All You Want | Dramione

Bởi moonletterss

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O oitavo ano em Hogwarts deveria ser o ano de Hermione. E é, mas não do jeito que ela espera. Fic ômegaverso... Xem Thêm

01. Em que tudo deixa de fazer sentido
02. Você não sabe o que tem até que tudo acabe
03. Você recebe o que precisa
04. Sinto o modo como você me quer
05. É apenas curiosidade
06. Em um mar de apaixonados
07. O mundo dele continuará girando
08. Então, deixe-me ir, deixe-me ir
09. Estou tentando acalmar minha respiração
10. O que está acontecendo?
11. Eu fico um pouco nervosa perto de você
12. Tão perto de ter você nos meus lábios
13. Eu não sei como é ser você
14. Posso te chamar de meu?
15. Talvez possamos encontrar novas maneiras de nos desfazermos
16. Eu queria ser um pouco mais amada
17. Meu coração e eu não nos damos bem
18. E como você, como você pode simplesmente ir embora?
19. Eu estive pensando demais, me ajude
20. Entenda como meu cérebro funciona
21. Todo esse sangue ruim aqui
22. Diga-me o que há em sua cabeça
23. Tudo parece certo
25. Quero que você seja mais feliz
26. Seja minha para sempre
27. Meu coração finalmente confia em minha mente
28. Gostos particulares
29. Você tem esse poder sobre mim
30. Eu preciso disso
31. Estou com ciúmes, sou excessivamente zelosa
32. Meu mundo é só você
33. Sinto seus lábios se mexendo
34. O único para mim é você
35. Tudo o que você quiser
36. Epílogo: Venha o que vier

24. Entre nós dois

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Bởi moonletterss

Os olhos de Draco se arregalaram inocentemente.

— Eu?

— Sim — Hermione apertou os lábios enquanto o olhava fixamente. — É como aquele arranhão que você teve no terceiro ano?

Draco ficou em silêncio por um momento. A expressão de Hermione ficou indignada e ela começou a se contorcer e tentar pular da cama.

— Você é inacreditável — disse, furiosa.

— O quê? Como você pode me acusar de fingir? Eu nem queria vir aqui — Draco disse, recusando-se a deixá-la escapar. — Eu queria te levar de volta ao nosso quarto e te beijar. Foi você quem me arrastou para o escritório da diretora e me fez vir aqui.

Ela parou de tentar escapar, mas continuou a olhá-lo com desconfiança.

— Eu nem pedi para você ficar. Foi você quem decidiu ficar — acrescentou, retirando as mãos. Seu olhar era reprovador. — Pode ir se quiser.

Hermione suspirou. Ela nunca teria pensado que alguém tão grande e musculoso como Draco Malfoy pudesse se parecer tanto com um cachorrinho quando estava triste.

— Eu não vou sair. — Ela revirou os olhos e soltou um longo suspiro. — Mas você tem a reputação de ser dramático demais. Eu... eu não tenho certeza de como ficar perto de você e não ser nem um pouco desconfiada.

O rosto de Draco caiu visivelmente.

Hermione sentiu uma pontada de culpa. Queria colocar as mãos sobre os olhos dele para escondê-los. Quando ele a olhava assim, ela precisava reprimir a tentação de se inclinar para frente e beijar sua expressão.

Seus olhos eram como enormes piscinas prateadas de emoção. Era como olhar para um bebê unicórnio.

— Não quero dizer que não confio em você. — Ela virou a cabeça para cima e estudou o teto. — Eu simplesmente... nós temos muita história. Isso torna tudo muito complicado. Quer dizer, olhe a bagunça que acabamos de começar a resolver. É como se fôssemos projetados para não nos entendermos. Passei os últimos meses tentando lidar com o fato de que estava dormindo com você, embora acreditasse que você não queria nada comigo. Tentar te ver de uma forma diferente de repente... são muitas conversas que de repente não entendo o significado. Muitas vezes você disse coisas e eu simplesmente presumi que fosse uma referência ao fato de eu ser nascida-trouxa. Agora eu nem sei sobre o que conversamos na maior parte do tempo quando conversamos. — Sua voz sumiu ligeiramente.

