Meu doce anjo caído [FAMÍLIA...

By autoranathaliateles

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LIVRO UM [FAMÍLIA BELLEROSE]🥀 (ESCREVENDO) Até onde a maldade do ser humano é capaz? Daphne se pergunta a m... More

SINOPSE+AVISO🥀
Familia Bellerose🥀
Prólogo🥀
Capitulo Um🥀
Capítulo Dois🥀
Capítulo Três🥀
Capítulo Quatro🥀
Capítulo Cinco🥀
Capítulo Seis🥀
Capítulo Sete🥀
Capítulo Oito🥀
Capítulo Nove🥀
Capítulo Onze🥀
Capitulo Doze🥀
Capítulo Treze🥀
Capitulo Catorze🥀
Capítulo Quinze🥀
Capítulo Dezesseis🥀
Capítulo Dezessete🥀
Capítulo Dezoito🥀
Capítulo Dezenove🥀
Capítulo Vinte🥀
Capítulo Vinte e Um🥀
Capítulo Vinte e Dois🥀
Capítulo Vinte e Três 🥀
Capítulo Vinte e Quatro🥀
Capítulo Vinte e Cinco🥀
Capítulo Vinte e seis🥀
Capítulo Vinte e sete🥀
Capítulo Vinte e oito🥀
Capítulo Vinte e nove🥀
Capítulo Trinta🥀
Capítulo Trinta e um🥀

Capítulo Dez🥀

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By autoranathaliateles

                        ● Sunny

   A consulta que tive com a senhorita Beatrice no jardim foi muito legal, nós fizemos algumas atividades, tivemos uma conversa confortável e super descontraída que me fez muito bem.

   Agora estava voltando para a mesa do jardim, onde estavam Damon e Daphne. Já de longe vejo que não estavam interagindo entre si, mas não pareciam ter brigado também.

- Sentiram minha falta, queridos? - Quebrei o silêncio que pairava no ambiente, e eles olham para mim.

- Como foi a sua sessão, Sunny? - Daphne pergunta, e agora vejo que ela estava desenhando no mesmo caderno que ela estava de manhã quando acordei.

- Foi maravilhosa! A senhorita Beatrice foi super legal comigo, nós conversamos sobre diversos assuntos e ela fez diversas atividades super divertidas. - Sorrio.

   Me sento na mesa, e reparo que Damon está sentado onde eu estava antes de Beatrice me chamar.

- E o que vocês fizeram nesse tempo que fiquei longe? Não me digam que ficaram em silêncio? - Pergunto e Daphne dá de ombros.

- Conversamos um pouco, nada demais. - Daphne me responde e olho para Damon.

- É, realmente só conversamos. - Ele fala olhando em meus olhos, arqueio as sobrancelhas.

- Ok. - Digo suspirando.

   Por mais que eu quisesse falar toda a verdade sobre Damon para Daphne, eu não poderia, a única pessoa que pode fazer isso é o próprio Damon. E realmente não sei se ele vai fazer isso, e se fizer tenho certeza que não vai acontecer tão cedo.

   Agora estávamos no quarto, sabia que pelo menos daqui a uma hora chamariam a gente para o almoço.

- Posso fazer um penteado em você, Sunny? - Daphne me pergunta e eu a olho, ela estava deitada completamente jogada em sua cama e parecia estar mais entediada que eu.

- Claro. - Sorrio para ela. Quando eu ainda estava com a minha mamãe, ela amava mexer no meu cabelo, ela gostava de fazer penteados ou simplesmente ficar fazendo um carinho, era tempos tão bons.

   Daphne veio em direção a minha cama, e se sentou atrás de mim. Ela começa a mexer suavemente em meus cabelos os desembaraçando, com os dedos mesmo.

- Sabe aquela sensação estranha que eu falei que estava a uns dias atrás? - Comento com Daphne.

- Sobre a semana estar estranha e que algo irá acontecer? - Ela diz parecendo se lembrar.

- É isso mesmo. - Sinto ela parar de mexer em meus cabelos.

- O que que tem ela? - Cindi olha para mim.

- Ela voltou, só que dessa vez pior. Eu estou com um aperto no peito, sentindo que algo de errado vai acontecer nesses próximos dias. - Falo, e sinto o nó em minha garganta começar a crescer.

