All You Want | Dramione

By moonletterss

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O oitavo ano em Hogwarts deveria ser o ano de Hermione. E é, mas não do jeito que ela espera. Fic ômegaverso... More

01. Em que tudo deixa de fazer sentido
02. Você não sabe o que tem até que tudo acabe
03. Você recebe o que precisa
04. Sinto o modo como você me quer
05. É apenas curiosidade
06. Em um mar de apaixonados
07. O mundo dele continuará girando
08. Então, deixe-me ir, deixe-me ir
09. Estou tentando acalmar minha respiração
10. O que está acontecendo?
11. Eu fico um pouco nervosa perto de você
12. Tão perto de ter você nos meus lábios
13. Eu não sei como é ser você
14. Posso te chamar de meu?
15. Talvez possamos encontrar novas maneiras de nos desfazermos
16. Eu queria ser um pouco mais amada
17. Meu coração e eu não nos damos bem
18. E como você, como você pode simplesmente ir embora?
19. Eu estive pensando demais, me ajude
20. Entenda como meu cérebro funciona
21. Todo esse sangue ruim aqui
22. Diga-me o que há em sua cabeça
23. Tudo parece certo
24. Entre nós dois
25. Quero que você seja mais feliz
26. Seja minha para sempre
27. Meu coração finalmente confia em minha mente
29. Você tem esse poder sobre mim
30. Eu preciso disso
31. Estou com ciúmes, sou excessivamente zelosa
32. Meu mundo é só você
33. Sinto seus lábios se mexendo
34. O único para mim é você
35. Tudo o que você quiser
36. Epílogo: Venha o que vier

28. Gostos particulares

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By moonletterss

Hermione sentiu uma sensação mesquinha de satisfação com a surpresa de todos por ela estar namorando Draco Malfoy seis meses após a batalha de Hogwarts. Nos primeiros dias, a escola parecia estar em um estado de negação atordoada. Ninguém tentou nada porque todos pareciam espantados demais para pensar em algo para fazer.

Hermione e Draco tentaram evitar lugares públicos. Eles tomaram longas rotas tortuosas através do castelo e estudaram em cantos isolados da biblioteca.

Hermione recebia olhares penetrantes quando esperava Draco sair das aulas. Mas apesar de tudo, ela e Draco foram deixados sozinhos. Hermione só precisava se preocupar com Pansy – que não fizera nenhum esforço para esconder sua desaprovação – e Harry e Rony, a quem havia enviado cartas informando que ela e Draco estavam em um relacionamento. Ela adicionou um pós-script com uma lista de maldições criativas que ameaçou usar caso recebesse qualquer reclamação sobre o assunto.

Hermione se preocupava principalmente com Pansy, porque não conseguia descobrir o que a garota estava planejando. A sonserina observava friamente Hermione do outro lado do Salão Principal como se estivesse esperando ou desafiando Hermione a fazer algo.

Hermione tentou várias vezes encurralar e falar com Pansy, mas ela quase nunca ficava sozinha. Finalmente Hermione pediu a Ginny para formar pares para as rondas.

Ginny ergueu uma sobrancelha cética.

— Parkinson, sério? O que é isso? FALE para sonserinos? Você está planejando adotar todos eles?

Hermione revirou os olhos.

— Na verdade, preciso falar com ela e ela está me evitando.

— Então sua solução é fazer rondas com ela? Você não pode simplesmente lhe mandar uma coruja? Neville é a única pessoa que faz rondas com ela. Eu tentei e quase a enfeiticei com a azaração para rebater bicho papão antes de chegarmos na metade do castelo.

Hermione balançou a cabeça.

— Precisa ser pessoalmente. Acho que ela pensa que estou me aproveitando de Draco, sinto que é uma conversa que não deveria acontecer por corujas. — Ela deu a Ginny um olhar penetrante. — Ela não é tão ruim assim. Um pouco espinhosa, talvez. Mas é muito leal aos amigos.

Ginny fez uma careta.

— Pansy Parkinson é o que você obteria se cruzasse um porco-espinho com uma espingarda de ponta explosiva. Ela manteve a cabeça muito baixa no ano passado. — Ela encolheu os ombros e rabiscou uma nota na programação dos monitores. — Tenho certeza de que Neville ficará grato pela pausa. Ela está na programação para daqui a dois dias.

— Tudo bem. Está ótimo. Obrigada, Gin.

Ginny fez uma careta.