— Você poderia ter perguntado — disse ele calmamente. — Eu teria te contado, se você tivesse perguntado.

— Eu sei. — A cabeça de Hermione caiu. — Presumi as coisas porque parecia mais seguro do que perguntar. Eu não... sou muito boa em ficar vulnerável. — Hermione engoliu em seco ao olhar para ele. Seus ombros pareciam tensos. — Ter isso acontecendo comigo – a apresentação – honestamente foi mais assustador do que qualquer outra coisa que já enfrentei. Pelo menos durante a guerra eram forças externas. Mas isso está dentro de mim. É meu corpo e minha mente e parece que eles estão me traindo. Eu não sei o que fazer. Sempre fui capaz de confiar em minha mente. Ainda mais do que na magia. Minha mente é... quem sou. Mas agora sinto que não é mais. Não totalmente. — Seu olhar caiu para os pulsos. — Eu não sei qual é a maneira certa de ser corajosa em relação a tudo isso. Então... eu simplesmente decidi ficar infeliz com a nossa situação, ao invés de enfrentá-la e correr o risco de tornar tudo pior do que já era.

As mãos de Draco deslizaram ao redor de sua cintura.

— Não é sua culpa. Você nunca disse que minha liberdade condicional era a razão pela qual me escolheu para marcar o cheiro em você. Eu simplesmente não pude acreditar quando você me deu outras razões. Achei que eram para me fazer sentir melhor.

Hermione se encolheu.

— É uma bagunça. Quase perguntei ontem à noite. Estava na ponta da minha língua depois que você se desculpou, perguntar por que você foi embora. Mas então eu perdi minha coragem.

Draco levantou as mãos, apoiou-as nos ombros dela por um momento e então as deslizou para baixo para se fechar em torno de seus pulsos. Com a sensação, os ombros de Hermione relaxaram instantaneamente. Ela respirou fundo.

— Acho que ambos relutamos em arriscar o equilíbrio — ele disse.

Hermione acenou com a cabeça e olhou nos olhos dele, mordendo o lábio inferior.

— Então... agora que descobrimos que estávamos ambos errados sobre muita coisa, onde... onde exatamente isso nos... deixa?

Um sorriso afetado passou pelos lábios de Draco.

— Aqui está bom. Nós dois, bem aqui. Este é um lugar bastante bom para ficarmos.

O canto da boca de Hermione se curvou para cima e ela estendeu a mão e acariciou sua bochecha curada.

— Você realmente bateu forte com a cabeça. No momento, estou montada em você na enfermaria.

— Mas há cortinas de privacidade — Draco disse em um ronronar baixo enquanto segurava seus pulsos com mais força, pressionando contra as glândulas em seus pulsos.

Hermione deu um pequeno gemido e Draco se inclinou para frente.

— Não podemos nos agarrar aqui — disse ela, ofegando levemente e se arqueando. — Pomfrey disse que eu deveria seguir as regras.

— Sem leitura. Atividades silenciosas. Beijar é uma atividade tranquila — Draco disse em uma voz rouca enquanto se aproximava.

Hermione inclinou a cabeça para trás a fim de manter seus lábios longe dos de Draco. Ele simplesmente arrastou a boca ao longo de sua garganta. Ela sufocou um gemido.

— Eu acho que existem regras contra beijos aqui.

— Não. — Draco balançou a cabeça e seus lábios roçaram sua mandíbula. Ela estremeceu e sentiu um calor se espalhando por ela continuamente. — Não há regras contra amassos na enfermaria. — Draco a puxou de volta para ele.

Hermione balançou a cabeça e arqueou uma sobrancelha.

— Como você sabe disso?

Draco parou e recuou ligeiramente, parecendo envergonhado.

— Eu pesquisei no terceiro ano. Parecia uma coisa útil de saber. — Hermione bufou em dúvida e ele deu de ombros. — Eu pesquisei. Sou um sonserino. Você não encontrará brechas se não estudar as regras. Eu li todos os livros de regras do castelo e Hogwarts: Uma História, apenas para ter certeza de que conhecia o contexto das coisas.

Hermione se endireitou para poder olhar para Draco.

