Acordo com a luz do sol entrando pela janela e batendo em meus olhos. Me espreguiço, afasto a coberta e levanto para começar a me arrumar. Sigo em direção ao meu armário, mas, paro ao ver o dia no calendário.
Halloween.
Um sorriso surge em meus lábios.
Halloween é minha data comemorativa preferida. Por mais que nos anos anteriores não tenham sido lá os melhores halloweens - devido às pequenas travessuras que fazia - , ainda assim, eu sempre ficava mais feliz.
Coloco uma blusa branca com detalhes em azul curta colada ao corpo, uma jardineira e um tênis branco. Prendo meus cabelos em um rabo de cavalo firme e começo a descer as escadas.
- Bom dia, Mag! - a cumprimento com um sorriso.
- Bom dia?! - ele ergue as sobrancelhas, provavelmente estranhando minha felicidade.
Solto uma risada.
- Hoje a noite eu tenho uma festa de Halloween para ir, okay?! - pego minha mochila e sigo até a porta.
- Tá bem. Mas sem travessuras esse ano! - ele aponta o dedo pra mim em acusação.
- Eu não prometo nada! - abro a porta.
- Penélope! - repreende ela.
- Tá bom! Eu prometo ficar longe das minhas facas! - rio e fecho a porta.
Dirijo até a casa dos Wheeler, e quando chego lá, as meninas já estão na porta. Elas vêm até o carro e me cumprimentam.
Vamos até a escola falando sobre os alunos novos. Daisy disse que a mini ruiva é irmã da April, e que elas são meias-irmãs do Billy, se não me engano.
Já sobre os Hathaway, ninguém sabe nada.
O dia na escola foi tranquilo, nada demais aconteceu, e quando chegou a educação física ficamos em fila esperando nosso professor começar a falar.
- Wells e Hathaway, escolham os times. Vamos jogar vôlei. - comemoro internamente.
Posso ser ruim em alguns esportes, mas, ninguém pode negar o quão boa sou em vôlei.
Escolhemos nosso times e começamos a jogar. No decorrer do jogo, as arquibancadas ficaram cheias pelo restante dos alunos. A cada ponto a torcida vibrava.
Ganhamos o primeiro set, e o time adversário o outro.
Não vou mentir, a Hathaway joga bem pra caralho! Mas, a gente vai ganhar essa.
O time adversário saca e a bola vem parar nas mãos da Bela, que faz uma manchete para a levantadora. A mesma levanta a bola e dou um corte que passa com precisão para o outro lado.
Fazemos o último ponto e ganhamos.
Comemoramos a vitória e vamos cumprimentar o outro time.
- Parabéns pela vitória. - Harper diz ao sairmos da quadra. - Você joga muito bem.
Seguimos para o corredor.
- Olha quem fala. - sorrio.
- Obrigada. - ela dá um sorriso sem graça. - Você... Você vai na festa hoje à noite?
- Vou, na verdade.
Vejo um garoto se aproximando e percebo que é o irmão da Harper.
- Vamos, Harp! - ele chama mantendo distância.
- Vejo você mais tarde, então?!
- Sim senhora! - contribuo o aceno que ela me deu antes de sair.
Encosto em um armário para esperar Bela e Nancy para irmos embora. Combinamos de nos arrumar na casa da Bela.
Fixo meu olhar na porta do vestiário e brinco com meu colar, inquieta.
- Esperando alguém? - ouvi uma voz masculina vinda em minha frente.
Olhei para frente e encontrei o novato da Califórnia.
Ele é alto e forte. Seus cachos são longos e claros, e seus olhos possuem uma coloração clara misturando o céu azulado e a grama molhada de um campo esverdeado.
- Sim. - desvio meu olhar e olho de volta para a porta do vestiário.
Ele se aproximou.
- Billy Hargrove. - ele estende sua mão.
- Penélope Wells. - ignoro o aperto de mão.
- É um prazer conhecê-la.
Um sorriso malicioso aparece em seus lábios.
Hum, já entendi seu joguinho.
- Eu não vou pra sua cama, se é isso que está pensando.
Ele parece surpreso pela forma como falei e solta uma gargalhada.
- Nossa... - ele massageia o coração. - Essa doeu!
Rio nasalmente, e torço para as meninas chegarem logo.
- Mas, você iria a uma festa comigo? - pergunta com um sorriso sedutor.
Deixo escapar uma risada.
- Não. - vejo a silhueta de Bela e Nancy saindo do vestiário.
Desencosto do armário e dou um passo para frente, me virando para olhar para o garoto.
- Mas, quem sabe a gente não se esbarra. - dou de ombros.
- Ah, já entendi! Você é dificil. - ele levanta as mãos em sinal de rendição. - Tudo bem, a gente se vê lá.
