mas o convidei para ir em uma boate. Só estou esperando ele trocar de roupa.
O sangue de Jungkook fervia cada vez mais com aquela conversa e aproximação dos dois.
- E você aceita ir? - Anthony perguntou desconfiado.
- Sim, eu irei. - o moreno responde sem hesitar.
- Ok. Então o faz companhia até eu voltar. - Jimin diz indo em direção ao elevador.
O clima ficou meio estranho entre os dois homens e um silêncio se apossou do grande salão. Anthony podia jurar que o patrão de Jimin estava com ciúmes.
Quarenta minutos depois Jimin desce deslumbrante, lindo como sempre.
- Park eu aluguei um carro hoje a tarde então eu posso te levar. - Jungkook diz.
- Acho melhor ele vir comigo e você vem atrás nos seguindo senhor Jungkook.
Mesmo vendo que aquela opção era ridícula, o moreno apenas concorda. Sabia que o Park estava magoado com algo, então apenas não iria ir contra.
Naquele momento.
Ao chegar na boate que já estava lotada, Jungkook vai atrás de uma bebida para tentar se acalmar.
Jimin sem pensar muito, ao ouvir uma música conhecida vai para o meio do salão deixando Jungkook para trás.
Então o moreno se senta na poltrona de couro com as costas apoiadas e com as pernas cruzadas, segura um copo de whisky na mão direita e observa atentamente cada movimento lento e sensual que Park fazia.
O sangue fervia em seu corpo quando notou que muitos daqueles olhos estavam direcionados para o loiro, o que o deixou louco, mas o excitava ao mesmo tempo.
Jimin se movia ritmicamente à medida que a música tocava, algumas vezes com os olhos fechados se entregava totalmente ao ritmo da música deixando os movimentos ainda mais quentes.
Era uma cena linda, pecaminosa.
As luzes que piscavam sem parar sobre Jimin deixava tudo mais erótico, Jungkook corria o olhar por todo o corpo do loiro admirando cada parte dele, sua expressão cada vez mais provocativa fazia o moreno morder os lábios inferiores discretamente.
Envolvido em cada movimento feito por Jimin naquela dança lenta e excitante, imaginava suas mãos grandes passeando pelo corpo bem esculpido, deslizando pelos braços e descendo lentamente percorrendo por cada centímetro da pele macia e quente.
Foi forçado a descruzar as pernas pelo incômodo que sentiu quando imaginou o loiro de costas para si com o pescoço branquinho totalmente exposto, onde passaria os lábios quentes por toda extensão enquanto Park rebolava gostoso contra seu pau rígido.
Por mais que tinha tido uma conversa com Jimin onde concordou que iria fazer as coisas com calma, aquela situação só lhe dava mais certeza que com o Park aquilo seria praticamente impossível, porque o desejava como nunca desejou outro alguém na vida.
Jungkook estava tão imerso em seus pensamentos que não notou que alguém observava cada movimento seu, e que tramava algo para ver qual seria sua atitude.
Caminhando lentamente entre as pessoas que dançavam naquela pista, Anthony ia em direção a Jimin com um olhar sedutor e um meio sorriso diabólico.
Estava disposto a se arriscar e fazer Jeon Jungkook chegar ao seu limite, queria ver até onde o moreno conseguiria aguentar quando visse alguém chegar tão próximo a Jimin com intenções claras de desejo.
É claro que Anthony tinha medo da reação do moreno, não queria levar um soco em seu rosto lindo, Jimin também não sabia mais precisava de sua ajuda, estava muito claro para ele que Jungkook amava o loiro, o olhar e todas aquelas expressões corporais era a resposta de que Anthony precisava.
Olhou para Jeon que rapidamente notou sua aproximação e mesmo sabendo que estava entrando em uma zona proibida, com um sorriso sarcástico piscou para o moreno que já lhe lançava um olhar mortal.
Jimin estava de costas dançando, então aproveitando o momento se aproximou provocante e sussurrou no ouvido do loiro.
- Não se assuste com nada do que vai acontecer agora, só me agradeça depois.
- O que?...
Sem dar chances para que o loiro processasse o que lhe foi dito, com as mãos na cintura fina o virou bruscamente e colocando seu corpo ao dele começou a se movimentar conforme a melodia da música.
Era sensual e provocante.
