Twist | VegasPete

By vegaspetit

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Após uma emboscada mau executada e um plano que deu errado, Pete Phongsakorn, o filho mais novo segunda máfia... More

avisos/introdução
capitulo um.
capitulo dois.
capitulo três.
capitulo cinco.
capitulo seis.
capitulo sete.
capitulo oito.
capitulo nove.
capitulo dez.
capitulo onze.
capitulo doze.
capitulo treze.
capitulo quatorze.
capitulo quinze.
capitulo dezesseis.
capitulo dezessete.
capitulo dezoito.
capitulo dezenove.
capitulo vinte.
capitulo vinte e um.
capítulo vinte e dois. [conclusão]
[extra]

capitulo quatro.

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By vegaspetit

Hey! Espero que gostem desse :)







Pete está sozinho por muitas horas. Já está escuro e ele não teve nenhum sinal de Vegas desde a última vez em que o viu. Nop fez um bom trabalho algemando-o e diferente dos outros dias, ele finalmente pôde comer algo que o deixasse satisfeito por mais de vinte minutos, uma tigela grande e quente de macarrão. Embora tivesse muito caldo, ele não reclamou.

O quarto de Vegas é espaçoso mas não conta com muitos móveis. Ele tem um sofá perto das janelas trancadas, um guarda roupa embutido na parede e uma cama de casal muito confortável. As correntes tilintam e apertam seus pulsos conforme Pete se move pelo espaço mas é muito melhor do que estar algemado à uma cadeira num porão úmido e sem luz do sol.

Pete vaga por todos os cantos à procura de algo que possa ajudá-lo a se soltar, mas ele não tem sucesso em sua busca uma vez que Vegas parece ter sido muito atencioso em tirar de vista qualquer coisa que pudesse ajudar Pete a fugir. Ao invés disso, ele encontra uma gaveta cheia de camisinha, lumbrificante e vendas de seda.

"Porra." Pete xinga, empurrando a gaveta com os pés.

Mais cedo, ficou mais do que óbvio que Vegas se sentia atraído por homens e Pete já tinha ouvido sobre isso em algum lugar da casa da Primeira Família uma vez. Embora o sucessor da Segunda não se lembrasse, eles já tinham se esbarrado antes. Em uma das reuniões que papai o obrigou a comparecer, Senhor Kan e seu filho mais velho estavam presentes.

O homem era uma página fria e sólida de um grande nada. Ele não sorria, não tinha reações melhores do era esperado e Pete só o viu trocar poucas palavras com o irmão. Vegas parecia interessado em outra coisa. Ele se esforçava para deixar Kinn Annakin irritado com suas provocações infantis e obtia resultado com elas. O herdeiro da Primeira Família respirava fundo e fechava os punhos todas as vezes que o primo abria a boca. É de se esperar que eles se odeiem.

Vegas é um jogador, e Pete duvida que ele entre em jogos que não possa ganhar. O que eles estão fazendo agora é um jogo, como tudo desde o começo tem sido. Talvez Pen tenha perdido uma rodada mas Pete ainda pode ganhar uma delas. Basta saber como Vegas gosta de guiar as coisas e ele vai estar apto para vencer dele.

"Você sentiu minha falta?" Pete quase grita quando percebe Vegas parado na porta, olhando-o de um jeito estranho.

Desde que foi pego, ele nunca tinha visto Vegas daquela forma, ao contrário da imagem perturbadora que lhe foi apresentada, essa é muito diferente. Cabelo desarrumado, a camisa de cetim aberta até a metade e marcas por todo o pescoço. Vegas está malditamente bêbado.

"Não." Pete responde a ele. "Você está bêbado."

"Não me venha com esse sorriso." Vegas tropeça para dentro, batendo a porta em suas costas. "Eu estou sóbrio o bastante para te deixar sem andar pelo resto da sua vida miserável se tentar fugir."

Pete levanta os braços e sacode as correntes.

