O Experimento do Deus

By ThaiDragomir

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Um experimento levou o senhor das moscas a conhecer a verdadeira essência de um ser, seria esse o fim de sua... More

Capítulo 1 - A Veela
Capítulo 2 - Melancolia do deus
Capítulo 3- Conflito de decisões
Capítulo 4 - A Verdade
Capítulo 5 - O nascer de um sentimento
Capítulo 6 - Você é perfeito
Capítulo 7 - A dança
Capítulo 9 - Cidade do Pecado
Capítulo 10- Ciúmes
Capítulo 11- Sintonia
Capítulo 12 - Lembranças que mais doem
Capítulo 13 - Descobrindo o amor
Capítulo 14- Neblina
Capítulo 15 - A decisão
Capítulo 16 - Quebrando barreiras
Capítulo 17 - Entrega Sublime
Capítulo 18 - Ritual Humano
Capítulo 19 - Desejo intenso
Capítulo 20 - A caminhada
Capítulo 21- Cidade dos anjos
Capítulo 22- História dos Anjos
Capítulo 23 - Passado Sombrio
Capítulo 24- Amor é a cura
Capítulo 25- Enfrentando seus demônios
Capítulo 26 - Coração puro
Capítulo 27- Coração cheio de amor
Capítulo 28- Encontro com Satã
Capítulo 29- Poder total
Capítulo 30- Fogo eterno
Capítulo 31- Cuidando de você
Capítulo 32- Amando-a como se deve
Capítulo 33- Casa comigo?
Capítulo 34- Meu amor por você
Capítulo 35- Vou lutar por você
Capítulo 36- Eternidade ao seu lado

Capítulo 8 - A dor da rejeição

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By ThaiDragomir

Esse capitulo tem 3308 palavras

Boa Leitura❤

O seu coração doía de forma desmedida, sua vontade era arrancá-lo de seu peito para ver se assim a dor passava, chamara a atenção de todos os demônios durante o percurso até seu quarto, talvez fosse a face banhada em lágrimas, ou mesmo por estar seminua, no entanto, naquele momento não poderia importar-se menos.

Não entendia o que acontecera, sentia ele a cada instante em que estiveram juntos, viu a força que ele fazia para manter uma distância segura, mesmo assim ele falara com todas as letras que tudo fora ela quem instigou, aquilo doeu em demasia, jamais forçaria ninguém a desejá-la, muito menos a ter sentimentos, sentia-se em pedaços por ele pensar isso.

Ao chegar ao quarto, desabou no chão, suas pernas não estavam mais aguentando o peso de seu corpo, tremia por inteiro, era isso que acontecia quando o coração era machucado?

O local tão escuro quando a sua alma naquele momento, sentia-se sufocada ali, o lugar parecia estar impregnado com a presença dele, tudo lembrava a ele. A sua garganta estava completamente seca, a dor em seu coração era tão intensa que pensara que morreria por conta dela.

"Quem vai acreditar no que diz uma veela?"

A maldita frase martelava em sua mente como uma sentença, no final era isso que era para ele, um meio dele conseguir a sua liberdade, não poderia nem acusá-lo de iludi-la, pois ele fora bem claro quanto ao motivo de estar ali, ela quem se iludiu sozinha, enganara a si própria ao pensar que era especial para ele, quando não significava nada, vira coisas demais.

A dor de pensar que não passava de um meio para que ele conseguisse se livrar de seu fardo, era imensa, pensara ser especial, mas não passava da veela com poderes úteis a ele, isso machucava demais seu coração.

Levantou-se com muito custo, pois sentia as pernas bambas, ao chegar na beirada da cama, jogou-se nela, não conseguia parar de chorar, as lembranças das palavras dele estavam gravadas em sua mente.

"Qualquer um ficaria excitado ao ver uma mulher bonita com pouca roupa dançando sensual para si"

"Não é o tipo de mulher que eu escolheria para mim"

"Tudo foi instigado pelo seu poder"

— Aquele imbecil! — sua voz ecoou pelo quarto deixando-a com mais raiva, a culpa era dela sim, dela por pensar que ele sentiria algo puro por ela, fora a culpada por fantasiar demais.

Levantou-se num pulo da cama, não ficaria mais nenhum segundo naquele lugar, não que ele importasse consigo, aliás era mais que obvio que não significava nada para ele. Juntou todos seus pertences deixando nada de sua presença no local, sumiria para sempre de sua vida.

— Onde eu poderia ir? — perguntou para si mesma visualizando os locais, teria que viver fugindo já que assim que saísse do submundo poderia ser caçada, já que sua cabeça estava a prêmio, esse nem era o maior dos problemas, nunca conhecera lugar algum, mas ao menos tinha uma ideia de onde ir.

