• S/n Pov •
Eu acordei de manhã com o barulho de alguém abrindo a porta.
........... - Onde ela tá? - Uma voz masculina disse, eu não conseguia ouvir direito já que estava mal alimentada.
........... - Na sala. - A porta foi fechada e eu escutei passos vindo em minha direção.
........... - Que lindo - Falou meu pai - Eu recebo uma ligação do seu namorado dizendo que você tá brincando de caçadora e matando todo mundo. - Ele disse irritado.
S/n- A pai... - Resmunguei e levantei a cabeça - Eu não tenho culpa, iriam me matar se eu não fizesse nada, e olha, não sei se você sabe, mas não fui eu quem quase matei a Hope, foi o seu genrinho aí - Apontei com a cabeça para Tom, já que era ele quem tinha ido receber o meu pai.
Sirius- Espera isso é verdade? - Ele se virou.
Tom- Isso não vem ao caso, mas por culpa dela, agora eu sou um vampiro e estou com uma garota presa no meu porão.
Sirius- Você podia ter enfiado uma adaga, prendia com cordas de bruxa e enviava pra família dela. - Ele falou exatamente oque Tom fez.
S/n- Nossa pai que inteligente, acredita que essa foi a primeira coisa que eu pensei em fazer - Disse num tom de deboche e ele se aproximou.
Sirius- Se você ficar de gracinha assim, eu não vou te ajudar, eu vou te largar S/n. Eu sei que esse é o seu maior medo, ficar sozinha, então você se comporte e cria vergonha na cara que além de adulta você é mãe.
S/n- É, mas é difícil ficar de boa com fome. Estou sem me alimentar a pelo menos 10 horas e caso não saiba, meu bebê suga minha energia.
Tom- Vou buscar sangue - Ele vai até a geladeira e trás bolsas de sangue. - Toma - Ele colocou na minha boca e eu tomei tudo.
S/n- Quero mais.
Tom- Não, você vai tomar só o necessário para hidratar o bebê e ficar viva.
S/n- Pai! Ele tá me deixando passar fome!
Sirius- Dessa vez eu concordo com ele, você passou dos limites. Desligar a humanidade não era uma opção e mesmo assim você fez isso, agora, eu vou ter que sair pra buscar uma coisa.
S/n- Buscar oque?
Sirius- Não é da sua conta - Ele se vira e Tom o acompanha até a porta.
Tom- Tenta resolver isso com a família da Hope e volta o mais rápido possível. - Escutei a conversa deles.
Sirius- Eu vou, mas a garota tá inteira né?
Tom- Tá sim, eu a coloquei no seu porta malas.
Sirius- Ok, até depois garoto.
Tom- Até - A porta se fecha e Tom sobe para o quarto dele sem falar comigo. Mattheo não apareceu e eu não tinha nada para fazer, a não ser ficar olhando para o teto.
* Algum tempo depois *
Sirius- Cheguei - Ele disse com uma caixa na mão.
Tom- E os Mikaelson? Oque vão fazer?
Sirius- Nada, eu entreguei Hope para eles e ela irá ficar sobre observação, o estrago que já causou foi enorme - Ele me encara - E o que você fez, também.
S/n- Eu já vi essa caixa antes... - Disse olhando para ela.
Sirius- Sim, é a caixa de terapia.
S/n- A não, pra que você trouxe isso? Acha que esse pedaço de madeira vai trazer minha humanidade de volta?
Sirius- Sim, e enquanto você estiver lá, aproveite bem e pense em tudo que fez - Ele abriu a caixa e eu senti meu olhos fechando e depois os abri e estava deitada em uma cama.
............- Olá pequena - Uma voz masculina fala comigo e eu olho para o lado - Que bom que já acordou. - Tentei levantar mas estava presa na cama.
S/n- Klaus... - O homem estava com uma faca na mão e apontava ela para meu pai e minha irmã.
Klaus- Sabe, fiquei sabendo que você desligou a sua humanidade e pretende nunca mais liga- lá, será que se eu matar a sua família na sua frente ela não volta? - Ele sorri e arca uma sombrancelha.
S/n- Você não mataria a minha família, eu sou amiga da sua filha, você nunca daria essa decepção para ela.
Klaus- Meu nome é Klaus Mikaelson, o mundo só de escutar meu nome treme de medo. Sou o híbrido original com mais de mil anos, você acha que em eu não mataria duas pobres pessoas na sua frente?
