(COMPLETO NA AMAZON) Atraída...

By ManueleCruz

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ESTÁ COMPLETO NA AMAZON NOVA VERSÃO Primeiro livro da série Os mafiosos. História de Fernando e Sara. Sara Ru... More

Livros da série
Sinopse/Informações
Para ler a versão atualizada!
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
(1) Bônus
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Sobre os personagens
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Série completa na Amazon
Livro retirado
Série "Família Bertollini"

Capítulo 4

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By ManueleCruz

SARA

Eu não deveria estar surpresa do mafioso ser possessivo, mas, por que eu?

Engulo em seco.

Me distancio dele, dando um passo para o lado e depois olhando para seu rosto.

É bonito.

É lindo.

Mas não estou afim!

- Então, você está preparada? - ele pergunta novamente.

- Tenho escolha? - atrevo-me a perguntar. - Tem chance de escapar? Acho que não.

Ele parece que ficou chocado. Por uns instantes, ele arregala os olhos, depois volta ao normal.

- Não é estupro, Sara. - fala com mais calma.

- ''Meu dono''? - inclino a cabeça para o lado. - Isso é bizarro, muito! Então, parece que não há escolha.

Cala a boca, Sara!

- Você me pertence.

Queria rebater, mas eu não sei até onde essa ''calmaria'' pode aguentar. Apenas engulo em seco novamente, trêmula.

- Mas não dessa maneira. - pigarreia. - Você será minha, porque quer.

- Eu não quero.

- Porto riquinhas são sempre tão afiadas?

Como ele sabe de onde sou? Já deu tempo de pesquisar?

Ah, meus documentos!

- Qual o plano? - pergunto. - Qual a garantia?

- Precisa de roupas. - olha para meu vestido. - Muito curto, muito apertado...

- Vai mandar em minhas roupas?

- Eu acho que sou muito bonzinho no fim das contas. - sorri de lado. - Até me desafia, até retruca tudo o que digo.

- Eu só quero saber o que faço aqui. Que casa é essa...

- Sara, pense comigo. - não tô afim de fazer nada junto a ele. - Se está falando assim comigo e não te fiz nada, então eu não te farei mal.

Ah meu pai, ele é louco!

- Mas estou presa...

- Não chamo de prisão.

Sonso!

Respiro fundo.

- Comprará roupas, essas não servem. - apenas diz essas palavras e sai do quarto.

Volto a respirar normalmente, mas o medo do que está por vir continua tomando conta de mim.

O que esse cara quer comigo? Quão doido ele é?

- Arrume-se. - Dianna entra no meu quarto, dando um susto pela repentina aparição. - Vamos sair.

- Para aonde? - pergunto saindo do transe que a conversa com Fernando trouxe.

- Fernando disse que você precisa de roupas novas, vamos ao shopping.

- Eu posso sair? Shopping?

- Não tente nada, eu tenho uma arma e alguns seguranças nos acompanharão. - sorri e sai do quarto.

Então, eu virei uma prostituta? Sexo em troca da minha vida? Fernando pode ser um cara muito bonito, mas, mesmo assim, eu não posso aceitar algo do tipo.

Se eu não aceitar, eu morro...

Em que merda eu fui me meter?

Encaro a roupa em cima da cama, que eu já havia separado porque são as únicas que parecem que dão certo em meu corpo. Um vestido, que fica curto e apertado, mais uma vez, visto um short por baixo e a sandália que é do meu tamanho.

Saio do quarto, as mulheres tem uma interrogação na testa, não entendendo quem sou e o que faço aqui.

É sério, eu sou muito diferente de todas. Então indago se isso é uma casa onde abriga todas, ou se terá algo em breve e estão aqui. Porque, se elas morarem aqui... Que bela mansão!

Bem mansão da Playboy!

Dianna chama a minha atenção e me leva até a garagem. Ela abre a porta de um SUV e pede para que eu entre no carro.

- Fernando contou que uma amiga sua te ligou ontem. - Dianna começa a falar quando saímos. - Vocês são muito próximas?

Penso no que responder.

- Por que a pergunta?

Ela ri um pouco, depois respira fundo.

- Detesta esse trabalho, não é? - indago. - De ser minha babá.

- Não, é até mais fácil que domar aquelas mulheres que vivem brigando por um sutiã de renda. Mas é apenas... Chato isso aqui. Cobrarei a mais.

Começa a remexer na bolsa. Aqui tem o motorista e um homem ao seu lado, armados.

- Aqui está o celular. - entrega-me um celular muito ultrapassado. - Ligue para a sua amiga e converse um pouco, não dê muitas informações. Eu tenho uma arma, não se esqueça.

