(AMOSTRA) Valknut - o legado...

By ArethaVGuedes

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Matteo Sorrentino Bertoni parece o típico homem com vinte e poucos anos, bonito, inteligente e atlético. Apar... More

Sinopse
Prólogo
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4

Capítulo 1

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By ArethaVGuedes


Um bar de vampiros comandado por lobisomens não soava como uma boa ideia para muita gente, no entanto, para nós, era natural. Um lobo vestido de homem limpava o balcão de madeira naquele fim de tarde, antes que abríssemos as portas para os clientes. Davi Sorrentino Bertoni era dezesseis anos mais velho do que eu e tornou-se meu irmão meses antes do meu nascimento. Foi transformado contra sua vontade durante um plano de dominação de um vampiro megalomaníaco que se auto intitulava Rei e resgatado por meus pais.

Afinal, sangue nos unia. Éramos uma grande família que podia ser rastreada pela linhagem dos momentos atuais até a Roma antiga. Ao contrário do que Hollywood levava a população a acreditar, não precisávamos de lua cheia para nos transformar — apesar de ficarmos mais fortes com ela — e a mordida de um lobo não seria suficiente para criar um novo integrante para a alcatéia. Havia um pré-requisito: ser descendente da geração inicial de lobisomens, extintos por causa de um problema genético muitos séculos antes de Cristo.

Com o passar dos milênios, pessoas do mundo todo eram compatíveis. Cerca de um por cento da população. Considerando que eles fizeram parte da fundação de Roma e o mundo se globalizou, em algumas esquinas podia haver um descendente italiano com o gene certo. Era possível reconhecê-los pelo delicioso aroma emitido por seu sangue. Apesar de tentador, precisávamos resistir.

Os vampiros podiam se alimentar dos humanos sem muitas consequências, mas a mordida de um lobo tinha um potencial devastador. Transformava, se tivesse o DNA certo ou podia matar, dependendo da extensão do dano. Por isso, a nossa caça se restringia aos animais ou sangue fornecido por vampiros, mas nunca humanos.

Este era o motivo também para eu querer entrar para a equipe do Reich. Humanos descendentes de italianos não eram os únicos com um aroma que nos dava água na boca. Vampiros também podiam nos levar a um frenesi e, ter a liberdade de perseguir os que saíam da linha, sem quebrar o tratado de paz com a outra raça de sobrenaturais, era algo que almejava há décadas.

— Você já sabia? — Comecei a ajeitar as cadeiras, tirando-as de cima das mesas.

Davi parou o que estava fazendo e jogou o pano por cima do ombro. Ele levantou uma sobrancelha e passou a mão por seus cabelos negros, evidenciando os músculos de seus braços. Parte do nosso poder se refletia no corpo, passar pela adolescência com sangue de lobo correndo nas veias teve as suas vantagens. Nos tornou naturalmente altos e definidos, mesmo que não precisasse passar horas na academia.

— Do plano de aproveitar a viagem dos nossos pais para a gente sair em uma missão? — Serviu duas doses de tequila vermelha batizada e me passou uma. — Ouvi uma conversa do vô sem querer.

Petrus Bertoni era o braço direito de Heinz, o vampiro chefe do Reich. Ele veio da Itália para o Brasil em busca do filho, um mestiço metade humano e metade vampiro que entrou em um navio durante uma noite fatídica. Séculos se passaram antes do esperado reencontro e não foram abraços e lágrimas no começo.

Luca, o meu pai, não era mais o mesmo, se transformou no alfa da nossa alcateia sendo, assim como eu, um híbrido entre lobo e vampiro. Sendo que na nossa linhagem, o lobo se sobressaía. Exceto por noites de lua nova, em que o lado lobisomem se silenciava. Nestas noites, mamãe e Davi se tornavam indefesos quase como humanos.

Desde que a família foi reunida, antes de eu nascer, vovô se dividia entre o nosso bar e o clube Reich, que ficava em Monte Carlo, uma cidade próxima. Como lobos, era um percurso rápido de algumas horas, de carro seria um dia inteiro de viagem.

— Não pensou em me contar?

— Fui embora antes que eles percebessem a minha presença. Quando a gente parte?

Davi puxou uma cadeira para se sentar, eu o acompanhei. Iríamos de avião particular durante o dia, quando o nosso interior não tinha vontade de romper a pele e correr pela floresta.

