Suíte 220 - A Obsessão do CEO

By PatriciaRossiAutora

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Sofia Shaffer é minha obsessão! Eu sei que ela é uma funcionaria do meu escritório e isso deixa tudo muito co... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15

Capítulo 9

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By PatriciaRossiAutora

E vamos a mais capítulo quentinho de Suíte??? 

De novo peço que comentem, me deem esse feedback, ok? Eu amo ler os comentários de vocês! 

Fico sorrindo feito boba aqui! 

No mais, espero que gostem 🙏🏾🙏🏾🙏🏾


Estou sentada num banco estofado frente à janela, desanimada sobre a conversa que teremos. Ele volta do banho, com uma toalha envolta em torno de seus quadris:

— Com que frequência você faz esses "bicos"? — vai direto ao assunto, sentando-se aos pés da cama.

— Alguma... — sou vaga.

— Com que frequência, Sofia? — Brandon insiste, incisivo.

Cruzo os braços e suspiro:

— Umas três vezes na semana...

— E se você não fizer esses bicos... Você passa por dificuldades?

— Essa conversa me deixa desconfortável, Brandon! — tento evitar uma resposta direta.

Ele se levanta, as mãos na cintura fina:

— Inferno, Sofia! Mas que caralho! Que droga! Tem ideia de como estou frustrado? Como vou voltar para meu apartamento enorme, — faz um gesto teatral — com uma mesa farta, sabendo da sua situação? E que eu posso te ajudar e você não me permite!

— Não sou sua responsabilidade!

— Uma porra que não é! Depois de tudo o que compartilhamos nessa suíte, se isso não te torna minha responsabilidade, não sei o que mais pode tornar!

— Acha que eu estou feliz com essa situação? — explodo. — Que eu consigo dormir sossegada, pensando no que minha vida se tornou? — para meu horror, começo a chorar copiosamente. Viro-me de lado, para tentar esconder minhas lágrimas, o que é inútil, já que meus ombros são sacudidos por soluços. — Meu Deus, no que eu me tornei? — termino, desolada.

Brandon vem se sentar atrás de mim, me puxando contra seu peito, os lábios em meus cabelos.

— Nós podemos resolver isso... se você me deixar te ajudar. — diz suavemente.

Meneio a cabeça, teimosa, me encolhendo.

Ele suspira às minhas costas, tomando minhas mãos entre as dele:

— Me diga de uma vez, como adquiriu uma dívida tão grande? Do pouco que a conheço, você parece tão centrada em relação a dinheiro.

É minha vez de suspirar e baixar meus olhos para nossas mãos entrelaçadas:

— O de sempre. Confiei na pessoa errada. Num homem... Olha a surpresa? — bufo, dando de ombros — Eu sempre sonhei em ter meu restaurante e o cara fez parecer fácil. E no começo foi, por que éramos muito bons na cozinha! Mas, então, ele se deslumbrou com o sucesso inicial e começou a aparecer vestindo roupas de marca, relógios caros... E comprou um carro que custava quase o valor do prédio que eu havia financiado para montar o restaurante. Nós discutimos feio, eu exigi que devolvesse aquela porcaria! Ele se recusou, o clima ficou bem ruim entre nós e então tudo começou a desandar. David já não tinha tanto comprometimento com o serviço, muitas vezes me deixava na mão. Me via louca! Tive de improvisar na compra dos ingredientes, optando por versões mais baratas... — suspiro. — Eu, praticamente, já não tinha dinheiro em caixa. Você pode adivinhar, não é? A qualidade caiu, o movimento começou a diminuir, as despesas começaram a se acumular... e o que o meu querido sócio e ex namorado fez? Desapareceu, me deixando com dívidas.

— Filho de uma cadela! — ele balbucia entredentes. — Você não foi atrás, não acionou a justiça?

— O que eu poderia fazer? Além de investir as economias que eu tinha, tudo estava no meu nome. — noto o menear negativo de cabeça dele e me encolho. — Sim, eu sei! Fui muito inocente! Foi uma lição.

Brandon solta uma respiração:

— Sim, você foi muito inocente. Mas posso te ajudar a encontrar esse cara, se quiser. Fazê-lo arcar com sua parte da dívida...

— Não! — respondo rapidamente. — Por favor! Eu não quero ver esse homem nunca mais na minha vida! Revê-lo vai me fazer lembrar do quanto fui burra por confiar nele!

— Bom, apenas pense sobre isso. Agora... — começa devagar, como se estivesse testando o terreno. — Eu não quero mais te ver servindo ninguém! Não quero que tenha de fazer "bicos", quando eu posso cuidar de você!

Imediatamente empertigo-me. Eu sei o que ele quer dizer...

— Brandon, por favor! Não! Você sabe o que eu...

— Calma! — me mantém entre seus braços, quando tento me levantar. — Apenas me ouça, está bem?