- Sunny, não diga isso, deve ser esse lugar desprezível que nos faz ter esses pensamentos negativos e desagradáveis. - Cindi fala e sinto um certo nervosismo em sua voz.

   Só que Daphne não entendia, eu estava sentindo um sentimento horrível, como se algo ou alguém estivesse esmagando sem dó meu coração aos poucos, e estraçalhando meu pulmão me deixando sem ar.

- Não sei, Cindi, eu realmente não sei. - Falo com um pesar na voz, e ouço Daphne suspirar.

- Sabe, quando eu era pequena e estava triste, minha mãe costumava cantar uma canção francesa para mim. - Daphne fala, e eu me viro para ela. - Ela dizia que a música tem o poder da cura, e que nós podíamos nos expressar através dela.

- E qual era essa canção? - Pergunto curiosa.

- Eu irei cantá-la para você. - Se ajeita na cama, mas continua mexendo no meu cabelo.

   Concordo com a cabeça, e Daphne começa a cantar.

- Oh ma douce souffrance

Polquei s'acharner? Tu recommences

Je ne suis qu'un être sans importance

Sans lui, je suis un peu paro

Je déambule seule dans le métro

Une dernière danse

Pour oublier ma peine immense

Je veux m'enfuir que tout recommence

Oh ma douce souffrance

Je remue le ciel, le jour, la nuit

Je danse avec le vent, la pluie

Un peu d'amour, un brin de miel

Et je danse, danse, danse, danse, danse,

Et dans le bruit, je cours et j'ai peur

Est-ce mon tour? Vient la douleur

Dans tout Paris, je m'abandonne

Et je m'envole, vole, vole, vole, vole,

Que d'espérance

Sur ce chemin en ton absenc...

                          [ Derniére Danse - Indila]

   A voz de Daphne era maravilhosa, doce e ela cantava com um tom sentimental e que transparecia dor e nostalgia. Me viro para olha-la, e a mesma está de olhos fechados com um sorriso pequeno no rosto, parecendo se recordar de algo.

   Ela para de cantar e sorri abrindo os olhos um pouco marejados, me olhando.

- A sua voz é muito linda, Cindi, a música também é maravilhosa, mas eu entendi apenas algumas frases em francês. - Falo risonha e Daphne também ri secando algumas lágrimas que estavam caindo.

- Algum dia eu lhe digo a tradução. - Fala e tira uma mecha que estava em frente ao meu rosto.

- Promessa? - Estendo meu dedo mindinho para ela, que ri apertando.

- Promessa! - Me vira novamente para poder acabar o penteado. - Essa música tem um valor sentimental muito grande para mim, Sunny.

- Cindi, como foi a sua infância? - Tento começar um assunto, já que tínhamos tempo para o almoço.

- Foi muita boa, eu sempre brincava depois da escola com algumas amigas em casa. Minha mãe costumava fazer alguns lanches deliciosos.

- Do que você mais gostava de brincar?

- Minha brincadeira favorita era criar um desfile com as minhas roupas, e fazer minhas amigas de modelos. Depois eu tinha que arrumar toda a bagunça que ficava, mas no fim era divertido. - Dou risada, imaginando a cena. - E você, como foi a sua infância?

- Graças aos meus papais adotivos, foi incrível. Nós gostávamos de brincar de restaurante, então a gente cozinhava e ficava inventando receitas diferentes, nomeando-as, chegamos até a escrever um livro com as nossas próprias receitas, mas só nós três sabemos onde está, por que era um segredo só nosso.- Dou risada ao me lembrar de quando eu e meus papais criamos um tipo de suco maluco, misturando frutas cítricas e frutas vermelhas, e no final colocamos o nome de suco arco-íris, já que as cores ficaram lindas.

- Isso é muito legal, Sunny.

- O livro de receitas está no banco Gray em Portland, no Oregon, que foi para onde eu me mudei quando fui adotada, e está em nome dos Summer, os sobrenomes dos meus pais, na gaveta 112. - Falo e me surpreendo por lembrar de todos os dados e informações depois de dois anos.

- Por que está me contando um segredo da sua família, Sunny? - Daphne me pergunta confusa.

- Por que confio em você, Cindi. E sei que algum dia você irá sair daqui, e quero que quando isso acontecer, você vá para Portland, pegue o livro no banco e utilize ele. - Me viro para ela olhando em seus olhos.