"E como eu faria isso?" Questiona. "Levando todo seu teto comigo?"

"Olha" Vegas aponta. "Você estava tão dócil hoje cedo. O que aconteceu com aquele Pete?"

Pete movimenta os ombros. Ele está sentado na beirada da cama a uma distância segura de Vegas. Mesmo que seus olhos estejam pequenos e o corpo instável, ele parece ainda mais perigoso assim.

"O que aconteceu com você?" Devolve a pergunta.

O sucessor da Segunda Família caminha em direção ao banheiro. Ele abre a torneira da pia e deixa a água escorrer.

"Isso não é da sua conta."

Pete fica de pé. Esse é o jogo dele.

"Você estava fodendo alguém?" Pergunta. Não lhe agrada flertar com Vegas mas ele é muito mais sucetivel a falha nesse estado. Embora ainda signifique perigo, é muito mais fácil para Pete jogar com essa versão.

"Está com ciúmes?" Vegas acerta um passo para frente. Ele encara seu reflexo no espelho e então olha para Pete da mesma forma que olhou para ele quando estava na banheira. É quente. "Eu posso foder você também."

Pete morde a língua quando sua primeira resposta vem à boca. Ele engole as palavras e põe um sorriso no rosto. Seus passos vagam devagar pelo quarto até que esteja próximo o bastante do banheiro.

"E você conseguiria nesse estado?" Murmura a pergunta, inclinando a cabeça para o lado enquanto seus olhos passam por todo o corpo dele até voltar para o rosto. "Eu acho que não."

Vegas parece capaz de muitas coisas ainda quando permanecer sobre suas pernas é difícil. Pete teria lutado com qualquer outra pessoa na mesma situação de embriaguez que ele, contudo, ele precisa de ao menos uma vantagem e nesse momento, Pete não tem nenhuma.

"Não me provoque." Vegas se vira por completo, com as duas mãos segurando o batente da porta e o peitoral exposto na direção de Pete. "Você não quer fazer isso."

Mais um passo para frente. Pete está próximo o bastante dele para sentir o cheiro do perfume e do álcool.

"Por que?" Murmura. "O que você pode fazer comigo que eu não vá gostar?"

Vegas imita seu movimento com a cabeça. Ele poderia fazer muitas coisas.

"Pete." Ele avisa. "Você..."

"O que?" Suas mãos se levantam e ele segura a camisa de Vegas entre os dedos, no entanto, Pete teme tocar sua pele então segurar a roupa dele é o bastante para agora.

Seus olhos não desviam por nenhum segundo, ao invés disso, ele se aproxima até que o nariz possa esbarrar sutilmente no dele. As marcas no pescoço de Vegas são vergões causados por unhas, unhas grandes, femininas. O outro cheiro que ele exala também é feminino e seus lábios estão vermelhos como cereja.

"Foi você quem me provocou antes e então me deixou sozinho." Pete se aproxima da orelha. Ele pensa que a qualquer instante Vegas vai empurrá-lo para longe. "É a minha vez agora."

Ele espera um momento para saber se vai ser afastado mas Vegas não responde, ele não diz nada e também não o afasta. Assim, Pete beija suavemente seu maxilar, depois um ponto mais para baixo, para perto do pescoço, suas mãos ainda presas na camisa dele. Ele sente quando Vegas suspira, em prazer ou desconforto, os pelos da nuca se eriçam e ele grunhi.

"Pete." Mais um grunhido. Algo de agita em seu peito e de repente ele gosta da sensação. "Não faça isso."

Pete continua, esbarrando os lábios contra a orelha dele, abaixo dela e seguindo mais uma vez para o pescoço. Vegas vira o rosto para o lado e sua própria boca quase esbarra com a de Pete. Ele suspira e permite que o caçula Phongsakorn continue.

"Você gosta?" Pete sussura, a voz tão baixa que beira a rouquidão. "Vegas?"

