𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅 𝑭𝒐𝒓 𝑩𝒍𝒐𝒐𝒅...

By Thena_writter

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" 𝑸𝒖𝒆 𝒐𝒔 𝑫𝒆𝒖𝒔𝒆𝒔 π’•π’†π’π’‰π’‚π’Ž π’Žπ’Šπ’”π’†π’“π’Šπ’„Γ³π’“π’…π’Šπ’‚ 𝒅𝒐𝒔 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒆𝒔, 𝒐𝒔 𝑷𝒓𝒆𝒕𝒐𝒔 𝒆𝒔𝒕... More

𝑻𝒉𝒆 π‘©π’π’π’π’…π’š π‘ͺ𝒐𝒖𝒑𝒍𝒆
𝑻𝒉𝒆 𝑷𝒂𝒔𝒕
𝑨𝒕𝒐 π‘Όπ’Ž: 𝑢 π‘ͺπ’π’Žπ’†Γ§π’ 𝒅𝒆 𝑻𝒖𝒅𝒐
π‘·π’“Γ³π’π’π’ˆπ’
π‘ͺπ’‚π’“π’Žπ’†π’”π’Šπ’Ž

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By Thena_writter

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Quando Viserys Targaryen, seu pai, tornou-se Rei dos Sete Reinos, Alaerys soube que algo havia mudado. Como uma criança inocente na época, ela não soube exatamente o que. Claro, os vestidos tornaram-se mais caros, jóias mais avantajadas e um tratamento excepcional. Mas, ela jamais compreendeu o que havia mudado.

Foi no auge de seus quatorze anos, quando foi feito um torneio em sua homenagem e todo Porto Real encontrava-se em festa. Não apenas aquilo, mas pela primeira vez, notou os olhares famintos para o trono atrás de si durante o banquete. Também percebeu os olhares que muitos davam a ela em busca de alguma brecha que traria uma conversa.

Eles não eram apenas membros da dinastia. Eles eram a coroa da dinastia Targaryen. São eles que dominam o Jogo Dos Tronos.

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Os olhos púrpura encontravam-se fixos na visão fornecida da janela dos aposentos de sua mãe, um dos meistres faziam exames em sua barriga inchada, enquanto a princesa se encontrava perdida em seus devaneios.

—  Bem, as coisas parecem estar bem, Vossa Majestade, — a voz avelhantada do meistre chamou sua atenção, fazendo com que suas irises saíssem do jardim colorido para sua mãe.

— Pelos Sete...como é bom ouvir isso.— exclamou Aemma aliviada. A mão um tanto inchada acariciando a barriga enquanto se abanava.

Alaerys sorriu antes de dar alguns passos em direção direçãoa sua mãe.  Levou as mãos até os ombros tensos da rainha, dando início a uma massagem para aliviar os músculos enrijecidos. Infelizmente, essa estava sendo a gravidez mais difícil que Aemma passou, e com sorte, seria a última. Os nove meses já batiam na porta, e agora restava a luta no parto.

Não tinha dúvidas que ela conseguiria vencer. E com sorte, seria um menino. Enfim o herdeiro.

— Obrigado, Meistre Vallos, sua ajuda nos foi muito útil. — disse cordial, então olhou para a porta o dispensando.

— Princesa. Minha Rainha.— o ancião disse curvando-se de modo rígido, então partiu.

Ela permaneceu massageando os ombros da mais velha. Os olhos focados no berço ao lado da cama, havia chegado pela manhã, feito pelo melhor artesão da cidadela. Era de madeira escura com entalhes de ouro. Era lindo, Alaerys havia desenhado e mandado para o artesão.

Ela gostava da ideia de ganhar um irmão e bem, não havia nada que pudesse fazer para impedir um herdeiro. Afinal, as coisas em Westeros são assim.

— Sabe que não gosto que me veja nessas condições não é? —  a  voz calma e materna soou cansada, constatando algo que ela já sabia.