Como esquecer disso, Dianna?

Eu encaro o celular, cética quanto a tudo.

Mas eles já sabem de Isabella, de qualquer maneira.

Digito o número de Isabella. Ela atende no segundo toque.

- Sara? - Isabella pergunta, e posso notar o tom de esperança na sua voz.

- Oi. - respondo, ainda incerta sobre como falar. - Sou eu.

- Você está bem? - olho para Dianna, que observa o lado de fora.

- Estou bem.

- Tem certeza?

- Tenho. Mas sabe como é...

-Eu tenho certeza que isso é um sequestro. - sua voz é bem alta, nervosa. - O que eu faço?

- Isa, estou bem, não faça nada, é sério.

- Você vai manter contato? - pergunta esperançosa. - Eu quero chamar a polícia, mas não sei se posso.

- Não pode. Eu realmente não sei... - não sei o que dizer, o que pedir, como mentir e dar dicas do que falar. Não treinei qualquer fala para esse momento.

- Pelo amor de Deus, eu não sei o que fazer. Você não está bem, como posso saber como está?

- Eu estou falando com você, certo? Eu estou bem, é sério.

Só estou confusa e com medo, fora isso, estou muito bem!

- Promete que vai manter contato?

- Tentarei o possível.

- Qualquer coisa me ligue, se puder.

Olho para Dianna, que faz sinal para que eu encerre a conversa.

- Tenho que desligar.

- Eu queria poder te ajudar.

- Eu também, mas, sabemos que não tem como isso acontecer. Estou bem, agora, preciso ir. Tchau.

Desligo o celular e sinto o aperto no peito. Será que um dia vou vê-la novamente?

- Por que você me deixou ligar para Isabella? - pergunto a Dianna.

- Eu não sou uma pessoa má. Você tem uma amiga, ela merece saber que você está bem e vai continuar assim.

- Como pode ter certeza? - pergunto. - Como sabe que ficarei bem? Você quebrou regras?

- Fernando gostou de você. - olha para mim e sorri. - Acha que ele te deixaria sair para comprar roupas se você fosse uma ameaça?

- Não sei... Isso é tão... Confuso. Como pode gostar em apenas uma noite? E nem nos falamos direito.

- Fernando não fará nenhum mal. Sempre que você quiser falar com sua amiga, me chame que eu te darei o celular. Quem sabe, com o passar do tempo e se você se comportar direitinho, o próprio Fernando te dê um.

- Passar do tempo? Tempo?

- Eu não sei quanto tempo você ficará conosco.

Pai do céu!

Passar o tempo... Provavelmente ser a prostituta de um cara... Não ver minha amiga... Ficar presa...

Deus, quando a minha vida se tornou essa confusão?

Ficamos em silêncio a metade do caminho, então me lembro de uma dúvida:

- Quem são todas aquelas mulheres?

- Elas são prostitutas. - responde calmamente. - Fernando e os seus amigos são envolvidos em vários negócios, prostituição é um deles, é legalizado.

- Elas moram ali?

- Não, estão reunidas porque acontecerá uma festa, estão organizando um showzinho.

- Festas? - pergunto já sabendo a resposta.

Fernando é o Dan Bilzerian! Só falta o Instagram lotado de mulheres nuas e seminuas, e suas ostentações, porque armas Fernando também tem, obviamente.

- Elas são prostitutas, o que você acha que acontece?

- Ok. Entendi. - fico um pouco em silêncio e depois resolvo tirar uma dúvida. - E o que você faz?

- Sou uma espécie de cafetina. Coloco ordem nelas. Minha mãe era do ramo, então, foi fácil para mim.

- E onde sua mãe está?

- Se casou com um cara rico, não nos damos bem. E não, eu não sou prostituta.

- Então o que você faz lá?

- Minha mãe também era uma espécie de cafetina, aprendi tudo com ela. Nunca fui boa nos estudos, Fernando me ofereceu o emprego e eu aceitei.

Ela é tão solicita.

Aproveito que Dianna está falando muito e resolvo fazer a pergunta que mais me apavora:

- Eu serei uma prostituta?

- O que o Fernando te disse?

- Falou que eu seria dele e ele seria meu dono. - um calafrio toma conta de mim.

- Fernando sempre um doce com as palavras. - ri um pouco. - É um homem bom. Falhou miseravelmente na arte da conquista. Ou ele tentou dar medo. Não sei muito o que passa na cabeça daquele homem.

- Vocês são amigos?

- Fernando tem poucos amigos, e eu não estou inclusa na lista. Talvez você esteja.

- Claro que estarei na lista de amizade.

- Ai, Sara. - suspira. - Se você soubesse...