— Cedo.

— Vamos trabalhar, então.

*****

Música antiga de mil novecentos e setenta até as três primeiras décadas dos anos dois mil tocavam nos alto falantes. O nosso público não curtia nada atual, estando vivos há tanto tempo, ainda não tinham se desapegado do passado. Sendo sincero, de tanto ouvir aquele tipo de repertório, eu também era assim.

Vampiros dançavam livremente, pedindo doses de bebidas misturadas ao sangue doado por livre e espontânea vontade. Nossos garçons e garçonetes eram humanos e sabiam de sua clientela sobrenatural. Muitos sonhavam em se tornar uma delas, mas todos sabiam que o pescoço dos funcionários estava fora do cardápio.

Sentado na área VIP, de onde podia ver o salão, espalhei algumas reportagens que imprimi — jornal impresso foi abolido anos atrás — e tentei encontrar o padrão. Marquei os pontos dos assassinatos no mapa, tentando achar uma forma geométrica ou algo do tipo que os ligasse. Nenhum funcionava bem.

Unhas longas e pintadas de vermelho arranharam a pele exposta pelo colarinho da minha camisa.

— Matteo, Matteo... o que faz aqui escondido? — A vampira colocou o cálice em cima da papelada e puxou minha cadeira para trás sem dificuldade alguma, sentando-se no meu colo e envolvendo a minha nuca com suas mãos. — Estou tão entediada hoje.

Deslizei o indicador por seu decote profundo que ia até o umbigo, expondo a pele alva imaculada.

— Você, entediada? Não consigo imaginar.

Ela fez um som de muxoxo e beijou o meu pescoço, as presas raspando de leve a minha pele sem romper. Muitos vampiros vinham pelas bebidas, mas a maioria gostava de conhecer a única família lobisomem viva. E outras, como Loreta, eram boas para se divertir. Inspirei fundo o aroma de sua excitação quando ela lambeu os lábios vermelhos e fez as presas alongarem, os olhos castanhos se acenderam em um tom iridescente de mel. Jogou os longos cachos para trás, expondo o pescoço — um ponto vulnerável — como sinal de submissão.

A pele ondulou, o lobo adorando a proposta dela. Eu passaria dias em uma selva de pedra, certo? Seria prudente libertar o animal antes de entrar em uma investigação.

— Consegue correr na floresta com esses saltos altos? Não quero uma presa fácil.

Ao invés de responder, ela se levantou e em um piscar de olhos estava na porta de saída do bar.

— Venha me pegar, lobão.

Tomei o meu tempo, queria lhe dar alguma vantagem. Coloquei o material em uma pasta e o entreguei ao meu irmão antes de segui-la. Primeiro, precisaria dar o show que a clientela estava louca para ver. Sabendo o que eu pretendia, Davi mudou o repertório para Born to be wild, do Steppenwolf, a música favorita dos nossos pais. Tendo nascido lobo, era de se esperar que quatro décadas de transformações tivessem me deixado acostumado, porém, abdicar da forma humana, ter os ossos remodelados e mudar para um animal ainda doía.

Era, no entanto, uma dor bem vinda. Aqueles segundos eram um momento de vulnerabilidade, onde estaria mais desprotegido diante de um ataque. Fazer na frente de um grupo de vampiros sempre soou como um desafio. Venham, sanguessugas! Tentem a sorte e vejam o que acontece.

Joguei a cabeça para trás, o rosto transformado em focinho, a garganta reverberando um uivo longo. Dedos retorceram e alongaram virando garras, o pelo branco e preto cobriu a minha pele. Quando criança, minha mãe dizia que eu parecia um husky siberiano, no entanto, a versão lobo adulto se assemelhava mais a um enorme malamute do Alasca, uma raça de cachorro que já era grande, porém, com dentes muito mais proeminentes. Olhos brilhantes de variadas cores me encaravam e o cheiro de vampiro me fez rosnar para a plateia, mas eu tinha uma presa a caçar.

Avancei pela porta vai-e-vém do bar e fui brindado pela luz da lua. Não estava cheia, mas ainda me conferia uma força extra. Uma farejada no ar noturno e eu sabia a direção em que Loreta havia fugido. Centro da cidade e não a floresta, onde eu teria mais vantagem. Esperta. Não adiantaria muito, entretanto. Aquela era a minha área.

