The King (Jikook)

By Jikookllover13

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Um idiota; Um cavalheiro. Um humano; Um Alfa. Um plebeu; Um rei. Duas realidades. Uma pulga. ABO More

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By Jikookllover13

Boa noite gente! Desculpa a demora, amanhã tenho prova, então acabei me distraindo hehe.

Capítulo 2 relançado, espero que gostem!

~~.~~.~~.~~.~~.~~

- Se acalma Jimin- Taehyung massageia meu pescoço por trás, estou tão angustiado com a demora da minha dupla para o passeio, vulgo Jeon Jungkook, que nem perco tempo avisando ao Tae que a massagem está longe de ser eficaz, ou boa.

Você pode pensar que não faria sentido nenhum eu ficar angustiado com a demora de alguém que eu nem gosto. Claro, você está certo. Não faria nenhum sentido em uma ocasião normal; nesse cenário eu estaria feliz e torcendo realmente para o tour virar individual e eu não precisar passar por esse estresse. Mas essa não é uma situação normal. A Senhora Kim simplesmente resolveu que se um integrante da dupla não aparecer, o outro também deixará de ir no passeio, o que significa que eu dependo do energúmeno para entrar no ônibus. Agora minha angústia faz mais sentido, certo?

Ou não, talvez não faça muito sentido já que você não conhece Jeon Jungkook e tudo que ele já me fez passar...

Desculpa, tô estressado, mas posso te explicar, sem problemas.

Vou tentar resumir.

Eu e Jeon nascemos na mesma cidade: Busan, com dois anos apenas de diferença (eu sou o mais velho). Nossas casas ficavam no mesmo bairro, aí é fácil imaginar que nos conhecíamos desde bebês, ou não. Quer dizer, pode ser que nossos pais se odiavam por causa de alguma intriga no trabalho e que esse ódio passou de forma vertical, pelas placentas das nossas mães e então já nascemos com rancor eterno um pelo outro. Podia, né? Mas não é.

Nós fomos criados juntos. Nossas mães eram super amigas e nossos pais se respeitavam mutuamente; não era difícil que passássemos os finais de semana juntos, além do período da creche e, logo após, da escolinha.

Nós éramos grudados. Não literalmente, mas não estava muito longe de ser isso. Não era incomum que as pessoas se chocassem quando não estávamos um com o outro. Tenho que confessar que muita coisa que estou falando veio por meio da narração da minha mãe, não lembro com detalhes da minha primeira infância. Então é tipo telefone sem fio, ok? Podem ter informações incoerentes.

Mas do meu período na escola infantil eu já posso contar com mais firmeza. E éramos inseparáveis, gostávamos de aproveitar o tempo apenas nós dois, e nossos livros; sem toda a bagunça de uma turma de crianças. A gente estava em salas separadas, claro, mas ficávamos todo tempo que podíamos na biblioteca do colégio. Aquele era nosso cantinho.

Aí você pode pensar "Mas o que aconteceu para você odiar tanto ele agora Jimin?"

Bem... o ensino médio aconteceu.

A minha época de transição do ensino fundamental para o ensino médio já era angustiante por si só: Nosso colégio era apenas de ensino fundamental, então eu teria que mudar de escola. Até aí ok, dava para manejar e tals. Mas meu pai ganhou uma promoção no trabalho... a gente teria que se transferir para Seoul.

Não culpo meu pai pelo meu distanciamento com Jungkook, ele fez o que seria melhor para a família, então nos mudamos. A mudança foi uma loucura e na semana da viagem mal pude passar tempo com meu melhor amigo: estava ocupado demais empacotando caixas. Ainda assim demos um jeito de termos pelo menos uma parte do tempo para a gente, não como queríamos, mas era o que a gente tinha.

Na primeira metade do meu primeiro ano de ensino médio, eu e Jungkook nos encontramos todos os meses e nos falávamos quase todos os dias pelo telefone. Mas o tempo foi passando, Jeon começou a dar desculpas para não vir para Seoul e falava cada vez menos quando eu ligava. Suas iniciativas de ligações também começaram a ficar mais escassas e, quando eu tomava iniciativa para visitá-lo em Busan, Jungkook parecia distante, como se estivesse entediado com a minha presença.

Em algum momento do meu segundo ano de ensino médio, tivemos nossa última ligação. Eu não lembro quando foi ou o que falamos nela. Talvez eu tenha comentado de um evento legal esperando que ele se animasse pra vir me ver, mas isso não aconteceu. É claro que não aconteceu.

Por um amigo em comum, Namjoon, eu descobri - na época - que Jungkook estava andando com os populares, passando menos tempo com quem ele começou a chamar de nerds e não carregando mais seus livros por aí, como sempre fazíamos; além de estar de paquera com uma garota da turma, ou namorando já, nem sei. Até o próprio Nam sofreu o distanciamento anti-nerd: Jeon agora fingia que não o conhecia quando existiam outras pessoas por perto, apenas parando para conversar quando estavam sozinhos, como se tivesse medo de manchar sua reputação, ou algo assim, por estar perto de um dos caras inteligentes de lá.

Eu também fiz novos amigos, o Taehyung como exemplo. Mas, apesar de sermos bem diferentes (o Tae é completamente festeiro e extrovertido), eu nunca perdi a minha essência.