S/n- A Rebekah foi sua namorada, como pode querer mata- lá?
Klaus- Ela foi uma distração, eu não me apaixono por ninguém, eu sou frio, calculista, e amaldiçoado, uma abominação não merece ser amada.
S/n- Então porque seu pai foi rude com você, eu tenho que perder o meu? - Ele me encara sério e coloca a faca no pescoço do Sirius. Nessa hora eu senti algo aparecendo dentro de mim, parecia ser medo mas eu lutei para que fosse embora.
Klaus- NUNCA MAIS FALE NAQUELE DEMÔNIO! - Eu me assusto e meu pai tenta gritar mas ele e Rebekah estavam amarrados com fita na boca. - Até você acordar para a vida real eu vou lhe fazer sofrer - Ele corta o pescoço do meu pai e o mata na minha frente.
S/n- NÃO - Gritei e fiquei sem emoção, eu sabia que ele queria ligar a minha humildade e estava quase conseguindo, mas isso teria que me fazer sofrer mais ainda.
Klaus- Ainda não ligou? - Ele vai até o lado da minha irmã.
S/n- Não... - Sorri - Matar a minha família não basta, eu sou que nem você, um monstro... Não mereço e não sinto amor.
Klaus- Ok, já que não insistiu para eu poupar a vida dela - Ele coloca a faca no pescoço de Rebekah e a mata também - Você vai ligar S/n, custe oque custar - Ele joga a faca no chão e eu fecho os olhos tentando controlar minhas emoções. Eu sabia que a minha humanidade ia voltar.
Tom- Acorde S/n - Tom fala e eu abro os olhos. Agora eu estava em outro quarto amarrada na cama, e na minha frente tinha um berço, quando olhei para baixo minha barriga tinha desaparecido.
S/n- Espera, cadê o meu beb- ele me interrompe.
Tom- Nosso filho? A, ele já nasceu, está aqui dentro - Ele olha dentro do berço e eu ouço um som de bebê.
S/n- Eu não consigo o ver, me mostra por favor - Levantei a cabeça mas não conseguia ver dentro do berço.
Tom- Porque? - Ele me encara sério e pega uma pequena almofada - Não era você que queria que o bebê morresse?
S/n- Tom, não...
Tom- Você mesma queria o matar, então agora vamos nos livrar dele.
S/n- Oque?! - Disse espantada, agora eu não estava conseguindo por mais que eu lutasse eu sentia aquela sensação de desespero surgindo.
Tom- Você é fraca, arrogante, impulsiva, e idiota, ninguém quer você S/n, ninguém se orgulha de você...
S/n- Para - Fechei os olhos e virei a cabeça para o lado.
Tom- Nosso filho não merece você como mãe.
S/n- ME DEIXA EM PAZ! - Me virei para Tom e gritei. Ele só me encarou rindo.
Tom- É impressão minha ou a sua humanidade voltou? - Ele começa a brincar com a almofada entre as mãos.
S/n- Para de encher o meu saco e me solta. - Disse quase sem forças, eu não conseguia creer que aquele era o Tom.
Tom- Não, você ainda merece sofrer mais um pouco, só para aprender o quão ruim você é. Sabia que amanhã é o meu aniversário? E você nem se preocupou em me dar parabéns ou me dar uma festa mesmo eu odiando. Sem contar que não conseguiu me salvar e acabei virando vampiro por sua culpa, e agora... - Ele encara o bebê - Ele irá sofrer por todos os nossos pecados - Ele coloca o travesseiro na cabeça no bebê e começa a apertar, rapidamente um choro abafado invade o lugar.
S/n- TOM PARA! - Ele começou a rir diabolicamente e eu comecei a me debater na cama e a chorar - POR FAVOR, PARA! - Quando olhei para o lado eu estava em pé parada olhando para mim mesma.
........... - Você perdeu, eu consegui voltar. - Não era eu, e sim a minha humanidade.
S/n- PARA, VOCÊ VAI O MATAR! - Gritei desesperada com os gritos do bebê e de repente uma palavra apareceu na parede em cima do berço - Sacrifício... - Li ela e abri os olhos, quando vi, estava chorando amarrada em uma cadeira com Tom e meu pai me olhando. Tudo aquilo era ilusão da caixa de terapia.
