Lorrany
A intenção era a gente dormir agarradinho, mas eu estava com tanta vontade de ir pro baile que eu já sai do banheiro me arrumando.
E tudo me levou pra rua quatro mesmo.
Fp: gostosa- murmurou quando eu desci da moto, dei um sorriso dando um selinho nele.
A minha bonequinho tá que tá me fazendo andar estranho, mas cara, eu fiz tanto a cabeça do meu pai pra liberar que se eu não aparecesse ele ia estranhar.
Virei o beco olhando a rua que dava no baile e esperei ele deixar a moto na calçada, andei do lado dele no silêncio curto até chegar na primeira barraquinha.
Lorrany: quero uma Ice- falei pra ele pegando o meu celular respondendo a Sabrina. Quando me dei conta tinha perdido do Felipe de vista, continuei perto da barraca até a Sabrina vim.
Sabrina: mó luta pra te achar- me abraçou, fazendo eu sentir o cheirinho dela- tá aqui a muito tempo?
Lorrany: não, cheguei faz pouco tempo.
Sabrina: vi aquela sua prima, amiga não sei - apertei os olhos- Aline, aquela loira lá, a que perdeu a mãe.
Lorrany: alicia?
Sabrina: deve ser. Vai beber alguma coisa?
Lorrany: o Felipe ia pedir pra mim, mas ele sumiu- rodei os olhos proucurando ele, e bater o olho com ele vindo com uma cestinha com a Ice.
Fp: vai beber de barriga vazia não- me entregou o lanche, sorri querendo dar um selinho nele- fala comigo Sabrina.
Sabrina: eai cabeça de pica- bateu na mão dele- eu tava era com saudades disso- dançou atrás do coutinho e eu dei risada.
Coutinho: sexo no vidigal, sexo no vidigal- fez dancinha e Sabrina acompanhando, levantei indo do lado deles e dançando também, amo esse povinho.
Fp: tava por onde?
Coutinho: eu que te pergunto filha da puta, tá doidão de me deixar a deus de ará?- pegou meu hambúrguer dando mó mordidão, dei um tapa no pescoço dele e peguei de volta.
Sabrina: a carência do gato- me entregou meu copo.- cadê aquele que anda contigo.
Coutinho: quem?
Sabrina: o moreninho.
Coutinho: te perguntou- ela deu outro tapa nele fazendo ele ir pra frente- faz o reverse e vai embora- dei risada e Sabrina mandou dedo pra ele- mano Dg tá sofrendo de amor, já já tá aí.
Virei a cabeça no mesmo momento vendo alicia pedir bebida, olhei pro fp que ergueu a sombrancelha pra mim e eu revirei os olhos.
Lorrany: fala cheirosa- abracei ela dando um cheirinho no pescoço dela que é o mesmo.
Alicia: oi gente tudo bem- passou a mão pra todo mundo e virou me olhando - vi seu pai, estava perguntando de você- fiz cara de tensa e ela riu- tá aprontando né safada.
Lorrany: tô nada- falei rindo.
Alícia: vou dormir na sua casa hoje tá? Meu pai só deixou eu vim com essa condição, sua mãe tá ligada.
Lorrany: tranquilo- quebrei o olhar pro fp que cruzou os braços e revirou os olhos.
Alicia: tiver indo embora, me liga- falou alto no meu ouvido, confirmei com a cabeça- tchau gente.
Coutinho: gostosinha, só que muito mal educada.
Lorrany: ela falou com vocês- dei a primeira golada do álcool- comecei em.
Coutinho: gostosas tem que me comprimentar com um selinho já- dei risada negando e abraçando fp- pode servir pra você também Sabrina- ela levantou a cabeça que estava na atenção do celular, e debochou dele, dei risada alta fazendo ele ir pra trás sorrindo também.
Sabrina: não sou Maria Mucilon coutinho, sinto muito.
Coutinho: pra tudo tem sua primeira vez.- arregalei o olho sorrindo e encarei o fp que continuava com cara fechada.
Lorrany: que foi?- virei pra ele dando um cheirinho no seu pescoço - hm?- ele negou com a cabeça e continuou encarando alguém em específico, proucurei esse alguém mas nossos olhares não batia- que foi Felipe?
Fp: não é nada contigo- concordei e me soltei.
Lorrany: vou atrás do meu pai.
Fp: vamo- apagou o baseado.
Lorrany: não precisa - peguei no braço da Sabrina.
Fp: você sabe aonde ele tá?
Lorrany: início da rua- ele me olhou sério e eu não encarei de volta, só fui andando por meio daquele povo todo, com Sabrina segurando minha mão pra não se perder.
