O Experimento do Deus

Galing kay ThaiDragomir

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Um experimento levou o senhor das moscas a conhecer a verdadeira essência de um ser, seria esse o fim de sua... Higit pa

Capítulo 1 - A Veela
Capítulo 2 - Melancolia do deus
Capítulo 3- Conflito de decisões
Capítulo 4 - A Verdade
Capítulo 6 - Você é perfeito
Capítulo 7 - A dança
Capítulo 8 - A dor da rejeição
Capítulo 9 - Cidade do Pecado
Capítulo 10- Ciúmes
Capítulo 11- Sintonia
Capítulo 12 - Lembranças que mais doem
Capítulo 13 - Descobrindo o amor
Capítulo 14- Neblina
Capítulo 15 - A decisão
Capítulo 16 - Quebrando barreiras
Capítulo 17 - Entrega Sublime
Capítulo 18 - Ritual Humano
Capítulo 19 - Desejo intenso
Capítulo 20 - A caminhada
Capítulo 21- Cidade dos anjos
Capítulo 22- História dos Anjos
Capítulo 23 - Passado Sombrio
Capítulo 24- Amor é a cura
Capítulo 25- Enfrentando seus demônios
Capítulo 26 - Coração puro
Capítulo 27- Coração cheio de amor
Capítulo 28- Encontro com Satã
Capítulo 29- Poder total
Capítulo 30- Fogo eterno
Capítulo 31- Cuidando de você
Capítulo 32- Amando-a como se deve
Capítulo 33- Casa comigo?
Capítulo 34- Meu amor por você
Capítulo 35- Vou lutar por você
Capítulo 36- Eternidade ao seu lado

Capítulo 5 - O nascer de um sentimento

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Galing kay ThaiDragomir

Esse capítulo tem 3140 palavras.

Boa Leitura❤

A sua mente continuava a lembrar-se das coisas que o deus falara, era por conta disso que ele tinha medo, queria morrer para não machucar mais ninguém, aquilo era muito triste, ninguém merecia um destino tão triste assim, mesmo que ele pensasse ser o responsável, sabia bem que ele era apenas um grão de areia numa imensidão, seu destino fora decido desde que nascera e não tivera como ir contra.

Como ele seria responsável?

Enxergava ele como mais uma vítima da história, o monstro era ele, Satã era o responsável por tudo que acontecera na vida do deus, as pessoas que perdera de maneira tão brutal, pela solidão que vivera desde sempre, sendo mal visto por todos e odiado até mesmo entre os deuses, tudo era culpa daquele monstro.

— Eu vou ajudá-lo, farei de tudo para que esse monstro morra, prometo isso! — falou para si mesma, estava determinada a seguir até o final com isso.

O seu corpo não conseguia parar no lugar, rodava em círculos em seu quarto, sua mente a mil tentando lembrar-se de algo que pudesse ajudar, por conta da sua boa memória, conseguia recordar cada livro que leu no mundo das fadas, esperava que algum deles desse uma dica do que poderia fazer estava focada em pesquisar em como faria para ajudar o deus.

Infelizmente nada do que lera remetia-se a ele, um ser tão antigo quanto o próprio mundo, não era possível que nada do que sabia poderia ser usado contra ele.

Mas a pergunta certa era, como mataria Satã?

Se nem Belzebub que era um deus sabia responder como ela iria saber?

O deus dissera que ambos eram o mesmo, mas isso era no sentido figurado ou literal?!

Estava confusa, ele dissera que acordara perfurando o peito de Lilith, então ele estava dormindo durante o ato, isso a levava a pensar que o Satã tomava seu corpo durante o sono, então seria preciso um método que não ferisse ele, pois queria matá-lo sem machucar o deus, ele não merecia um destino assim, não depois de tudo que descobrira sobre ele.

Sentia-se encurralada por não saber como livrá-lo, no entanto, não poderia deixá-lo na mão assim, iria ajudá-lo no que fosse preciso, mas não o deixaria morrer, ele merecia a felicidade. Suspirou irritada jogando-se na cama, uma boa noite de sono iria fazer bem, não poderia pensar cansada como estava.

❈✡

Nos primeiros raios do sol, o que esperava ser o sol, aquilo era confuso, mas ao menos sabia ser manhã, não estava contendo a sua alegria ao ir para seu laboratório, iriam começar a encontrar uma maneira de livrar o deus de seu fardo, ao entrar na sala quase riu ao vê-lo mais carrancudo que o normal.

