Kara Zor-El Danvers Point Of View
Acordei cedo, pois queria falar com a Alex antes de guardar minhas coisas, mandei mensagem pra minha irmã vir até o meu apartamento ontem a noite e ela disse que as oito e meia estaria aqui, eram sete horas. Ouvi meu celular tocar e atendi.
Ligação on
- Kara? bom dia! – era Lena.
- Bom dia Lena. – respondi. – Aconteceu algo?
- Não, eu queria falar com você antes da conversa com sua irmã. – ela disse.
- Claro o que quer dizer? – questionei.
- Primeiro se puder me avisar quando a conversa acabar eu agradeço. – ela disse e havia receio na sua voz. – Segundo, eu moro a três quadras da LCorp no condomínio de Luxo Império seu nome está liberado e deixei uma chave pra você, até eu cadastrar suas digitais. E terceiro qual o numero de anel que você usa ou vai querer seguir a tradição do seu povo?
- Uso numero dezenove e nunca quis seguir a tradição de Krypton, tenho uma certa raiva do meu povo. – respondi. – E pode deixar que assim que minha irmã sair eu lhe mando uma mensagem.
- Se quiser pode me ligar. – ela disse. – Gostaria que nos tornássemos amigas, acho que vai deixar tudo mais fácil.
- Claro Lena. – eu falei e sorri.
- Certeza que não precisa que eu mande alguém ai guardar suas coisas pra você? – ela ofereceu de novo.
- Absoluta. – eu disse. – Como não posso cozinhar, não tenho comida aqui.
- Come na rua? – ela perguntou.
- Sim, todo santo dia. –falei. – Não se preocupe, não terá que cozinhar pra mim.
- Não estou preocupada e se tiver que fazer também não vai cair minha mão. – Lena disse. – Era só isso mesmo, até mais tarde Kara.
- Até Lena e se puder deixe meu nome liberado na sua empresa. – eu pedi.
- Deixarei. – ela falou. – Até.
- Até. – respondi e ela desligou.
Ligação off
Tirei umas malas de cima do guarda roupa e comecei a guardar algumas roupas nas malas, minha campainha tocou e sabia que era minha irmã, desde que me mudei e não entreguei uma chave pra ela era assim.
Fui até a porta e abri, Alex entrou em silencio e se sentou no meu sofá, fechei a porta e me dirigi a poltrona em frente ao sofá que ela estava sentada.
- Bom dia Kara, o que era tão importante que precisava que eu viesse aqui a essa hora? – Alex questionou.
- Bom dia. – Rao, isso vai dar problema. Tô sentindo. – Não que seja da sua conta ou que eu deva satisfações da minha vida, mas faz um ano que eu namoro uma mulher e agora vamos morar juntas.
- Um ano e você só ta contando agora. – Alex falou indignada. – Quem é essa mulher que está se aproveitando de você?
- E porque estaria se aproveitando de mim? Porque eu sou cega?
- Por causa da sua pensão gênio. – ela disse. – É uma gorda pensão que o governo lhe paga como compensação.
- Eu não sei quanto recebo e nem me importo. – respondi. – Mas fique tranquila minha namorada não tem interesse no meu dinheiro.
- Como não? São Doze mil por mês. – ela falou e eu fiquei impressionada, deveria haver uma fortuna na minha conta.
- Por que ela é Lena Luthor e doze mil por mês é gorjeta pra ela. – respondi sorrindo.
- VOCÊ ENLOUQUECEU? VAI MORAR COM A LOUCA QUE TE DEIXOU CEGA. - ela disse claramente irritada.
- Quem me deixou cega foi o Kal e o Lex. – falei firme. – E mesmo assim quem escolheu proteger aquele babaca fui eu.
- ELA É DA MESMA FAMILIA, É FARINHA DO MESMO SACO. - Alex estava irritada.
- EU NÃO ME IMPORTO! - gritei. – Eu a amo e vou morar com ela, vamos nos casar e ninguém tem nada com isso.
-Kara eu proíbo. – ela disse firme.
- E quem é você pra me proibir de seguir com a minha vida Alex. - falei. – Desde o acidente você me trata como se eu fosse incapaz, como se eu não pudesse viver sozinha.
- Eu cuido de você. – ela rebateu.
- Cuida? Me isolando? – joguei na cara dela. – Primeiro foram as noites de jogos, e a desculpa era que não queria me deixar triste, depois foi a CatCo, você fez o James me demitir, pois eu não enxergava mais e poderia me ferir. Por sua causa todos se afastaram de mim, você queria que eu ficasse feliz com isso? Isso é cuidado?
