OUTSIDER

By Thsiol

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A jovem Lauren está prestes a ir presa, quando uma mulher mais velha e com excelentes condições lhe faz uma p... More

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By Thsiol

É capítulo que cês querem? Então tomem.

Tive preguiça de revisar.

Qualquer erro, enfiem no cy ❤️

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POV CAMILA CABELLO

Tudo o que eu queria e precisava, era de uma água quente na minha hidromassagem na companhia da minha menina, para relaxar as horas sentadas ouvindo e processando tudo o que meu orientador do grupo de apoio havia me falado. Meu telefonema havia sido um desabafo logo pela manhã. Richard, um anjo em forma de senhor era uma alma enviada para acalentar nossos corações através de palavras doces, sem julgamentos ou qualquer tipo de pressão.

Como médico, ele compreendeu o meu desejo descomunal por algumas pílulas. Estava num hospital onde poderia de certo modo ter um fácil acesso àquilo que meu corpo desejava. 

Eu me sentia um lixo, uma fraca.

Mas ele me disse que era eu forte, assim como eu ouvi dos lábios da minha pequena na noite anterior.

Como eu precisava chegar em casa e me afundar no abrigo que eram seus braços. Lauren era uma tola por achar que eu a havia salvado. Ela fazia isso por mim todos os dias e sequer tinha ideia disso.

Eu dirigia pelas avenidas, relembrando o momento da primeira vez que a vi. Estava próxima do local, então aquilo me despertou um sentimento no qual não soube nomear. O sinal fechou e eu olhei em direção para rua próxima ao beco sem saída onde nos conhecemos. Eu sorri sozinha, sentindo meu coração disparar, no entanto de repente meu riso morreu e meu peito apertou. Cravei as unhas no volante e respirei fundo. Era só me manter calma e a vontade iria embora.

Pense em algo que te faça feliz. Ouço a voz de Richard em minha cabeça.

Henry e Lauren.

Como eu precisava sentir o cheiro do meu filho e os braços da minha mulher agora.

Minhas mãos tremeram. Fechei os olhos. A buzina do carro atrás de mim fez com que eu me assustasse. Era um aviso que o sinal estava aberto. Acelerei.

Eu iria chegar em casa limpa.

Eu precisava chegar em casa limpa.

Meu celular, conectado do painel do carro tocou. Com cuidado olhei na direção. Não podia parar o carro no meio da avenida movimentada.

No entanto, ler o nome Normani, num dia de semana e num horário que era certo onde ela estava fez meu estômago embrulhar.

Joguei o carro pra calçada mais próxima e freei bruscamente. Eu não queria atender aquela merda. Toda aquela sensação não era minha dependencia, e sim a porra de um aviso.

Atendi diretamente no viva voz. Ela não falou nada.

— Diga de uma vez, Delegada Hamilton. — fui social devido ao horário, mesmo que naquele instante tudo o que eu precisasse era da minha amiga.

Você precisa vir aqui. O seu carro foi achado numa cidade vizinha. É urgente.

Meu ventre gelou. Deitei a cabeça no volante e quis chorar, mas sequer tinha tempo. Maldita vida de adulto.

A Lauren precisa de você.

Quando ela completou, eu não sei de onde tirei forças para acelerar e dirigir, rumo a delegacia.

•• Pov Off ••

Eu estava de cabeça baixa quando ela chegou. O ecoar de seus saltos naquele chão de madeira não omitiam o fato do desespero que ela carregava em seu coração. O perfume adocicado veio ao meu olfato e eu não me atrevi a olhá-la. Vergonha era tudo o que sentia.

Não me sentia digna de sequer olhar em seus olhos.

Eu havia estragado tudo e com certeza decepção e ódio era um eufemismo ao que ela sentia ao me ver sentada ali. Ferida e algemada como um cão feroz que nunca poderia ser domado.

Um caso perdido.

Uma solitária.

Uma completa esquisita que jamais se encaixaria em porra de lugar algum, por mais que tentasse.

Prazer, a fodida Lauren Jauregui. De volta as ruas e novamente carimbada com o termo outsider, e uma ficha criminal inafiançável por porte ilegal de drogas.

— O que aconteceu?

Ela perguntou parada a minha frente. Não ousei responder. Não tinha voz nem coragem para tal. Sua voz era aveludada e ainda sim carregava autoridade. Ela precisava saber e a interrogação no fim da sua frase não fazia questão de esconder isso.

— Num momento eu acho que minha vida está tranquila e no outro ligam dizendo que a minha namorada está numa delegacia. — percebi de canto de olho que ela cruzou os braços enquanto falava. — E agora tudo o que recebo é a porra de um silêncio?

Ouvi Normani respirar fundo e se levantar.