Sabia muito bem o motivo dele estar daquela maneira, não queria que ela se metesse nisso por medo que ela tivesse o mesmo destino que todos que aproximaram-se dele tiveram, mas não iria acontecer nada disso, estava segura de sua decisão.

Aproximou-se lentamente da mesa aumentando sua carranca, não pode conter o sorriso meigo em sua face, ele ficava engraçado emburrado.

— Está azedo hoje, Senhor Belzebub? — pergunta marota fazendo-o suspirar irritado.

Era divertido irritá-lo daquela maneira, sabia bem que ele faria de tudo para que desistisse do plano de ajudá-lo, mas nada iria adiantar, iria até o fim com sua ideia.

— Vamos o que irá escolher hoje para testar em você? — perguntou debochada.

— Pensei mataria Satã — ele retruca ácido.

— Está parecendo uma criança! — resmunga para deus que suspira fundo.

— Não estou! Apenas quero proteger você! Todos que tentaram ajudar-me morreram, entende isso? — ele pergunta com raiva fazendo-a pular com sua explosão.

— Não preciso de proteção! — retruca fazendo-o olhar furioso para si.

Os olhos brilhavam em raiva em sua direção, segurou o olhar com uma determinação igual, não iria desistir.

— Diga isso quando eu arrancar seu coração! — ele replicou gélido fazendo-a ofegar.

— Belzebub-

— Eu vou acabar matando você, eu não vou aguentar o peso da culpa, eu não posso morrer e guardar o peso da morte de pessoas inocentes é pior que a morte — ele interrompe com um olhar torturado.

— Fique tranquilo não vai acontecer nada comigo — sussurra para o deus que fecha os olhos respirando fundo como se estivesse tentando controlar-se.

— Aine... eu não quero matar você, por favor... esquece isso de me ajudar a matá-lo, não vamos conseguir acabar com ele — Belzebub sussurra em agonia.

Ao vê-lo daquela forma, segurou com carinho suas mãos, ele as apertou deixando escapar um suspiro cansado. Não diria que não entendia seu medo, todos aqueles que ele criara laços, foram tirados dele de maneira brutal, mas não iria desistir, iria ajudá-lo igual.

— Nada do que diga irá me fazer mudar de ideia, eu vou ajuda-lo! — retruca ocasionando em um olhar exasperado nele.

Não conteve o sorriso maroto em resposta, o deus revirou os olhos contrariado, indicou a cadeira ao seu lado com um olhar, o sorriso aumentou ao vê-lo rendido, sentou-se mirando para a mesa à sua frente, estava repleta de livros sobre Satã, ficara intrigada com o conteúdo, ele estava disposto a ajuda-la ou queria provocá-la, no entanto, não daria abertura para este tipo de debate, afinal ele iria querer fazê-la desistir.

— Vamos fazer uma pesquisa? — pergunta ao deus que assente olhando-a com atenção.

Em silêncio ele colocou um dos livros em sua frente, o pegou com interesse, começara a ler com extrema atenção, era sobre as atrocidades feitas pelo monstro, sentia um embrulho no estômago ao ler aquilo, desde o início dos tempos ele fora a personificação do verdadeiro mal, estava horrorizada com cada coisa que lia, mas não demonstrou, sabia que o motivo dele ter dado justamente aquele livro para que lesse, era para mostrar a visão do monstro, as coisas horríveis que fizera, desde o início dos tempos, algumas estavam dando calafrios em sua espinha.

Os olhos encontram os do deus que estava ansioso olhando em sua direção, como se esperasse alguma reação, revirou os olhos diante disso, não iria mudar de ideia por ver o quão horrível o monstro era, pelo contrário, estava mais disposta para livrá-lo dele, isso a fez perceber algo, que o deus a sua frente não conseguia ver.

O monstro era antigo, tão quanto o mundo, as escrituras sobre ele era vaga e sem consenso de sua origem, duvidava que existisse alguém que o conhecesse desde os primórdios para escrever sobre ele.

— Por isso nunca chegou a um consenso, procura no lugar errado sobre ele — fala fazendo-o arregalar os olhos.

— O quê? — ele pergunta aturdido.

Revirou os olhos diante de sua face incrédula, não acreditava que ele estava com esperança de fazê-la desistir, ele não a conhecia mesmo!