— Você... você leu Hogwarts: uma história? — Sua voz rangeu ligeiramente.

Draco pareceu repentinamente cauteloso.

— Apenas algumas vezes. Parecia uma fonte prática de informações sobre o castelo.

Hermione olhou para ele com os olhos arregalados.

— Mas ninguém lê Hogwarts: Uma História. Até mesmo a maioria dos corvinais apenas passa o olho.

Draco projetou o queixo, parecendo carrancudo.

— É bem escrito. Nunca será um clássico como História da Magia, mas Batilda Bagshot foi uma historiadora excepcional. Todos os seus livros valem a pena serem lidos. Você provavelmente iria gostar.

Hermione quase riu. O calor se espalhou por seu peito.

— Draco, é meu livro favorito.

Draco piscou.

— Oh. — Ele corou.

Hermione não parou para pensar, apenas se inclinou e o beijou.

Ele deu um suspiro baixo quando sua boca encontrou a dela.

Eles deveriam falar mais...

Mas talvez mais tarde.

Ela colocou os braços em volta do pescoço dele. Ele puxou seu corpo com força contra o dele e sua língua pressionou dentro de sua boca. O gosto dele. Ela amava o gosto dele.

Uma de suas mãos deslizou por sua espinha e se enredou em seu cabelo.

Suas glândulas estavam começando a latejar e ela agarrou o tecido da camisa do pijama dele e se sentiu tentada a arrancá-lo. Havia uma parte dela ainda rosnando baixinho – eles machucaram seu Alfa. Ela se sentia possessiva.

Ela queria lambê-lo até que ele estivesse encharcado dela.

Não na ala hospitalar...

Ela iria parar de beijá-lo em apenas um momento. Porque estava na ala hospitalar. Mesmo que não houvesse regras explícitas contra isso, imaginava que Pomfrey consideraria Hermione transar com Draco em sua cama de hospital como uma violação do espírito de instruções sobre atividades silenciosas.

Então ela iria parar de beijar Draco. Em apenas um minuto.

Ela o empurrou contra os travesseiros e passou a língua por sua garganta. Ele rosnou, fazendo todo seu corpo tremer. Ela podia sentir as mãos dele deslizando sob sua blusa enquanto ela passava a língua em suas glândulas. Ele deu um gemido abafado.

— Granger — ele gemeu — nós deveríamos, não deveríamos, provavelmente, conversar...

Hermione não queria falar. Ela queria lambê-lo. Arrastou a língua pelas glândulas dele com força e o sentiu apertá-la com mais força.

— Granger...

— Você é meu — ela disse contra sua garganta.

A mão dele estava segurando seus cabelos com força e ele puxou a cabeça dela para trás.

— Porra... sim — disse ele contra seus lábios, antes de lhe dar um beijo contundente.

Ela se arqueou contra ele, enredando os dedos em seus cabelos enquanto apertava os quadris contra os dele. Ele gemeu contra sua boca e sua mão agarrou sua cintura.

Houve um som fraco atrás dela, mas Hermione mal ouviu, pois Draco mordeu seu lábio inferior e segurou seu cabelo com mais força.

— Apenas uma sugestão, se vocês estão em um não-relacionamento secreto um com o outro, talvez não devessem se agarrar na enfermaria — uma voz se arrastou.

Hermione deu um pequeno grito e tentou pular de Draco, mas ele se recusou a soltá-la. Ela virou a cabeça e olhou por cima do ombro para encontrar Blaise Zabini sentado em uma cadeira ao lado da cama de Draco, estudando-os com uma expressão de indiferença.

— Cai fora, Blaise — Draco rosnou. — Granger e eu estamos ocupados.

Hermione sentiu seu rosto ficar vermelho ao perceber que estava agressivamente agarrando Draco na enfermaria, enquanto dizia a si mesma que definitivamente não iria beijá-lo. Oh, Deus. Ela realmente era uma ninfomaníaca.

—Você ainda usa o sobrenome depois de lamber as amígdalas de uma bruxa? — Blaise perguntou, inclinando a cabeça pensativamente. — Não me lembro de nenhum manual de etiqueta mencionando isso.