— Certo. A propósito, como vão as coisas entre você e Malfoy?

Hermione deu um pequeno sorriso e inclinou a cabeça de um lado para o outro.

— Estamos apenas começando a nos conhecer. Quase sempre fazemos muitos deveres de casa. A carga horária no momento é um pouco intensa. Todos os projetos devem ser concluídos antes do feriado de Natal, então tudo deve ser entregue em uma ou duas semanas.

Ginny concordou.

— Até mesmo Bill e Percy diminuíram para oito N.I.E.M.s no último ano. Não acredito que você decidiu fazer nove.

Hermione encolheu os ombros.

— Ainda não sei o que quero fazer depois de me formar, então quero manter minhas opções em aberto. Bill e Percy eram ambos Monitores-Chefes, então eu tenho mais tempo livre que eles.

— O que Malfoy está fazendo com tantos?

Hermione olhou para o chão.

— Ele está banido de todas as atividades extracurriculares. Eu acho que é algo para se fazer.

Houve uma pausa e Gina se remexeu. Hermione ergueu os olhos. — O quê?

— Não é nada — Ginny disse facilmente.

—O que foi?

Gina inclinou a cabeça para o lado.

— Não sei se vale a pena mencionar. É meio que um boato, sabe. Não quero que você sinta que estou tentando sabotar as coisas.

Hermione deu a Ginny um longo olhar e bufou.

— Apenas me diga.

— Eu apenas... semana passada, antes que você e Malfoy estivessem namorando e sendo complet... um casal, eu o ouvi na biblioteca com Daphne Greengrass.

Hermione piscou e engasgou ligeiramente.

— Com Daphne?

Ginny empalideceu e acenou com as mãos.

— Não, não! Deus, não! Não tipo com ela. Apenas falando com ela. Você sabe como ela tem estado atrás dele o ano todo.

Hermione deu um breve aceno de cabeça. Ela havia notado a perseguição obstinada de Daphne por Draco desde que ele entrara no compartimento de Hermione no Expresso de Hogwarts. Daphne era aparentemente impossível de dissuadir porque mesmo depois que Hermione e Draco se tornaram "oficiais", Daphne continuou a pairar ao redor de Draco sempre que tinha uma chance.

Hermione encontrara Daphne encurralando Draco quando foi procurá-lo depois de História da Magia. Quando Draco avistara Hermione, ele ficara vermelho e quase derrubara Daphne na pressa de agarrar Hermione e fugir.

Hermione tentara lhe perguntar sobre isso, mas ele parecia extremamente desconfortável em discutir a situação.

— De qualquer forma, Daphne estava tentando conseguir um convite para que ela e Astoria fossem à Mansão Malfoy durante as férias.

— Oh. — Hermione disse em voz baixa.

Seu próximo cio seria durante as férias. Durante o Natal.

Hermione estava tentando não pensar nisso; tentando não pressionar ou presumir nada sobre o relacionamento dela e de Draco. Mas ela meio que pensara...

Bem, ela e Draco não estavam namorando na época da conversa dele com Daphne. Ele geralmente ia para casa nas férias. Não era como se a maioria das pessoas pensassem na vida em ciclos de três meses.

Falar com ele sobre seu próximo cio estava em sua lista de afazeres, mas ela continuava adiando, na esperança de serem "oficiais" pelo menos por uma semana antes de lhe pedir para pular as férias de Natal e transar com ela durante seu cio. Ainda não tinha havido um momento muito adequado para essa conversa.

Ginny continuava alheia ao processamento interno de Hermione.

— Malfoy não estava interessado no que quer que Daphne estivesse tentando. Mas então Daphne mencionou algo e lembre-se de que isso é apenas boato, estou apenas contando o que ouvi, mas... — Ginny engoliu em seco. — Aparentemente Malfoy joga nos dois times. Se você sabe o que quero dizer.

Hermione piscou, arrastada de sua meditação sobre o cio que se aproximava.

— O quê?

Gina se mexeu e enrolou um dedo no cabelo.

— Daphne estava dizendo que Malfoy basicamente passou o verão inteiro transando com Nott e Zabini. O que não prejudica o que vocês estão fazendo. — Ginny acenou com as mãos sem jeito para Hermione. — Eu simplesmente... pensei que você gostaria de saber isso. Malfoy é bissexual. Realmente não afeta as coisas para você, já que você é uma Ômega. E obviamente ele namorou a Pansy também, então presumo que ele corte para os dois lados... — Ginny estudou Hermione e pulou ligeiramente. — E lembre-se! É apenas um boato. Eu poderia ter entendido errado. Talvez eu tenha entendido mal. Eu apenas... pensei em mencionar isso.