— Sei, assim como você sabe que não me importo de vê-la nessas condições. Você é tão importante quanto esse bebê. — respondeu calma ainda trabalhando em seus ombros, ouvindo cantarolados de alívio vindos de Aemma.

— Bem, ao menos você já estará preparada para essa guerra. —  disse arrancando um sorriso de escárnio da jovem.

— Oh sim, mas essas batalha ainda há de demorar minha mãe.—  afastou-se  de seus ombros ao notar que a rainha já estava relaxada, virando-se para encher as xícaras de chá ao lado de sua cama.

—Alaerys. — ela grunhiu em resposta. Odiava aquele assunto — Em breve você completará dezessete anos. Você sabe o que significa — pontuou.

— Sim, estarei um ano mais velha obviamente — respondeu ainda sorrindo, tentando fugir do assunto.

O que obviamente não funcionou, pois a conversa prosseguiu. Não odiava a ideia de tornar-se mãe, pelo contrário, desejava isso. Mas preferia ter filhos num futuro um pouco mais distante, e de preferência, quando pudesse mandar no próprio nariz.

— Você precisa casar, — tomou a xícara e a levou até os lábios finos — não há porquê fugir. Você sabe que poderá escolher seu próprio noivo.

— Um dia mãe, mas não agora. Vamos focar em você. — murmurou dando um breve gole no chá, o sabor da camomila junto ao açúcar a acalmando.

Sua mãe revirou os olhos diante da fala de sua filha, aparentemente se dando por vencida. Sorriu satisfeita, odiava aquele tema, ainda mais com sua mãe, alguém que seguia naquele sofrimento.  Odiava o modo como sua mãe se conformava com cada imposição.

Elas ficaram ali por algum tempo tomando chá, aproveitando a paz que havia se instaurado após a visita do Meistre. Infelizmente, sua paz foi interrompida pelas enormes portas do aposento sendo abertas, felizmente a guerreira não se aborreceu em ver quem era.

— Com licença, Vossa Majestade.- Brianna, uma garota de pele alva, olhos castanhos amendoados, dona de um longo cabelo ruivo encaracolado disse ao fazer uma curta reverência para sua mãe e ela.

— Vossa Alteza.— direcionou a Alaerys.

— Entre Brianna, e eu já disse que pode me chamar por Aaema, lhe conheço desde que tinha sete anos, temos intimidade o suficiente para isso não é? — Sua mãe questionou-a com um pequeno sorriso em seus lábios pequenos e carnudos.

‐ Perdoem-me, ando tão apressada hoje que esqueci, isso não irá se repetir, rainha Aemma.— respondeu com as bochechas coradas, o que fez com que Alaerys soltasse uma pequena gargalhada que fora cessada por um beliscão vindo da rainha.

—Aí!- exclamou e diante de sua "dor", elas riram.— Não é engraçado mãe, isso dói.

— Ótimo.—  respondeu passando a mão por cima da região doída.— Bem, o que deseja, Lady Hightower?

— Sua majestade, o Rei,  está chamando a princesa para a reunião do Pequeno Conselho.—  Brianna disse olhando na direção de sua amiga.

Evitou revirar meus olhos, apesar de ter ganhado um lugar no conselho por mérito, era exaustivo estar em um lugar cheio de homens que pensam com o pau. Todos a ouviam, mas raramente usavam as propostas que dava, principalmente Otto Hightower, o Lord Mão, que, sem dúvidas, era um homenzinho desprezível.

— Bem, então devo ir. — levantou-se, deixou a xícara de chá na mesinha
.— Por favor, descanse mãe. Você não deve se estressar, e sim focar em seu bem estar.- murmurou próxima a mais velha antes de lhe dar um suave selar em sua testa.

— Eu irei Ally.- respondeu com um sorriso cansado.

A Valiriana se afastou da rainha, indo até Bree e saindo do quarto, mas não antes de pedir para que o guarda chamasse algumas criadas para cuidarem dela. Fazia questão que suave estivesse em bons cuidados.