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Pego meu chapéu marrom em cima da cama e o coloco na cabeça. Me olho no espelho uma última vez e sorrio ao ver minha silhueta definida pelo corset.
Estou fantasiada de pirata, com um vestido branco com diferentes níveis de babados nas pontas, botas pretas, um corset preto preso na cintura, alguns colares e meu cabelo está solto, trançado na franja.
Abro a porta e vou até a sala. Encontro as meninas me esperando e Joyce ajeitando a fantasia do Will.
- Uau! - Nancy exclama e Bela fica boquiaberta do seu lado. - Você está perfeita! - Will concorda com um sorriso.
Coro ao ouvir o elogio.
- Vocês também estão perfeitas!
- Ah, querida, você está divina! - Joyce abre os braços para mim.
Me envolvo neles e agradeço.
Nos despedimos e andamos até o carro. Passamos pelas ruas lotadas de crianças até chegar na casa da Tina.
Da fachada da casa já dava para escutar a música alta da festa. Fomos até a porta e encontramos Steve encostado no muro, provavelmente esperando Nancy.
Não consegui identificar sua fantasia. Ele está de terno e um óculos escuros totalmente pretos.
- Boa noite, senhoritas. - ele faz uma reverência.
Nancy solta uma risadinha e lhe dá um beijo rápido.
Reviro os olhos.
Steve faz um gesto para entrarmos na porta aberta da casa. Passamos e adentramos no espaço repleto de adolescentes, todos com copos nas mãos.
- Veio fantasiado de que, Harrington? Palhaço? - ele se vira pra mim com uma expressão indecifrável. Abro um sorriso. - Ah, não, já sei! Veio fantasiado de idiota, né?!
Escuto uma gargalhada atrás de nós. Viro, assim como os à minha volta.
Billy.
- Agora tem um novo rei do barril, Harrington! - Tommy chega atrás do Billy.
- É, Harrington! - confirma um outro garoto.
Steve e Billy se encaram por alguns segundos, e estou prestes a sair de lá quando Billy diz:
- E não é que a gente se esbarrou, Penélope?!
Seu sorriso sedutor ainda está ali para falar comigo.
- Pois é, Billy, que grande coincidência! - digo sarcasticamente.
Ele ri e me envia uma piscadela antes de sair.
- O que...?
Antes que Bela conseguisse terminar a pergunta, a interrompi dizendo que iria pegar uma bebida.
Vou até a cozinha e procuro alguma bebida não alcoólica. Encontro um refrigerante na bancada e pego a garrafinha de vidro. Me escoro na bancada da pia e levo a garrafa até os lábios.
Analiso o local a minha volta e as decorações temáticas me lembram as que eu e Mag fazíamos com nossos pais.
Assim como para mim, o Halloween era a data comemorativa preferida dos meus pais. Já a de Maggie é dia quatro de julho. Todos os dias de Halloween nós decorávamos a casa do chão ao teto, e no fim, deixávamos a decoração por uma semana.
Mas a parte que mais gostava, era que toda noite de Halloween meus poderes se intensificavam, ou se modificavam de alguma forma. E eu amava isso. Todos os anos eu ansiava para chegar a noite das Bruxas para ver o que aconteceria com meus poderes.
Mas, isso não acontece mais...
Saio de meus devaneios quando vejo uma figura feminina vindo até mim com um sorriso.
- Cobra Kai? - dou um sorriso. - Interessante.
- Digo o mesmo, capitã. - ela junta os pés e leva as mãos até a cabeça, fazendo pose militar.
Solto uma risada e ela se junta ao meu lado.
- Refrigerante? Sério? - ela ergue uma sobrancelha.
- Estou dirigindo! - balanço a garrafa e encolho o ombro como desculpa.
Ela assente.
Nancy vem até a bancada, e, pelo que parece, veio em busca de álcool.
Uma música começa a tocar e meus pés já querem me levar até a pista.
- Ai meu Deus, eu amo essa música!
- Quer dançar? - pergunto estendendo minha mão para ela.
Ela sorri pra mim.
- Com certeza!
Ela pega minha mão e nós duas vamos para a pista.
Meus movimentos começam tímidos, apenas se acostumando com a música, mas, o que faço depois não é nada tímido. Meus quadris se movimentam livremente. Minhas mãos vão para cima da cabeça e vão deslizando desde meu pescoço até as laterais do meu corpo.
Sinto olhares seguindo meus movimentos, mas estou tão entretida com a batida da música, que nem faço questão de saber quem são.
Alguns minutos se passaram e não saí da pista, assim como Harper. Mas, a sede acabou batendo e fui até a cozinha pegar alguma coisa.
Pego um copo de água, e ouço chamarem meu nome. Reconheço a voz e me viro imediatamente.
Mais que porra...?
Bela está apoiando Nancy em seu ombro. Seu vestido está todo molhado de algo vermelho e seu cabelo cobrindo seu rosto. Olho para o chão e seus pés estão se arrastando para andar.