— Draco estava transando com Theo e Blaise durante o verão? — O tom de Hermione falhou em capturar as profundezas de seu espanto.

— Acho que sim. — O rosto de Ginny se contraiu. — Por favor, não me odeie por te dizer isso.

Hermione ficou olhando confusa para Ginny.

Draco era bissexual? Ela não se importava. Nem necessariamente parecia relevante. Simplesmente parecia... improvável.

Draco era amigo de Theo e Blaise. Amigos próximos. Mas Hermione nunca tinha notado nenhum tipo de interação com eles que parecesse particularmente familiar no sentido físico. Não do jeito que Draco a tocava. Mas talvez o comportamento dele perto dela fosse mais incomum devido aos fatores biológicos.

Draco realmente não a permitia tocá-lo. Ele era obsessivo em tocá-la e lhe dar prazer, como os Alfas costumavam ser. Mas sempre que ela tentava retribuir, além de lamber e acariciar suas glândulas, ele sempre era rápido em puxar suas mãos e prendê-la até que ela parasse. Apesar das inúmeras vezes em que eles transaram, ela mal tocara seu pênis com as mãos.

O que indicava...

Ela não tinha certeza do que isso indicava.

Ela continuou olhando fixamente para Gina, sentindo como se seu cérebro estivesse preso em um espirógrafo.

Supostamente, Draco fizera sexo com Theo e Blaise durante o verão. Muito sexo, de acordo com o que Ginny tinha ouvido. Ao mesmo tempo? Draco participava de trisais? Ele era poliamoroso também?

E... vale a pena notar, ele esteve envolvido em um ménage só para homens durante o verão, quando disse que gostava dela.

A cabeça de Hermione latejava de confusão.

Não fazia sentido.

Em seguida, havia Theo. Que também supostamente gostava dela.

Os sonserinos eram bissexuais, como regra?

Sua mente continuava girando.

— Você quer que eu simplesmente pergunte a ele? — Ginny interrompeu as reflexões internas de Hermione.

— Não. Eu vou perguntar. — Hermione dispensou Ginny. — Estamos tentando melhorar nossa comunicação de qualquer maneira. Este será um degrau para nós. Eu suponho.

Hermione estava tentando imaginar como seria a conversa.

Draco, você é bissexual? O que você fez no verão? Você já esteve em um trisal? Houve alguma mulher participante? Theo ficou chateado porque estávamos fazendo sexo pois ele gosta de mim ou porque gosta de você? Por que você e Pansy realmente terminaram? Existe uma razão para você não me deixar te tocar?

Hermione se afastou de Ginny, ainda perdida em pensamentos.

Ela se viu fora da sala de aula de Feitiços de Draco. A porta se abriu e os alunos saíram. Os olhos de Draco brilharam quando ele saiu e a viu.

Pensamentos sobre Draco sendo um bissexual poliamoroso desapareceram abruptamente.

— Aqui está minha guarda-costas do tamanho de um gnomo para me escoltar pelos corredores — ele disse com a voz seca enquanto caminhava até ela. Hermione bufou.

Ele sorriu e pegou a mão dela enquanto se dirigiam para a biblioteca.

— Embora, apesar de sua estatura, você seja muito mais assustadora do que Crabbe e Goyle já foram.

Hermione revirou os olhos e zombou.

— As pessoas não têm medo de mim.

Draco parou de andar e olhou para ela.

— As pessoas têm medo de você. Você... não está ciente disso?

Hermione sorriu para ele e balançou a cabeça.

— Elas não têm, Draco.

Draco suspirou e assumiu uma expressão como se estivesse explicando feitiços do primeiro ano para ela.

— Hermione, não se ofenda, mas você é a pessoa não-má mais assustadora que já conheci.

Hermione abaixou o queixo, erguendo as sobrancelhas enquanto bufava alto e indignada.

— Eu? Sério? Não é Harry, que realmente derrotou Voldemort? Ou Molly Weasley, que derrotou sua tia? Ou Neville? Ele cortou a cabeça de Nagini com uma espada. E quanto a Rony? Ele e Neville são os que derrubaram Fenrir Greyback. — Ela balançou a cabeça. — Não sou uma flor, mas dificilmente sou a pessoa não-má mais assustadora. Não sou nem um pouco assustadora. Eu sou muito amigável.