Colocando os braceletes que pertenceram a sua mãe, fugiu na calada da noite sem que ninguém notasse, iria para o mundo humano, com o feitiço contido no bracelete estaria segura por um tempo, até pensar no que fazer ao menos.

❈✡

O arrependimento corroía a sua alma, o pior que não teria ninguém para culpar além dele mesmo, passara a noite em claro, remoendo tudo que dissera a ela, as coisas horríveis que machucaram seu coração, prometeu não feri-la fisicamente, mas fizera pior, quebrara seu coração, ela que era um ser tão puro e sincero, sentia-se o pior dos idiotas por isso.

A sua mente pensou em inúmeras possibilidades, mas não havia uma que não a machucasse, decidiu ser sincero, nem ao menos sabia o que estava sentindo, mas não poderia magoá-la mais, teria uma conversa franca sobre seus sentimentos, ela não merecia sofrer por ele ser um idiota, na primeira hora da manhã, iria até ela.

Quando percebeu que ela era virgem seu corpo entrou em pane, não se sentia capaz de tirar algo tão precioso dela, não quando era... esse monstro. Ela merecia algo melhor do que aquele ser, não podia fazer isso com um ser tão puro.

Ao perceber que já havia amanhecido, pulou para fora do quarto, estava tão ansioso que nem ao menos importava-se ela estava dormindo ainda, precisava falar com ela. A porta de seu quarto estava entreaberta ocasionando em um olhar confuso em sua face, colocou a mão trêmula sob ela, queria estar errado.

— Aine? — sua voz ecoou pelo quarto vazio, percorreu todo o cômodo a procura dela até perceber que ela não estava mais ali.

Não ela não podia ter ido embora!

Seu coração apertou ao pensar nisso, ela estava a perigo fora dali, por conta da rainha das fadas todo o mundo estava a sua caça. Isso tudo culpa dele!

O som dos seus passos ecoavam no submundo até sua ordem de demônios, não podia deixar que nada acontecesse a ela, tudo por seu medo e covardia!

— Encontre-a e traga a mim sem nenhum arranhão! — ordenou aos demônios que assentiram dispersando-se.

Os olhos fecharam-se para manter a calma, não poderia deixar o pânico tomar conta, precisava pensar como ela, onde ela estaria?

Céus sua mente só conseguia raciocinar no fato dela nunca ter saído do mundo das fadas, o lugar que ela conhecia fora esse era o submundo, no entanto, tinha certeza que ela não estava ali. A magoara demais para que ela quisesse ficar na escuridão, sorriu fraco ao lembrar-se da conversa sobre o local.

"— Belzebub posso fazer uma pergunta? — a voz dela saiu tão suave e meiga que não pode deixar de sorrir, ela parecia estar se contendo para não deixar o clima que quis estragar.

— Faz — ele falou simplesmente sabia que ela ficaria nervosa com seu jeito direto, ela revirou os olhos ao ouvi-lo, o ato o divertiu.

— Por que tudo é tão escuro aqui? Digo o quarto que colocou-me é todo preto e se eu o ver no escuro não consigo diferenciar você da escuridão! — Aine resmunga fazendo-o rir, observando-a melhor pode ver o motivo da sua pergunta, ela era pura luz e beleza para o mundo sombrio dele.

— Estamos no submundo, normal ser escuro aqui — ele retrucou para irritá-la.

— Nem vem com essa! Hades não estava vestido de padre quando o vi! — ela replica fazendo-o sorrir malicioso.

— Ele é um Imperador, normal vestir-se com pompa — fala sabendo que ela não ficaria contente com a sua resposta, era divertido irritá-la daquela maneira.

O sorriso em sua face aumentou ao vê-la emburrada, perceber que ela se esforçava para não retrucá-lo, fazia seu sangue ferver.

— Eu sei que é um dos príncipes do inferno... fiz meu dever sobre você, Senhor Belzebub — ela fala debochada fazendo seu sorriso morrer.

Como ela poderia saber disso?!

Fora bem explícito para que nenhum de seus demônios falassem nada em sua presença, não queria vê-la com medo por conta disso, então como ela soube?

— O quê? — pergunta incrédulo.

— Não gosta do título de príncipe, então que tal sacerdote da gula, regente dos espíritos malignos, ou prefere Deus da escuridão? — a pergunta feita de forma irônica pegou-o desprevenido, pelo visto ela sabia muito sobre ele.