— Belzebub desiste, não vai ser esse livro que vai me fazer desistir até porque ele conta sobre o monstro, não sobre você — comenta fazendo-o suspirar exasperado.

— Eu sou o monstro! — ele resmunga aborrecido, sorriu gentil em sua direção.

Ele não era um monstro, se fosse iria lembrar-se com perfeição sobre suas vítimas, pelo que falara não era assim, ele mesmo não sabia ser Satã até acordar matando Lilith, a culpa não era dele.

— Aine-

— Muda o disco e aceite a minha ajuda, não vejo você como monstro, então confie em mim — interrompeu-o, estava irritada com a sua atitude, não custava nada ele apenas aceitar ser ajudado, aquilo era melhor que morrer!

— Mulher teimosa! — ele resmungou fazendo-a rir alto, ele não tinha ideia de quanto.

— Posso falar agora sobre o que percebi lendo esse livro? — perguntou adquirindo sua atenção, ele assentiu carrancudo.

— Ele era alguém no início... alguém antes de ser você, não vai encontrar as respostas nesses livros, pensa em quão antigo és, acredita mesmo que desde a época que ele surgiu as pessoas relatavam tudo nos livros? — perguntou deixando-o atônito.

— O quê? — ele pergunta aturdido.

— A primeira forma de escrita fora na pré-história, os homens escreviam nas cavernas, não acredito que eles mencionavam sobre Satã lá, agora pensa na evolução dos meios de comunicação, as contas não batem com o surgimento dele, não é possível ver com verdade as pessoas que realmente escreveram a verdade sobre ele, precisamos ver direto da fonte — a sua fala o pegou desprevenido.

— O quê? — ele pergunta com os olhos arregalados.

— Belzebub, você é a fonte para saber sobre ele, posso usar meus conhecimentos e meus poderes para ajudá-lo e sabe disso — a alegria em sua voz deixou-o sem entender momentaneamente.

Conseguiria mesmo ajudá-lo contra aquele monstro, aquilo era um alívio!

— Você acredita que pode... que pode achar algo? — ele pergunta aturdido fazendo-a acenar sem tirar o sorriso do rosto.

— Com hipnose, posso acessar sua vida passada, por assim dizer, ou a vida dele antes de estar com você — sua fala deixou-o eufórico como a tempos não ficava.

— Então faça! — Belzebub falou rapidamente fazendo-a sorrir diante da sua impaciência.

— Não funciona dessa maneira, para acessar esse lado do seu cérebro é preciso que você confie em mim e não use seus poderes para me barrar, eu só consigo acessar sua superfície, para chegar a ele teria que ir muito além — explicou ao deus que murchou com sua fala.

Sorrindo pegou as mãos do deus, não pode deixar de notar que elas estavam ligeiramente tremulas nas suas.

— Não se preocupe, iremos treinar, vamos iniciar novamente com a voz, dessa vez vai deixar-me ou tentar deixar-me no controle total, assim cada vez mais vou conseguir acessar mais fundo em sua mente, tudo bem? — pergunta ao deus que assente levemente.

Concentrando-se nos sentimentos do deus, observou uma mistura de euforia com melancolia que era característico dele, sorriu ao começar a cantar com a voz carregada de emoção para transmitir ao deus.

Você está ferido e cansado

De viver a vida em um carrossel

E você não consegue encontrar o lutador

Mas eu vejo isso em você, então nós vamos sair dessa

E mover montanhas

Nós vamos sair dessa


O seu olhar ficará tão intenso em sua direção, que sentia seu coração disparar ao olhá-lo, fechou os olhos para evitar o contato visual com o deus, não conseguia compreender o motivo de sentir-se assim com ele, eram sentimentos tão complexos e confusos, nunca sentira nada assim.

E eu vou me erguer

Eu vou me erguer como o nascer do dia

Eu vou me erguer sem medo

E eu o farei mil vezes novamente


As emoções que ele estava sentindo atingiram-na em cheio, eram tão intensas que não suportou manter os olhos fechados, abriu lentamente vendo-o aproximar-se vagarosamente como se estivesse encantado, seu olhar parecia o universo inteiro devido ao brilho que via, aquilo a deixou sem ar, nunca vira ele tão encantador como naquele momento, se pudesse descrever o verdadeiro significado de beleza... iria descrevê-lo perfeitamente, pois o olhar brilhante era um toque divino.