- Ai, Dianna, se você me contasse... - cantarolo.

Ela faz o sinal do zíper passando nos lábios e depois fica calada.

Olho para trás e vejo carros iguais a esse vindo atrás, mais seguranças.

Paramos em frente a algumas lojas. Dianna me deixou ciente de que, se eu fosse fugir, teriam homens armados atrás de mim e eles não se preocupariam em me matar.

Aí penso: Não é Fernando que não me fará nada?

Pode ser um blefe sobre os seguranças, ou a verdade mesmo. Não sei se quero arriscar.

Com muito receio, Dianna me fez comprar alguns vestidos, calças, blusas e sapatos. Alguns provocantes e outros mais comportados. Alguns são: Channel, Prada, Louis Vuitton, Valentino, Versace, Gucci entre outras grifes que nunca ouvi falar, mas que são caríssimas.

Eu sei que algumas vendedoras desconfiaram do meu comportamento. Eu estava comprando muita coisa e não estava nem um pouco feliz com isso, na verdade, eu nem falava, apenas resmungava. Mas, eu sei que elas não vão desconfiar de um sequestro.

Que tipo de refém sai para comprar roupa?

- Por que estamos comprando tudo isso? - pergunto quando saímos da última loja.

- Fernando tem muitos compromissos e viagens. Quando você for junto, já terá tudo pronto.

Viajar com ele?

"Você será minha". As suas palavras ecoam pela minha mente.

Vamos à Victoria's Secret. Dianna escolhe peças uma menor que a outra. Quando pego uma calcinha com um tamanho ''comum'', ela me repreende. Diz que devo ficar sexy para Fernando.

Não quero ser sexy para ninguém!

A cada momento que ela menciona o nome desse homem, um calafrio subia em meu corpo.

Chegamos a um salão de beleza.

- O que estamos fazendo aqui? - pergunto.

- Eles vão cuidar de você. Relembrando, não faça besteira...

- Você tem uma arma e seguranças atrás de nós, eu já entendi. - interrompo.

- Por isso eu gostei de você.

Uma mulher vem nos atender e nos leva a uma sala.

- Vamos receber uma massagem para relaxar.

- Não gosto de massagem.

- Como assim não gosta?

- Eu não sei como vocês conseguem relaxar com isso, eu sinto dor e desconforto. Eu não quero fazer.

- Ok, você não precisa fazer, mas terá que aprender a fazer.

- Por quê? - pergunto.

- Fernando adora uma massagem.

- Eu posso mata-lo durante a massagem.

Ela apenas ri da minha tentativa medíocre de ameaça.

Dianna recebe a sua massagem e eu fico sentada, tentando ler uma revista.

Fico imaginando o que Fernando fará comigo. Ele vai me machucar, claro que sim! Te como escapar? Preciso pensar em um modo.

Olho em direção a Dianna que recebe a massagem. Ela está deitada com uma toalha cobrindo o seu rosto.

Olho para a massagista e faço sinal dizendo que ''vou ali''. Ela acena com a cabeça e eu levanto da cadeira. Saio da sala e ando a procura de uma saída.

Decido ir para os fundos. Eu sei que na frente estarão os seguranças, e talvez no fundo também tenham, mas preciso arriscar.

O salão é grande e fico receosa de não ter uma saída nos fundos.

Apresso os meus passos e decido ir atrás de alguém para conseguir, pelo menos, um celular.

Será que devo ligar para a polícia? Se nem Isabella ligou... Fernando deve ter contatos por ali, certeza que tem.

Vejo uma senhora varrendo uma sala e decido ir até ela.

- Olá. - falo e a senhora me cumprimenta. - A senhora sabe onde posso encontrar uma saída?

- Por ali. - ela responde, apontando justamente para a entrada onde estão os seguranças.

Sim, óbvio que a saída está ali!

- Eu sei, mas...

- Sara, o que faz aqui?

Olho para trás e vejo Dianna me olhando com uma carranca.

- Nada. - respondo imediatamente.

- Então, vamos fazer um ''nada'' na sala de massagem.

Dianna segura o meu braço e me leva de volta a sala.

- O que está passando na sua cabeça? - ela me pergunta. - Não percebe que ia se matar?

- Eles vão me matar de qualquer maneira. Eu preferi tentar...

- Não vão! - rosna. - Por que Fernando te daria um dia de compras para depois te matar?

- Para me usar e matar depois. Meio óbvio!

Dianna resmunga, rosna, depois olha para mim.

- Eu vou deixar passar dessa vez. - avisa em tom de ameaça. - Mas, na próxima, reze para não ser pega pelos outros seguranças. Eu sou boa, mas eles não.

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