Terminada as aulas, eu e minhas amigas saímos da escola e sentamos no banco do jardim da escola. Algumas pessoas estavam sentadas perto de nós, escutando músicas e colocando a conversa em dia.
— As nossas vidas sofreram algumas mudanças drásticas. — Falei, olhando para o céu. Eu estava no meio entre a Ruth e a Daniella.
— Tens razão Nessa, o Nick apresentou-me a sua família. — Daniella falou, sorrindo.
— Eu e o Carter demos um tempo. — Ruth disse amuada. — Mas eu sinto que vamos voltar em tampouco tempo.
— E eu Nessa, estou vivendo o meu sonho. Pedi tanto ao são Valentim e a dentes-de-leões para eu ter um rapaz apaixonado por mim. — Eu disse, com um sorriso nos lábios. — Nós todas tivemos altos e baixos, mas serviram para alguma coisa, para fortalecer ainda mais a nossa amizade.
— Nisso tu tens razão, Carter. — Ruth sorriu. — A nossa amizade ficou mais forte.
— E finalmente você está realizando o teu sonho Nessa. — Dani replicou feliz.
Decidi caminhar pela escola, perdendo-me nos meus pensamentos, senti uma mão tocar o meu ombro direito e olhei para trás. Sorri ao ver Lucca com um sorriso enorme.
— Lucca! — Abracei-o e ele beijou a minha bochecha. — Como você está?
— Eu estou bem e tu Nessa? — ele perguntou, ajeitando o meu cabelo.
— Eu estou bem. — Lucca passou as mãos nas minhas costas.
— Queres ir ao cinema comigo está noite? — Encarei o seu rosto e ele selou os nossos lábios com um sorriso maroto.
— Sim, qual será o filme? — Perguntei e Lucca sorriu.
— É noite de clássicos, vamos assistir Branca de neve. — Ele disse e eu abri ainda mais o meu sorriso animada.
— Oh meu Deus, assim eu tenho mais vontade de ir. A que horas eu tenho que estar lá?
— Tens que estar pronta as seis da tarde, vou buscar-te a tua casa. — Lucca disse.
— Está bem.
— Então, até às seis?
— Até às seis. — Lucca sorriu e eu também sorri.
Caminhei de volta até o banco onde estavam as minhas amigas e não as encontrei.
Decidi voltar a biblioteca e fuçar ela até achar o maldito livro mágico.
— Onde tu meteste-te? — Sussurrei, olhando mais uma vez no corredor dos clássicos e escutei um barulho vindo do outro lado. Apressei os meus passos até o outro corredor e encontrei o livro do cupido no chão— Ah, agora tu não me escapas.
Coloquei-o na minha mochila e saí da biblioteca, eu e esse livro, ainda tínhamos muita coisa por descobrir um sobre o outro.
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Terminei o meu banho, e passei a escova no meu cabelo. Não tinha experiências com encontros, apenas tive um com o Lucca, mas os conhecimentos adquiridos nos meus romances têm cara de ajudar
Vesti uma blusa preta e um casaco branco, calças de ganga e tênis preto. Fiz leves cachos no meu cabelo e uma maquiagem leve.
Desci as escadas alegre, saltitando até a sala de estar
— Vocês acham que eu estou bem? — Perguntei para os meus pais. Dei uma pequena volta e coloquei as minhas mãos na cintura.
— Melhor impossível para ir ao cinema. — minha mãe respondeu, com um sorriso no rosto— Quem será o tal rapaz que vem buscar-te?
— Vocês vão descobrir daqui a pouquinho. — Redargui, com um sorriso enorme no rosto e meu pai balançou a cabeça negativamente.
— Que seja um rapaz de princípios apenas. — disse o meu pai.
— O Lucca é um bom rapaz. — Respondi.
— Lucca? O rapaz daquele dia na escola? Que você disse que eram só amigos? — Minha mãe perguntou e eu fiquei vermelha de vergonha.
— Sim. É ele, mãe, mas nós somos apenas...
— Amigos. — Meus pais interromperam-me eu uníssono e eu ri.
Escutei a campainha e fui atender a porta, abri e Lucca sorriu para mim.
Ele estava vestindo uma camisa branca e um casaco preto. Calça caqui cinza e um par de tênis branco. Inspirei o seu perfume que tinha um leve cheiro de lavanda, mas com um forte toque masculino.
— Não vai me deixar entrar? — Lucca perguntou e eu sorri nervosa. Estava tão encantada com a sua beleza, que havia me distraído.
— Ah, desculpa, entre. — Pedi e Lucca entrou na minha casa.
Ele entrelaçou os nossos dedos e caminhamos de mãos dadas até a sala.
— Bom, mãe e pai, este é o Lucca Roberts, o meu amigo. —Apresentei-o e meu pai sorriu para ele.
—Boa noite senhor e senhora Carter. — Lucca apertou a mão do meu pai e beijou o topo da mão direita da minha mãe.
— Que rapaz gentil e educado. Você é o filho do Richard? — minha mãe perguntou e Lucca sorriu.
— Sim, sou o filho mais novo do Richard Roberts. — Lucca redarguiu.
— És igual ao teu pai. — Minha mãe disse em seguida e Lucca forçou um sorriso.
— Mãe e pai, eu e o Lucca agora podemos ir? — Perguntei-lhe.
— Sim vão, antes que percam a sessão. — Minha mãe disse e eu e Lucca nos despedimos.
Saimos da minha casa e descemos os degraus da varanda.
Entramos no seu carro e ele falou para o motorista seguir a rota até o cinema.
— A tua mãe conhece o meu pai. — Lucca falou, olhando para a janela. Apertou os punhos.
— O teu pai também conhece a minha mãe e o meu falecido pai. — Eu disse, olhando para ele.
— E disse que sou igual ao Richard. — Lucca sussurrou e abanou a cabeça negativamente. O seu suspiro foi bem audível.
— São parecidos, os dois têm o rosto igual. — eu disse e Lucca sorriu fraco.
— Infelizmente, nisso eu tenho que concordar. — Lucca disse.
— Você está ansioso para a peça? — Perguntei, tentando mudar de assunto. Lucca olhou para o meu rosto e relaxou o seu corpo sobre o banco do carro.
— Sim, todas as noites estou ensaiando. — Lucca respondeu.
O motorista estacionou em frente ao cinema e nós descemos do carro. Entramos no cinema e o Lucca pagou dois ingressos.
Compramos dois potes de pipocas e dois refrigerantes cola.
Entramos na sala de projeção e sentamos no fundo do auditório. O filme iniciou e eu cantei lentamente com a branca de neve.
Esse filme era um dos melhores clássicos da Disney. Senti o Lucca encostar a sua mão esquerda na minha mão direita e eu olhei nos seus olhos. Ele sorriu e aproximou o seu rosto lentamente até o meu, senti a sua respiração e apenas fechei os olhos.
Senti os seus lábios tocarem nos meus e senti a ternura dos seus lábios nos meus.
Devagar, senti a sua língua tocar nos lábios e deixei ela passar até a minha boca, fazendo as nossas línguas dançarem uniformemente.
Paramos o beijo ao mesmo tempo e sorri envergonhada.
— Eu amo-te, Nessa Carter.
— Eu também amo-te, Lucca. — Confessei e ele sorriu, selou os nossos lábios e selou novamente sorrindo.
— Você não sabe o quão feliz estou por escutar isso apartir de você. — Lucca abraçou-me e eu senti-me relaxada e apaixonada.