Tom- S/n? - Ele diz preocupado.
S/n- Me desculpa... - Desabei - É tudo culpa minha... Eu sou uma péssima pessoa, eu não mereço viver.
Sirius- Deu certo - Ele me solta da cadeira e eu o abraço.
S/n- Pai, eu sou um monstro.
Sirius- Não filha, você não é um monstro. Você só errou.
Tom- Oque aconteceu lá?
S/n- Foi horrível Tom - O abracei e ele retribuiu - Me desculpa... Por favor me desculpa. Eu fui uma péssima namorada, eu beijei seu irmão na sua frente e por culpa minha você é um vampiro - A culpa caiu sobre mim.
Tom- Meu amor - Ele coloca a mão sobre a minha cabeça - Eu te desculpo...
S/n- Eu não mereço o seu perdão... Eu sou uma abominação, porque sou assim?
Sirius- S/n, sua humanidade voltou, todas as emoções vão se misturar e a culpa vai vir, mas entenda, você errou mas não tinha como arrumar, agora, você pode.
S/n- Eu sei pai, mas eu tenho medo, medo de ser tão ruim ao ponto de não conseguir ser uma boa mãe para meu filho.
Sirius- Você vai ser uma boa mãe, eu sei disso.
S/n- E se eu não for?
Tom- Você vai ser! A melhor mãe do mundo!
S/n- Obrigada - Puxei meu pai para um abraço triplo. - Eu não sei como vocês não desistiram de mim, até eu desistiria.
Sirius- Eu nunca vou desistir de você filha, nunca.
Tom- Nem eu.
S/n- Até mesmo por eu ter beijado seu irmão?
Tom- Eu fiquei muito magoado.
S/n- Mais um motivo para eu não merecer o seu perdão...
Tom- Ei, não tem problema, eu sei que você nunca faria aquilo de verdade, nem você e nem o Mattheo.
S/n- Eu me sinto tão culpada...
Tom- Mas eu não ligo. S/n, só de você estar aqui de volta e mostrar que se arrepende já mostra que merece perdão.
S/n- Eu nunca irei me perdoar por isso...
Tom- Eu te perdoei, agora vamos ignorar isso, seu pai está aqui, e nós queríamos fazer uma janta em família, o Harry vai vir aqui também.
S/n- Tudo bem... - Disse cabisbaixa.
Tom- Ei - Ele coloca a mão no meu queixo e o levanta - Você é a pessoa mais importante pra mim no mundo, não se culpe, nós erramos e é com os erros que crescemos e amadurecemos.
S/n- E se eu cometi o mesmo erro duas vezes?
Tom- Foi porque da primeira vez você não aprendeu, agora a lição foi maior, né? - Ele limpou as minhas lágrimas - Oque foi que você viu na caixa de terapia?
S/n- Eu estava presa numa cama e Klaus Mikaelson apareceu com uma faca e matou meu pai e a minha irmã na minha frente.
Sirius- Meu deus, que horrível.
S/n- Depois disso eu mudei para outro quarto e continuava presa numa cama, aí tinha um berço na minha frente e o nosso filho estava lá dentro. - Falei olhando para Tom - Você pegou um travesseiro e começou a sufocar o bebê até a morte.
Tom- Meu deus - Ele me olha incrédulo - Que ridículo, eu nunca faria isso!
S/n- Eu sei, por isso mesmo, a caixa de terapia cria ilusões e faz com que você não saiba que são falsas, quando ela alcança o real objetivo aparece uma palavra e quando você a lê ela te tira de lá.
Sirius- Ainda bem que a sua humanidade voltou então com tudo isso.
S/n- Sim, pai...
Tom- Bom, sobe lá em cima e vai tomar banho, eu vou arrumar aqui baixo e seu pai vai começar a fazer a comida.
S/n- Você sabe cozinhar desde quando pai? - Dei uma risada leve lembrando que tudo que meu pai cozinha, ele queima.
Sirius- A você sabe, eu tenho meus dotes - Ele diz rindo mas na verdade ele é horrível na cozinha.
S/n- Só não queima a comida tá?!.
Sirius- Ok - Ele piscou e eu subi para tomar banho, tudo que eu precisava era um banho para relaxar e esquecer tudo aquilo que eu vi, e fiz.