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O percurso até a sala do conselho foi  preenchido com conversas e piadas entre as duas garotas, algo costumeiro devido a amizade de longa data. As piadas eram sobre como os homens do conselho eram ridículos tirando seu pai e Lorde Corlys Velaryon, um homem que apesar de não ter nenhuma interação longa, era um homem o qual a princesa admirava minimamente.

Corlys Velaryon, era um ótimo exemplo de governante, assim como Derivamarca era um ótimo exemplo de reino. Ele era casado com Rhaennys, sua prima de segundo grau, que apesar de não serem próximas, era uma mulher que de fato, ela admirava.

Não demorou para que chegassem a sala de reuniões. Seu pai, o Rei, a recebeu com um sorriso quando beijou sua bochecha e sentou-se ao seu lado, infelizmente ficando próxima de Otto Hightower. Ah, ela odiava aquele homem, e se pudesse, o queimaria e lançaria as cinzas no céu de Vila Velha.

A Targaryen não falou muito, eram assuntos dos quais não possuía interesse,mesmo assim,  ela os ouviu, estranhando o fato de Rhanyera, sua irmã mais nova não estar lá. Ela geralmente ficava como copeira do vinho, mesmo que não  gostasse  muito da função. Alaerys entendia, foi copeira no passado. Era tedioso.

— Caros lordes, meu rei e minhas princesas. — Disse Corlys Velaryon ao cessar as risadas masculinas que preenchiam a sala.

— A crescente aliança entre as Cidades Livres começou a se autodenomina "Triarquia". Eles se reuniram em Pedrassangrenta e atualmente estão livrando os Degraus de uma infestação de piratas. — Falava ao abrir um mapa com as devidas marcações.

Os Degraus era uma cadeia de ilhas ao pé do Mar Estreito, ao leste dr Dorne e das Terras das Temlestades. Era uma covil de piratas formado a séculos, duas ilhas haviam sido nomeadas e eram os pontos centrais, sendo elas Pedrassangrenta e Forca Cinzenta. Era um conflito de séculos, e honestamente, Alaerys não via a razão para uma interferência direta da coroa.

— Surpreendentemente me parece uma boa notícia, Lorde Corlys. — o  rei falou com humor ameno, tomou um gole de seu cálice.

—  Um homem chamado Craghas Drahar se autodenominou Príncipe-Almirante desta Triarquia, eles o apelidaram de "Engorda Caragueijo" devido aos seus métodos inovadores para punir seus inimigos. —  durante sua fala, as grandes portas da sala foram abertas por dois guardas.

E delas surgiu Rhanyera, sua irmã mais nova, vestida num amarelo claro reluzente e cheirando a dragão — constatou ao ter sua bochecha beijada pela mais nova e ouvir a fala de seu pai, afirmando sua suspeita.

— E devemos chorar por piratas mortos? — indagou Viserys.

-— Não, Vossa Majestade. —  respondeu Corlys.

— Então dê um motivo do porquê a coroa deveria interferir. Vejo apenas mais um ciclo de conflitos entre piratas por uma cadeia de ilhas selvagens. — disse Alaerys, os dedos batucaram na madeira da mesa.

Entre a pequena conversa entre Rhaenyera e seu pai, a princesa Alaerys decidirá falar:

— a Triarquia é formada por três Cidades Livres. Myr, Lys e Tyrosh, juntos, eles disputam território com Volantis, que até então, parece estar perdendo a estribeiras da guerra. — o mapa foi aberto, mostrando as marcações dos ataques mais recentes.