— Draco... por favor, deixe-me ir — Hermione disse, enquanto tentava se desvencilhar dele. Ele passou os braços em volta dela com mais obstinação.

— Não. Blaise está indo embora — ele disse friamente. — Eu não terminei com você.

Hermione sentiu seu rosto e orelhas ficarem quentes.

— Solte-me, seu idiota — ela disse, torcendo-se e contorcendo-se enquanto tentava tirar os dedos de Draco, um de cada vez.

A cortina se abriu novamente. Hermione parou de tentar remover as mãos de Draco e olhou horrorizada quando Pansy e Theo passaram pelas cortinas.

— Oh. Eu não mencionei que Theo e Pansy estavam bem atrás de mim? — Disse Blaise. — Oops.

Pansy congelou no meio de um passo quando viu Hermione se sentindo culpada montando em Draco em uma cama de hospital, enquanto os braços dele estavam possessivamente em volta da sua cintura.

A expressão de Theo vacilou por um momento enquanto observava a cena.

— Draco, solte-me — disse Hermione, tentando arrancar as mãos dele novamente. Ele a soltou e ela quase caiu da cama na pressa de fugir. Ela enfiou a blusa de volta na saia e se virou desajeitadamente, descobrindo que, em algum momento durante a sessão de beijos, havia desabotoado completamente a camisa de Draco. Ele aparentemente não tinha pressa em fechá-la.

Ele se sentou na cama, olhando carrancudo para seus companheiros de casa.

Draco cruzou os braços e se encostou na cabeceira da cama.

— O que vocês querem?

— Ouvimos dizer que você estava aqui e pensamos que poderia querer companhia — disse Blaise, recostando-se na cadeira.

Pansy parecia apoplética.

— Eu tenho companhia. Todos vocês podem sair. De preferência agora. — Draco os dispensou preguiçosamente.

Hermione se aproximou da cortina.

— Não. Não. Eles podem ficar, eu devo ir me encontrar com Ginny e Neville agora.

Ela não estava fugindo. Estava simplesmente fazendo uma retirada estratégica.

Ela e Draco não haviam terminado de conversar - uma vez que ela decidiu perder a cabeça e beijá-lo. Ela enfrentaria corajosamente os amigos dele mais tarde, quando soubesse o contexto em que os enfrentava.

— Eu sou a única que não sabia sobre isso? — A voz de Pansy estalou.

Hermione congelou. Pansy bloqueava a saída.

— Esquecemos de te dizer? — Theo disse, virando-se para olhar para ela e passando a mão pelos cabelos. — Desculpe-me por isso. Fugiu da minha mente. Definitivamente pretendíamos.

A expressão de Pansy era venenosa enquanto olhava para Draco.

— Há quanto tempo?

— Lembra como Draco ficou doente por uma semana no final de setembro? Ele não estava doente, na verdade — Blaise disse.

— E vocês não me contaram? — Pansy girou de volta para Theo e Blaise.

Draco aproveitou a distração de Pansy como uma oportunidade de se inclinar para frente e segurar as vestes de Hermione. Lentamente, usando o mínimo de força como se fosse um pescador, ele puxou Hermione para trás até que pudesse envolver seus braços possessivamente em volta da cintura dela novamente. Ele a puxou para baixo para que ela se sentasse na beira da cama ao lado dele.

Hermione tentou fugir.

— Draco — ela disse baixinho — você vai tornar tudo pior.

Ele balançou sua cabeça.

— Você não conhece Pansy, este é um lugar muito mais seguro para você.

Hermione bufou.

— Não tenho medo de Pansy Parkinson.

— Eu não me importo. — O aperto de Draco está mais forte. — Pansy é de um tipo muito antiético e protetor. Ela tiraria vantagem da moral da Grifinória e a usaria para apunhalá-la pelas costas.

— Bem — Theo estava dizendo enquanto agarrava a nuca dela. — Você é a ex-namorada dele.

— Eu também sou amiga dele. — Pansy parecia enrolada como uma víbora pronta para atacar. — Vocês não acharam que valia a pena mencionar que ele tem fodido Granger secretamente desde o momento em que ela se apresentou?