— Senhora Cabello, num momento essa situação tem uma magnitude complexa e complicada, eu gostaria de-

— Um minuto, delegada Hamilton. — Camila a cortou. Um passo foi dado na minha direção. — Com todo respeito que tenho por seu cargo peço desculpas mas a pergunta não foi dirigida a você.

Um silêncio desconfortável tomou conta do ambiente. Aquilo dizia muita coisa. A pergunta havia sido dirigida a mim. Era a minha resposta que ela esperava. A resposta que não viria.

As unhas pintadas de vermelho sangue vieram em minha direção. Camila com a ponta dos seus dedos ergueu meu rosto e tirou meu cabelo da face. Suas pupilas dilataram e suas sobrancelhas me fitaram de forma curiosa. Meus olhos eram obrigados a encarar o seus. Seus lábios tremeram e ela fechou suas pálpebras por segundos para conter um choro.

— O que foi isso? — ela ainda segurava em meu rosto, no entanto agora pergunta havia sido dirigida a delegada e seus policiais.

A delegada se manteve em silêncio, mas sustentou o olhar para os policiais que me deteram. Eu sabia que eu estava com uma marca avermelhada na maçã do rosto por conta da abordagem, e dentro da viatura, algemada e presa, havia sido tratada como tal. Uma delinquente, uma marginal que não tinha direito algum a não ser o de apanhar calada.

— Eu não vim aqui encontrar a minha mulher ferida como um animal. — ergueu as mangas do meu moletom. — Com suas algemas tão apertadas que as juntas do pulso estão roxas. — seus olhos queimaram ao olhar o policial Philip. — Ela ofereceu alguma resistência na sua abordagem?

O homem alto, negro e de corpo atlético trincou o maxilar.

— A situação era complicada pois-

— Vou reformular minha pergunta para que me entenda melhor, agente Philip. — ela o interrompeu, pontuando sua frase numa gesticulação com os dedos. — Houve algum tipo de resistência ou violência desta jovem na hora da abordagem? Caso não, não existem razões ao meu ver para isso. — "isso" a que ela se referia, eram todas as marcas que meu corpo carregava.

O homem negou, mas não baixou a cabeça para Camila.

— Escute senhora, nós não vamos a sua casa sugerir como você governa seu lar. — o homem respondeu, fazendo com que as narinas de Camila se abrirem. — Então peço que por gentileza-

— Oh, então agora você sabe usar a gentileza a seu favor? — ela o cortou rispidamente, finalizando sua pergunta com uma risada seca. — Definitivamente, não. Me de licença pois quem falará sou eu. Essa jovem poderia ter cometido qualquer coisa, absolutamente qualquer coisa, mas o corpo dela não é prioridade da polícia e do Estado para fazerem o que bem entendem. Ela tem direitos, e o seu dever de homem da lei acaba quando o direito dela de não apanhar começa. O trabalho de vocês é trazer a segurança, não usar a força bruta para oprimir, ainda mais quando se trata de uma mulher que além de não ter oferecido risco algum a abordagem violenta de vocês, é incontestavelmente menor. — Camila respirou fundo. Estava vermelha como uma pimenta ardente, prestes a queimar dentro daquela sala. — Delegada Hamilton, eu o quero fora desta sala enquanto tratamos desse assunto.

— Você não pode fazer isso, quem pensa que é? — o agente ergueu o tom de voz, no entanto ela não se intimidou. — Eu sou um dos policiais desta delegacia.

— Eu o quero fora. — Camila se virou, estapeando as mãos na mesa da delegada. — Minha vinda até aqui é para resolver de vez essa situação e eu não quero esse homem perto da Lauren. Essa tua farda não me diz porra alguma enquanto suas mãos estão sujas de sangue.

Ainda com as mãos na mesa, ela olhou para trás na direção do policial. O homem lançou fogo com o olhar, imaginando o momento em que Normani o defenderia, no entanto isso não aconteceu. O agente Philip saiu marchando da sala, com os pés pesados e batendo a porta como um ogro.

A minha mulher baixou a cabeça e percebi pelo movimento dos seus ombros que ela respirava fundo. Dinah se aproximou com um copo de água, que Camila tratou de tomar com rapidez antes de se virar e olhar para mim. Eu nada disse, então seus olhos balançaram para o canto onde Verônica estava. Muda, calada e cabisbaixa, com a marca do meu tênis bem no meio de sua camisa branca. Como ela merecia algumas costelas quebradas.

— Dirigindo em alta velocidade? É uma multa? Alguém além delas se feriram?  Algum tipo de racha? — ela buscava resposta. — Quanto é a fiança dessa vez? Eu não quero ter que ficar muito tempo nessa delegacia. Estou cansada disso.

— Senhora Cabello. — Dinah a chamou. A loira fardada mantinha a pose profissional dentro daquela delegacia. Minha mulher interrompeu sua fala e encarou a amiga da juventude que negou todas aquelas perguntas. — Sinto lhe informar, mas a situação não é tão simples quanto parece.