Draco revirou os olhos.

— Certo.

Hermione fungou afetadamente e se virou para continuar em direção à biblioteca.

— Não é como se você tivesse prendido uma jornalista em uma jarra e depois a chantageado no quarto ano. — A voz arrastada de Draco flutuou pelo corredor.

Hermione congelou e se virou para olhar para ele.

— Como você sabe disso?

Ele deu de ombros e a alcançou.

— Sonserino.

Hermione bufou e o cutucou nas costelas.

— Dizer a Rita Skeeter para enfiar a pena na bunda dela se ela não quisesse ser relatada como uma animaga ilegal dificilmente me torna assustadora.

Ele pegou a mão dela antes que ela pudesse cutucá-lo novamente.

— Talvez não como um incidente isolado. Mas então há azarar o rosto de uma garota permanentemente no quinto ano e incitar centauros em Umbridge. E não vamos esquecer aquela varinha que você ainda carrega. — Draco deu a ela um olhar penetrante.

Hermione puxou a mão e mexeu no bolso de suas vestes onde a varinha de Bellatrix estava, olhando para seus sapatos. — Isso é só por causa da falta de varinhas. Não é como se eu quisesse usar. Olivaras ainda está se recuperando; com todos os primeiros anos e nascidos-trouxas presos cujas varinhas foram tiradas deles, parecia egoísmo tentar conseguir uma nova varinha quando ainda há tantas pessoas que não têm nenhuma. — Ela olhou para Draco. — Quase nem funciona para mim. Então, se é algo, isso prova que não sou assustadora.

Draco balançou a cabeça e exalou bruscamente pelo nariz. Ele estendeu a mão e tocou ao longo de sua cintura.

— Hermione, o fato de não ser você quem derrotou Greyback ou cortou a cabeça de uma cobra gigante não afeta o quão assustadora você é. Longbottom, Weasley e Potter têm seus momentos, admito, mas a diferença é que eles sabem disso. Potter sabe muito bem que ele nunca superará o Lorde das Trevas. O momento culminante de Longbottom como uma lenda da Grifinória foi decapitar aquela cobra. Weasley descreveu ter derrubado Greyback para cada repórter com quem ele fala. — Draco a segurou pelos ombros. — Você, por outro lado, não considera nada que faça como irracional ou fora do comum. Você é assustadora sem perceber. Acredite em mim, o restante da escola não deixou de notar. Eu ando pelos corredores agora como se tivesse um feitiço de barreira preso a mim, cujo um diâmetro é de quase dois metros e ao qual Blaise se refere como O Medo de Granger.

Hermione revirou os olhos com tanta força que pensou momentaneamente que eles tinham ficado presos.

— Isso... é porque Ginny intensificou as medidas anti-bullying.

— Não, não é; os monitores também estão com medo de mim agora. Pode ter escapado da atenção de você, Potter e Weasley, mas a maior parte da escola tem medo de você desde o quinto ano. Você é minúscula e assustadora e... — ele sorriu maliciosamente — ... isso a torna muito sexy.

Hermione deu uma risada baixa e desistiu.

— Tudo bem, tudo bem. Eu sou sua namorada muito, muito assustadora do tamanho de um gnomo. A escola inteira treme de medo de mim, tenho certeza.

— Eles realmente tem medo de você. — Draco concordou.

— O que isso faz de você, então? — Ela olhou para ele. — Se eu for a assustadora?

Draco piscou e então sorriu, encolhendo os ombros descuidada e arrogantemente.

— Sortudo.

Hermione não queria agarrá-lo no meio de um corredor, mas quase não havia ninguém por perto.

Ela agarrou suas vestes e o puxou para baixo até que seus lábios encontrassem os dela.

— Sabe, às vezes você também é bastante assustador — ela disse após um minuto. Ela recuou o suficiente para olhar em seus olhos. — Quando você está sendo protetor comigo. É bastante assustador e sexy também.

Ele sorriu.

— Essa é a ideia geral, aterrorizante para eles, sexy para você.

Ele a apoiou na parede e a beijou. Se alguém passasse por eles, ou olhasse, ou dissesse algo depreciativo, Hermione e Draco não perceberiam.

Várias horas depois, quando eles terminaram seu período de estudo na biblioteca, a mente de Hermione voltou para sua conversa com Ginny.

Ela começou a ensaiar maneiras de trazer o assunto à tona.

Isso importa? Sim e não.