— Bem, eu sou um Alfa, então assinei um acordo de não-divulgação e não estou interessado em saber com o que McGonagall o amaldiçoou. No entanto, Blaise percebeu porque ele é nosso colega de quarto e Draco não dorme no dormitório há mais de um mês. Na verdade, ele é o único que poderia ter lhe contado. É tudo culpa de Blaise. — Theo apontou acusadoramente para onde Blaise estava reclinado.

— Então todos vocês pensaram que essa seria uma boa hora para Draco ter um caso secreto? Este ano? E você — Pansy se virou para encarar Draco — Eu nem sei por onde começar com você. Sua mãe tem ideia do que você está fazendo? Ela já está muito preocupada e você achou que se envolver com Granger seria uma boa ideia. Em que possíveis circunstâncias você vê isso de alguma forma terminando bem para o seu lado?

O aperto de Draco em Hermione aumentou ainda mais e Pansy direcionou seu olhar para Hermione.

— Então há você, Granger. — Pansy estava praticamente cuspindo ácido.

— Pansy... — Draco rosnou em advertência.

— Na verdade, tentei ser legal com você. — Os dentes de Pansy estavam à mostra enquanto ela falava. — Eu poderia dizer que você estava passando por um momento terrível e, dado que eu te devia, pensei em ajudá-la. Quase uma dúzia de Alfas na escola e você se aproveitou do mais vulnerável em que conseguiu colocar as mãos. Suponho que, depois do quinto ano, todos deveriam ter percebido que vadia cruel você é quando se trata de vingança. Eu...

— Pansy, cale a boca! — Draco rosnou. — Você não é minha mãe. E mesmo que fosse, você não decide o que posso ou não posso controlar. Você não dita meus relacionamentos. O que eu faço com Granger não é da sua conta.

Pansy deu uma risada igual a uma hiena. O som, de alguma forma, pareceu vibrar dentro dos ossos de Hermione. — Sério? Foi tudo ideia sua, tenho certeza. Como se você não fizesse nada que ela pedisse. Eu creditei a você muito bom senso. Achei que, já que você era o único que não estava ofegando atrás dela, que isso era um sinal de seu autocontrole. Mas claro que não. Na verdade, você é quem está deixando ela te usar você como um brinquedo de foda.

Hermione se encolheu e se sentiu como se tivesse levado um tapa. Ela olhou para Pansy com os olhos arregalados.

— DEIXE ELA EM PAZ!!!— Draco rugiu.

Pansy de repente ficou quieta, sua boca continuou se movendo em uma raiva silenciosa enquanto Theo a silenciou e deu um passo à frente, pegando Pansy do chão e erguendo-a sobre seu ombro.

— Nós a traremos de volta para uma visita novamente assim que ela se acalmar — Theo disse, dando a Hermione um olhar de desculpas. Pansy deu um tapa na nuca de Theo, mas ele mal piscou. Apenas Pansy Parkinson poderia parecer ligeiramente equilibrada enquanto estava pendurada no ombro de alguém.

— Para o registro, Pans — disse Blaise, levantando-se. — Na próxima vez que você reclamar que não lhe contamos coisas, saiba que esse é o motivo.

Pansy chutou, tentando se contorcer do ombro de Theo sem cair enquanto Madame Pomfrey entrava abruptamente.

— O que está acontecendo aqui? — Pomfrey disse, parecendo surpresa ao ver a cena.

— A querida Pansy está apenas tendo um momento de ex-namorada — disse Blaise, sua voz maliciosa. — Ela teve um pequeno acesso de raiva de ciúme.

Pansy pareceu gritar e então gesticulou rudemente para Blaise.

— Não vamos deixá-la voltar a menos que ela prometa se comportar. Pedimos desculpas por perturbar Draco e quaisquer outros pacientes. Vamos, Theo, devemos ir antes que ela cause outra cena.

Theo e Blaise se afastaram e Pansy continuou a se contorcer e olhar furiosamente para Hermione até que a cortina caiu e a escondeu de vista.

Madame Pomfrey olhou para Hermione com desconfiança. Draco a segurava pela cintura em um verdadeiro aperto mortal.

