Deuses de Sangue [VENCEDOR WA...

By Lionyzy

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Campeão do The Wattys - Carta Coringa e Gancho mais cativante Roma testemunhou o brutal assassinato do irmão... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 72
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Capítulo 86
Capítulo 87
Capítulo 88
Capítulo 89
Capítulo 90
Capítulo 91
Capítulo 92
Capítulo 93
Capítulo 94
Capítulo 95
Capítulo 96
Capítulo 97
Capítulo 98
Capítulo 99
Agradecimento

Capítulo 14

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By Lionyzy

Desviei do cruzado de direita que ia macetar o tímpano. Contudo, focada demais, não tive reação para me defender da joelhada na boca do estômago. — Argh! — berrei. Ele me pegou pelo colarinho e o braço esquerdo e suspendeu meu corpo no ar. Me arremessou para longe.

Usei da mana para melhorar os reflexos, e evitar cair feio. Recobri a postura. Levantei.

— Está cansada? Senhorita Grozny? — debochou. — Não se recuperou da última surra?

— Vai à merda, Pavlov!

Expandi minha mana. Saltei para cima dele. Comecei a desferir uma sequência de socos retos. O desgraçado era capaz de desviar de todos eles. Movia o tronco para trás ou esquivava para baixo. Os ataques só acertavam o vento. Passavam próximo ao rosto dele sem sequer amedrontar os pelos.

— Querendo me vencer sob meus termos? — Dizia enquanto esquivava. — Saiba que há um tempo limite para continuar atacando, pois prendemos o ar para mantermos o ritmo. No boxe isso é o detalhe entre uma vitória.

Soltei a respiração. Precisava puxar ar. Acabei conseguindo, e junto a ele um soco no maxilar. Pavlov não parou ali. Deu mais três socos no rosto, e me empurrou num chute. A força bruta do tenente me arremessou no salão de treino como pano. Rachei parte da parede.

— Por que não utilizou nenhuma magia? — perguntou.

Descolei da parede. As costas doíam, assim como o rosto. Mesmo usando da mana para melhorar a defesa do corpo, Pavlov tinha uma força grosseira.

— Não é óbvio? Eu posso te matar. — Mexi o pescoço.

— Bom. Se for capaz de fazer isso significará que é capaz de matar Ivan. — contestou. — Você precisa gastar mais mana, esqueceu? Se não usar de ataques mais poderosos vai desmaiar antes mesmo de chegar ao ponto máximo.

— Para um não-mago você sabe muito. — ironizei.

— É que já matei vários do teu calibre.

Fez-me engolir saliva com desgosto. Ainda processava parte da ameaça na cabeça, mas a outra afirmação era certa. Estava querendo mostrar a ele que era capaz de me controlar, mas se perdesse antes de deixá-lo no sufoco, de nada adiantaria. Precisava assumir o desejo que tinha oculto. "A vontade de matar esse filho da mãe que tanto me bate."

Contrai os joelhos e segurei a mana na extensão dos braços como se estivesse de arco e flecha. Queimava a mana que tinha para deixá-la mais poderosa. Fechei os olhos por um instante para que pudesse me focar.

Recebi um chute na parte posterior do joelho. Desconcentrada, a flecha voou ao chão. A explosão alçou concreto estilhaçado em pequenas pedras para todos os lados. Pavlov chutou meu rosto, e acabei afundando outra parede.

— Mais forte. — Acentuou. — Imagina que Ivan ia ficar sentado esperando você carregar sua magia?

Cuspi sangue, junto a ele um dente do fundo da boca. Pavlov era forte, e apanhar me incomodava. Não só tomar tanta porrada, como ouvir logo após o nome do cachorro que queria matar. Ivan.

A cena da candelária voltava toda vez.

"Para de falar o nome dele, policial de merda." Fiz a mesma posição. A perna da frente doía pelo chute, mas não podia perder a base. Queimava mana com velocidade, não podia permiti-lo me atacar de novo.

Pavlov começou a correr para cima de mim. Era rápido. Sentia-me enjaulada com um tigre faminto. A potência dos pés no chão fazia tremor. Ele estava próximo demais. "Merda, não queimei mana o suficiente. Isso tem que bastar!" Gritei, e mirei no peito dele.