- Eu fiz o que achei que é certo. – minha irmã disse.
- Não você fez o que era mais fácil. – respondi. – Eu só estou comunicando, vou me mudar e me casar com a Lena Luthor e fim de papo.
- Quando ela te machucar eu estarei aqui pra lhe dizer que avisei. – Alex disse e saiu da minha casa feito um furacão.
Tenho que avisar a Lena, mandei uma mensagem pra Sam e outra pra Lena, graças a um aplicativo para cegos instalado no meu celular.
Foquei em guardar minhas coisas com atenção, estava perdida em pensamentos e quando terminasse eu tomaria uma decisão muito séria sobre a minha vida.
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Lutessa Lena Kieran Luthor Point Of View
Recebi a mensagem da Kara e já comecei a me preparar emocionalmente pra enfrentar a irmã dela, adiei minhas reuniões da manhã por causa disso. Meia hora depois eu estava autorizando a entrada da Agente Danvers do FBI, já deixei avisado pra Jess deixar ela entrar na minha sala sem ser anunciada dessa vez.
Minha porta foi aberta bruscamente e uma ruiva vermelha de raiva entrou na minha sala.
- Você é Lena Luthor? – ela questionou.
- É o que diz meus cartões de visita. – respondi sorrindo. – A que devo essa visita eufórica?
- Você vai largar e se afastar da minha irmã, nunca mais vai vê-la. – ela disse com raiva.
- E porque eu me afastaria da minha futura mulher?- questionei com tom de voz frio.
- Porque eu estou mandando, vocês Luthors já causaram dano demais a minha família. – ela falou e havia tanto ódio.
- Sinto lhe informar, mas não vou deixar de ver a Kara.- respondi e ela fez o que eu achei que não faria.
Senti seus feromônios de alfa tentarem me subjugar, mas ela não era minha alfa, apesar de intimidada eu ainda me mantive firme.
- É inútil, Kara é minha alfa e mesmo que não tenha a mordida dela, não me curvo a ninguém que não seja a ela. – falei firme.
- Eu vou investigar cada canto da sua empresa, eu vou te destruir. – ela ameaçou.
- Fique a vontade Agente Danvers. – eu disse firme. – Essa conversa acabou e lembre-se que toda ação gera uma reação igual e oposta.
- Vamos ver então Luthor. – ela ameaçou e saiu.
Sentei de vez na minha cadeira e respirei um ar não carregado. Essa mulher está muito nervosa, muito mesmo, isso não é cuidado é obsessão.
- Lena como você está? – Sam entrou na minha sala.
- Eu estou bem, chocada com a ameaça que recebi. – falei.
- O que ela disse que ia fazer? – minha amiga questionou.
- Primeiro ela tentou me subjugar com seus feromonios alfas. – Sam arregalou os olhos. – Depois ela disse que ia investigar minha empresa e que vai me destruir.
- A Kara precisa saber disso. – Sam falou. – E eu vou conversar com a Alex.
- Sam, não quero levar problemas pra vocês. – eu falei. – Já não estou tão certa sobre esse acordo.
- Lembra o que a Kara lhe disse ontem. – eu assenti. – Fique firme.
- De qualquer forma vou conversar com ela. – falei. – Se ela decidir que é demais, eu me caso com um dos alfas que o conselho indicar, mas faço um acordo com eles.
- Lena... – eu a cortei.
- Não vou destruir a vida da Kara, Alex esta certa numa coisa. – ela me olhou espantada. – Minha família já causou danos demais.
- Você não é sua família. – minha amiga disse.
- Mas sou a única viva e disposta a arcar com as sujeiras que eles fizeram. – respondi.
Minha amiga não falou nada, se levantou e saiu.
Nos documentos não havia nada pra me ajudar, na lei também não, ou seja, era inevitável adiar isso.
Voltei a focar no meu trabalho, participei de algumas reuniões com os setores e mandei um email para os meus advogados, precisava me proteger da Agente Danvers.
Estava voltando de uma reunião quando encontrei a Kara conversando com a Jess, na verdade ela estava explicando que era minha namorada e minha secretaria estava dizendo que eu era solteira, de repente a loira virou na minha direção e sorriu.
- Amor, eu soube que minha irmã veio conversar com você. – ela disse com tanto carinho que eu por um momento acreditei.
- Não foi diferente do que nós duas esperávamos. – eu falei e toquei o ombro da loira.