Depois de algumas respirações, concordo com a cabeça e ele prossegue:

— Não estou tentando te pagar pelo sexo. Não encare dessa forma...

— Mas, se você me der dinheiro, é como eu vou me sentir...

— Shhhh! — ele me cala, sacudindo-me de leve. — Ouça-me, ok? — repete — Estou pedindo que me deixe cuidar de você por que é o que eu desejo e eu sei que você precisa disso! Então, não seja orgulhosa...

— Não é uma questão de orgulho, Brandon! — retruco, magoada. — É questão de princípios! É como fui criada!

Ele abaixa sua cabeça, encostando na minha:

— Perdoe-me! Acho que escolhi a palavra errada. Eu só quero que entenda que, se estamos juntos, quem além de mim pode te estender a mão?

— Eu sou uma mulher adulta. Tenho de arcar com as consequências do que eu fiz.

Brandon volta a suspirar, exasperado:

— Ok. Então vamos fazer assim. Me deixe ao menos te ajudar com essa dívida.

— Não vou aceitar que me dê dinheiro para saldar...

— Não vou te dar dinheiro! — me interrompe, me apertando. — Eu vou te emprestar...

— Você sabe bem da quantia que estamos falando, não sabe? — não consigo não interrompê-lo.

— Sim, eu sei...

— Como acha que vai me emprestar dinheiro suficiente para saldar essa dívida e que eu vou ter condições de te pagar de volta? Eu tentei bancos antes, mas, era humanamente impossível para mim arcar com os valores das parcelas...

— Nós veremos como você pode me pagar. Eu não vou incluir juros. Só estou fazendo isso para te ajudar. — massageia meus ombros, falando com cuidado.

Pondero as palavras dele, a respiração em suspense:

— Eu não sei se isso é certo...

— Sim, é certo. E eu realmente quero fazer isso. — Brandon fica de pé, diante de mim, subjugando-me com seu tamanho e toma meu rosto entre as mãos. — Também tenho minhas intenções por trás disso. Eu quero tirar toda e qualquer preocupação dessa sua cabecinha, para que se foque apenas em mim! — termina, possessivo.

Sorrio para ele:

— Mais ainda?

— Mais ainda! — prova meus lábios, uma, duas, três vezes, até intensificar o beijo, mordiscando, provando. — Apenas diga que sim, doce Sophia...

Ainda estou indecisa...

— Não pense demais. Eu sei que essa cabecinha está cheia e doida para me dizer não. Mas, você tem de admitir que sou sua única saída.

Ele tem razão, eu pondero. Quando em minha vida terei outra oportunidade como essa?

Mordo meu lábio inferior. Então, solto uma respiração:

— Você vai mesmo me permitir pagar?

— Sim. — ele acaricia minha face. — Só que nada que comprometa demais seu salário...

— Mas, assim vou levar anos para quitar essa dívida!

— Quem está com pressa? — dá de ombro.

Com outro suspiro, respondo:

— Tudo bem. Eu aceito!

Ele me sorri e vem beijar minha boca lentamente:

— Boa menina.

Na tarde do dia seguinte, reuni todos os papéis que Brandon pediu, peguei uma pasta qualquer da mesa e me encaminhei para a sala dele:

— Eu... — limpo a garganta antes de prosseguir e me dirigir ao secretário dele. Oro mentalmente para que minha voz soe firme. — Sr. Reeves me pediu que viesse lhe mostrar alguns relatórios...

— Um momento. — o homem levanta um dedo em riste e faz uma breve ligação.

Levantando os olhos, dou com o olhar perscrutador de Brandon sobre mim, através da porta de vidro. Minhas pernas ficam bambas, a respiração ofegante... Nem parece que conheço aquele corpo de cor... Pensar sobre isso não me ajuda muito.

Brandon faz um gesto para que eu entre e o secretário prontamente larga o aparelho telefônico e abre a porta para mim:

— Obrigada... — balbucio ao passar por ele.

Assim que ficamos a sós, não posso evitar de sorrir timidamente. Ele despiu o terno que descansa num cabide no canto da sala. Veste uma camisa impecavelmente branca, sob um colete preto e gravata também preta. Os cabelos escuros e penteados para trás, formam um lindo topete. Eu tenho vontade de tocá-los. Ele é tão lindo!

Quando Brandon pega um controle e o aponta para as paredes de vidro, fico alarmada:

— O que vai fazer?

— Nos dar um pouco de privacidade, ora...

— Não! — quase grito. — Se fizer isso, o que todos vão pensar? — faço um breve gesto com a cabeça.

Ele comprime o maxilar e lança um breve olhar para o salão logo abaixo:

— Ok. Venha. Ao menos se aproxime. — aponta uma cadeira. — Eu não vou te atacar... Embora eu queira.

— Não torne as coisas mais difíceis, homem. — peço, mas estou sorrindo. Me aproximo, porém, não me sento.