Reverti uma etapa da transformação, ficando humanoide. Boa parte de mim ainda era lobo, mas conseguia ficar sobre os dois pés e tinha polegares opositores. Sem dificuldade, escalei a lateral do bar para alcançar o telhado. Dez casas depois, encontrei os saltos altos e a calcinha jogados de qualquer jeito. Inspirei mais fundo. Loreta estava inspirada naquela brincadeira de esconde-esconde! Me distraiu com o aroma de sua excitação e foi para o outro lado. Havia uma vampira descalça e seminua para encontrar.

Aquela podia ser minha área, mas Loreta sabia o que estava fazendo. Frequentadora assídua do The Wolf, aprendeu alguns truques e não demorou para que eu compreendesse a escolha de sua trajetória. Um bairro residencial com uma família de imigrantes italianos. O lobo gostou daquilo. O aroma doce e tentador daquelas vidas inocentes fustigou o meu olfato. Eles tinham cheiro de lar e família, da promessa de mais vida. De uma alcateia adormecida implorando para despertar.

Era tão forte que perdi o controle e, com um longo uivo, voltei às quatro patas. Os cachorros da vizinha latiram em resposta e eu chacoalhei a cabeça, tentando colocar o raciocínio à frente do instinto. Os humanos não deveriam ser perturbados, aquela era a regra de ouro.

Impulsionei com as patas, saltando de um telhado ao outro em busca da presa, e ali, perto de uma praça, eu a senti. Breve e suave, Loreta devia ter passado em velocidade máxima, mas foi o suficiente. Uma vez que tinha o seu rastro, não iria perder com facilidade. A cada rua, ficava mais fácil de localizá-la. Sangue fresco fez as minhas veias vibrarem em resposta. Não precisei olhar para a poça de água no chão para saber que meus olhos estariam de um azul iridescente, que me marcava como um sobrenatural, caso o tamanho, força e agilidade não fossem indicativo o suficiente.

Uma casa de dois andares no final da rua não parecia ser muito diferente das outras, exceto pelas poucas janelas fechadas firmemente com madeira. Os humanos não costumavam sentir a necessidade de bloquear a luz externa. Menos uma larga, nos fundos, por onde uma luz amarelada de velas saía. Em um salto, invadi a residência. As patas clicaram no piso de madeira, nem sabia que ainda tinham lares assim por ali. Era antigo, mas bem cuidado. Longe de ser abandonada, algumas modernidades podiam ser vistas pelos cantos, televisão, notebook, cozinha completa...

Na sala, uma mulher seminua estava deitada em cima de um tapete felpudo preto. Castiçais de aparência secular foram dispostos ao seu redor e ela destampou uma garrafa, enchendo a taça de cristal que levava em mãos, com um líquido carmim encorpado. Minhas garras fincaram na madeira e eu perdi o controle ao vê-la derramar sangue especial — italiano — no próprio decote.

Como tinha conseguido aquilo?

Ataquei, caindo em cima dela quase como um homem, mas ainda tinha muito de lobo em mim. Lambi cada gota que tinha se espalhado em sua pele. As unhas, ainda sem retrair por completo, cravaram em seus ombros. Loreta se agarrou a mim, puxando-me para mais perto. Seu vestido se desfez em nosso frenesi. A língua grossa deixou os mamilos duros e abocanhei o seio, mais sangue — dessa vez vindo de suas veias — jorrou em minha garganta.

Se fosse humana, jamais poderia tomá-la sem ter voltado ao normal por completo. Precisaria me controlar. Mas Loreta gostava de selvageria e se curava em uma fração de segundo.

— Vou te comer toda! — minha voz saiu gutural até para os meus ouvidos e eu não estava falando apenas no sentido figurado.

Ela se abriu para mim e eu ainda estava no fim da transformação para humano quando a penetrei. Indo fundo, de uma vez, como Loreta gostava. A mulher gritou e puxou os meus cabelos para cima, para que pudesse alcançar o meu pescoço. Havia uma outra vantagem em transar com uma vampira. A sua mordida era mais prazerosa do que qualquer coisa que experimentei na vida. Capaz de proporcionar um orgasmo por conta própria. Com a droga de suas presas circulando por meu corpo, eu a fodi sem parar a noite toda.

________

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