"Sim." Ele fecha os olhos, a cabeça levemente inclinada para trás.

"Fico feliz que goste." Confiando em suas mãos, Pete as deixa livre para tocar a pele dele. Seu próprio corpo se arrepia ao sentir a quentura nas palmas, suas unhas curtas arrancando superficialmente as laterais do corpo dele. "Posso beijar você? Por favor?"

Ele não sabe por que pergunta mas os lábios de Vegas parecem muito atraentes daquela cor. Suas mãos caminham um pouco mais para baixo, percorrendo a cintura e os quadris. Ele não está armado, e também não carrega as chaves das algemas.

Pete se assusta quando Vegas sobe uma das mãos até sua garganta e o empurra contra parede do lado de dentro do banheiro. Ele fica sem ar por alguns instantes, o impacto de suas costas e cabeça o deixando momentaneamente zonzo.

"Você acha que eu não sei o que você está fazendo?" Vegas murmura contra seu rosto. "Quão idiota você acha que eu sou, Pete? Hm?"

Ele sequer consegue respirar, formar uma frase inteira é impossível.

"Eu não..." Pete tenta, mas sua voz se perde quando os dedos de Vegas apertam com mais força.

"Você acha que me deixar excitado é a solução para os seus problemas?" Vegas segura seu pulso com a mão livre e empurra seu braço para baixo. Pete quase geme quando pressiona involuntariamente a ereção dele. "Continue gemendo como uma vadia e vou eu te dar o que você quer."

A pressão em seus ouvidos aumenta junto com seus batimentos cardíacos e Pete pensa que vai desmaiar de novo.

"Vegas..."

Ele afrouxa o aperto mas não se afasta. Pete observa como Vegas sequer está olhando em seus olhos, um pouco mais para baixo talvez. Sua mão ainda está lá embaixo então Pete move com ela em provocação.

"Me beija." Ele pede, se inclinando para frente. "Por favor."

"Não." Vegas o empurra de volta. "Se fizer isso de novo eu te mato."

Virando de costas, ele deixa Pete sozinho no banheiro, e em seguida sozinho no quarto.

É só quando ele bate a porta que Pete consegue respirar. Suas pernas estão bambas e ele quase cede para o chão, apoiando-se na pia para conseguir sentar no vaso. Com a respiração acelerada e calor subindo por todo seu rosto, Pete se dá conta de que Vegas não foi o único a ficar excitado.

Ele perdeu o jogo.




[...]




"Muito bem." Papai diz, entrando na sala. "A senhorita Wen fechou o investimento hoje cedo. Ela mandou todos os documentos assinados e a quantia em dinheiro já está na conta."

Macau movimenta a cabeça do outro da mesa de café da manhã. Ele olha para Vegas e depois para seu pai.

"Que bom, pai."

"Sim, é ótimo." Senhor Kan se senta na ponta. Ele não olha para Macau enquanto fala. "Você já tem idade o suficiente para começar a ajudar nos negócios da família. Talvez devesse fazer como seu irmão."

"Não se atreva." Com o punho na mesa, Vegas aponta o dedo para seu pai. "Eu faço isso. Macau só tem que ir para escola e ser um bom aluno."

"Abaixe esse maldito dedo se quiser continuar com ele." Papai responde. "Estou de bom humor hoje, portanto vou relevar suas ações."

Vegas se encosta outra vez contra a cadeira. Sua cabeça dói e ao contrário de seu pai, ele não está de bom humor hoje. Dormir em uma cama que não é sua foi mais do que desconfortável, embora os quartos de hóspedes fossem ocupados com móveis de melhor qualidade e conforto, a noite foi péssima. Ele não voltou para seu quarto depois da tentativa inútil de Pete de seduzi-lo porque se voltasse, Vegas o mataria. Ou o foderia como uma maldita cadela no cio.