Brandon acomoda-se na ponta de mesa, o olhar preguiçoso deslizando pelo meu corpo:

— O que você tem para mim? — aponta para pasta nas minhas mãos, que seguro como se dela dependesse minha vida. Bom. Ela, praticamente depende mesmo.

— Os documentos que me pediu. — comunico, sem no entanto lhe estender o material.

— Posso vê-los? — faz um gesto para que eu lhe entregue.

Mordendo o lábio, o faço de forma hesitante:

— Eu ainda não sei se isso é certo...

— Já conversamos sobre isso, Sophia. — Brandon examina os papéis, calmamente.

— Eu sei, mas...

— Sem mais! — conclui, de forma autoritária.

Então fecha a pasta e a descarta sobre a mesa:

— Eu cuido de tudo agora.

Umedeço os lábios e engulo em seco. Então noto que ele me examina outra vez:

— O que foi? — pergunto, entre um riso nervoso.

— Você faz ideia do esforço que eu tenho de fazer para não te tocar, doce Sophia?

— O que há aqui para te provocar? — aponto para minhas roupas, discretamente. — Estou tão sexy quanto um saco de batatas.

— Você não tem noção da sua sensualidade. Isso é um problema! — entoa num tom exagerado. — E eu sei do corpo feito para o pecado que se esconde sob tudo isso. E do que eu posso fazer com ele e ele comigo.

— Você não devia me falar essas coisas! — ralho, porém estou adorando flertar com ele. — Eu ainda preciso trabalhar e já devo estar corada como um pimentão!

Brandon se coloca de pé abruptamente e dá um passo em minha direção, as mãos enfiadas nos bolsos... e eu noto que o tecido da calça dele está repuxado por que... ele tem uma ereção! Que não faz questão de esconder:

— Se tivesse me permitido fechar essas cortinas... — ameaça, ainda avançando.

— Pare exatamente aí! — meus olhos estão arregalados e estou à beira de um ataque de pânico.

— Ou o quê? — desafia.

— Ou eu vou desmaiar, bem no meio dessa sala!

Brandon ri e para. Então dá meia volta e vai para trás de sua mesa novamente:

— Então é melhor você sair, antes que eu não responda por mim.

Giro em meus calcanhares e caminho a passos incertos para a porta:

— Sofia! — me chama num tom autoritário e me volto imediatamente.

— O que?

— Prometa-me que não vai mais fazer "bicos". Com essa dívida fora do caminho, você conseguirá viver bem com seu salário, certo?

— Você ainda não me disse quanto vou te pagar mensalmente.

Ele suspira:

— Bom, você sabe que minha vontade é de não lhe cobrar nada... — levanta uma mão e me interrompe, quando ameaço protestar. — mas, eu vou aceitar o pagamento, para que fique tranquila. Vou calcular um valor, mas com certeza não irá comprometer mais que 10% do seu salário. — de novo pretendo me manifestar, não achando que aquele é um acordo justo, mas, ele me impede novamente, com outro gesto de mão. — E isso não é negociável, Sofia! Então, só basta que me responda. Sem mais "bicos", ok?

Comprimo os lábios. A forma como me encara... muito sério, como se eu só pudesse dar a ele uma resposta e essa resposta tem de ser a que ele quer ouvir. Meu lado rebelde quer retrucar. No entanto, eu concordo. Acho que já é hora de aceitar uma ajuda...

— Ok... — respondo baixinho.

Estou me voltando para a porta, mas, paro por um instante e o encaro novamente:

— Eu gostaria de cozinhar para você, essa noite, como agradecimento, mesmo sendo uma noite em que não costumamos nos encontrar.

Um canto dos lábios dele se levanta:

— E, acredite! — reforço. — Eu cozinho muito bem! Você não iria se arrepender!

— Mas, onde cozinharia? Na suíte 220 não há uma cozinha funcional.

Eu amuo:

— Ah. É verdade. — havia me esquecido daquele detalhe. Eu não sei se é seguro levá-lo no meu apartamento, sem que um vizinho curioso o veja.

Então, quando estou desistindo da ideia, ele solta:

— Você poderia cozinhar no meu apartamento...

Meus olhos tornam a se arregalar. Ele está me convidando para ir a casa dele?

Um sorriso nervoso volta a brincar nos meus lábios:

— Você tem certeza?

— Sim, eu tenho! Lá há uma cozinha enorme! Acho que você vai adorar!

— E... não terá perigo de alguém me ver?

— Usaremos o elevador privativo. Ninguém te verá.

— Ok... — concordo timidamente. — Te vejo à noite...

Já do lado de fora, me detenho por um momento. Então noto que o secretário me encara. Sorrio, sem graça e aponto com a cabeça:

— Ele é bem intimidador, não?

O outro sorri, solidário:

— Você não faz ideia. 




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