— O Sr. Malfoy deveria estar descansando — disse Pomfrey.

Os olhos de Hermione caíram,

— Hermione não fez nada. Ela estava me fazendo companhia. Pansy veio e causou uma cena. — O aperto de Draco de alguma forma ficou ainda mais forte. Hermione se sentia à beira de ser esmagada.

Pomfrey estudou Hermione e também o controle de Draco sobre ela por vários segundos.

— Qualquer outra cena e irei restringir o Sr. Malfoy de todos os visitantes até que eu o liberte amanhã.

— Sim, senhora — disse Hermione em voz baixa.

— Atividades silenciosas — disse Pomfrey, franzindo a boca um pouco antes de se virar e sair correndo.

— Bem, isso foi muito ruim — disse Hermione depois que a batida dos sapatos de Pomfrey sumiu.

Malfoy esfregou o queixo no ombro dela.

— Desculpe. Pansy não lida bem com surpresas. Ela tende a reagir de forma exagerada e a ficar cruel. Você não deve prestar atenção às coisas que ela diz.

Hermione acenou com a cabeça, mas então ficou quieta por um minuto. Ela olhou para baixo e traçou a ponta do dedo ao longo do pulso de Draco e as mãos ainda em volta de sua cintura.

— Mas... o que ela disse sobre você fazer qualquer coisa que eu quero... estou preocupada com isso. — Ela se virou para olhar por cima do ombro para Draco. — Não sei como dizer se é por isso que os Alfas estão fazendo as coisas, ou se eles realmente querem dizer o que dizem e fazem. Ontem... no armário de vassouras... — sua boca se contraiu levemente — Você disse que a única razão de me puxar para lá foi porque a biologia o pegou desprevenido.

Draco se mexeu atrás dela.

Hermione continuou firmemente.

— E agora... você está sendo diferente. Você está agindo diferente. Eu não sei... se você está apenas fazendo o que acha que eu quero. — Ela engoliu em seco. — Eu não sei se seus instintos apenas fazem você pensar que quer algo, uma vez que você pensa que é o que eu quero. Eu não... a ideia disso faz com que eu me sinta mal. Eu não quero que você aja de alguma forma porque está biologicamente programado para mudar a si mesmo para se adequar a mim.

Draco ficou em silêncio e ela o sentiu suspirar.

— Não é assim — ele disse lentamente. — Eu menti ontem. Quando você perguntou se eu me importava. Menti porque pensei que você tinha Longbottom e talvez até mesmo Theo como Alfas alternativos. Com base no motivo pelo qual pensei que você me pedira para ser o único a marcar seu cheiro em primeiro lugar, pensei que você simplesmente mudaria para alguém que seguiria melhor suas regras se eu complicasse as coisas por estar... interessado.

Hermione se sentiu como se tivesse sido eletrocutada.

Draco respirou fundo, frustrado.

— Você disse... no início, você disse... não um relacionamento, nem amigos. Eu estava tentando não cruzar nenhuma das linhas que você definiu porque não queria que você fosse para outro lugar. Estou sendo diferente agora porque acabei de aprender o quão grosseiramente entendi mal as coisas e porque não quero sentar e assistir você se esterilizar apenas porque sente que não tem outra opção.

Hermione o ouviu apenas pela metade. Ela se sentiu petrificada.

— Você está interessado em mim?

Draco virou a cabeça ligeiramente e seus olhos se encontraram.

— Sim.

Hermione piscou para ele.

— Sério?

Draco concordou lentamente.

— Você tem certeza? Isso... isso... — Hermione não conseguia se lembrar de como completar as frases. Havia aproximadamente quinhentas e cinquenta e sete mil perguntas correndo em seu cérebro de repente . — Biologia... hormônios. E concussão. Provavelmente não. Quer dizer, provavelmente não deveríamos, metalurgia. Devemos... metalurgia.

Ela saltou da cama e vasculhou a mochila de Draco. Ela puxou o livro, folheou a introdução e começou a ler em voz alta, antes que Draco pudesse dizer qualquer coisa.