"Eu quero ajudar nos negócios da família." Macau diz alguns minutos depois. Quando Vegas olha para seu irmão, têm um vislumbre de si mesmo há alguns anos atrás. Macau veste o uniforme da escola e seu olhar está sutilmente cheio de esperança. Ele olha para papai e espera que ele olhe de volta.

Não acontece.

"Você ouviu seu irmão." Senhor Kan abana a mão. "Sua única preocupação deve ser seu desempenho na escola."

"Sim, é o bastante." Vegas concorda por fim.

Macau desvia os olhos para sua tigela de comida, então suspira. Ele sabe como seu irmão se sente porque já esteve em seu lugar mas não há nenhuma maneira de Vegas permitir que ele faça parte da sujeira. A vida toda ele te protegido Macau da maneira que dá, e realmente não importa o que tenha que ser feito, Vegas pode fazer por ele. Seu irmão não precisa passar pelo o que ele passou.

"Vegas." Papai chama. "Tenho um trabalho para você. Carga roubada, quero que resolva."

"Tudo bem." Ele concorda. Faz algum tempo desde que tentaram roubar a última carga de drogas responsável por manter seus clientes acordados e dispostos a gastar mais e mais dentro do cassino. Vegas lidou com os caras e pelo estado que foram devolvidos as suas gangues de rua, ele duvidava que fossem tentar outra vez.

"Depois que tiver lidado com isso" Senhor Kan continua. "Preciso que recepcione alguns amigos. São americanos e estão aqui para diversão. Mostre-os como funciona o cassino."

"Que tipo de diversão?" Questiona, o hashi empurrando os ovos mexidos de um lado para outro. Seu celular vibra com a notificação de uma mensagem, e o nome que surge na tela pertence a alguém que ele não tem visto aparecer há algum tempo.

"Vegas" Papai levanta o rosto. "Você sabe que tipo de diversão. Arranje alguns doces, algumas garotas e os deixe felizes."

"Sim, senhor." Dito isso, Vegas se levanta.

Macau se despede com um sorriso pequeno. Em qualquer outra ocasião Vegas jamais o deixaria sozinho com seu pai, contudo, Macau tem aula em alguns minutos e ele certamente não vai ficar mais do que isso.

Seus subordinados estão vagando pela mansão quando Vegas desce as escadas para o primeiro andar.

"Nop" Chama. Nop imediatamente vem em sua direção. "Prepare o carro, vou encontrar uma pessoa."

"Sim, senhor Vegas." Ele tira o rádio do bolso da calça e começa a falar. "Preparem um carro, o segundo chefe vai sair."

Ken está guiando dois novatos mais à frente quando Vegas se aproxima.

"Mande alguém verificar se o meu convidado ainda está respirando, e se estiver, deem comida para ele. Apenas mingau de arroz." É certamente mais do que Pete merece pela provocação da noite passada.

Está relativamente calor do lado de fora e a camisa vermelha que Vegas veste é mais do que suficiente. Há um carro esperando na entrada da casa e antes de entrar, ele verifica se o pente de sua arma está cheio.

"Senhor." O homem sentado no banco do motorista cumprimenta brevemente. "Para onde?"

"Siga o mapa." Vegas diz a ele. Em seguida, compartilha a localização que lhe foi enviada por mensagem.

Uma ligação o interrompe, o mesmo nome aparece na tela.

"Finalmente uma ligação sua." Vegas diz a ele com ironia. "Estava começando a me perguntar que tipo de pessoa é você. Já tem dias que eu o possuo e não recebi nem mesmo uma mensagem de barganha."

Ele ouve uma risada baixa e depois um longo suspiro do outro lado da linha.

"Estava com saudades, love?"

Vegas quase sorri. Ele está ansioso pelo momento em que vai colocar suas mãos nele e ter sua vingança.

"Eu poderia passar o resto da minha vida sem olhar para você, Pym."





[...]




Vegas, o que você está aprontando, hein?
Teorias?
Até a próxima!

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