Ela estava bastante certa sobre seus sentimentos. Havia uma intensidade inegável entre eles. Quando seus olhos se encontravam às vezes, ela sentia suas emoções.

Ela tinha quase certeza de que era real, que não era apenas a biologia os manipulando. Mas ainda havia momentos em que temia estar se iludindo. Ela desejou poder deixar de ser uma Ômega por um dia, apenas para interagir com Draco e ter certeza de que não era apenas uma ilusão hormonal.

Ela não sabia onde encaixar um caso de verão com Blaise e Theo em sua estrutura mental.

Não era como se eles tivessem discutido suas histórias sexuais. Talvez ele apenas tivesse feito sexo casualmente com seus dois melhores amigos porque ele era um Alfa com tesão. De alguma forma, isso parecia duvidoso. Quanto mais ela o conhecia, mais parecia que Draco realmente não era o tipo que fazia sexo casual.

Então, sexo a três não-casual?

Se sim, onde isso os deixava? Draco era possessivo com ela. Mas não era como se os traços possessivos dos alfas os tornassem inerentemente monogâmicos.

Se Draco fosse poliamoroso, ela queria saber. Porque se ele esperava que ela eventualmente o compartilhasse com qualquer outra pessoa, homem ou mulher. Bem... ela precisaria de um tempo para pensar sobre isso.

A ideia de outra pessoa o tocando fazia seu peito se apertar e sua cabeça latejar de forma que ela mal conseguia ver direito.

Mas e se ele realmente estivesse e não contasse a ela porque, como um Alfa, seu imperativo biológico era agradá-la?

Agora que aquilo estava em sua mente, a incomodava intensamente se o seu relacionamento sexual era unilateral. Não era como se ela não tivesse tentado lhe tocar, mas toda vez que ela estava lúcida o suficiente para tentar, Draco intencionalmente a atrapalhava.

Por que ele não iria querer que ela o tocasse? Não era uma coisa Alfa. Ela havia lido livros suficientes sobre o assunto para ter certeza disso. Era algo a ver com Draco, pessoalmente.

Talvez ela tivesse sido realmente péssima nas coisas quando estava no cio e não se lembrava.

— Vamos para o nosso quarto — disse abruptamente.

Draco olhou para ela.

— Agora?

Hermione corou.

— Sim. Agora. Se você quiser. Se não quiser, não precisamos.

— Você está bem?

As sobrancelhas de Draco se juntaram enquanto ele a estudava cuidadosamente. Ele estendeu a mão e encostou no pulso dela.

— Estou bem. — Sua voz saltou ligeiramente. Ela engoliu em seco e encolheu os ombros. — Não é... eu só queria ir, de qualquer maneira. Só... porquê... — Ela olhou para ele, procurando uma reação. — Eu só queria porque somos nós e não por qualquer outro motivo.

Ele a encarou por mais um segundo, então os cantos de seus olhos se enrugaram e ele sorriu.

Eles faziam isso quando era um sorriso verdadeiro, ela percebeu. Seus olhos sorriam primeiro, o resto de suas feições o seguiam um momento depois. Mesmo quando sua expressão permanecia impassível, ela podia vê-lo sorrir pelo canto dos olhos às vezes.

— Certo.

Ela sorriu de volta para ele.

No momento em que a porta do quarto foi fechada, ela largou a bolsa no chão e se virou para ele. Agarrou suas vestes com as duas mãos, beijou-o e o empurrou através da sala em direção ao sofá.

— Grang... Hermione — ele disse em um tom confuso enquanto evitava por pouco tropeçar na mesa de café e então caiu de costas no sofá. — O que você está fazendo?

— Estou te beijando — ela disse enquanto subia em seu colo, montando nele enquanto se arqueava e o beijava novamente, de modo ardente. Então ela recuou e enredou os dedos em seus cabelos. — Estou sentada em cima de você. Agora estou beijando você de novo.

Ela capturou sua boca com a dela mais uma vez.

— Sim — ele jogou a cabeça para trás e olhou para ela. — Eu entendi isso. Mas você parece... — ele fez uma pausa, claramente incerto sobre como expressar o que queria dizer. — Isso é um pouco diferente... do normal.

Hermione ergueu as sobrancelhas.

— Estamos namorando há poucos dias. O que é normal?

Sua boca se contraiu.

Ela se inclinou e o beijou de leve no canto da boca.