- Por que você sempre diz que um dia eu irei sair daqui? Eu nunca te disse isso, mas, eu só posso sair com um laudo médico ou com a autorização do meu tio. E tenho certeza que isso não irá acontecer.

- Cindi, eu falo por que eu tenho motivos para acreditar que você vai ser feliz lá fora, eu não posso te explicar isso ainda. Então apenas me prometa que quando sair, você vai ir até Portland e pegar o livro de receitas dos meus pais no banco.

   Daphne vacila o olhar, desviando, parecendo pensar, pego em seu queixo e viro ela em minha direção novamente.

- Prometa Daphne, não questione nada, só prometa. - Falo implorando. - Esse livro é quase uma herança minha, pode não ser muito valioso, mas tem um valor sentimental gigantesco para mim, e eu quero passar ele pra você. - Digo seria, para que ela compreenda melhor.

- Ok, Sunny, eu prometo. Mas você também tem que me prometer que se eu sair daqui, você irá comigo, nós iremos buscar o livro, e vamos ser felizes juntas. - Daphne diz com um brilho no olhar.

- Eu prometo, Cindi. - Dou uma risada, e pego sua mão enlaçando junto a minha. - Vamos viver muitas coisas juntas.

   Daphne sorri e me vira voltando a mexer em meus cabelos, fazendo uma trança lateral.

   Depois do almoço, eu e Daphne voltamos para o quarto, e resolvemos descansar um pouco.

- Você percebeu o Damon um pouco diferente durante o almoço hoje, Sunny? - Daphne comenta e eu a olho.

- Pra falar a verdade não reparei em nada. Por que você reparou? - Falo dando de ombros e ela me olha, mas depois desvia o olhar.

- Não sei, mesmo distante da gente, eu percebi o comportamento dele meio estranho, como se ele estivesse nervoso ou até mesmo intrigado com algo.

- Jura? Eu acho que não notei nada de verdade. - Falo e Daphne assentiu. - Mas pode ter sido um engano seu também, Cindi, mas se quiser podemos falar com ele amanhã. Perguntar se aconteceu algo. - Me sento na cama, tirando meus sapatos.

- Acho que não será necessário, deve ter sido um engano meu mesmo, como você disse. - Diz simplista, mas sei que ela não vai parar de pensar sobre isso.

   Daphne arruma sua cama e deita, se cobrindo logo em seguida.

- Me chame quando estiver na hora do jantar, por favor. - Fala e depois fecha os olhos.

- Claro. - Respondo.

   Fico olhando para Daphne, e penso o que ela dirá ou fará quando descobrir toda a verdade sobre Damon e Delilah. Daphne é muito justa, e extremamente desconfiada, e sei que ela não aceitará da maneira mais fácil e isso me deixa preocupada.

               ● Damon Vassiliev

   Depois que saí do jardim e voltei para o quarto, fiquei esperando a hora do almoço enquanto desenhava no meu caderno que Delilah tinha me dado, assim que eu cheguei no hospital. Dizendo ela que se eu ocupasse minha mente desenhando, a probabilidade de eu fazer besteira reduziria.

   Já fazia um tempo que eu estava me entretendo desenhando, e sem perceber vi que tinha desenhado o esboço do rosto de Daphne.

- Puta que pariu, que menina desgraçada que não sai da minha cabeça. - Suspiro e passo a mão pelos meus cabelos. Começo a reparar no meu desenho que estava criando forma.

    Não posso negar que Daphne estava me deixando maluco, seu rosto angelical, a sua voz doce, e o modo que ela me olhava me deixava intrigado. Ela era realmente muito bonita, Daphne tinha uma beleza angelical e a mais pura que eu já vi em toda a minha vida, e vou fazer questão de conquistar a confiança dela e tirá-la desse inferno, não irei desistir dessa garota nem fodendo.

   Ouço a porta sendo aberta e olho em direção a mesma, e a pessoa que atravessou por ela me fez fechar a cara no mesmo momento e apertei o lápis que estava em minha mão com tanta força, que em segundos ele se quebrou em dois pedaços. E lá se vai meu momento de paz.

- Olá Damon, como vai? - Trevor diz cínico e dou uma risada desacreditado.