"Flecha Vehuiah!"

O calor da magia rasgou queimando tudo que encostou. Como um raio de lazer atravessou Pavlov, e por alguns segundos não pude enxergar a presença do tenente. "Caralho, matei ele." Por não ter mana, era impossível perceber a presença vital daquele homem, mas ninguém iria sobreviver a tanta magia assim.

Só que eu não estava falando de qualquer homem. "Existem... Em raras ocasiões... Alguns nascimentos que nem mesmo nós, deuses, somos capazes de preceder. Esse feioso é um deles." O maldito aviso de Heket.

A camisa dele havia evaporado. Despojar do físico atlético e viril, que mostrava o poder através dos músculos da definição. Ele tinha colocado a mão no centro da magia, e a palma havia ficado um pouco queimada. Foi esse o efeito da magia.

"Só pode estar brincando. Essa flecha explodiu um Slaaf." Eu estava encarando um outro tipo de monstro?

— Eu não gosto deste teu rosto. — balançou a mão, como se tivesse adormecido.

Tive de parar de admirar o corpo dele, e me preparar para o pior. — Q-Que rosto?

— Você fica paralisada sempre que algo dá errado. Então esboça um rosto de frustração.

— Como eu não vou ficar frustrada? Usei muita mana e mal te fiz cócegas!

— Mas sou eu quem você precisa derrotar? — Ele alertou. — Você odeia o Ivan, ou a si mesma? Por não ter conseguido salvar o próprio irmão.

— O que!? — aumentei o tom de voz. — Cala a porra da boca Pavlov! Que tipo de golpe baixo você está usando!

— Ele não vai voltar.

— Para!

— Ele morreu.

A mana queimava ao meu redor mesmo sem tomar controle da flecha. Queria matar Pavlov antes que ele falasse algo a mais sobre Caleb. Nunca gostou dos Protetores, e fazia questão de amassar a realidade na minha cara. Então que se exploda. Destruiria ele se fosse necessário.

Desta vez, a magia estava toda concentrada num braço.

A flecha carregava num vermelho escuro, e misturava numa energia mágica que não era comum. A mesma que me deu quando lutei contra ele no Bar. Junto a ela sensações antigas retornavam. Uma sede por sangue subia, como se almeja a violência.

— Essa mana que você carrega. — Não saia da frente. — Os sentimentos. Não são seus. O Caleb colocou a mana dele dentro de ti. É por isso que você perde o controle. Além de o teu irmão ter uma mana poderosa, por instinto ela ativa emoções violentas.

Ele puxou a língua de Heket. Surgiu o número 6. Materializou-se no braço direito um cano acoplado ao membro. Metálico, é ligado a um cabo em algo redondo e pequeno nas costas.

"Besta Vehuiah!"

Quando soltei, o braço ricocheteou. Foi como se estivesse lançado um míssil. Magia forte o suficiente para destruir metade da B.M.O.E. Não me importava. Próximo a ele, Pavlov ligou a arma. Uma cobra de fogo saiu da boca do cano e bateu de encontro à flecha. Fogo e magia duelavam entre si para ver qual possuía mais poder para ultrapassar.

Até que a flecha ficou, aos poucos, fraca. O fogo a consumiu por completo e a magia desapareceu. Um lança-chamas. A segunda arma de Pavlov que estava tomando ciência. Não era como se eu tivesse pouca mana, mas gastei muito poder na última flecha. Sentia-me esgotada.

Ele se aproximava, e minhas pernas haviam travado no chão. Conforme a distância encurtava, meu peito era tomado pela sensação de morte. O cano bufou chamas, e o rosto dele não cedia. Estava com medo.

Então, Pavlov me abraçou. Jogou minha cabeça em seus peitos, enquanto fazia carinho na nuca com os dedos grossos. — Pare de ter medo de falhar. Eu estou aqui.

Nos encaramos.

— Se afaste! — Empurrei. — Eu ainda não acabei contigo!

"Eu... ele não me deixou perder o controle."

— Ainda tem algo aí dentro? Parabéns, não é tão verme quanto pensei.

Estava renovada. Sentia a magia fluir no braço. — Para sujeitos como você, tenho mana de sobra! 

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