Sabrina: sua fudida- gritou- tua sorte que eu não tô com disposição pra discutir - apontou pra alguém ainda andando - minha bebidinha véi, paguei trinta conto no copo- parou do meu lado.
Lorrany: pego uns cartãozinho com papis pra gente.
Cheguei perto com minha mãe, tia Yasmin e tio costa de um lado conversando, minha mãe mó gatona tá doido.
Lorrany: bonita, é assim? Sai e não me avisa?- abracei ela dando um beijo- tá linda vida.
Gabrielle: sou filha de Deus também né.
Yasmin: tava aonde catiele?
Lorrany: tô lá trás com meus amigos, cadê o papai?- abracei de lado tio costa.
Costa: sumiu, sua mãe tá se mordendo- deu risada e eu apertei os olhos.
Gabrielle: cala boca costa, vou fazer uma infecção nessa cara sua já já.
Lorrany: ué, falaram que ele estava me procurando.
Gabrielle: lógico Lorrany, não vê o celular- sorri falso lembrando que meu celular estava com Felipe.
Yasmin: eu e sua mãe vamos pra um after aí, deixar o homi em casa e meter o pé.
Lorrany: me leva.
Yasmin: só maiores de 18.- Sabrina olhou pra ela sorriso- no caso maior de 25.
Sabrina: vacilona.
Costa: é você indo pra um lugar e eu indo pra outro.
Yasmin: vai ué, por que você não vai?- ele sorriu e agarrou a cintura dela- minha irmã tá precisando beijar na boca.
Costa: mô para de incentivar- soltou ela.
Yasmin: incentivo mesmo, ele provavelmente saiu com outra daqui, a coitada tem que ficar se remoendo por isso?
Costa: tu nem tá ligada no bagulho que ele foi fazer, pode muito bem ta resolvendo um b.o por aí.
Gabrielle: esse b.o tem buceta específica- falou rindo e dançando.
Isso me deixou incomodada, e estava explícito no meu rosto. Não gosto da ideia do meu pai com outra não, sempre foi e será minha mãe.
Lorrany: tio me dá uns cartões aí, tô mais lisa que sabonete- ele apertou o olho e me deu quatro, levantei a sombrancelha pedindo mais a ele.
Costa: dois pra cada uma, não é pra sair bêbada não porra.
Lorrany: da mais quatro, só pra fechar a noite- fez uma Palestrinha do caralho, mas liberou por que minha mãe mandou dar.
Fui na barraquinha mais próxima pendido uma caipifruta com whisky, meu pai bebê tanto whisky que me viciou, mas pra eu ficar bêbada é com dois copos também.
Lorrany: valeu- virei no mesmo momento me chocando com alguém, meu copo foi de ralo- qual foi cara.
Taurino: pô, foi mal burguesinha. Faz um caipifruta com- me encarou.
Lorrany: whisky- esperei o cara fazer e nisso já tinha perdido a Sabrina- caralho..
Taurino: foi minha intenção não- me entregou.
Lorrany: tô perdida e sem meu celular, me leva no início- ele me encarou como se estivesse me perguntando se eu estava falando sério- namoral mesmo.
Taurino: ê Yago, tô com a burguesa- revirei os olhos e fui colada com meu braço nele.- Esse negócio de me chamarem de burguesinha tá saturado já, sabia?
Taurino: ninguém lembra seu nome, burguesinha é mais fácil da tropa lembrar.
Lorrany: que tropa?
Taurino: parece até que se faz. Vai pra onde doida?
Lorrany: na minha mãe, rapidinho.
Cheguei perto da minha, entregando a latinha de energético e perguntando da Sabrina.
Gabrielle: cuidado em Lorrany - olhou bem pra cara do reflexo- tava até te estranhando gv, tá diferente pra caralho- sorriu abraçando ele.- celular ligado, cadê ele?
Lorrany: tá com Felipe - ela apertou o olho- relaxa.
Costa: teu pai não tá aqui mas eu tô em caralho.
Taurino: tá comigo, fica de boa.
Costa: tá ligado como funciona- meteu uma cara de marrento pra amedrontar ele, mal sabe o coitado que não assusta nem uma mosca.
Passo meu braço em volta do dele e vou passando imprensada, tanto tempo sem rolê aqui que a galera tá dando o nome. Tá até calmo demais, nem uma briguinha por som nem nada.
Voltei aonde estávamos quando cheguei, rodei rodei e não achei eles. Acabei voltando pra onde minha mãe estava escutando ele reclamar.
Lorrany: para de reclamar reflexo.
Taurino: entregue, muito chata- minha mãe deu risada.
Lorrany: valeu.
Taurino: nunca mais- não sei se ele realmente ficou bolado ou estava só zoando comigo.