Camila cruzou os braços e soltou um riso nervoso.

— Como assim "não é tão simples"? — apontou para mim. — É da Lauren quem estamos falando e da amiga dela. Vocês falaram que meu carro foi achado numa cidade vizinha e o que pode ser tão complicado que não há forma de ser resolvido o quanto antes?

A delegada me olhou. Tinha decepção em seu olhar também. Conversávamos em silêncio trocando olhares, e com isso eu pedi para que ela falasse de uma vez por todas em que merda fodida eu havia me metido.

— Drogas, senhora Cabello. 

Normani parecia desengasgar com dificuldade a frase.

— O assunto agora não é uma simples multa de trânsito porque alguma das duas estava dirigindo embriagada, ou jovens apostando numa corrida numa avenida movimentada. — era notório o quão doloroso era para ela ter que falar aquilo para sua amiga. — O assunto dessa vez é sério. Drogas foram encontradas. O suficiente para dopar metade de um campus universitário.

Camila cruzou os braços e riu outra vez. Quem a conhecia, sabia que não era um riso tranquilo, descontraído e feliz. Era nervosismo. Por dentro eu sabia como aquela informação havia sido um punhal em suas costas.

— Como assim? — mordeu os lábios com força e olhou pra mim. Suas mãos tremeram, então ela as escondeu ao cruzar o braço. — Como assim drogas, Lauren? O que você… — respirou fundo. — Por favor, me diga que há algum tipo de mal entendido nisso tudo pois eu não quero acreditar nesse absurdo. Drogas ilegais e você? É algo que não se encaixa na minha cabeça, então é melhor você olhar nos meus olhos e dizer que a doutora Hamilton está errada de alguma forma e que você está aqui por engano.

— Camila. — foi tudo o que eu consegui pronunciar. Seu nome. Minha palavra favorita. Fechei os olhos, trêmula. Eu não podia mentir. — Eu sinto muito.

Ela se virou de costas. Seus ombros se moveram de forma tensa. Quando ela se virou, o olhar não era mais doce.

— Me conte tudo. O que aconteceu? Eu preciso saber com riqueza de detalhes como eu deixei a Lauren em casa, segura e tranquila e ela apareceu aqui nessa delegacia com um carimbo de traficante no meio da porra da testa. — sua voz era alta e seu tom desesperado, recheado em angústia.

— A situação é complicada até para nós. — a loira respirou fundo e começou a explicar. Eu precisava entender também. — Estamos há meses rastreando um prédio na cidade vizinha e foi uma surpresa encontrar Lauren no meio disso tudo.

— Não. — ela negou, apontando pra mim. — Há algum engano. Lauren jamais faria isso. Eu a conheço bem e afirmo que minha menina não sujaria as mãos com algo assim. Tem que haver outra resposta e eu as quero agora.

Sua fala foi cortada por uma risada irônica vinda do outro canto da sala. Verônica. Os olhares viraram em sua direção e ela prendia o restante do riso entre os lábios.

A minha mulher arqueou a sobrancelha e cruzou os braços. Caminhou a sua frente e parou, olhando-a por segundos lentos até que a mesma perdesse a risada.

— Estamos em algum bar? Não. Portanto, não vejo razões para que esteja mostrando seus dentes como uma égua, pois a porra do assunto nesse momento é sério e envolve o teu nome também. Está se divertindo? — olhou em volta, para as amigas. — Elas parecem estar se divertindo? Alguém no caralho dessa sala parece estar tendo um dia feliz? Se para você isso é algum tipo de gozação, guarde-a, engula ou enfie onde bem entender. O assunto é sério, Verônica. E você vai me contar cada vírgula do porque a minha namorada estava na sua companhia num momento em que tudo aconteceu.

Verônica cerrou seus olhos e cruzou os braços de forma estranha por conta das algemas. Ela não desceria do salto por Camila nem por autoridade alguma.

— Acha que eu te devo alguma satisfação? — sussurrou, desafiadora. — Oh, "dona Camila", seu dinheiro e seu suposto poder nunca me intimidaram em porra alguma então abaixa sua bola pois dentro dessa sala você é um mero nada. Quer respostas? — apontou com o queixo para minha direção. — Sua resposta está naquele par de olhos verdes que estão se fazendo de coitados para ter o mínimo de condolências da sua parte. Eu não lhe devo nada. Só respondo na presença de um advogado.

Num momento em que Camila lhe responderia, a porta se abriu revelando Ally e Lucy. Minha amiga me abraçou, me confortando com aqueles braços delicados enquanto a outra loira fazia o mesmo com Verônica.

Naquele momento eu tive certeza que se elas não chegassem, algo ruim entre Camila e Verônica aconteceria.

— Não acho que seja uma boa hora para visitinha entre amigas, doutora Hamilton. — Camila disse, observando a situação dos abraços. — Há muito o que se resolver e essas crianças aqui definitivamente não serão de boa ajuda.