Odiava cada um daqueles títulos, todos eles remetiam ao Satã, isso deixava-o irado.

— Não me chame assim, por favor! — resmungou irritado, poderia suportar todos tratando-o daquela forma, menos ela.

— Tudo bem, então diga-me Príncipe do inferno, qual a sua desculpa? — ela fala brincalhona fazendo-o suspirar exasperado.

A personalidade dela era debochada, um grande contraste com a sua personalidade calma, ela era um furacão enquanto ele era uma leve brisa, pelo visto não teria como fazê-la desistir de chamá-lo assim.

— Você é irritante! — resmungou carrancudo.

— Quero saber mais sobre você, vamos! — ela replica apontando o dedo em sua face.

Então ela sentia a necessidade de saber mais sobre ele?

Não queria, mas seu coração aqueceu-se com a descoberta.

— Eu gosto de cores escuras... cores coloridas enjoam — revida provocativo fazendo-a ofegar ofendida, ela olhava para si como se fosse o atacar.

— Sou muito colorida para você, Senhor Belzebub? — ela pergunta olhando-o de maneira libertina.

— Talvez... — fala com a voz provocativa fazendo-a sorrir travessa em sua direção.

— Talvez precise de cor na sua vida! — ela retruca olhando para a mão do deus que continuava sob a sua, era tão bom estar daquela maneira com ela, seu coração aqueceu-se ao senti-la fazer um suave carinho em sua palma."

Ela não tinha noção do quanto estava certa, desde que a conheceu a luz voltou a brilhar em sua vida, sentia-se melhor quando estava com ela como há muito tempo não se sentia, por isso tinha medo de perde-la.

— E mesmo assim acabou perdendo-a! — resmungou agoniado, queria mantê-la segura e agora ela corria perigo, nunca ia perdoar-se por acontecer algo a ela!

❈✡

Um longo suspiro saiu pelos seus lábios, aquilo era muito irônico, fugira do submundo para não encarar o lugar que tanto parecia-se com ele, mas olhando para o quarto que estava, só conseguia pensar no deus, sua mente não parava de projetar imagens dele, aquilo era muito irritante.

Conseguira infiltrar-se no mundo humano perfeitamente graças a seus poderes, no entanto, depois disso resolveu não os usar mais, não queria chamar a atenção para si, não que pensasse que o deus iria procura-la, mas preferia evitar. Iria esquecer a existência dele e começaria já!

Ao olhar-se no espelho percebeu que parecia com as humanas que vira no salão de seu hotel, iria enturmar-se para espairecer. Descendo chamou a atenção de todos quando aproximou-se do bar.

— Gostaria de beber algo — fala graciosamente ao barman que ficou olhando-a fixamente a espera do que ela queria beber, procurou com o olhar e não conseguia reconhecer as bebidas humanas.

— Tequilas meu querido! Traga tequilas! — uma mulher fala aproximando-se, sorriu agradecida em sua direção.

— Obrigada — fala ocasionando em um leve sorriso nela.

— Tudo bem, não costuma beber, não é? — a mulher pergunta sorridente, negou um pouco sem graça.

— Sou Maya e você? — a mulher estende a mão em sua direção, pegou-a meio sem graça.

— Aine — fala simplesmente fazendo Maya sorrir.

— Para alguém que quer beber está com um olhar triste — Maya comenta vendo-a suspirar.

— Quero esquecer alguém... — sussurra para Maya que sorri entendendo o que passava-se com a veela.

— Vamos — Maya fala simplesmente pegando sua bebida e guiando-a para onde tinha um círculo de mulheres, imitou-a olhando com atenção ao seu redor.

— Pessoal essa é Aine — Maya fala apresentando-a para as amigas.

— Olá pessoal — fala timidamente.

— Essas são minhas amigas, estamos comemorando minha despedida de solteira! — Maya comenta ocasionando em um olhar confuso na veela.

— O que é despedida de solteira? — pergunta fazendo Maya arregalar os olhos.

— É a festa da perversão, sabe o último rito antes de casar — Maya fala piscando marota em sua direção.

— Mas como Maya é exagerada começamos uma semana antes, estamos hospedadas aqui até a festa — uma das amigas comenta fazendo Maya revirar os olhos.

— Reclama, mas está amando a perversão que eu sei! — Maya retruca a amiga que concorda rindo.

Não conteve o sorriso ao ver a interação entre ambas, aquilo era o que precisava para relaxar e esquecê-lo.

❈✡

Acordará mais uma noite ofegante, o maldito pesadelo repetindo-se!