No fim, acho que eu e Jungkook apenas seguimos por caminhos diferentes.

Se tivesse ficado por isso, tudo bem. Acho que nossa antiga amizade só faria parte de um pacote de nostalgias da infância.

Mas não foi isso que aconteceu.

Jungkook apareceu no meu primeiro ano de faculdade. Sim, eu deveria já estar no terceiro ano, mas não tive muitas perspectivas de que curso eu faria quando saí do ensino médio, então fiquei um ano e meio trabalhando na cafeteria que ficava ao lado da minha casa e, no ano seguinte, acabei viajando por meio ano, como um intercambista. Foi com essa experiência que decidi ingressar no curso de história.

Eu só não imaginava que isso traria meu passado para o presente.

Nem sei explicar direito o que senti quando vi Jeon pela primeira vez em tanto tempo, talvez felicidade? Acho que uma parte de mim torcia para que voltássemos a ser o que éramos agora que estávamos na mesma cidade de novo; talvez não exatamente ao que éramos, mas algo parecido?

Namjoon me avisou das mudanças em Jungkook, mas eu torci para que fosse exagero, para que ele não tivesse se transformado tanto.

Não demorou muito para eu perceber que estava errado.

Tudo havia mudado.

Quando fui cumprimentá-lo da primeira vez, Jeon estava com algumas garotas ao redor dele, paquerando elas talvez. Não me interessa realmente. A questão é que, quando cheguei perto e fiz a menção de falar alguma coisa, Jungkook olhou para mim por menos de um segundo antes de falar algo como: "Não tenho interesse na sua fruta Loirinho, vá achar alguém da sua espécie". A forma que ele falou... o que ele falou... como que meu melhor amigo de infância se tornou isso?

Eu nunca escondi minha sexualidade, eu não me envergonho de gostar de outros caras em vez de gostar de mulheres. Não posso dizer que foi algo que escolhi, porque não é uma questão de escolha, eu só gosto.

Amor é amor, quem liga se é por alguém do mesmo sexo ou não?

Muita gente, infelizmente. Mas não deveriam ligar.

Eu não segurei minha língua na época.

- Por que eu me interessaria com uma fruta podre como a sua Jeon?

Não dei chance para ele me responder na época, mas foi assim que nosso ódio mútuo começou.

Eu queria poder dizer que apenas o ignorei nos dias seguintes e consegui fingir que ele não existia, mas não rolou. Não apenas fazemos o mesmo curso, como também estamos na mesma sala! E, apesar de todos meus esforços para fingir que ele é uma espécie de planta - desculpem-me plantas, vocês são muito superiores a ele - acabei tendo que interagir com ele mais vezes do que eu gostaria. Considerando que eu preferia ter interações negativas, uma já é exaustivamente muito.

Carma, apenas pode ser carma. Como estudante de história, eu tendo a achar explicações lógicas por trás dos acontecimentos. Pensar que somos regidos por coincidências às vezes pode ser um pouco perturbador demais, então é natural que eu tente achar uma lógica.

Nesse caso, não existe. É carma mesmo. Eu devo ter sido uma pessoa horrível na vida passada e estou pagando pelos meus pecados nessa.

Qual a outra explicação para eu acabar fazendo 90% de qualquer atividade com Jeon Jungkook? Óbvio que são os que as duplas não são definidas por mim, eu nunca faria algo assim por livre e espontânea vontade.

Às vezes me pergunto se sou apenas eu que me sinto incomodado em acabar sempre em dupla com o traste, Jeon sempre parece extremamente satisfeito em me perturbar, então aposto que sim, apenas eu me incomodo.

Se a criatura fizesse a parte dele pelo menos... mas não... eu que acabo tendo que fazer tudo. E nem é aquele lance de eu deixar ele ser folgado, eu aguento o máximo de tempo o possível esperando ele colaborar, mas não importa o quanto a gente brigue sobre isso, Jungkook não faz sua parte e eu acabo tendo que fazer. Alguns professores me permitiram tirar o nome dele do trabalho, bem feito; mas alguns não se importam o suficiente com quem fez o que foi passado para me permitir tirar o nome dele, a maioria, infelizmente.

- Eu deveria te deixar perder esse passeio Loirinho- A voz grossa do meu pior pesadelo surge a centímetros da minha orelha, atrás de mim- Você me ferrou muito no último trabalho sabia?

Bem... eu tive sucesso recentemente em remover seu nome de um dos trabalhos. Acho que estou pagando meus pecados tendo que aguentar ele hoje o dia todo.

- Vamos antes que eu mude de ideia.

Quando eu me viro, tenho apenas um relance de suas costas entrando no ônibus.

- Boa sorte Minnie- Taehyung deixa um tapinha fraco no meu braço, seguindo seu próprio caminho para dentro do automóvel.

Acho que nem toda sorte do mundo vai ser o suficiente para mim hoje.

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Espero que tenham gostado do capítulo!

Como estão lidando com essa onda de calor? Eu já tô achando super quente com aqui beirando os 30 °C, mal imagino como deve estar sendo nos outros lugares...

Vocês estão conseguindo se hidratar bem e se proteger desse calor?

Espero que consigam passar bem essa próxima semana, até domingo que vem!

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