— Eu estou apoiando as minhas amigas. — Lucy cortou nosso abraço para retrucar Camila. — Não é apenas você quem está com o coração na mão não, senhora. A quanto tempo você conhece Lauren? Meses? Oh, durante esse tempo acompanhou de perto o que ela passou? A resposta é não. Chegou agora e quer privilégios? Vamos ficar aqui, goste ou não. Vá embora você se minha presença incomoda.

Camila colocou a mão na cintura e olhou Lucy de cima a baixo, negando para si mesma.

— Com amizades feitas a sua não é difícil imaginar que por bons lençóis ela não tenha passado. — deu um passo à frente. — E o obrigado pelo termo senhora, mostra que o mínimo de respeito ainda existe por baixo dessa cabeça com zero perspectiva de futuro. E independente do tempo, a Lauren é a minha companheira e eu estou e vou permanecer aqui.

— Vai te foder! — Lucy falou em alto tom, e olhou em em volta. — Você não é ninguém para falar assim comigo, Camila. Acha que só porque seu bolso está carregado de dinheiro pode abrir a boca e falar o que quiser? Que só porque "namora" a Lauren vai fazer nós que somos suas amigas ouvir tudo calada?

— Não entendi as aspas na sua fala recheada de arrogância, menina. — Camila pontuou e eu também não havia entendido a razão por Lucy ter usado aquele tom. — Lhe incomoda o fato de Lauren e eu termos entrado num relacionamento? Coisa que você e seu ego frágil e egoísta é capaz de ter?

— Relacionamento. — a loira riu e apertou os próprios cabelos. — Fala sério, dona. Você como uma mulher vivida vai tapar os olhos para viver nessa ilusão de menina iludida? A única coisa que você oferece a Lauren, é o dinheiro. De otária ela só tem a cara mesmo e com certeza você é a segunda por ter caído no papo. É apenas o seu dinheiro, o seu conforto e a sua segurança que as une.

Camila perdeu a pose. Era claro para mim que em em tão pouco tempo sabia reconhecer um xeque-mate que não fora dado por ela. A minha mulher me olhou de lado, com o peito subindo numa longa respiração. Eu queria olhar ela nos olhos e dizer que aquilo tudo era fruto de uma imaginação irreal da cabeça de Lucy, no entanto tudo o que eu desejava era levantar daquela cadeira e partir seu nariz em dois. Ela não era ninguém para falar aquilo.

— Lamento que isso te choque tanto, mas-

— Lucia, cala a boca. — eu rosnei. Mesmo algemada eu ainda tinha forças para acabar com ela. — Se você não tem nada de bom pra acrescentar pode se levantar e ir embora daqui. Não preciso da sua ajuda pra piorar as coisas.

— Meninas… — Ally tentou intervir, mas foi cortada por Lucy.

— Piorar? — a loira gritou. — Porra, Lauren, está falando sério? Eu vim aqui apoiar porque eu estou preocupada. Olhe como sua "namorada" está tratando suas amigas e você ainda acha que devemos engolir calada a soberba dessa-

— Espero que complete essa frase com o mínimo de respeito, Lucia. — Camila deu um passo à frente. Sua face estava tão colada a da loira que eu tinha medo que aquela tensão se tornasse em algo onde fios de cabelo se enrolassem. — Se em sua roda de amigos desocupados o costume de usar termos pejorativos é comum, eu sinto muito por vocês, mas comigo é no mínimo senhora.

As pupilas de Lucy se abriram como um portal. Portal dominado por ódio, rancor, despeito e cada humilhação em forma de palavra que Camila havia feito ela passar.

— Não vale a pena discutir com essa vadia rica, Lucy. — ainda de cabeça baixa, a morena falou. Ouvi-la se referir daquela forma…

Não. Definitivamente.

Me levantei, com o sangue quente. Minhas mãos estavam limitadas, no entanto meus pés estavam livres como dois pássaros no céu pronto para golpear a face de alguém. E foi o que eu fiz. No primeiro impacto, meu tênis acerta com mira e pressiona o nariz de Verônica, que escorre um fio de sangue instantaneamente.

Eu tentei dar o segundo, mas as mãos de Dinah me seguraram por trás e me jogaram contra a parede. Ela também não parecia estar para brincadeira. A loira policial era mais forte do que aparentava ser, pois conseguiu me imobilizar numa rapidez invejável.

— Quer foder sua situação ou quer me ajudar a te ajudar, caralho? — sussurrou. — Você acabou de ferir uma pessoa dentro de uma delegacia. Sabe as consequências disso? Nem tudo pode ser resolvido na base da violência então controle sua fúria ou o próximo hematoma na sua cara vai ser causado por mim, nem que seja pra te controlar.