- O que aconteceu? - largo o copo em cima da bancada. - Ela está bem?
Tiro os fios de cabelo do rosto de Nancy e vejo sua feição de bêbada.
- Ela bebeu demais, preciso levar ela pra casa. - Bela ajusta o braço de Nancy sobre seus ombros, e coloca uma mão em sua cintura.
- Babaca! - a voz de Nancy sai arrastada. - Ele é um idiota!
- Toma, - entrego a chave do meu carro. - leva ela pra casa. Eu pego carona com alguém.
- Poppy...
- Tudo bem, eu vou ficar bem.
Ela assente e leva Nancy até a porta. Volto até a pista e tento encontrar Harper. Não a encontro, então vou até o lado de fora, onde fica a piscina.
A área de lazer está mais lotada que a parte de dentro da casa. Há copos espalhados pelo chão, tiras de papel higiênico penduradas no teto e bebidas por tudo quanto é lado.
Escuto uma gritaria e vou até ela.
Passo pelas pessoas amontoadas tentando enxergar o que está no meio da roda. Chego até o meio e me deparo com uma partida de beer pong entre o Steve e o Billy.
Bufo sabendo no que isso vai dar, mas, assisto a partida do mesmo jeito.
- Idiotas. - sussurro.
- São mesmo. - uma garota ruiva sussurra de volta.
Olho pra ela e repuxo o canto direito dos lábios.
- Abigail, prazer em conhece-la. - ela estende a mão.
- Eu sei, a novata né?! - ela assente. - Penélope. - aperto sua mão.
As pessoas à nossa volta começam a uivar, cortando nossas palavras, e, pelo que parece, a partida acabou. Mas o que Billy fala em seguida faz todos calarem.
- Revanche, Harrington? - pergunta, o tom desafiador.
- Se for pra você perder de novo, claro. - debochou Steve.
Billy solta uma risada.
- Mas... Dessa vez, teremos um desafio pra quem perder. - Steve concorda e Billy continua. - Quem perder, vai ter que fazer um body shot... - ele dá uma rodadinha para analisar as pessoas por perto e para o olhar em mim. - Nela.
Todos gritam em incentivo e Steve se vira para mim, nossos olhares se encontrando por breves segundos. O brilho neles é inevitável.
- E eu concordei com isso? - pergunto indignada.
- Eu sei que vai concordar. - diz Billy convencido.
- E o que te faz pensar isso? - cruzo os braços sob o peito.
- Você não me parece o tipo de garota que rejeita desafios. - um sorriso aparece em seus lábios.
Respondo sem pensar.
- Hum, tá bem.
Concordo e a multidão grita ainda mais alto.
A partida começa, e meu coração está pulando para fora do peito. Burra, é isso que sou. Fui impulsiva ao concordar com isso.
Se o Steve perder eu estou fodida. Literalmente fodida.
Eu e Steve somos amigos desde que me entendo por gente. Mas, quando tinha cinco anos, descobri que estava gostando dele. Pode parecer bobo, eu era apenas uma criança, mas com o passar dos anos, tive certeza de que era paixão.
E, por mais tolo que seja, me deixei cair nessa armadilha. Me permiti abrir meu coração pra esse sentimento, para no fim, ele esmagar tudo isso como se não porra nenhuma!
E tudo isso, me destruiu. E eu não quero abrir nenhuma brecha para perdoá-lo pelo que fez.
A partida está pau a pau. Faltam dois copos, e eu quero abrir um buraco para me enfiar dentro. Os dois fazem ponto e sobra um copo. Um único copo. Uma jogada para cada.
Billy começa jogando, e acerta. Steve bebe e depois mira sua bolinha e atira. Ela bate na borda e quica para a outra ponta.
A multidão berra, e ele erra.
Ele errou, e vai ter que fazer um body shot em mim.
Meu mundo para enquanto encaro Steve. Alguém pega a rede da mesa de beer pong e a tira do meio do tampo. Billy veio até mim, como se soubesse que não conseguiria ir até lá sozinha. Como se soubesse que minhas pernas não funcionam mais.
Ele me guiou até a mesa e me fez sentar nela. Steve veio até mim, e Billy fez questão de trazer a bebida.
- Você vai ter que tirar sua roupa, querida.
Seu sorriso está de orelha a orelha.
Tiro meu chapéu e depois desamarro meu corset. Olho ao redor e vejo que todos estão me olhando como se eu fosse a atração principal de um show.
Bem, estou prestes a ser.
Desço da mesa para conseguir tirar meu vestido. Levo a mão até a barra, e Steve - assim como todos ali - seguem meus movimentos. Levanto a barra e passo o vestido pela minha cabeça, deixando a mostra minhas roupas íntimas.