"Ela sorri maliciosa rebolando em seu membro desperto, gemendo puxa-a para um beijo lascivo, devorava seus lábios a medida que ela se movimentava em seu colo, desceu os lábios mordendo o lóbulo da orelha dela com sensualidade. Aine gemeu ao senti-lo percorrer as mãos em seu corpo, ao som da música continuou a dançar sobre o deus.

— Porra! — gemeu alucinado pelo desejo ao senti-la dançar sobre sua ereção, ela estava o enlouquecendo!

Aine sorri descendo os lábios até o pescoço do deus mordendo com firmeza ocasionando em um tapa na sua bunda fazendo-a soltar um gemido alto.

— Aine — rosna seu nome descontrolado, rasgou a parte de cima de sua roupa, ficara hipnotizado ao ver os belos seios pularem em seu rosto.

O deus colocou um em sua boca enquanto massageava o outro, a textura macia da pele dela estava deixando-o cada vez mais tonto de desejo. Subindo as mãos lentamente em direção ao peito dela o deus o perfura arrancando seu coração.

— B-belzebub — Aine engasga banhada em sangue sussurrando o nome do deus.

— Aine! NÃO!NÃO!NÃO!NÃO! — falou desesperado segurando o rosto dela já sem vida em seus braços.

— Por favor não! — fala chorando ao perceber o que fizera.

O corpo dela jazia em seus braços, mais uma vez o monstro dentro dele tirara alguém de si!"

Desde que ela partirá sonhava com a noite que a teve brevemente em seus braços, no entanto, sempre terminava com o deus a matando ou sonhava com a notícia de sua morte. De qualquer forma estava enlouquecendo sem notícias dela, passaram-se três longos dias e nenhum de seus demônios conseguiu a encontrá-la, ficava confortado em saber que pelo menos viva ela estava ou saberia, mas estava extremamente preocupado com ela, em como será que ela estava.

Faria qualquer coisa para poder vê-la, certificar-se de que ela estava bem, a preocupação estava acabando com a sua sanidade.

❈✡

O mundo estava girando muito rápido ou era assim que parecia em sua visão, estava vendo-o de ponta cabeça, estava tudo confuso.

— Aí! Minha cabeça! — gemeu de dor ao levantar-se observou o quarto girar mais rapidamente e um forte enjoo abater-se sobre o corpo dela.

Agora entendia o motivo dos humanos serem mal-humorados, suas bebidas tinham efeitos colaterais horríveis, teve que usar seu pode de cura para ficar melhor do enjoo que sentia. Quando saiu da cama notou algo diferente, aquele não era seu quarto.

— Onde eu estou?! — a voz ecoou pelo quarto.

— A bela adormecida acordou, toma isso é para ressaca — Maya fala colocando um copo com conteúdo verde em suas mãos.

— O que é isso? — pegou-o desconfiada.

— Suco de abacaxi, hortelã e couve — Maya falou sorrindo confiante para ela continuou a olhar do copo para a humana de forma desconfiada.

— É muito bom para curar a ressaca, vai, bebe — Maya falou doce convencendo-a tomar, surpreendentemente ele tinha um gosto bom.

— É bom — falou sorrindo.

— Para quem nunca bebeu, foi bem divertida, aliás parecia mais uma criança que nunca conheceu o mundo — Maya comenta fazendo-a arregalar os olhos tentando lembrar-se do que fizera.

"Após decidir ficar na companhia das humanas e esquecer que o deus existia, percebeu que nunca de fato viveu nada em sua vida, começara a ter vontades e a viver de certa forma quando foi para o submundo com Belzebub, lá podia viver sem regras para seguir, o que era extremamente novo para si.

Apesar dele acreditar que teria feito algo terrível ao levá-la a força para lá, de uma certa forma, ele a libertou, pois, nunca fora tão livre como era no submundo.

— Então Aine, o que faz na cidade do pecado? — Clara uma das amigas de Maya perguntou olhando-a curiosamente.

— Cidade do pecado? — pergunta com os olhos arregalados, pensava estar longe do submundo, aquele era o mundo humano afinal.

— Los Angeles recebeu esse nome devido aos inúmeros... entretenimentos — Maya responde fazendo-a olhar curiosa para a humana.

— Nossa vocês humanos são tão diferentes — sussurra sem entender corretamente.

— Você era do campo ou algo assim? — Clara perguntou rindo.

— Algo assim... passei a minha vida toda em uma... fazenda, é a primeira vez que saio dela para falar a verdade, por isso sou um pouco perdida nas suas gírias? — fala mais perguntando que falando.

— Então temos a obrigação de mostrar os prazeres dessa cidade a você! — Clara comenta rindo para as amigas que concordam.