— Por mim eu matava. — falei em alto tom. A delegada ajudava Verônica a secar o ferimento no nariz. — Eu iria pra cadeia com gosto, acusada por todo e qualquer homicídio. Antes isso do que ser presa por algo que definitivamente não fiz.

— Minha menina. — Camila entrou entre Dinah e eu acariciou meu rosto. Meus lábios tremiam e haviam lágrimas de ódio escorrendo por minhas bochechas. Não queria aparentar estar frágil, mas sua atitude me desmontava inteira. — Não é assim que resolvemos as coisas. Eu estou aqui para cuidar de você. Tudo bem? — assenti, mesmo trêmula. — Eu estou aqui. Foque em mim e não ligue para elas.

— Que lindo! — do outro lado, Lucy aplaudiu. — A porra da justiça nesse país é uma piada. A liberdade é comprada por quem tem cacife para tal. A Lucy vai mofar na cadeia enquanto Lauren vai gozar dos privilégios só pela tia rica estar abrindo as pernas pra ela.

Os saltos de Camila foram rápidos e altos em avançar para cima de Lucy. Num momento ela estava próxima de mim, e no outro segurava a loira pelo pescoço, pressionando seu corpo contra a mesa da delegada enquanto em vão tentava ser contida por Dinah e por Normani.

— Você quer que eu lhe mostre como funciona o dinheiro nesse país? Não me subestime, Lucia. Eu acabo com você dentro dessa sala se ousar abrir sua boca outra vez e não haverá ninguém para arrancar minhas mãos da sua cara se você se referir a minha relação e de Lauren novamente como uma troca de serviços sexuais. — ela não a enforcava, apenas usava a ponta dos dedos para intimidar e deixar uma pequena marca. — Eu saio hoje mesmo com qualquer fiança que a justiça determine, mas eu acabo contigo, então cala a merda dessa tua boca.

— Parem! Apenas parem, sejam criaturas evolutivas e racionais que sabem pensar e ficar no real problema. — então Ally finalmente se cansou daquele circo que havia se formado, entrando no meio das duas. — Olha a situação em que estamos. Há duas jovens detidas por por porte ilegal de drogas e vocês estão querendo disputar quem tem mais poder ou não? Não vão ajudar ninguém, não vão construir nada assim. 

— Não quero construir nada. O que quero é destruir. — gritei. — Porque você não abre sua maldita boca fodida para dizer que eu não tenho uma digital sequer nas merdas que você traficava, Verônica? É a porra do seu lema de amizade? Você vai, e eu vou também?

— Não tenho amigos, Lauren. — nesse momento todas as meninas olharam para ela. — Vocês são amigas, o fato de eu andar em bando não significa que eu pertença a um grupo. Eu sou a minha própria amiga.

— Desde quando essa merda, Verônica? — Lucy, a mais abalada ao ouvir aquilo quis saber. Riu com secura. — Então agora é assim? Você virou alguém que não tem ninguém.

— Contar com você? — Verônica então sorriu. — Eu entreguei os únicos sentimentos que eu tinha a você e o que fez com eles? Socou tudo na primeira boceta que viu na esquina.

— Não quero começar com isso outra vez. — Lucy fechou os olhos e se afastou, respirando fundo. O assunto sempre voltava àquilo. — Senão o outro lado do seu nariz quem vai fazer escorrer sou eu.

— Delegada Hamilton, eu quero ficar com a Lauren sozinha num momento.

— Agora ela vai começar a usar o poder aquisitivo para os privilégios. — a loira sussurrou. — Ally está certa. Isso virou a porra de um circo. Só entra quem pode pagar mais pelo espetáculo.

— Sua tentativa frustrada de me punir por eu ter conquistado o que eu tenho, não me afeta. Eu não ligo para o que vocês pensam sobre mim, sobre o que acham. Eu ligo para Lauren. Me preocupo para ela e pelas amizades que ela tem escolhido. — se virou para Ally. — Ela é amiga. Vocês são só um bando de vampiras emocionais que andavam em companhia dela. Isso não vai durar por muito tempo. Não se depender de mim.

— Tá falando sério? — Lucy rosnou, mas isso não afetou Camila. — Você realmente está falando sério em achar que vai me afastar, afastar Verônica ou quem bem entender da Lauren? Você é uma mulher baixa, Camila. Não tem o menor direito de fazer uma merda dessas.

— A partir do momento que as amizades dela só servem para fazê-la passar por situações degradantes, eu posso e vou protegê-la de gente como vocês. — respirou fundo e se afastou. — Lauren tem um futuro grande pela frente e nunca percebeu isso por andar com más influências, no entanto eu estou aqui para dar o que ela quiser.

— Escuta aqui, senhora. — Lucy apontou o dedo na cara de Camila, usando o "senhora" em tom irônico. — Você acha que vai chegar assim, mandando e desmandando em quem a Lauren anda ou deixa de andar? Enfia todo esse papo elitista no meio das suas pernas e esquece você da existência dela. Está destruindo toda a identidade da nossa garota.