— Eu apenas... normalmente quando estamos juntos, eu... — Ela engoliu em seco. —Eu quero que seja mais nós e menos eu.

Draco deu uma risada baixa, pegou o rosto dela entre as mãos e beijou sua testa.

— Confie em mim, Hermione, não tenho nenhuma reclamação.

Hermione enrijeceu ligeiramente.

— Bem, eu tenho.

Os olhos de Draco se arregalaram e sua expressão vacilou.

Hermione se apressou.

— Incomoda-me que eu não faça nada. Não quero ser apenas passiva ou carente. Também quero fazer coisas com você.. se quiser. Você... — ela traçou os dedos por seu torso — ... quer que eu... faça coisas com você?

Ela o estudou com cuidado. Sua íris se expandiu nitidamente.

Ela sentiu o calor se agitar em seu abdômen. Inclinou-se e beijou seu pescoço abaixo da orelha.

— Deixe-me... — ela sussurrou — Deixe-me fazer isso por você. Por favor, Draco.

Ela se recostou na cadeira e olhou para ele.

— Eu posso?

— Eu não vou objetar se você quiser. — Sua voz parecia ter caído em algum lugar de seu peito. As palavras pareceram vibrar no ar. — Mas você não precisa...

Ela o interrompeu com um beijo e depois se recostou.

Hermione estremeceu. Ela duvidava que ele estivesse ciente disso, mas no momento em que ela sussurrou em seu ouvido, os feromônios dele encheram o ar até parecer que uma cortina os envolvia.

Ela podia sentir a vibração da dinâmica entre eles. Dominante. O Alfa dela. Submisso. A Ômega dele. Como se ela tivesse desbloqueado algo que ele estava mantendo cuidadosamente contido.

Ela se inclinou e o beijou. Lentamente. Profundamente. Ela deslizou a língua para fora e provocou seu lábio inferior antes de prendê—lo levemente entre os dentes. Suas mãos escorregaram e começaram a desabotoar sua camisa enquanto ela arrastava beijos ao longo de sua mandíbula até que a cabeça dele caiu para trás.

Ela abriu a camisa dele e recuou, passando as mãos ao longo de seu pescoço para que os polegares roçassem suas glândulas de cheiro. Ele estremeceu e respirou fundo.

Ela deslizou as mãos pelo torso dele e se inclinou para frente, pressionando os lábios contra a glândula de um lado de seu pescoço. Ela respirou fundo e sentiu sua espinha formigar com o cheiro inebriante e opressor dele.

Eu quero ser boa para você. Eu quero ser o suficiente para você. Eu quero te fazer feliz, tão feliz quanto você puder ser.

Ela deu um beijo na outra glândula e então recuou. Seu pulso estava acelerado e ela estava mais ansiosa com o que estava fazendo no momento do que quando o convidara para sair.

— Se eu fizer algo de que você não gosta, pode me dizer.

Ela estava ficando quente com uma mistura de nervosismo e excitação. O pênis dele estava duro, pressionado contra sua calcinha enquanto ela montava nele.

Ela lutou contra o desejo instintivo de se esfregar contra ele. Se ela ficasse com mais tesão, poderia perder a cabeça e estragar as coisas.

Ela encontrou os olhos de Draco enquanto lentamente se abaixava. Abaixou a cabeça e roçou os lábios em seu torso. Sentiu as cicatrizes em seu peito sob os lábios. Beijou-as. Ela deslizou mais para baixo até que estava fora de seu colo e ajoelhada entre suas pernas. As mãos dela estavam descansando levemente em seus joelhos.

Ela olhou para ele.

Os olhos dele estavam negros e a maneira como ele a olhava fez com que ela perdesse o fôlego. A sala parecia tensa com a intensidade que emanava dele. Ele parecia quase congelado enquanto a olhava.

Seu coração batia forte no peito.

Eu te satisfaço, Alfa? Você está satisfeito comigo?

Ela ainda estava mirando seus olhos enquanto lentamente deslizava a mão por sua perna. Ela podia sentir os músculos através de sua calça e traçou ao longo de sua coxa até chegar aos botões.

Seu membro estava esticando o tecido e pulsou quando a mão dela roçou nele. Ela respirou fundo enquanto abria os botões e puxava a boxer. Seus dedos se contraíram quando ela deslizou a mão na abertura. Ela envolveu sua mão em torno de seu comprimento e o tirou.

Ela podia sentir o olhar dele sobre ela enquanto o estudava.