Alaerys observou o mapa, e reecostou-se na cadeira. Se de algum modo a Triarquia vencesse a guerra nos Degraus, eles teriam fácil acesso a  Westeros. Ela entendeu a preocupação de Corlys. Derivamarca seria o primeiro a ser atacado devido a frota de navios e vasta rota comercial. Aquilo acabaria com as trocas entre Westeros e Essos. Antes que Alaerys pudesse argumentar, agora a favor de Corlys, Otto Hightower disse:

—Meu Rei, um capital significativo foi investido por insistência do Príncipe Daemon, — atenção de Alaerys voltou-se ao velho que falava.— para retreinar e reequipar a Patrulha da Cidade. Achei que o senhor fosse aconselhar seu irmão a ocupar sua cadeira no conselho e nos fornecer uma avaliação sobre seu progresso como comandante da Patrulha. — finalizou, obviamente desejando falar mais sobre o comportamento rebelde de Daemon do que o conflito que viria a surgir.


Patético.

— Você acha que o Daemon está absorto em suas atuais tarefas e que seus pensamentos e energias estão voltados para isso? — questionou o Lorde Beesbury á Otto.

— É o esperado devido a seus gastos.- o Mão respondeu.

—Então seu dinheiro foi usufruído com sucesso, Lord Beesbury. —Alaerys tomou a frente da conversa, decidida a terminar com aquilo —Tenho estado presente nos treinamentos da Patrulha da Cidade e, apesar de não ter tido contato direto com Daemon, devo dizer que os guerreiros estão cada vez mais impecáveis. Meu tio tem feito um ótimo uso do investimento feito para polir os soldados e torna-los protetores da cidadela

A surpresa nos olhos dos Lordes foi surpreendente, até mesmo o rei encontrava-se surpreso. Era "segredo" que havia visitado o quartel dos Mantos Dourados, e até mesmo que havia assistido com muito cuidado cada treino. Além disso, havia trocado cartas às escondidas com Daemon.

— Concordo com as palavras da princesa, Lorde Beesbury, portanto, não se preocupe.—  O rei falou olhando sua filha com um ligeiro orgulho em seus olhos.

— Eu aconselharia a Vossa Graça, a não permitir que está Triarquia tenha tanta liberdade nos Degraus, — houve uma breve pausa — se houver uma queda nas rotas de navegação, nossos portos serão desvalorizados e nossas ligações com Essos quebradas.—  a Targaryen assentiu em concordância com a fala do mais velho.

- A Coroa ouviu seu relato Lorde Corlys  e ponderará a respeito.- A voz asquerosa de Otto foi ouvida.

Corlys olhou de Otto para Viserys, claramente decepcionado com a fala proferida,desejando que seu Rei desconsiderasse a fala de sua mão. Alaerys arregalou  levemente os olhos,  internamente decepcionada, seu pai. Viserys não sabia governar propriamente em momentos de conflito. E, para que a leve tensão estabelecida fosse apagada, a questão do torneio do herdeiro foi colocada em pauta, o que Alarys fez questão de se desligar.

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Ao final da Reunião, quase todos já haviam partido, restando um Lorde Corlys pensativo e minimamente frustrado sentado em sua cadeira e a Princesa Alaerys em pé olhando a vista pela janela enquanto seus braços estavam cruzados em suas costas.

— Se a Coroa não fizer nada, se ela não prestar a devida atenção e auxílio a questão da Triarquia em Stepstones, Lorde Corlys, saiba que eu desejarei prestar a atenção e o auxílio devido. —  Corlys ergueu seu olhar para princesa, notando a diferença de tom, um tom gélido cortante, sedento pelo derramamento de sangue por fogo e lâminas.

Por breves segundos, as fofocas contadas sobre os treinos secretos e aventuras de Alaerys passaram em sua mente, a maneira como todas elas afirmavam que a princesa apenas possuía uma faceta calma e empática, quando na realidade, Alaerys Targaryen era o maior medo de corruptos traiçoeiros em Essos, suas vítimas prediletas.

No último ano, Alaerys havia sumido para além do Mar Estreito. O que houve não era exato, mas  Drakxys havia ganhado o dobro do tamanho e o nome " Terror Cobalto" passou a s3r conhecido nas principais cidades Livres. Houve um murmúrio de que o dragão deitava sob um monte afastado em Braavos, e que de algum modo, Alaerys havia sumido.

