Enviado Pelo Cupido

By SergioJuniorr

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avisos
Dream Cast e Playlist 🎶❤️
Prêmios e contest
Capitulo 01
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Agradecimentos ❤️
Trilogia Cupido❤️

Capitulo 02

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By SergioJuniorr

Os meus pais assistiram o filme chorando, bom, eu já devia estar habituada, só falaram que: o romance é tão lindo que dá vontade de chorar.

Eu não discordo, mas eles exageram as vezes, convidaram-me para ir jantar com eles, mas eu prontamente neguei, não ia ser pega vela deles. Porém, pedi para me deixarem no museu do amor, lá havia uma exposição sobre amor e homenagem ao Cupido, o anjo do amor.

É uma coisa linda de se ver, um dos benefícios de morar nessa cidade. Todos os anos, no dia dos namorados, a cidade comemora como se fosse o aniversário da cidade, pois diz a lenda que a princesa Aylin, morreu exatamente nessa cidade para salvar o rei Mutengo, o primeiro rei negro, a muito tempo. Então comemoramos no dia do amor.

Terminei de passar o oléo no meu cabelo e novamente passei a escova e estou pronta. Cobri a minha blusa rosa com um casaco de couro preto e prendi as correntinhas nas minhas calças de ganga igualmente pretas.

— Filha? — minha mãe perguntou, batendo a porta. — posso entrar?

— Pode. — respondi e ela girou a maçaneta, entrou no meu quarto e sorriu.

— Estás linda. — ela elogiou-me e eu sorri.

— Obrigada mãe, você também está muito linda. —ela sorriu.

Realmente ela estava linda, o vestido azul escuro estava bem encaixado no seu corpo, fazendo jus as suas belas curvas e o fato de não ter mangas e sim duas alças finas deixava ela mais atraente, o sapato de salto alto azul escuro fizeram ela ficar com ar de " poderosa ", modesta a parte, mas ela sempre foi poderosa.

- Vamos embora, temos que ir a tempo, antes de trocarem a nossa mesa. - minha mãe falou e eu assenti, abri a minha pequena bolsa e coloquei lá o meu celular e algum dinheiro para qualquer emergência.

Saimos do meu quarto e descemos as escadas até o rés-do-chão, o meu pai também estava bonito, o terno preto ficou bonito nele e a corrente semi-grossa de prata no seu pescoço deu o toque especial que só ele tem.

- Pai, o senhor está muito bonito. - elogiei e ele sorriu, dando uma volta com as mãos nos bolsos da calça.

- Obrigado filha, o teu velho aqui ainda tem charme. - ele brincou gargalhando e eu também rí.

- Vamos antes que percamos a mesa Leandro. - minha mãe ponderou e nós apenas fizemos o sinal de obediência colocando a mão na testa.

Saimos de casa e entramos no carro do meu pai. Eu no banco de trás, o meu pai no volante e minha mãe no banco ao lado.

O caminho até o museu foi maravilhoso, a cidade praticamente estava vermelha, rosa e roxa, os prédios cobertos por faixas, flores e corações insufláveis. Os carros alegoricos vagavam pela cidade e os musicistas tocavam instrumentos e cantavam em uníssonos musicas romanticas.

Meu pai estacionou em frente ao museu e eu despedi-me deles, saí do carro e pude contemplar o local, as paredes estavam todas cobertas com panos sobre amor, a porta e o hall decorados também. Sorri e subi rapidamente os cinco degraus de marmore cinza, tirei o meu cartão de visitante da mochila e mostrei-o a recepcionista, depois de verificar, ela devolveu-me, apressadamente fui a ala da exposição e como sempre: pontual.