— Metalurgia; a ciência da metalurgia mágica é um ramo de Feitiços. Um dos ramos mais antigos da ciência bruxa, seu propósito é utilizar as características do metal, imbuindo-o de feitiços. Isso permite que os Mestres de Feitiços aumentem e mantenham trabalhos de feitiços complexos que, de outra forma, seriam impossíveis de se criar. A metalurgia é um trabalho delicado, em muitos aspectos, tanto na arte quanto na ciência. É necessário uma compreensão profunda da magia e do metal para encontrar um equilíbrio complementar de forças. O metal usado em Feitiços não pode ser escolhido com base na aparência, deve ser determinado escolhendo um metal com qualidades fundamentais que complementam a magia...

Hermione leu a introdução e não parou para respirar até seu rosto ficar azul. Ela respirou ofegante e depois continuou. Seus olhos estavam grudados na página. Ela não olhou para Draco. Não estava pensando em Draco. Ela estava lendo Metalurgia em voz alta o mais rápido que podia e não parou até chegar ao final da introdução de quarenta e duas páginas.

Ela permitiu que seus olhos disparassem brevemente. Draco colocara as mãos sobre o rosto como se estivesse com dor.

— Você está bem? — Ela fechou o livro. — Sua cabeça está doendo de novo? Posso chamar Pomfrey.

— Não. Não é isso. — Sua voz saiu abafada por trás de suas mãos.

— O que há de errado?

— Oh, eu não sei — sua voz ainda estava abafada. — Talvez eu tenha dito que estou interessado em você e então você pulou da cama e começar a ler um livro a uma frequência de cinco mil palavras por minuto.

O rosto de Hermione ficou quente e ela mexeu as mãos.

— Eu apenas... já estamos lidando com muita coisa. Os hormônios... biologia... Você tem uma lesão cerebral agora. Eu acho... não deveríamos ter essa conversa nesse momento. Já temos problemas suficientes. Não acho que seja uma boa hora.

Draco puxou as mãos e olhou para ela. Seus olhos estavam ligeiramente estreitados e sua boca curvada em um sorriso de escárnio familiar.

— Eu não quero que você leve isso adiante por mais dois dias porque eu tive uma concussão. Se você não quer meu interesse, diga-me agora e eu calo a boca e você nunca mais ouvirá uma palavra sobre isso.

— O quê? Não. Não foi isso que eu quis dizer!

Os olhos de Draco brilharam.

— Então isso é um sim?

Hermione olhou para ele sem palavras por vários segundos. Então respirou lentamente.

— Não quero falar sobre isso agora — ela disse com firmeza. — Vamos conversar amanhã, quando você estiver recuperado de sua concussão.

Draco parecia pronto para discutir, mas engoliu em seco e deu um suspiro profundo.

— Ok.

— Podemos simplesmente ler — Hermione disse, segurando o livro de metalurgia contra o peito. A sensação da capa de couro e das páginas bordadas era tão reconfortante sob seus dedos. Metalurgia. Feitiços. Regras concretas. Sem suposições, emoções ou hormônios para se preocupar em confundir tudo. Informações simples e diretas.

— Tudo bem — disse Draco. Seu tom era totalmente sem entusiasmo. — Isso é bom. Se é o que você quer.

Hermione ficou inquieta.

— Eu só não quero que as coisas se misturem novamente porque Pomfrey te deu uma poção que te deixou alucinante ou algo assim. Eu não acho que vou conseguir lidar com isso se, de alguma forma, nos entendermos mal novamente.

Draco revirou os olhos.

— Entendi. Ler está ok. Embora, talvez você possa tentar ler mais devagar e sentar-se um pouco... mais perto. — Sua expressão não mudou em nada, mas seus olhos brilharam levemente com a última palavra.

Hermione o estudou com os olhos estreitos.

— Não vou deixar você me puxar para o seu colo de novo.

Draco deu um pequeno suspiro e deslizou na cama. Ele deu um tapinha no espaço ao lado dele.

— Aqui, então.

Hermione continuou a hesitar e ele colocou as mãos sobre o coração.

— Eu prometo me comportar.

Hermione sentou-se cautelosamente na cama ao seu lado e então olhou para ele com uma expressão severa.

— Sem leitura por cima do ombro.