Ele era grande. Ela sabia que ele era muito grande, mas uma vez que estava a apenas alguns centímetros de seu rosto, de repente parecia maior.

Ela teve um momento de dúvida se sua boca se abriria tanto.

Os dedos de Draco se contraíram novamente e Hermione percebeu como ele estava completamente imóvel. Como suas pernas estavam tensas quando ela se apoiou nelas e estudou seu pau.

Ela o segurou com firmeza, inclinou-se para frente e lentamente envolveu os lábios ao redor dele. Ela ergueu os olhos e encontrou os dele.

O ar foi cortado quando Draco suspirou áspero e rapidamente por entre os dentes. A mão esquerda dele disparou e deslizou ao longo de sua mandíbula. Caloroso, reconfortante e desesperado. Ela o levou mais fundo e o toque dele desapareceu. Sua mão caiu no sofá e ele enfiou os dedos no estofamento. Ele deu um gemido baixo.

A intensidade de sua reação parecia fogo nela. Ela inalou e tentou relaxar a mandíbula e se concentrar no que estava fazendo.

Ela jogou a cabeça lentamente para trás, deslizando a língua contra ele. O peito dele arfou. Seus nós dos dedos estavam brancos. Seus olhos estavam arregalados e escuros como se ele não pudesse afastá-los dela.

Ele tinha o gosto de... ela não tinha certeza de como descrever quando sua língua deslizou por seu comprimento. Como a marcação de odores, aquilo ativou algo fundamental em sua mente. Ela podia sentir a intensidade de seu efeito sobre ele. Ele era dela. Ela era dele. Parecia que ela estava lhe dando algo que ele não se permitia desejar. Ela podia sentir o ar e cheirar a forma como os feromônios dele reagiam a ela.

Havia calor acumulando no abdômen dela.

Ela deslizou a mão ao longo de seu comprimento enquanto abaixava a cabeça e recuava novamente, passando a língua contra a parte inferior.

Draco estremeceu e deu um gemido áspero; suas mãos se estenderam e se enredaram em seu cabelo.

Ela continuou cuidadosamente, tentando encontrar o ritmo certo. Suas mãos deslizaram de seu cabelo para o pescoço, acariciando suas glândulas. Hermione deu um gemido profundo e sentiu sua mandíbula relaxar mais. Draco deu um suspiro baixo.

Ela não tinha percebido o quão intensamente excitante seria tê-lo em sua boca. O quão vividamente ela experimentaria sua resposta. Ele pressionou os polegares com mais firmeza contra suas glândulas, o que enviou uma pulsação excitante por ela. Os quadris dele se empurraram para frente enquanto ela movia a mão e o explorava com a língua.

Ela continuou até que sentiu a base de seu pênis começar a se expandir. Ela fez uma pausa. Meio que se esquecera dessa parte. Tirou a boca e o estudou, ainda deslizando a mão para cima e para baixo em seu comprimento.

Ela não percebera o quão grande o nó se tornava. Falando anatomicamente, dado seu propósito, ela sabia que tinha que ser grande, mas, de alguma forma, não tinha realmente considerado o quão realmente grande. Diagramas desenhados à mão em livros didáticos realmente não faziam justiça à visão.

— Venha aqui. — Sua voz estava grossa. O aperto no pescoço dela aumentou como se ele estivesse tentando puxá-la de volta para seu colo.

Hermione não se afastou, a pressão no membro dele aumentando enquanto ela abaixava a cabeça e pressionava beijos ao longo da parte inferior de seu comprimento; arremessando a língua para fora, beliscando suavemente com os lábios até que ela alcançou a base e arrastou levemente a língua pelo nó.

— Porra! — O corpo inteiro de Draco teve um espasmo sob ela e o aperto em seu pescoço aumentou.

Era uma forma diferente de perder o controle. Não era possessividade ciumenta. Ele estava perdendo o controle por causa do que ela fazia com ele. Suas mãos estavam quase tremendo e ele continuou escovando os polegares contra as glândulas dela repetidamente.

Boa garota. Boa garota. Você é uma boa garota. Estou muito satisfeito com você.

Ela podia sentir as palavras na maneira como ele a tocava. Ela estava quase tremendo de desejo. Ela apertou as pernas, sentindo-se dolorosamente vazia. Estava tão molhada que podia sentir o cheiro de sua excitação. Ela sabia que Draco estava sentindo o cheiro muito antes dela.