— Boa noite a todos. — Cumprimentou o diretor do museu e em uníssono respondemos ao seu cumprimento. — Hoje, a cidade comemora o amor eterno da princesa Aylin e do rei Mutengo, a princesa que morreu pelo jovem negro quando o racismo estava a pairar por todo o reino, mas ela conseguiu salvar o reino e demonstrou o amor verdadeiro, em homenagem a ela, segue-se a exposição com varios agentes daqui mesmo em cada lado, e depois teremos o leilão, continuação de uma boa noite. — Ele sorriu e saiu da ala, eu também sorri pelas estatuetas e quadros romanticos.

Mas a que mais me chamou a atenção é a do Cupido, toda ela feita de pedra, com o arco e flecha em forma de coração, uma coroa de flores e um biquinho nos labios.

— Você por aqui? — Lucca perguntou parando na minha frente. Soltei um grito de susto e repousei as minhas mãos no meu peito e suspirei.

— Não me assustes mais, rapaz. — Pedi recompondo-me. — E o que você está fazendo aqui também?

— Não sei bem exatamente. — Lucca respondeu e eu olhei para ele confusa. — senti que devia vir aqui.

— Do nada? — Indaguei e Lucca afirmou abanando a cabeça. — Tá.

— Tá, queres tomar um suco? — Ele perguntou.

— Primeiro quero ir ao parque dos apaixonados. — Redargui e ele assentiu.

— Vamos juntos. — Lucca falou, caminhando em direção a saida da sala.

— Juntos? — Questionei, seguindo-o.

— Sim, eu quero passear contigo. — Lucca replicou e olhou para mim com um sorriso. - E dessa vez você não vai fugir de mim.

- Ah, sobre isso, começamos com o pé esquerdo e eu tinha umas coisas por resolver. - Menti e ele apenas balançou a sua cabeça negativamente.

- Então vamos sair daqui de mãos dadas e com o pé direito, e recomeçaremos o nosso encontro da biblioteca.

Caminhamos lentamente até a saída do museu e descemos os degraus até o passeio. A Praça dos apaixonados estava toda ela decorada, com balões em forma de corações e ornamentada com rosas e dentes-de-leões.

- Você gosta muito desse tipo de ambientes? - Ele questionou, quando entramos no parque.

- Muito, os casais, as crianças animadas, gosto muito. - Respondi.

- Eu não sei porquê, mas não gosto muito desse tipo de coisas.

- Talvez o teu coração esteja congelado.

- Não é isso, mas, affs, deixe de lado.

Não comentei nada e sentamos na mesa de fora da cafetaria Meu amor.

- Queres um café? - Lucca indagou, chamando o garçom.

- Sim. - Redargui e o garçom chegou a nossa mesa segurando um bloco de notas e uma caneta azul nas mãos.

- Quero dois cafés com leite. - O garçom anotou e entrou na cafetaria. - Em que ano tu estás?

- Estou no segundo ano e tu?

- Terceiro, vens ao baile?

- Depende, o tema será amor?

- Não sei, mas, se você aceitar ir comigo, posso revelar-te o tema. - Lucca gargalhou e eu também gargalhei. Obviamente não irei aceitar um pedido de alguém que só falou comigo hoje.

- Ok. - Repliquei.

- Sabe, eu nunca tinha notado a tua presença na escola. - Lucca disse e eu assenti.

- Eu digo o mesmo.

- Mas hoje na biblioteca, foi como se eu tivesse encontrado um tesouro. - Lucca disse com um sorriso de canto e eu gargalhei nervosa.

- Ah não, para. - Pedi.

- É sério, mas, e por quê que me fugiste?

- Ah... - fiquei pensativa. - Tive que ir fazer umas coisinhas importantes.

- Tá, e por quê não acenaste para mim quando eu fiz o mesmo para ti?

- Eu estava com o meu pai, e se o meu pai visse, ele ia criar uma fanfic na sua cabeça, em que nós os dois somos os protagonistas de Titanic e iria contar tudo a minha mãe e isso ia ser o tema de debate do jantar durante a semana toda. - Expliquei. Boa parte é verdade, o meu pai tem uma mente fanfiqueira que eu não sei onde ele encontrou, a cada coisa que eu faço ele já tem um prólogo na sua mente e o final feliz e sempre sou a protagonista.