Kara pra minha surpresa me abraçou e me deu um selinho me pegando totalmente de surpresa, olhei pra minha secretária que olhava desconfiada. Segurei o rosto da loira e dei um selinho demorado.
- Eu ia conversar com você quando chegasse em casa. – falei. – não queria lhe preocupar.
- Mas eu fiquei. – ela disse, Deus eu to perdida! Kara mistura a verdade com a ilusão. – Vim te buscar para almoçarmos juntas.
- Você poderia ter me esperado como das outras vezes. – eu fingi está brava.
- Estava com saudade e a gente tinha combinado não se esconder mais. – Kara disse.
- Você está certa. – dei outro selinho nela pra reforçar o romance. – Jess avise a segurança que a Kara tem livre acesso a empresa e pra minha sala.
- Sim, Miss Luthor. – a secretaria disse.
Levei a loira pra minha sala e ela me entregou um buque de Plumérias que não tinha visto em suas mãos.
- Obrigada. – falei e ela sorriu.
- Eu não ganho nem um beijinho. – a loira disse indignada. – Que namorada má você é Luthor.
Fui até ela e dei um beijo no seu rosto e me afastei corada, ainda bem que ela não enxerga, pois eu estaria mais envergonhada ainda.
- Obrigada pelas flores. – falei. – São as minhas preferidas.
- Eu sei. – Kara respondeu. – Eu trouxe para me desculpar por qualquer merda que minha irmã tenha dito.
- Ela é bem firme e um pouco maníaca, mas me mantive firme como você falou. – respondi.
- Me conte o que ela fez? – Kara pediu.
- Não sei se é uma boa idéia. – eu disse receosa.
- Lena, por favor. – a loira pediu. – Se vamos ser amigas, devemos contar a verdade uma pra outra, não quero que me conte todos os seus segredos, mas sim o que envolve nós duas.
- Okay, sua irmã tentou me subjugar com os feromonios de alfa. – vi a loira ficar com a iris vermelha e isso não era um bom sinal. – Mas eu já tenho experiência com os alfas do conselho e disse que só era submissa a você, por isso os feromonios dela não me afetaria. – Senti o cheiro do orgulho da loira. – ela me ameaçou pra deixar você, disse que ia investigar minha empresa e me destruir.
- E mais o que? – ela questionou séria.
- Ela disse que minha família já causou dano demais a sua família. – eu falei e ela bufou.
- Ah mais ela vai ver o que é bom. – Kara disse nervosa.
- Se acalma, pois estamos iniciando um falso relacionamento. – falei.
- Você não entende, se fosse real e com qualquer outra pessoa ela faria a mesma coisa. – eu fiquei espantada. – Alex diz que é pra minha proteção e cuidado, mas não é, sou sozinha por causa dela.
- Por isso aceitou participar dessa loucura? – perguntei.
- Mesmo que seja de mentira eu não estarei mais sozinha. – ela respondeu e sua tristeza me incomodou. – E quem sabe eu consiga uma amiga depois que isso acabar.
- Eu achei que você era sozinha por opção. – eu disse.
- No começo até foi, não agüentava ouvir os suspiros de pena. – Kara desabafou. – Mas depois minha irmã foi afastando um por um de mim e me isolando, então eu fui e não voltei, aceitei o afastamento de todos.
- Eram amigos seus? – questionei a ela.
- sim, pelo menos eu achei que eram. – Kara disse. – Mas isso não vem ao caso agora, eu gostaria de fazer uma coisa com você.
- O que? – perguntei.
- Misturar meu cheiro ao seu. – Kara disse. – Assim nenhum alfa vai tentar lhe subjugar.
- E como você faria isso? – questionei desconfiada.
- Poderia ser com um envolvimento físico, mas posso fazer com um abraço. – ela respondeu e eu respirei aliviada. – fique tranquila, não lhe forçarei a nada.
- Okay. – eu disse.
Kara esticou os braços e eu me aninhei neles, a loira era maior e eu escondi meu rosto no pescoço dela, então ela começou, senti o cheiro dos feromonios de posse dela, diferente de tudo o que eu já experimentei antes, não era agressivo e meu Omega se agradou muito o que intensificou a vontade do alfa, estava cercada pelo cheiro dela e isso me trouxe um conforto que a muito tempo eu não tinha.
- Pronto Lee. – ela disse e me deu um beijo na testa. – você está segura agora, não que precisasse disso, mas pelo menos pode focar sua energia em outra coisa agora.
- Obrigada. – eu respondi com a voz rouca.
