Capítulo 14.
Roger narrando.
"Olá", sou o Roger, bom, acredito que a autora já fez as devidas apresentações, então, vou direto ao ponto da minha narração.
E como é meu dever cuidar e proteger as princesas da minha vida, irei contar minha história, Helena já sabe, por isso que acontecia com frequência nossas discussões, mas Sara não, e quando ela souber, creio que talvez não me perdoe, mas enfatizo que foi um passado de aventuras, fui um tolo curioso, e como homem, preciso arcar com as consequências.
Como todo adolescente normal, fui um daqueles que gostava de curtir, ou seja, pegar todas, e assim foi, iludia todas as meninas da escola, e Léia foi uma delas,
Estávamos no ensino médio, sabia que ela estava interessada em mim, mas nem dava bola de início, porém, ela conhecia um ponto fraco meu,
eu não podia ver alguém chorar, que tentava consolar, dar apoio, e era nessa fraqueza que as meninas se apaixonavam,
Um dia no intervalo, vi Léia chorando muito, dizendo que sua mãe havia falecido, e eu como disse, fui prestar minhas condolências, emprestando meu ombro amigo,
Ela se sentia bem amparada ao meu lado, passava os dias, a gente acabou ficando, pensava que talvez fosse a pessoa certa para mim, e quem sabe me endireitaria,
Passando os meses, eu e Léia felizes, até que no nosso segundo ano, no primeiro dia de aula, entrou uma garota nova em nossa sala, era Helena, simpática, muito bonita e todos gostavam dela, menos minha namorada, que pensava que iria ser trocada, eu dizia que não, que só tinha olhos para ela, mas não deixava de admirar a beleza de Helena, sentia que ela era diferente das outras, que não conseguia iludir seu coração, pois possuía uma fragilidade que dava dó, só de pensar,
Daí que comecei a nutrir sentimentos e rever meus conceitos e estava disposto a mudar.
Faltando poucos meses para a formatura do terceiro ano, estava esperando Léia na hora da saída, para irmos embora juntos, sem querer, acabei ouvindo uma conversa que mudaria meus planos,
Descobri que sua mãe não morreu e que ela só forjou isso para chamar minha atenção e eu notar seu interesse, ela foi esse tempo todo fria e calculista, sempre disposta a conseguir o que quer a qualquer custo,
Fiquei muito magoado, pois no fundo amava Léia, mas não queria passar a minha vida lidando com crueldades, então decidi romper com nossa relação, antes, comecei a lhe humilhar, mas ela disse que fez por amor, me implorava para voltar, porém não queria.
Achei estranho quando me chamou para conversar, dizendo que havia superado o término, que no ano seguinte iria estudar fora,
Lhe desejei boa sorte e seguimos nossas vidas, como viram, dessa vez, honrei com meu compromisso, me casei com Helena e Sara nasceu, vivíamos felizes apesar do corre corre que tínhamos com hospitais para achar uma cura para a sua deficiência, até que tive uma surpresa.