Levou seu olhar para onde Jungkook estava e tremeu ao encarar. Estava claro que aquela situação estava levando o moreno ao seu limite, pois aquele olhar era assustador.
Deu uma volta com Jimin em seus braços ficando costas para Jungkook e depois tudo aconteceu tão rápido que nem viu quando o moreno tomou Jimin pelo pulso e o tirou de seus braços o levando para longe dali.
Aliviado apenas agradeceu aos céus por não ter sido atingido, sorriu e viu que sua missão foi cumprida e com sucesso.
Sem dizer uma palavra sequer, Jeon puxava Park pelo braço indo em direção ao carro.
- Jungkook, o que você está fazendo? Me solta agora.
Jimin falava sem ter resposta nenhuma do moreno que o ignorava e também não esboçava nenhuma reação. Deu a volta no carro, apertou o alarme e abriu a porta do carona colocando o loiro sentado e o prendendo com o cinto de segurança.
Ainda em silêncio voltou e entrou no carro, também colocou o cinto de segurança e começou a dirigir.
- Que merda é essa Jungkook? - Jimin perguntou o olhando e de braços cruzados. - Porque me tirou daquele jeito da boate? O Anthony não deve estar entendendo nada depois dessa sua atitude ridícula.
O moreno continuava sem esboçar nenhuma reação, sua atenção estava somente na estrada e reagia tão naturalmente que parecia que não havia mais ninguém ali, o que deixou Jimin cada vez mais furioso.
- Agora vai agir como se nada tivesse acontecido e me ignorar é isso? - Park suspira fundo tentando controlar sua raiva e não falar nada que viesse o fazer fugir da sua razão. - Vou te dar dez minutos Jungkook, apenas dez minutos para você abrir essa boca e me dizer que merda que aconteceu para você estar agindo assim.
- Ok é o suficiente para mim. - Foi a única coisa que ele respondeu.
Jimin bufou novamente e se virou tentando ignorar o homem ao seu lado.
Poucos minutos depois o carro já estava estacionado na garagem do hotel. Jeon saiu do automóvel, deu a volta e abriu a porta para que o loiro saísse, esse que hesitou um pouco por pura birra, mas logo se apressou quando viu que Jungkook o pegaria novamente pelos braços.
- Eu sei sair sozinho, não preciso de sua ajuda.
Emburrado sai na frente indo em direção ao elevador tendo o moreno logo atrás o seguindo. Sobem em completo silêncio um em cada canto da grande caixa de metal.
Ao chegarem no andar em que estão hospedados Jungkook é o primeiro a sair do elevador, com a chave em mãos vai até a porta do quarto abre dando passagem para que Jimin fosse o primeiro a entrar.
O loiro passa por ele emburrado, e parado no meio do quarto, Jimin esperava o moreno entrar para ter as explicações que queria.
- Agora me diz. Porque de repente você agiu daquela forma? Porque...
Assim que Jungkook se vira depois de trancar a porta, inconscientemente dá um pequeno passo atrás. Aquele olhar, aquele maldito olhar o fez fraquejar no mesmo instante em que o encontrou o fazendo se calar por se sentir afetado demais.
- Quer saber o porquê Park? - Jungkook se pronunciou dando um passo à frente. - Quer saber o porque agi daquela forma? - Dá mais um o passo fazendo Jimin tremer pelo olhar e o tom provocante da voz grossa. - Se é o que quer eu vou dizer. - Mais dois passos e já está de frente a Jimin o olhando diretamente nos olhos.
O loiro sem reação estava preso por aquele olhar, pela voz suave, penetrante, sexy e a aproximação lenta e perigosa. A raiva que sentia foi substituída por um desejo enorme de se entregar inteiramente a aquele homem.
E então em poucos segundos Jungkook impulsiona Jimin para cima fazendo as pernas do loiro se envolverem em sua cintura o ouvindo gemer baixo ao sentir os toques de suas grandes mãos.
Jeon o segurando investe contra a bunda grande e macia com seu pau rígido, fazendo Jimin gemer mais uma vez maltratando a pele de seu pescoço ao cravar suas unhas pelo prazer que gritava por todo seu corpo.
- Eu te amo Park. - Confessou olhando para os olhos surpresos do outro. - Eu te amo e quero te fazer meu. Quero te amar, quero te fuder, quero me unir a você, quero te tatuar em mim. Então por favor meu amor, me faça seu, aqui e agora.
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