— O que seria esse auxílio e atenção? — questionou a Serpente do Mar, interessado na possível proposta.

—  Fogo e Sangue para aqueles que cruzarem meu caminho no campo de batalha. Seja na terra, nos céus ,ou no mar, o destino será o mesmo.- virou-se, ficando de frente e encarando Corlys, seus olhos violetas estavam tão frios quanto o Norte, eles encaravam o Lorde com a mesma intensidade descrita sobre os antigos Deuses Guerreiros da Velha Valíria.

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Brianna mexia em seu cabelo ondulado na intenção de fazer um penteado que consistia nas laterais de cabelo presas por dois grampos cravejados, feitos de pedras azuis claro. E  haviam duas mexas soltas no penteado.

— Você é assim desde que nos conhecemos.—  a  voz calma de sua amiga soou.

— Bonita? Inteligente? Corajosa? Especifique, são muitas características que carrego desde aquela época. —  a olhou divertida, ambas riram.

— Vaidosa. — respondeu pegando um frasco de óleo para cabelo— Sempre se arrumou muito bem, até mesmo quando você vai para seus treinos a escondidas, você está arrumada.

—É importante cuidar de si mesmo e amar a si mesmo.— falou abrindo uma caixinha dourada e retirando dali duas correntes e anéis dourados com pedras de brilhantes — Eu sei o meu valor e que não devo aceitar pouco da vida.

Pelo espelho a Targaryen observava a Hightower sorrir pequeno, notando que devia estar pensando no fim de seu relacionamento com seu pai, a maneira como ele não parecia ver seu valor. Terminou de arrumar a princesa ao colocar o par de brincos cobalto. Alaerys segurou as mãos da ruiva que até então estavam paradas em meus ombros, os puxando para que seus braços se cruzassem abaixo de seu pescoço junto à aproximação, seus olhos púrpura encontraram os olhos castanhos no espelho.

— Você, Brianna Hightower é uma das mulheres mais admiráveis que já conheci.—  começou— Você é minha melhor amiga, minha irmã, minha maior confidente. Jamais duvide do seu valor, pois mesmo que você tente, ele é inestimável. — viu os olhos castanhos brilharem levemente junto ao sorriso tímido que cresceu em seus lábios

—  Eu admiro sua coragem por ter se afastado de sua família, e estar trilhando seu próprio caminho. Eu espero que um dia, eu tenha essa mesma coragem para alcançar meus sonhos.

— Você vai fazer com que eu chore assim. — murmurou rouca acariciando a mão de sua amiga.

— Então que seja, melhor que lamenta-se por alguém que não vale nada.— respondeu tombando sua cabeça para o lado.

Elas ficaram ali aproveitando a companhia uma da outra.

Haviam três mulheres de extrema importância em sua vida, Aeema, sua mãe, Rhanyera, sua irmã e Brianna, sua irmã do coração. Assim como existiam dois homens de extrema importância para ela, Viserys, seu pai e Daemon.

Alaerys faria tudo por eles, guerrearia contra os Deuses se fosse necessário, traria as profundezas infernais para protegê-los.

— Se Otto estiver lhe incomodando, me avise, diga, e farei o que for preciso para garantir seu conforto.- Disse simples ao olha-lá, seu olhar comprovava sua fala, aquilo era um juramento.

Antes que a garota pudesse contestar a fala, uma batida soou na grande porta de seus aposentos e com sua permissão, ela foi aberta dando-nos a visão de Sir Jasper Lock.

Jasper Lock era alto, era uma muralha  de músculos. Tinha pele escura e bronzeada, olhos pequenos e negros. Havia uma cicatriz bastante brutal de queimado entre a bochecha direita e a mandíbula. Lock era o escudeiro juramentado da Alaerys, já faz três anos.

— Princesa, Lady Hightower.— fez uma reverência rígida, os raios de Sol que entravam da janela iluminavam seu cabelo castanho escuro — O príncipe Daemon, a chama para uma caminhada nos jardins. — direcionou para a loira.