- Eu estava muito bem antes de você aparecer no meu quarto, doutor. - Falo e me levanto me aproximando dele.

- Fico muito feliz em saber. Sabe garoto, eu queria conversar com você, e te alertar sobre o seu futuro aqui dentro. - Ele fala e eu o olho estreitando meus olhos.

- Como você entrou aqui a propósito? Pelo que eu saiba só os seguranças tem as chaves dos quartos.

- Isso não é da sua conta. - Fala sério.

- Fale logo o que você quer, Trevor. - Digo começando a ficar sem paciência e ele ri.

- Se acalme Damon, você não quer voltar para a sala azul, não é? - Ele me pergunta sentando na outra cama que estava vaga, já que eu não tinha companheiro de quarto. - Senta-se. Vamos conversar de homem para... garoto. - Reviro os olhos, tentando me controlar e manter minha mão longe o suficiente do rosto do filho da puta.

   Mesmo a contragosto, me sento na minha cama e me inclino ficando a sua frente encarando o mesmo com um olhar indecifrável.

- Diga logo de uma vez. - Falo sério e Trevor ajeita sua postura.

- É incrível, não é? Mesmo eu sendo uma autoridade importante aqui neste hospital, você nunca me respeitou, nunca perdeu essa sua pose de garoto rebelde e fora da lei, e sempre me confrontou, tudo isso para proteger a Sunny, não é mesmo Damon? - Ele fala sério e eu ajeito a postura quando ele cita o nome da Sunny. - Sempre foi no lugar dela para a sala azul, sempre salvando ela, mesmo que você se fodesse, você colocava a sua vida pela a dela.

- Qual é o seu intuito me falando essas coisas? - Pergunto direto, já começando a ficar sem paciência com essa conversa.

- Sabe Damon, eu sempre tive uma certa curiosidade sobre Sunny. Ela é adorável e muito bonita, não acha? Eu faria qualquer coisa para ouvir aquela voz doce gritando meu nome. - Ele diz e eu me descontrolo e levanto indo em sua direção pegando seu colarinho.

- Seu filho da puta. Você não vai tocar na Sunny, nem que eu mesmo tenha que te matar e depois ser preso por isso. - Falo sério e olho bem no fundo dos seus olhos, deixando meu ódio por ele se sobressair nas minhas palavras. Trevor ri e desvia o olhar para algo atrás de mim, especificamente para a minha cama, e me lembro que meu caderno onde tinha o desenho da Daphne, estava aberto.

- Então o nosso garoto rebelde gosta de desenhar a paciente nova. Não te julgo, Daphne é realmente muito bonita, o corpo dela é muito lindo também, já reparou? - Trevor fala rindo, e perco o meu único resquício de paciência, dou um soco em seu rosto fazendo ele cair ao lado da cama resmungando de dor.

- Não fale, nem se quer pense, na Daphne ou até mesmo na Sunny, ou eu te juro que te mato Trevor, você não sabe com quem está mexendo. - Ele me olha passando a mão sobre a maçã de seu rosto, que agora tinha uma coloração avermelhada. - Esse soco foi apenas um aviso prévio.

- Não adianta tentar ficar protegendo-as, Damon. - Trevor dá uma risada anasalada se levantando e arrumando seu jaleco, e se aproxima de mim, me olhando fixamente. - Você não vai conseguir fazer isso por muito tempo, e sabe muito bem disso.

   Após isso, ele se distancia e sai do meu quarto. Passo as mãos pelo meu cabelo e respiro fundo, tentando me controlar.

   Depois de alguns minutos sou chamado para o almoço. Não estava com muita fome, mas mesmo assim comi, e fiquei pensando sobre a conversa que tive com Trevor. Durante a minha refeição senti um olhar me queimando, quando procurei saber quem estava me encarando, achei um par de olhos azuis me olhando com uma certa curiosidade.

   Daphne me encarava, parecendo notar que eu estava meio estranho, olho para ela e sustento o olhar até a mesma desviar um pouco desconfortável. Desvio também voltando a olhar para o meu prato.

   Não irei deixar nada acontecer com Daphne e Sunny, ninguém nunca irá tocar nelas, ou fazer algum mal.

   Isso é uma promessa e eu sempre cumpro com a minha palavra.

                               ...🥀

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