— Estar ao lado de alguém não significa apoiar essa pessoa ou plantar com ela frutos bons. O que você carrega por Lauren é amizade de bar, onde todo mundo é amigo e feliz quando tudo está bem. E eu não me importo com o tempo, Lucy. Não dou a mínima se conheço Lauren há dois meses ou dois dias. Ela é a mulher que eu amo e sendo assim eu vou protegê-la de pessoas como vocês duas. — foi quando ela segurou no pulso da minha amiga e a puxou para perto. — E tira esse dedo da minha cara, caso contrário eu pago com gosto uma fiança recheada pois repito; não vai haver policia, delegada ou promotor de justiça que vai me tirar de cima de você.

Meu coração acelerou ao ouvir aquilo. Não a última frase carregada de ira e ordens que saíram da boca de Camila.

Ela havia dito. Simplesmente abriu a boca e falou na frente de todos os seus sentimentos por mim.

Camila me amava. Assim como eu a amava também.

— Quer saber? — Lucy olhou para mim e para Verônica. — Eu não tô nem aí. Minha parte eu fiz. Vocês que se fodam, e Lauren, não diga que não foi avisada quando essa porra que você decidiu se envolver começar a cobrar de uma forma que nem a cama pode pagar.

Encerrando um ciclo duplo de amizade, Lucy foi embora marchando daquela delegacia. Eu me sentia uma completa cega, vendo pela primeira vez as máscaras ao meu redor caindo. Verônica nunca havia sido amiga de ninguém. Escondeu por anos uma vida dupla e infeliz e no fim das contas me arrastou.

Lucy, no fim das contas só provou como Camila estava acerta.

Eu era estúpida demais.

No entanto, ainda havia Ally. Minha pequena grande irmã que a vida me deu. Ela eu sabia que poderia contar, mesmo que parte do meu coração gritasse que ela estava surpresa e decepcionada por eu ter sido presa em flagrante por tráfico.

— Minha cabeça está explodindo e eu não compreendo porque achei que seria uma boa ideia manter Lauren e a Verônica na mesma sala. — A delegada massageava sua própria cabeça. — Por favor, agente Dinah leve Verônica para outra sala e esperaremos um advogado ou defensor público como ela tem direito. Ainda precisamos do depoimento do Mark, então definitivamente preciso de energia para terminar o dia hoje.

Dinah ficou no meio, criando um misto de paz para Verônica e eu não nos atacarmos enquanto ela era movida de sala. Em seguida, tirou as algemas dos meus pulsos, visto que eu não oferecia nenhum perigo e tampouco resistência. 

Antes de sair, Normani olhou para a velha amiga e assentiu, num acordo silencioso de que deixaria nós duas conversar. Isso me alegrava e me amedrontava ao mesmo tempo.

Camila baixou as cortinas para termos privacidade e deu alguns passos em volta de mim. Respirou fundo algumas vezes, realizando seus exercícios para se acalmar. Precisamos ter aquela conversa.

Eu precisava dar um fim a todo aquele tormento.

— Me desculpa.

Num momento em que minha frase saiu, Camila me respondeu com um silêncio duvidoso. Suas mãos arrastaram a cadeira para perto de mim e aqueles olhos castanhos me fitaram como se naquele instante pudessem me ler de alguma forma.

— Eu quero entender.

— A Normani já explicou, acho que está claro que eu errei e-

— Não. — ela me interrompeu. Seus olhos brilhantes se conectaram aos meus. Camila respirou fundo e segurou em minhas mãos, parando para olhar se pequenas marcas vermelhas causadas pela algema. — Eu quero ouvir de você, amor. O que aconteceu?

Respirei fundo. Meu peito tremia como se eu fosse cair, ali mesmo no chão frio daquela sala. 

— Verônica havia me ligado por conta de uma dívida que ela e eu tínhamos.

Expliquei envergonhada a primeira parte.

— Uma dívida? — ela então torceu os lábios e desfez nosso contato. Suas costas tocaram o encosto da cadeira e ela cruzou as pernas. — Que dívida, Lauren? Se você estava com problemas com dinheiro eu poderia e deveria ter sido informada.

Eu neguei, tímida. Tomei o ar que precisava para falar o restante.

— Emprestei a ela cem dólares no dia em que elas foram no trabalho me buscar para almoçar. — desviei os olhos. — Você havia me dado duzentos para gastar, ela pediu depois e eu não consegui dizer não e emprestei.

Camila abaixou a cabeça e negou, falando algumas coisas em voz baixa apenas para ela mesma ouvir. Quando ela ergueu o olhar pra mim, eles estavam mais sérios.

— Cem dólares? — estapeou a mão sobre sua calça de alfaiataria bege. — Você foi se encontrar com Verônica e no fim acabou detida por cem dólares?