— Eu não ousaria.

— Tudo bem então — Hermione disse afetadamente, enquanto abria o livro. — Capítulo um, metais condutores.

Draco se mexeu e colocou o braço sobre o ombro dela. Hermione ergueu os olhos bruscamente. Sua cabeça estava inclinada para trás e seus olhos estavam fechados.

Ela limpou a garganta e começou a ler. Enquanto lia, o peso do braço dele em seu ombro foi ficando cada vez mais forte. Quando terminou a seção que detalhava os usos do alumínio, a cabeça dele caiu ligeiramente contra a dela.

Ela olhou para cima e o encontrou dormindo.

Ela leu baixinho para si mesma até terminar o livro de metalurgia e, em seguida, usando o dedo do pé, agarrou a alça da mochila e a puxou.

Ela estava ficando desconfortavelmente excitada. Fazia mais de um mês desde que ficara tanto tempo sem ter um orgasmo e estava começando a parecer que tinha uma bola de tensão latejante emaranhada entre suas pernas. Pressionou os joelhos enquanto tentava se concentrar em encontrar algo novo para ler.

Não havia nada a ser feito sobre aquilo. Simplesmente teria que aguentar.

Mas havia uma parte dela que choramingava e queria rolar para cima de Draco para tentar lidar com sua excitação crescente. Ele estava bem ali e cheirava comestivelmente bem. Ela queria arrastar a língua ao longo de seus pulsos até que ele acordasse. Então ele a empurraria para baixo e rasgaria suas roupas. Ela sentiria o pênis dele deslizando por suas dobras e, em seguida, afundando ao máximo dentro dela.

Seus mamilos se endureceram. Ela deu um gemido frustrado e tentou se livrar da fantasia que monopolizava lentamente seu cérebro.

Pegou vários livros sobre Runas Antigas e começou a ler.

Madame Pomfrey enfiou a cabeça pelas cortinas algumas horas depois.

— Você ainda está aqui.

— Eu não queria acordá-lo.

— O jantar está quase acabando. Deixe-me movê-lo. — Pomfrey balançou a varinha e a pressão na cabeça e nos ombros de Hermione diminuiu. A enfermeira se aproximou e gentilmente colocou Draco de costas na cama. Ele mal se mexeu. Hermione rolou o pescoço enquanto se levantava.

— Você deveria ir, querida. Ele provavelmente vai dormir a noite toda.

Hermione olhou para ele.

— Você vai ficar de olho nele? O... há muitos alunos que não gostam que ele esteja aqui. Estou um pouco... ficarei um pouco preocupada com ele, se eu não estiver aqui para ter certeza de que ele está bem.

— Vou colocar feitiços extras de monitoramento para garantir que não haja perturbações, se isso te tranquilizar. Ninguém vai incomodá-lo na minha enfermaria. Existe magia aqui para manter os pacientes seguros. Vá jantar. O Sr. Malfoy estará aqui para uma visita pela manhã.

Enquanto Hermione relutantemente abria a porta e saía, Theo ergueu os olhos de uma cadeira.

— Eu estava me perguntando se você sairia.

Hermione o estudou e seus dedos avançaram instintivamente para sua varinha. Theo não se levantou. Ele ficou sentado, olhando para ela.

— Você precisa de algo, Theo? — Ela inclinou a cabeça e o estudou.

— Eu queria falar com você. Mas você não parece estar muito confortável falando comigo agora. — Ele cruzou as mãos e deu um sorriso irônico.

Hermione foi descarada.

— Não confio muito nos Alfas.

— Exceto Draco — Theo disse, levantando uma sobrancelha. — Você parece confiar nele. — Ele deu uma risada fraca e olhou fixamente para a mão dela. — Você pode simplesmente pegar sua varinha se quiser. Eu posso dizer que você quer. Não ficarei ofendido e você se sentirá melhor assim.

Era uma oportunidade de confiar. Mas Hermione não estava inclinada a confiar. Ainda não. Não importa o quão charmoso Theo Nott pudesse ser.

Ela sacou a varinha e a segurou de lado, levantando uma sobrancelha.

— O que você quer, Theo?

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