Ele estava respirando por entre os dentes e ela continuou lambendo seu nó enquanto sua mão continuava a deslizar para cima e para baixo por seu comprimento até que ela podia sentir as pernas dele tremendo.

— Venha aqui — ele disse novamente. Sua voz era um rosnado.

Hermione não foi. Ela ergueu a boca de seu nó e encontrou seus olhos. Enquanto ela olhava para ele, ela abriu a boca, envolveu seus lábios ao redor de seu pênis e o tomou tão profundamente quanto pôde.

Draco deu um gemido que era meio grunhido e sua cabeça caiu para trás. Então ele se sentou e segurou seu queixo com as mãos.

— Você é tão fodidamente perfeita... — Os polegares dele deslizaram ao longo das maçãs do rosto dela. — ... sua linda boca no meu pau. Uma Ômega tão perfeita. Sua boca é perfeita, sua boceta é perfeita e tudo em você é perfeito para caralho. Você é uma garota tão boa.

Seus olhos estavam tão escuros que ela mal conseguia ver o prata e sua expressão estava voraz e gananciosa. Ele segurou o rosto dela entre as mãos, mas a deixou manter seu próprio ritmo, não tentou empurrar sua cabeça mais do que ela podia.

Ele continuou a elogiá-la. Palavras muito sujas. Seus dedos roçaram as bochechas e queixo de Hermione, acariciando-a. Garantindo-lhe que ele estava muito satisfeito com ela.

Os lábios de Hermione se contraíram e ela teria sorrido se pudesse. Podia sentir sua saliva escorrendo dos cantos de sua boca e descendo pelo comprimento dele enquanto tentava coordenar o ritmo de sua mão e boca. Ela arrastou a língua ao longo dele, torcendo-a, e o sentiu pulsar em sua boca.

Ele caiu para trás e seus dedos se apertaram na mandíbula dela quando ele gozou.

Hermione engoliu. Não havia nada a fazer a não ser engolir. Ela engoliu e engoliu, mas não estava preparada para o quanto ele gozaria. Ela podia sentir escapando de seus lábios e deslizando para baixo em seu membro e sobre os dedos dela. Quando ele terminou, ela tirou a boca dele e cuidadosamente começou a lambê-lo para limpá-la.

A tensão nele havia derretido, mas uma de suas mãos permaneceu na mandíbula dela, acariciando suavemente sua bochecha. Hermione se concentrou em pegar cada gota. Em seu pênis, em seus dedos, em seu nó. Gentilmente.O gozo dele se parecia com um afrodisíaco; ela estava ficando tão excitada que era quase doloroso. Seus mamilos estavam duros e seu clitóris latejava cada vez que sua língua disparava para pegar outra gota.

Quando não havia mais nada para lamber, ela finalmente olhou para ele novamente. Ele estava muito duro e completamente atado para colocar de volta nas calças, mas ela quase desejou que pudesse. Para deixar claro para si mesma que aquilo não havia sido para ela. Era para ele.

Ela queria subir em seu colo e enterrar o rosto em seu pescoço.

— Venha aqui.

Foi a terceira vez que ele disse as palavras. Ao contrário das duas primeiras vezes, o tom alfa estava pesado em sua voz.

Sua voz estremeceu nos nervos de Hermione até que ela se sentiu sintonizada com ele em um nível subatômico. O calor inundou seu abdômen inferior. Ela deu um pequeno gemido no fundo de sua garganta enquanto subia em seu colo.

Ele a beijou. O gosto dele ainda estava em sua língua. Seu membro estava preso entre seus corpos e suas mãos emaranhadas no cabelo dela enquanto a beijava. Ela se apertou contra a coxa dele e arqueou seu torso contra seu corpo.

Suas mãos deslizaram para baixo e começaram a desabotoar a blusa dela.

Ela o parou.

— Não. Está tudo bem. Isso era para você.

Ele deslizou a mão em volta do pescoço dela e ela continuou segurando-o enquanto ele enredava uma mão em seu cabelo e puxava sua cabeça para trás.

— Você disse "nós", não foi? Você é parte da equação "nós".

Ela hesitou.

Ele se inclinou para frente para que seus lábios tocassem as glândulas dela.

— Eu posso sentir o cheiro do quão excitada você está. Eu pude sentir o quão excitada você ficou me chupando. Deixe-me te foder agora. Sua boca é incrível, mas sua boceta é minha. Eu quero sentir você gozar no meu pau.

As mãos dela caíram e ela o sentiu sorrir contra sua garganta.

— Boa garota.

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