— Era o dinheiro que você havia me dado. Ela precisou, então… — respirei fundo, abaixando a cabeça. Ergui os ombros e dei a única resposta que poderia dar. — Eu emprestei. Não imaginava para que ela queria. Ela disse que me devolveria e me devolveu apenas uma parte primeiro. A outra foi devolvida hoje, mas está com os policiais. Me desculpe.

Camila assentiu e se levantou. Prendeu os cabelos e deu duas voltas na cadeira onde estava sentada. Minhas pernas tremiam ao vê-la daquela forma tão pensativa. Calça bege, blusa social até o antebraço com estampa indiana, aberta entre os seios e um fino e delicado colar de ouro. Em seus pés, um pequeno salto de bico fino da cor vinho.

— Amor, entenda uma coisa. — ela de virou de repente, e caminhou de volta à cadeira, onde se sentou. — Dinheiro a gente não se empresta. Nunca. Dependendo da quantidade você o nega, ou você dá. Ainda mais quando se é para um amigo. Que valor esse dinheiro teve agora que você está aqui? E para que fazer questão de míseros cem dólares, Lauren? Você poderia ter dado. Você tem meus cartões e eu sempre estou te dando algo para caso você tenha um gasto emergencial.

— Eu sei, tá bom? Eu sei. — falei alto. Ela entreabriu os lábios e cruzou as pernas. Era a minha vez de falar. — Já estou me martirizando demais por ter sido uma completa estúpida, mas eu queria saber o que estava acontecendo também. Ela era minha amiga, não era apenas o dinheiro em jogo ali. Era a minha amizade com Verônica que até então eu achava ser recíproca. Desculpe Camila, mas você vem de uma realidade diferente das nossas. Mesmo se ela não tivesse culpa da infelicidade de Keana ter parado no hospital, ela ainda arcaria com a consequência por ter sido a última pessoa a estar com ela. Boa parte da polícia só está preocupada em foder quem não tem um puto para lhe encher os bolsos. 

— É isso o que você pensa? — ela piscou, devagar e lento.

— É isso o que eu vivi e vi durante toda minha vida. — algumas lágrimas caíram, me fragilizando naquele instante. Eu tinha tanto pra falar. — Desculpa, você acorda de manhã e medita olhando pra cidade e não tem ideia do quanto eu me fodi naquelas ruas apenas para ter o que comer e o quanto fui agredida por roubar uns pães que de qualquer forma iriam para o lixo. Apanhei por pães duros, Camila. Você não tem culpa disso, da sua casa, do seu conforto e eu sei das coisas que você passou por conta das drogas e o quanto batalhou e se dedicou para ter tudo o que tem. Eu só queria apoiar o outro lado da moeda, mas errei e é isso. Fui uma completa babaca e a porra da justiça estava certa sobre aquela maldita filha da puta.

Seu olhar se tornou paciente e doce, desmontando todo o desabafo que eu estava tendo naquele momento.

— Não se castigue por ter um bom coração. — sua mão voltou a se juntar a minha. — Não faça isso, minha pequena menina. Estou sim chateada que você mentiu pra mim e não me alertou sobre o contato com Verônica, e ainda mais dirigiu para um lugar estranho colocando a sua vida em risco. Não vou negar e dizer que não estou chateada porque seria uma mentira e tudo o que não quero é mentir para você, mas eu estou aqui. Parte de mim entende que o lado da sua lealdade às suas amizades também foram importantes quando você decidiu sair de casa hoje a tarde. Eu ainda estou aqui para te ajudar.

— Não.

Eu neguei. Baixei a cabeça e formulei a próxima frase de forma fria.

Não quero mais você, Camila.

Foi como vomitar um arame enferrujado falar aquela frase. Ela pareceu tão em choque quanto eu.

— Quero que vá embora e toque sua vida sem se lembrar que um dia me conheceu. Você merece paz, sossego.

Seu peito tremeu numa respiração funda e pesada. Havia decepção, surpresa, um misto de espanto em raiva no que ela tinha acabado de ouvir. Eu não iria voltar atrás na minha decisão. Isso seria assinar um contrato para decepcioná-la outra vez.

— Você está terminando comigo? — ela mesma assentiu e sorriu, mas num riso triste. — Lauren Michelle, você está mesmo terminando comigo? — não queria ter que falar outra vez. Me doía também. — Vou perguntar pela última vez, me levantar e ir embora.

— O que você quer que eu faça, Camila? — me levantei, impaciente e com o sangue quente. — Você já me ajudou uma vez e eu sou grata pra caralho por isso. Me ensinou tanto nesses últimos meses que eu não tenho palavras pra te agradecer. Eu errei. Eu fodi tudo outra vez e você não tem que passar por esse estresse novamente. Eu estou acostumada a ser sozinha e vou continuar sozinha. Não se preocupe comigo, vou arrumar um emprego, me sustentar. Eu só não quero que você me olhe nessa delegacia outra vez por que eu não posso garantir que daqui um mês não volte por ser uma tola, uma estúpida que não sabe aproveitar as coisas boas que me acontecem. Inclusive a mulher que eu amo e me apaixonei. — mordi os lábios com força e raiva pelo o que tinha falado. Com tantos momentos eu tinha que ter me declarado nesse? — Porra, caralho… — sussurrei, me virando de costas. — Eu sou uma burra fodida. Desculpa, desculpa.