E eu vou me erguer

Alto como as ondas

Apesar da dor

E eu o farei mil vezes novamente

Por você


Um sorriso iluminou o rosto dele, sem tirar os olhos dos seus, a mão movera-se para segurar a sua com carinho, ao sentir a textura da pele contra a sua e o calor emanando dela, não pode deixar de sorrir, entrelaçou-a fazendo-o estremecer levemente com o contato.

Quando o silêncio não é tranquilo

E parece que está ficando difícil de respirar

E eu sei que você sente como se estivesse morrendo

Mas eu prometo que vou levar o mundo a seus pés

E mover montanhas

Levar o mundo a seus pés


Acariciou com o polegar a palma da mão dele, estava sentindo-se me paz, queria que ele sentisse o mesmo, ele não estava mais só, estaria com ele dali em diante, ele não precisava mais ter medo.

E eu vou me erguer

Eu vou me erguer como o nascer do dia

Eu vou me erguer sem medo

E eu o farei mil vezes novamente

Por você

Tudo o que precisamos é esperança

E para isso temos um ao outro

E vamos nos erguer

Me erguer como o nascer do dia

Apesar da dor

E eu o farei mil vezes novamente


Ao terminar de cantar pode ver um olhar que não vira no rosto dele até então, olhar de confiança para si, sentiu-se alegre por ele, naquele momento conseguira ver o vislumbre de sua alma, aquilo a encantou, era tão brilhante como o sol, sabia que ele não era aquele monstro que pensava ser, iria ajudá-lo a ver isso.

— Obrigada — Belzebub fala emocionado levando a mão até seus lábios onde deixara um singelo beijo na palma, corou sob seu olhar doce, um sorriso meigo desenhou-se em sua face ao vê-lo daquela maneira.

Pela primeira vez desde que chegara, conseguira ver seus sentimentos, ele estava tranquilo e sentia uma pontada de alegria, queria que ele continuasse a sentir-se assim, então resolveu não forçar nenhuma pergunta ou conversas que poderiam levá-lo a fechar-se novamente, no entanto, queria conhecê-lo melhor.

— Belzebub, posso fazer uma pergunta? — sua voz sai meiga ocasionando em um sorriso sincero no rosto do deus.

— Faz — ele fala simplesmente.

Revirou olhos para o jeito estoico dele, às vezes ele dava-lhe nos nervos!

— Por que tudo é tão escuro aqui? Digo o quarto que colocou-me é todo preto e se eu o ver no escuro não consigo diferenciar você da escuridão! — resmunga fazendo-o rir.

Não conseguia evitar a careta, viera de um mundo claro demais, mentiria se dissesse que não sentia falta da luz do sol, ou das cores, ali era tão sombrio e escuro.

— Estamos no submundo, normal ser escuro aqui — ele retruca ocasionando em um olhar ferino na veela.

— Nem vem com essa! Hades não estava vestido de padre quando o vi! — réplica fazendo-o sorrir malicioso.

— Ele é um Imperador, normal vestir-se com pompa — ele fala bem-humorado fazendo-a bufar.

O deus abriu um sorriso ao vê-la emburrada, respirou fundo para não brigar com ele, seu pavio era muito curto para essas provocações idiotas.

Mas não seria essa resposta que a faria desistir de saber mais sobre ele, sabia estar no submundo, mas duvidava que ele fosse por completo tão melancólico assim, apostava que a sua área de domínio era assim por sua causa.

— Eu sei que é um dos príncipes do inferno... fiz meu dever sobre você, Senhor Belzebub — fala debochada fazendo seu sorriso morrer.

— O quê? — ele pergunta incrédulo.

— Não gosta do título de príncipe, então que tal sacerdote da gula, regente dos espíritos malignos, ou prefere Deus da escuridão? — perguntou irônica olhando-o com malícia.

— Não me chame assim, por favor! — ele resmungou irritado.

— Tudo bem, então diga-me Príncipe do inferno, qual a sua desculpa? — brincalhona fazendo-o suspirar exasperado.

— Você é irritante! — ele resmungou carrancudo.

— Quero saber mais sobre você, vamos! — replica apontando o dedo em sua face, os olhos dele brilharam em sua direção.

— Eu gosto de cores escuras... cores coloridas enjoam — ele revida fazendo-a ofegar ofendida.

— Sou muito colorida para você, Senhor Belzebub? — pergunta olhando-o de maneira libertina.

— Talvez... — ele fala com a voz provocativa fazendo-a sorrir travessa em sua direção.