Daemon finalmente havia voltado depois de meses treinando os mantos dourados. Haviam se visto após um passeio furtivo na volta do Fosso dos Dragões, faz alguns meses.

— Estou indo, Sir Lock.— respondeu ao cavaleiro, levantando-se com auxílio de Anna, ficando enfrente ao espelho.

Um vestido azul marinho cintilante revestia seu corpo, era quase um tomara que caia com um decote encruzado por linhas douradas, o mesmo padrão sendo seguido nas mangas que juntavam-se ao tecido azulado transparente em meu cotovelo. As joias douradas destacavam-se ao azul junto a sua pele leitosa.

Alaerys sorriu para a ruiva antes de ir até Sir Jasper Lock  e ambos saírem em direção aos jardins. Recordava-se do dia em que conhecerá o cavaleiro para ser seu guarda, mesmo que ela não desejasse no auge de , escolher Jasper como seu protetor havia sido uma ótima decisão. O mais velho tinha um humor ácido, que facilmente entretia a Targaryen na calada da noite junto as suas inúmeras histórias de batalhas.

Ela jamais precisou dele, pois quando todos se deram conta, Alaerys empunhava uma espada. Misericórdia ou hesitação, não eram encontradas quando empunhava uma espada e saia as escondidas por Porto Real. Sempre deixava uma trilha de corpos. O caminho havia sido silencioso com excessão do farfalhar de sua veste junto ao salto junto aos cumprimentos vindo de guardas e demais sevicias a coroa.

Ao finalmente chegar no Jardim de tons variados de verde junto a cor das flores, o sentimento ligeiro de confusão invadiu seu ser ao notar que Daemon não estava ali. Agradeceu a presença do Lock, o dispensando antes de adentrar o jardim de tons esverdeados e coloridos suave. Ela dava passos vagarosos enquanto olhava ao redor em busca dele, mas não havia nenhum sinal dele, até mesmo quando estava de costas para o grande salgueiro com folhas avermelhadas mescladas ao verde.

Alaerys estava começando a desistir. Não que ela não gostasse de Daemon, longe disso, ela amava sua companhia e sua personalidade valentemente rebelde, mas ela não gostava de esperar, a Targaryen não possuía tamanha resiliência. A platinada segurou a saia de seu vestido na intenção de sair dali, talvez um passeio com Drakxys fosse bom, ela apenas precisaria mudar seu traje novamente.

E ela teria continuado seu novo caminho, se não tivesse ouvido aquela voz.

— Achei você — sua voz rouca soou em sua orelha, extremamente próximo da jovem —, minha cara Alaerys.

Ao olhada para trás, ela o encontrou. Seu cabelo longo estava preso da mesma maneira rotineira, suas vestes eram uma mistura de preto com vermelho. Alaerys percebeu que suas vestes não eram simples, como se aquela ocasião fosse mais importante do que os outros diversos encontros que já tiveram.Um sorriso presunçoso dançava por seus lábios enquanto a observava atentamente, seus olhos violetas desceram por seu corpo, a Targaryen não ousou se mover temendo que ele parece de a admirar, de a desejar.

Foi então que os olhos violetas de ambos se encontraram.

— Como tem estado, minha princesa? — perguntou cortês ainda parado a sua frente.

— Tenho estado muito bem, obrigado por perguntar. E como tem estado, meu príncipe?- questionou de volta, seu tom tão cortes quanto o seu.

Por alguns segundos, Daemon não disse nada, ele ainda a encarava intensamente ao respirar fundo. Alaerys observou seu maxilar contrair, a maneira com uma veia de seu pescoço enrijeceu. Como ela amava provocá-lo. Ela amava o efeito que tinha sob ele.

— Tenho estado muito bem, é deveras gentil Princesa.— sua voz rouca em um volume baixo tirou-lhe um pequeno sorriso.

Alaerys não era tola, ela sabia o que ele tanto ansiava.Assim como ele sabia o que ela tanto ansiava.

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