Um silêncio se manteve presente naquela sala de delegacia. Meu coração parecia pulsar, agora de felicidade e medo. Eu havia dito que a amava e fiz isso ao mesmo tempo em que queria que sua existência em minha vida fosse encerrada.

O quão estúpida eu poderia ser naquele momento?

Eu amava aquela mulher e a queria longe. Porra, Lauren.

Meu rosto ainda queimava quando senti suas mãos me virarem. Camila tinha os olhos brilhando em lágrimas. Pela primeira vez eu não consegui ler o que elas representavam. Talvez felicidade, eu esperava. Ou na atual conjuntura, decepção.

— Se você me ama como eu também amo você minha menina, por que está mandando eu ir embora da sua vida? — sua lágrima caiu e ela sorria, confusa e aflita.

— Não quero que você tenha que lidar com isso mais uma vez e-

— Eu sei o que eu posso lidar, Lauren Michelle. Não ache que saiba o que é melhor pra mim. Tenho quase quarenta e tudo o que eu penso quando acordo é que você me trouxe a vontade de viver as coisas pela qual eu tinha esquecido o prazer de como eram, então nunca mais, ouviu bem, nunca mais ouse abrir a boca para me expulsar da sua vida se você me ama.

— Mas… — funguei. Falar seria difícil daqui pra frente. — Você não precisa. Eu te decepcionei e-

— Cala a boca. — ela encostou seu corpo ao meu. Estava tão trêmulo quanto. Suas palavras eram sussurradas tão próxima dos meus lábios. — Não sei com que tipo de pessoa está acostumada, mas eu não sou alguém que vai virar as costas quando você falhar. Eu sou a sua namorada, Lauren. E namoradas se apoiam. E eu disse que cuidaria de você, minha menina, portanto você não vai me expulsar da sua vida após incendiar esse amor dentro do meu peito. Você não me machucaria dessa forma, ou machucaria?

Neguei. A ponta dos seus dedos limparam minhas lágrimas. Eu queria abraçar ela e desabar de amor se fosse possível.

— Eu também amo você. — minhas bochechas estavam vermelhas. Eu as sentia queimar. — Não sei dizer isso muitas vezes, mas não duvide se eu não fizer. Eu quis dizer antes mas não consegui e-e-e, acabei falando muitas besteiras, só que eu te amo. É real. Eu te amo e estou muito apaixonada por você, Camz. Como uma tola. — sorri em meio as lágrimas. — Você me acha uma tola, não é?

Ela negou, e me puxou para um selinho. Apenas um roçar gostoso de lábios apaixonados. Tinha um resquício de gosto de batom. Respiramos juntas e ela me olhou com aqueles castanhos avelulados.

— Você nunca precisou dizer em palavras, minha menina. — acariciou meu pescoço. — Eu sempre me senti amada por você. Com seus cuidados, com sua delicadeza. Eu te amo, eu te amo e porra… — me alertou em seus braços. — É delicioso dizer isso e principalmente sentir.

Suas unhas vermelhas faziam uma carícia gentil em meu pescoço enquanto minhas mãos seguravam em sua cintura.

Ela era a minha Camila.

A minha Camz.

A minha gatinha.

A mulher que o destino me apresentou de forma tão repentina e apesar de toda a autoridade, me causava um grande bem. Eu nunca imaginei que era uma pessoa fácil se ser apreciada e cuidada.

As pessoas que passaram por minha vida se mostraram impacientes a cada erro meu.

No entanto, ela não.

— Eu te amo, Camila. — afundei na curva do seu pescoço. Precisava sentir seu cheiro. — Obrigada por ter aparecido em minha vida.

— Não vou embora. Seu coração está seguro comigo, minha menina.

E ali, naquele abraço na sala da delegada, fiz a minha morada. Eu não me sentia mais sozinha no mundo. A mulher que estava em meus braços se entregou pra mim de forma tão genuína que solidão era o último sentimento e visão que tinha de mim mesma.

Daqui pra frente eu precisava apenas amá-la. E iria fazer isso todos os dias. De todas as formas.

— Com licença, senhora Cabello. — Normani entrou na sala, interrompendo um pouco do contato entre minha namorada e eu. — O agente Mark está aqui. Precisamos resolver a situação da Lauren.
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Só mais dois capítulos, ein capetada!

Me sigam no tt: @thaynasioli

E comentem usando a porra da #OutsiderCS

Até mais ❤️

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