- Então queres dizer que não respondeste porque o teu pai é fanfiqueiro? - Ele questionou, gargalhando.

- Sim, pode parecer estranho, mas ele tem essa vibe de escritores das apps de fanfics.

- Queria ter um pai como o teu, o meu só sabe ficar trancafiado no seu escritório, vinte e quatro sobe vinte e quatro. - Lucca confessou, mudando um pouco o seu semblante, mas rapidamente forçou um sorriso.

- Querias ter um pai fanfiqueiro, louco, maluco e comediante? - Indaguei gargalhando. - Bom, posso emprestar-te o meu.

- Eu ficaria agradecido. - Ele redarguiu. - Queres passear pela cidade toda?

- Quero, nem tive tempo de ir ver todos os cantos e isso é uma tradição para mim. - Falei e Lucca sorriu.

O garçom deixou os nossos cafés na mesa e o Lucca pagou a conta. Levamos os nossos cafés e saímos do parque. Caminhamos por toda a rua, fomos a Praça da heroína, no caso, onde tem a estatueta da princesa Aylin, e fomos visitar o monumento mais sagrado da cidade, o castelo.

O castelo que a princesa Aylin viveu toda a sua vida trancada dentro dele, até que conheceu o escravo Mutengo. Diz a lenda que o seu sangue derramado no chão ainda está lá, só que é proibido entrar dentro dele.

- Lindo castelo. - Lucca comentou.

- Pois.

- Pena que é o local de acontecimentos tenebrosos e tristes.

- Sim, mas o amor dela me inspira.

- Inspira em o quê? - Ele quis saber.

- Em me apaixonar.

- É exatamente isso que tu queres?

- Sim, quero encontrar alguém que me ame e que eu possa me apaixonar por ela.

- Talvez não vai demorar muito para isso acontecer.

- Talvez, agora eu quero ir para casa, estou cansada. Até a próxima Lucca.

- Eu acompanho-te. - Ele ofereceu-se.

- Não é necessário, mas obrigado.

- Não, eu disse que vou te acompanhar e ponto final. Pode ser perigoso - Lucca entrelaçou os nossos dedos e olhou para mim. - Vamos?

- Vamos. - Redargui.

Caminhamos juntos e de mãos dadas até a minha rua, pelo caminho ainda dava para ver partes da cidade iluminadas por LED's rosa, vermelho e roxo. Os pombos, sim, os pombos de verdade, voando, outros no chão e um balão gigante do Cupido.

- É ele que me guiou até o museu. - Lucca disse, apontando para o balão.

- Você foi guiado pelo cupido? - perguntei e ele soltou uma risada fraca.

- Sim, foi ele quem me guiou.

Se eu fosse o meu pai ou tivesse uma mente como a dele, estaria a criar a maior estória do mundo que possivelmente seria adaptada para o cinema, sobre este acontecimento, mas como sou a Nessa, simplesmente vou dizer que foi a magia do amor, os deuses do amor quiseram a sua presença no local.

Chegamos a minha casa e eu apontei para a mesma.

- Eu moro aqui. - Falei. - Então, até amanhã na escola.

- É, até amanhã filha de fanfiqueiro.

- Ei, não fale assim do meu pai. - Ele riu e eu também. - Adeus. - Tirei a chave da minha bolsa e abri a porta de casa. Lucca acenou para mim e eu retribui o gesto.

Entrei na minha casa e fechei a porta, subi as escadas até o meu quarto e troquei de roupa, vesti o meu pijama de corações e caveiras e levei o meu cobertor até a sala, liguei a televisão e novamente pus-me a assistir filmes românticos.

Mas e se o encantamento realmente funcionou? Mas quem pode comprovar-me que aquilo é um encantamento? Oh, são Valentim, eu peço-te apenas um rapaz que possa amar-me incondicionalmente.

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