Tento não olhar para nada nem para ninguém, mas fica difícil não olhar para os olhos predatórios de Steve. Ele me olha como um predador prestes a atacar sua presa.
Sento novamente na mesa e deixo Billy vir até mim com a garrafa de vodca nas mãos.
- Deite-se, Penélope, por favor. - pediu gentilmente.
Fiz o que ele pediu, mas me apoiei sobre os cotovelos.
Nesse momento, eu não posso mais dizer não para os pedidos. Já aceitei o desafio, agora tenho que arcar com seu caminho e consequências. Então, apenas faço o que ele pede, sem dizer nada.
- Vamos ver... - diz Billy em um tom pensativo. - Por onde começar a trilha? - ele leva a garrafa até minha coxa. - Com licença.
Pede e afasta minha coxa esquerda, virando-a para cima.
Sinto o líquido escorrendo na parte interna da minha coxa, mais perto da minha virilha do que gostaria. Depois na região abaixo do umbigo, e um pouco acima dele.
Vejo Steve parado como uma estátua, apenas me encarando. Seu maxilar e sua postura estão rígidos, mas o brilho em seus olhos hipnotizantes ainda estão lá.
- Pode vir, Harrington. - pediu Billy. - Seu jantar está servido!
As pessoas uivaram e gritaram e comemoraram, mas se cessaram quando Steve estava posto sobre minhas pernas.
- Desculpa. - sussurrou para que só eu ouvisse.
Ele não parecia nem um pouco culpado.
Ele mergulhou a língua em minha coxa, chupando-a e lambendo.
Joguei minha cabeça para trás ao sentir suas mãos apertando meus quadris e sua língua lambendo o rastro de uma gota. Assim como fez em minha coxa, na parte de baixo do meu umbigo ele sugou o líquido que ali se alojava.
Tentei reprimir um gemido, e voltei minha cabeça para a posição inicial, tentando parecer recomposta.
Enquanto ele bebia a bebida do último local, as mãos fortes de Billy me baixaram delicadamente para acabar de me deitar na mesa, e ele despejou mais um pouco de vodca no meio dos meus seios e seu polegar molhado do mesmo líquido preencheu todos os cantos de meus lábios.
Ai meu Deus!
Billy se afastou, e antes que Steve continuasse seu trajeto, fizemos contato visual, e pude ver o olhar de desejo dele, e sei que ele pode ver o meu também.
Eu posso dizer não. Posso impor um limite...
Ele mergulhou a cabeça entre meus seios, fazendo minhas costas se arquearem e meus dedos enroscarem no seu cabelo. Um suspiro saiu de meus lábios, e nem percebi quando ele estava sobre mim me encarando com o rosto a meros milímetros do meu.
Meus lábios eram seu próximo passo.
Eu não disse não. E não queria dizer. Queria nossas bocas coladas, isso sendo certo ou não.
Ele fez com que eu sentasse e ele ficasse em pé em minha frente, sem se distanciar nem um segundo. Suas mãos agarraram minha cintura, me trazendo para mais perto de si, e meus braços se entrelaçaram em torno de seu pescoço e as pernas em torno da cintura.
Ele me encarou mais um pouco e colocou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha antes de colar nossas bocas em um beijo profundo e desesperado.
Abri espaço para sua língua entrar em contato com a minha, e dançamos sincronizadamente dentro da boca um do outro. Nosso beijo foi se aprofundando cada vez mais, e eu grudei seu corpo no meu, não querendo deixar nenhum espaço.
Quando finalmente nos separamos e nos encaramos a multidão tinha se aumentado e eles vibraram como se fossemos o último ponto de uma partida de basquete. E eles ganharam. Nós ganhamos.
Os gritos de comemoração fizeram eu perceber que ainda estava sem roupa e acabara de fazer um show inapropriado para todos que quisessem ver.
Mas eu não me importei. Porque acabei de lembrar o que, um milésimo de segundo atrás, acabara de fazer.
Puta que pariu... Eu beijei Steve Harrington, e eu não deveria ter feito isso.
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Oie, meus amores! Tudo bem?!
Mil perdões pela demora! Eu fiquei meio enrolada na escola e não deu tempo de atualizar aqui pra vocês. Massss, pra recompensar meu sumiço esse capítulo tem mais de 3 mil palavras!
Sim, eu sei, foi difícil? Não, imagina kkakakkka
Por favor, se tiver alguma coisa na minha escrita que não lhe agrada me diga; e desculpa qualquer erro ortográfico.
Não se esqueça de votar e comentar!
𝗕𝗲𝗶𝗷𝗶𝗻𝗵𝗼𝘀 𝗮𝗺𝗼𝗿𝗲𝗰𝗼𝘀, 𝗯𝗼𝗮 𝗹𝗲𝗶𝘁𝘂𝗿𝗮ツ