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• J U L I A N A •
📍 Copacabana Palace, Rio de Janeiro
🗓 sexta feira, 16 de setembro
O tanto que eu comi e bebi só nessas horas que a gente chegou, não tá escrito. Uma que eles vivem servindo esses aperitivos, que é mine hambúrguer, salgados e batata em conserva, e como eu não sou besta, eu nao nego claro. E outra, os garçons vivem enchendo o meu copo quando ele fica vazio. E se não enche passa com os copos na bandeja.
Mas eu acho que essa questão da bebida eu exagerei um pouco.
Eu já tirei o salto e agora tá eu e a Tamires fazendo as coreografias dos axé das antigas. Minha bolsa e o meu salto estão com o Lennon, então eu espero que ele esteja cuidando bem das minha coisas.
Tem várias pessoas no meio da pista, mas com toda a certeza eu a Tamires é as que está chamando mais atenção. Já que quase todos imitavam a nossa coreografia, e tinha bastante gente filmando.
Me senti famosa.
Quando eu virei para a coreografia eu pude ver o cantor que me olhava fixamente. Pisquei com um olho só pra ele e o mesmo devolveu o pisco antes da risada. Ele estava conversando com os meus tios, primos e pai. Mas pelo o que eu tô vendo, ele não estava nem apresentando atenção na conversa.
Meu fã.
Quando o Dj trocou a música para alguma mais calma, eu fui em direção ao Lennon.
Sentei na cadeira do lado dele e ele ficou me olhando. Vi que ele estava muito pensativo, e até parecia que a mente dele estava em outro mundo. Mas ele continuava me olhando.
— a Giulia me chamou pra conversar. — ele acaba com aquele suspense falando assim do nada
— e ela disse qual era o assunto da conversa? — pergunto e ele nega com a cabeça — quando vocês marcaram de conversar?
— lembra do teu aniversário? Na casa dos meus pais? — ele pergunta econcordo com a cabeça — ela foi la porque disse que queria falar uma coisa séria comigo. Até então o combinado era terça na papatunes, mas deu uns b.o na família dela e ela disse que queria falar comigo amanhã. — ele explica
— e por que você tá me falando isso? Tá me pedindo permissão, Frasetti? — implico para disfarçar aquele maldito sentimento
— leva a sério, Juliana. — ele fala e eu levanto as mãos em rendição. — eu tô falando pra depois tu não surtar e falar que eu não te avisei.
— avisada. — eu disse e os nossos não desviaram um do outro — Você é bem grandinho, e sabe das suas responsabilidades, sabe das regras. — falei e ele ficou me olhando como se estivesse pensando — eu só não gosto dessa ideia que vocês estão se falando, e que vão se encontrar. Espero que a mídia não saiba disso, porque eu não-
— quer sair como otária. — ele me interrompe revirando os olhos — Eu sei, tu já me falou isso várias vezes.
— e vou continuar falando. Para te lembrar toda vez. Porque as vezes eu acho que você esquece. — falo tentando mostrar frieza no olhar e ele virou o rosto olhando para outro lado do salão
— sem DR casal. — escuto o meu tio falar
— não tem nenhuma DR aqui. — eu falo ainda olhando para o cantor que mantinha o olhar preso no meu — é só conversa.
— é só conversa, Lennon? — meu tio pergunta olhando para o cantor e eu reviro os olhos
— é mermo' — o cantor concorda — pode ficar tranquilo, que a onça já está domada. — ele continua com um sorriso no rosto
E que sorriso. Puta que pariu. Minha postura acabou só com esse olhar e a porra dess sorriso. Que com certeza é o melhor que eu já vi.
Fiquei até desnorteada. O que eu estava falando mesmo?
— que bom viu. — o meu tio fala me tirando dos pensamentos e eu desvio o olhar para o meu pai que estava um pouco longe mais confirmou com a cabeça quando o meu tio saiu
Fiquei confusa.
— vem dançar, vocês dois. — escuto a voz da minha tia Mariana e eu viro o rosto para olhar ela e eu vi que estava tocando samba rock
Olhei para o Lennon que se levantou e me estendeu a mão. Continuei o olhando e depois peguei a mão dele levantando da cadeira com ele me guiando até um local sem mesa e cadeiras. Que era bem perto da pista de dança.
— Você sabe dançar esse ritimo? — pergunto quando ele começa o passo de 1 2 3.
— O pai da aulas, gata. — ele fala antes de me girar — porque a pergunta? — ele me rodou de novo e me parou de costas para ele
E como esse passo a minha bunda que estava bem naquela parte dele, raspou algumas vezes, antes dele me virar de novo.
— eu sei só o básico. — eu falo olhando para outro lado
— relaxa, eu te guio. — ele fala com um sorrisinho no rosto e de novo a minha mente não ajudou, e pensou em milhares de coisas poluídas
Essa falta de sexo, está acabando comigo.
[...]
Acho que a festa já acabou, e eu assumo que bebi muito. Tô quase bêbada. Quase.
O Lennon tá me chamando para ir embora e eu fui me despedi do resto das pessoas que ficaram no salão. Já que a gente como sempre é os últimos a ir embora. Só está a minha avó, os noivos e a mãe dela, a Tamires e meu pai e o meu irmão. E a minha tia Mariana já foi embora com os meus afilhados que eu mal vi durante a festa. Ah e a ridícula da minha prima Stefany ainda tá aqui, olhando para o Lennon como se ele fosse um pedaço de carne.
E eu tô me segurando para não dica é a cara dela.
— não é melhor vocês dormirem por aqui? Minha casa é pertinho. — minha avó pergunta e eu nego com s cabeça me despedindo dela
— vai que vocês param em alguma blitz. Ou sei lá né. — minha tia Maria fala
— O Lennon vai dirigindo. — eu aviso me despedindo de casa um
— E ele não bebe? — minha avó pergunta confusa e eu nego com a cabeça
— ele é uma boa influência, diferente da Juliana. — meu irmão fala e eu arqueio a sobrancelha
— Não bebe e nao fuma. Vocês acreditam? É esse o futuro que eu quero para o Brasil. — meu país fala e eu reviro os olhos com certa dificuldade já que o álcool estava fazendo efeito
— aí gente, beijos pra vocês. Parece que o meu pé vai cair. — eu falo e logo senti alguém passar por mim e eu olho para o lado vendo o cantor dando tchau para as pessoas
— aí teu homi' ó. — minha tia Maria disse — manda ele fazer massagem no teu pé. — ela fala baixo como se fosse segredo e eu ri
Terminamos de nos despedi e eu tava exausta saindo do Copacabana Palace em caminho do estacionamento.
— leva meu salto também. — entreguei na mão do cantor que segurou me olhando com deboche
— mais alguma coisa madame? — ele pergunta com deboche
— me carregar. — falo com a melhor cara de cachorro que caiu da mudança e ele riu negando com a cabeça — por favor, Frasetti. Nunca te pedi nada. — falo parando de andar na frente dele
— e eu vou ganhar o que com isso? — ele pergunta
— um obrigado. — falo como se óbvio e ele negou com a cabeça
— quero um beijo. — ele propõe e eu nego com a cabeça — então vai andar, descalço. — ele fala e eu dou de ombros voltando a andar na frente dele
— prefiro, do que te beijar. — falo já um pouco distante dele e depois eu senti os braços dele me agarrar — sai. — tentei empurrar ele mas o mesmo me ergue no ar me segurou igual um bebê
— tá me devendo um beijo. — ele disse e eu neguei com a cabeça — caraca, tu é muito pesada. — ele diz caminhando e eu dei risada
— é a academia fazendo efeito. — eu disse já avistando o carro