Um sorriso surgiu em sua face, percebeu estar levemente bêbada, enturmara-se rapidamente e as humanas pareciam gostar muito dela.

— Vamos a boate! — Maya grita para as amigas que concordam.

— O que é boate? — pergunta curiosamente.

— Temos muito que ensinar a você! — Maya fala piscando marota enquanto a puxava para fora do hotel.

A rua estava extremamente movimentada o que assustou-a um pouco, as meninas dividiram-se e entraram em um objeto enorme de metal com rodas que era conduzido por um homem, sentiu vontade de perguntar o que era, mas não quis parecer tão esquisita para suas novas amigas, não mais do que já estava sendo.

A tal boate pelo que pode ver ficava ao centro da cidade, ao entrar pode entender o motivo dela ser a preferida das suas amigas, era lotada de gente.

— Está lotado né — comentou no ouvido de Maya devido ao barulho alto no local.

— Oh sim! Exchange LA é uma das boates mais frequentadas — Maya responde sorrindo.

Os seus olhos percorreram pelo local, ele era bem amplo com quatro andares bem decorados, apesar de não conhecer as músicas humanas elas pareciam boas também.

— Vamos beber! — Clara comenta puxando-as para o bar.

Passara a noite toda experimentando todos os tipos de bebidas humanas até que sua mente já não conseguia mais raciocinar corretamente, não pensou que elas fossem tão fortes daquele jeito, não tinha costume de beber no mundo das fadas, mas sabia que as bebidas lá eram mais fracas, apenas pela diferença entre os aromas.

Mesmo divertindo-se, sua mente não parava de lembrá-la do deus, aquilo estava irritando-a.

— Aquele idiota! — resmunga irritada ao lembrar-se dele.

— Quem é o idiota que feriu seu coração? — Maya pergunta gentilmente, não conseguiu conter as pequenas lágrimas que escorrem pela sua face.

— Ele teve a audácia de tirar-me de onde eu vivia, proclamar-me como noiva perante a minha... família, agora não posso mais voltar para lá — fala triste.

A dor parecia não passar, apesar de estar entorpecida pela bebida, tanto que sentia todos os seus membros dormentes, mas seu coração continuava a doer.

— Bem já que é noiva dele, por que não está com ele? — Clara pergunta sem freios ocasionando em um olhar furioso de Maya para ela.

— Clara! — Maya a repreende fazendo-a dar de ombros como se não se importasse.

— Não temos realmente nada, ele apenas queria usar meus... conhecimentos para ajudá-lo, inclusive disse com todas as letras que não sou a mulher que ele escolheria — fala chorando, Maya sorri triste para ela a puxando para um abraço.

Sentiu-se querida naquele momento, mesmo em um local totalmente desconhecido, no meio de seres completamente diferentes, encontrou um pouco de calor.

— Não chore minha querida, é muito nova... tem o mundo para conhecer, veja o lado bom agora pode fazer o que quiser — Maya comentou gentilmente fazendo-a sorrir em meio as lágrimas.

— Devia mandar ele se foder! — Clara fala arrancando uma bela gargalhada, estava certa em ficar em meio as humanas.

— Clara! — Maya retruca rindo.

— Estou sendo sincera, ele ou é muito idiota, ou é gay para dispensar você, além de ser linda é um mulherão da porra, que homem não iria querer ficar com você?! — Clara comenta deixando-a alegre.

Estava sentindo-se tão para baixo, ficava feliz em saber disso de alguém de fora, alguém que fosse neutro.

— Homens não gostam de perder querida, faça ele ver o que perdeu! — Maya fala deixando-a pensativa.

Seria uma ótima ideia, se aquilo não fosse machucar ninguém além dela mesma, ele não estava nem aí para ela, do que adiantaria fazer tal coisa?!

— Isso aí! Deixe-o de bolas azuis! — Clara fala fazendo as meninas rirem.

Olhou curiosa na direção da humana, não entendera nada do que ela dissera, mas não quis perguntar para não parecer mais estranha do que já era.

— Temos tanto a ensinar... sinto-me uma devassa levando a boa moça para o mau caminho! — Clara fala maliciosa fazendo-a rir ao ver sua cara.

— O novo plano é tirar você da fossa, vamos mostrar o mundo a você — Maya comenta sorrindo.

Pela primeira vez desde que sairá do submundo sentia-se em paz."

Saiu de seus pensamentos, sorridente, poderia até ter seu coração machucado, mas ao menos encontrara um meio de recomeçar, mesmo que fosse em um mundo totalmente diferente do que estava acostumada.

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