— Talvez precise de cor na sua vida! — retruca olhando para a mão do deus que continuava sob a sua, sentia-se confortável daquela maneira e ver que ele também sentia-se dessa maneira fez seu coração disparar, lentamente percorreu o dedo indicador pela palma de Belzebub num carinho suave sob o olhar atento do deus.

Ele sorriu terno olhando para as mãos unidas, com a outra subiu lentamente em direção ao seu pescoço fazendo-a ofegar com o contato, um sorriso sensual surgiu no rosto dele ao vê-la corar, não pode deixar de sentir-se quente com a face mais solta dele, o deus estava cada vez mais irresistível para si.

Os sentimentos estavam confusos em seu ser, não entendia o que estava se passando, o motivo de seu coração disparar como louco, ou o fato de seus olhos mirarem para os lábios dele, nunca tivera esses pensamentos, não era burra, sabia ser bela e chamava muita atenção no mundo das fadas, mas jamais sentira vontade de beijar ou esse desejo crescente por outro ser, ele estava fazendo-a descobrir um lado que nem imaginou que existisse.

— Seu cabelo é tão bonito, porque deixa sempre preso? — o deus pergunta soltando-os.

Observou-o olhar encantado em sua direção, fato que a deixou completamente vermelha agora, nunca fora envergonhada, ele fora a primeira pessoa que a deixara daquela maneira.

— Belzebub... — sussurra seu nome de maneira sôfrega.

Os cabelos rosados pareciam flutuar em sua volta, estava tão linda naquela maneira, vê-la chamá-lo com aquela voz, enviou um arrepio por todo seu corpo. O ato o fez aproximar-se lentamente, vê-la tão entregue a ele era afrodisíaco, estava encantado com a sua beleza, os cabelos soltos emolduravam seu rosto apenas enfatizavam-na, era um ser naturalmente belo, não precisava de maquiagem alguma para ressaltá-la.

Afrodite era a deusa da beleza, não negava que realmente ela fazia jus ao título, mas olhando para Aine a sua frente, a deusa facilmente perderia o posto, ninguém chegava aos pés do brilho e beleza que a veela emanava.

Sem perceber ficara a centímetros dela, os lábios o chamavam como uma música, sentir a respiração dela contra seu rosto estava deixando-o mais excitado, precisava prová-los, nunca sentira tanta vontade de beijar nenhuma mulher como estava naquele momento, seu coração disparava em seu peito só de pensar no gosto de seus lábios.

Ela entreabriu os lábios inclinando-se num claro convite, o ato o fez fazer um terno carinho em sua bochecha fazendo-a fechar os olhos em deleite, estava entregando-se ao que sentia, quando se lembrou de Lilith, seu corpo sem vida em seus braços, a dor que sentira ao descobrir que o monstro era ninguém além dele mesmo.

Não sabia o que estava sentindo por Aine, mas admitia estar desejando-a como nunca, não poderia fazer isso com ela, não quando o monstro ainda pudesse surgir. A manteria segura mesmo que doesse nele, teria que afastar-se dela, no momento.

— Preciso ir... — sussurra deixando-a frustrada.

— Belzebub espe- — a veela não terminou de falar quando o deus saiu como um foguete da sala deixando-a sozinha.

Olhou incrédula para o local onde ele saíra, não conseguia acreditar no que acontecera, estava pronta para entregar-se a ele, seu coração estava batendo em sintonia com o dele, sentia isso, então ele quebrou todo o encanto.

Ele estava fazendo de proposito!

Não poderia crer que ele tinha a instigado e criado um clima totalmente ardente para sair dessa forma!

Não deixaria isso passar, ele pagaria por isso!

Admitiu para si mesma que era mais que amizade o que estava sentindo pelo deus, estava o desejando como nunca desejara ninguém em sua vida, não queria perder a oportunidade de conhecê-lo de outras maneiras por medo, confiava nele de uma maneira que nunca confiou em ninguém. Foi em direção ao seu quarto pensando no que poderia fazer para que ele parasse de pisar em ovos consigo, era impossível ele viver assim!

O sentimento de algo especial estava crescendo entre ambos, era impossível ser apenas ela a sentir isso, iria lutar por ele, mesmo que ele quisesse protegê-la contra ele mesmo, não perderia de viver um momento especial pelo medo do que poderia ou não acontecer, iria conquistá-lo.


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