Ficou aquele silencio constrangedor e ela pegou minha mão.
- Vamos almoçar. – a loira disse e percebi algo na sua voz que não estava lá antes.
Peguei minha carteira e celular antes de sairmos, meu motorista dirigiu até o endereço que a loira passou e almoçamos num restaurante chinês simples, mas super aconchegante.
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Kara Zor-El Danvers Point Of View.
Deixei a Lena na LCorp e fui dar uma volta no parque, estava dentro da trilha quando escutei meu primo pousando ao meu lado.
- Vá embora! – eu falei.
- Kara o que você pensa que ta fazendo? – ele questionou.
- Alex foi falar com você. – eu ri. – Estou seguindo minha vida e sendo feliz.
- Com uma Luthor? Onde isso é ser feliz? – ele questionou.
- Você quer que eu lhe explique como funciona o envolvimento entre um alfa e um Omega? – rebati o questionamento descabido dele.
- Ela está te usando pra me atingir. – falou e eu ri alto.
- E desde quando o meu mundo gira em torno de você Kal-El. – respondi. – Não se trata de você, se trata de mim.
- Você se esqueceu de quem fez isso com seus olhos? – mas eu estava torcendo pra ele falar isso.
- Não, eu não esqueci. – falei firme e com raiva. – Lembro que o Lex estava desistindo, pois eu havia convencido ele, lembro que você atacou com sua visão de calor aquela bomba e por sua causa todas aquelas pessoas morreram e eu fiquei cega.
- Eu achei que ele ia detonar ela. – Kal se defendeu. – E eu conseguir uma pensão pra você...
- Você achou que podia me calar, mas eu nunca peguei um centavo daquele dinheiro. – respondi. – Então saia daqui antes que eu lhe de outra surra, mesmo cega sou capaz disso.
- Se afaste da Luthor. – ele exigiu.
- Quer saber Kal, você pode fazer uma coisa por mim. – ele respirou aliviado achando que eu ia ceder. – Eu quero os meus cristais da fortaleza, desative eles com tudo o que é meu dentro.
- Eu não vou fazer isso. – falou irritado.
- Okay, então eu vou usar um indutor de imagens e voarei até lá, mas como sabe eu sou cega e posso derrubar varias aeronaves no caminho. – falei. – E vai parecer que você enlouqueceu.
- Você não faria isso. – ele falou, mas ouvi o medo em sua voz e o cheiro de um alfa acuado.
- Claro que eu faria. – tirei um aparelho do bolso e ouvi ele dar um passo pra trás. – Você tem dez minutos pra ir e voltar.
Ouvi o barulho dele saindo voando em alta velocidade e voltei a caminhar sentindo a natureza, adorava passear no parque, na natureza era muito mais fácil desligar do resto do mundo.
Cinco minutos depois meu primo voltou, e podia ouvir ele apertando algo nas mãos.
- Foi rápido. – eu disse. – Você sabe que se eu usar o código de voz nos cristais eles vão me dizer se está tudo lá dentro.
- Eu sei. – Kal falou irritado. – Tome.
Peguei o que ele estava na mão e era uma caixa, abri e peguei um dos seis cristais.
- Kelex, inventario de tudo o que há na base. – ordenei e ouvi a voz robótica do assistente que meu pai criou.
Estava tudo lá e Kal não pode modificar nada, pois eu sou a herdeira da Casa de El, e pra minha surpresa Kal colocou a cápsula do Lar-On na minha base.
- O Lar- On vai ficar com você. – meu primo disse. – Se ele fugir de novo será culpa sua e não minha.
- Tudo bem seu covarde. – falei irritada. – Sabe Kal, eu ainda vou conseguir trazer o Lar de volta, ai você vai ta fodido.
- Não foi meu pai que prendeu ele na zona fantasma. – Kal debochou.
- Mas foi o seu que o deixou doente. – respondi. – Agora vá embora e nunca mais apareça, namoro a Lena e vamos nos casar.
- Você está louca. – ele disse.
- E se você ajudar a Alex na inquisição dela, eu vou dar uma volta pelo mundo e contar o que aconteceu de verdade. – falei firme.
- Você nunca mais vai me ver, mas não venha atrás de mim quando ela te trair. – disse e se foi.
Se você soubesse Kal, não falaria nada. Guardei a caixa na minha bolsa, mas antes conferi se todos os cristais estavam la, terminei meu passeio e sentei no banco de sempre perto da barraquinha de sorvete.
Meus pensamentos voaram até a doce Omega que seria minha namorada de mentirinha, e em como era a sensação dos seus lábios nos meus, mas o que estava me intrigando era como o seu Omega interior se abriu pra mim tão docemente e meu alfa tomou como missão fazê-la feliz da forma que ela quiser, isso me assustou tanto e sentir meu cheiro nela também, esse acordo vai ser mais difícil do que eu pensei, uma coisa é um Omega totalmente indiferente, outra é um que me escolhe, acredito que Lena tenha percebido que isso não é uma coisa pequena. Nem teve o primeiro dia e já ta assim, imagina os próximos como vai ser, meu telefone começou a tocar me trazendo de volta a realidade.
Ligação on
- Kara? – era Eliza. – Como você está?
- Estou bem Eliza. – respondi cordialmente. – E você?
- Estou bem, mas um pouco intrigada. – ela disse.
- Alex lhe procurou? – questionei.
- Sua irmã e seu primo. – ela disse. – É verdade?
- Sim, eu namoro a Lena a um ano e agora vamos morar junto e se Rao permitir nos casar. – respondi.
- Você está feliz filha? – ela perguntou e me doeu mentir.
- Sim, ela me tirou das sombras. – não era mentira.
- Então eu fico feliz também, não importa o que digam. – Eliza disse e eu respirei aliviada.
- Obrigada. – agradeci e ouvi ela sorrir.
- Não me agradeça, eu só quero que você seja feliz. – ela disse.
- Alex tentou dominar a Lena e isso me encheu de raiva. – falei. – Ela não tem esse direito e ainda ameaçou destruí-la.
- Alexandra precisa entender que você não é um cristal frágil e sim uma mulher independente. – ela disse. – Vou conversar com ela de novo e quando eu for a cidade, quero conhecer a Lena.
- Tudo bem, desde que ela não seja atacada. – falei firme.
- Não vai. – Eliza disse. – Kal disse que você pegou os seus cristais.
- Sim, pretendo comprar um terreno e construir minha casa. – falei.
- Já estou gostando da Lena. – eu ri alto e ela me acompanhou.
- Obrigada Eliza. – falei.
- Seja Feliz minha querida. – ela respondeu.
Ligação off
Voltei para o apartamento da Lena e me sentei na sala junto com minhas malas, não sei onde fica nada aqui e só pelo cheiro o lugar parece ser muito limpo e organizado.
Lena chegou e me encontrou sentada ouvindo um áudio book, percebi que ela se assustou quando arfou.
- Por que você está aqui na sala? – Lena questionou. – Não me diga que desistiu.
- Eu não conheço seu apartamento e achei melhor esperar por você. – expliquei. – Costumo quebrar as coisas com facilidade.
- Merda! Eu devia ter vindo com você. – ela disse. – Me perdoe, eu não levei sua condição em conta.
- Tudo bem Lena. – falei. – Eu só preciso que me descreva os cômodos, o resto eu me viro.
- Claro que eu posso fazer isso. – ela disse.
Lena começou a me descrever cada detalhe do seu apartamento, Rao era enorme, ela me dizia até a metragem de cada cômodo e móvel, o que era ótimo, pois eu estava construindo uma imagem mental detalhada do apartamento.
- Aqui é seu quarto e no fim do corredor é o meu. – Lena disse.
Ela descreveu a metragem do meu quarto e pra minha surpresa tinha um closet e banheiro bem grande.
- Esse quarto é metade do meu antigo apartamento. – falei sorrindo.
- Quando você ver a mansão Luthor de Metrópoles... – ela parou no meio do caminho. – Oh Meu Deus me perdoa Kara.
Eu comecei a gargalhar e depois de um tempo ela me acompanhou.
- Fique tranquila, com o tempo você vai fazer piadas de cegos. – eu disse.
- Vou manter isso em mente. – Lena respondeu. – Consegue pegar suas malas?
- Consigo sim. – respondi.
- Okay, eu vou tomar um banho e preparar alguma coisa pra janta. – Lena disse.
- Não se preocupe comigo, eu posso pedir comida ou ir comer fora. – falei a ela.
- Que namorada ruim eu seria, se não cozinhasse pra você. – Lena falou com um sorriso.
- Você seria muito má, Miss Luthor. – falei com ar malicioso e ouvi ela rir.
- Eu posso ser Zor-El, mas não do jeito que pensa. – ela disse e meu alfa se manifestou liberando feromonios sedutores.
Eu corei fortemente e Lena saiu em silencio do quarto, mas deixou pra trás o cheiro da satisfação do seu Omega.
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...continua.