Cassiopeia - E A Alma De Zlato

Galing kay HellaAndMacky

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Uma princesa perdida, fora sequestrada por quimeras, as antigas aliadas do rei que foram expulsas por sua gan... Higit pa

A desolação do reino
Choque de realidade
Trato feito
A profecia da princesa
A verdade - parte I
A verdade - parte II

A despedida

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Galing kay HellaAndMacky

  Enquanto isso, no reino de Zlato, um rapaz aproxima-se do reino. Era o herdeiro de Ruotan, o grande dragão de pedra e de Cassyn a leal dragão de raios, os vice-governantes do reino de Zlato, os mais próximos a rainha suprema. O seu nome era Finnwin, ele caminha vagarosamente em direção a entrada do castelo, passando pelas casas abandonadas da vila, que agora se viam totalmente desertas. Chegando ao palácio, ele passa pelos guardas, e vai até a sala do trono, onde se encontra a rainha.

-Vossa majestade - inicia fazendo uma reverência - sinto muito que não pude vir antes.

-Finnwin... Há quanto tempo, da última vez que eu te vi, você era apenas um dragãozinho. Mas, o que lhe traz aqui? - pergunta ela, sem qualquer emoção na voz.
-Vim em busca de sua filha, minha rainha. Vim ajudá-la a encontrar sua filha perdida - ao terminar sua fala, o príncipe assiste as chamas da esperança reacenderem nos olhos da rainha.
-V-você faria mesmo isso?! - diz com a voz trêmula e seu olhar encher-se de lágrimas - Finn, e-eu nem sei... - antes de completar, fora interrompida pelas ambições do jovem príncipe.
-Em troca... Assim que eu a encontrar, gostaria de pedir, a mão de sua filha em casamento.
-Claro, Finn! Eu lhe darei a mão dela e metade do meu reino se a trouxer de volta para mim! - ela dizia, com seus olhos já cobertos pelas lágrimas não solicitadas.
-Como desejar, vossa alteza. Te peço não mais que cinco invernos, assim que estes cinco invernos se sucederem, em um piscar de olhos, sua filha será trazida de volta a ti! - ele anuncia se levantando.

  A rainha corre até ele, e o abraça impulsivamente, depositando suas últimas esperanças naquele adorável príncipe. Ele então, deprende-se do abraço imprevisto e se despede logo em seguida. Agora, ele partia em direção aos 13 reinos à procura da princesa.

  Enquanto sobrevoava Lindsgard, pensava consigo mesmo:

-(Droga, se eu não fosse tão tolo, ou pelo menos, um pouco mais alerta, eu teria passado a perna naqueles alicórnios idiotas, e agora eu teria toda a riqueza deles, mas não! Eu tinha que ter confiado naquele pirralho do príncipe Lupin! Eles vão me pagar... Quando eu tiver o reinado dos dragões de Zlato em minhas mãos, irei declarar guerra contra o rei Pegasus e a rainha Kidek, e o reinado deles irá acabar em cinzas se não se submeterem às minhas ordens) hahahahah! - ele gargalhava, como se lhe tivessem contador a melhor piada do mundo.

Enquanto isso, na arena

  Cassiopeia acabara de acordar, sentindo uma enorme dor em seu rosto e abdômen. Ela se pôs a sentar, e levantou sua blusa, com dificuldade pela angústia que sentia, Cassio reparou no enorme hematoma, de um roxo escuro com manchas esverdeadas, até chegou a pensar que teria quebrado algum osso, mas se assim fosse, teria certeza de que nem estaria suportando tamanha a dor. Agora sentava em seus joelhos, e aproximou-se de uma poça de água. Ao se ver no reflexo, vendo seu olho direito roxo, questionou:

-Eu apanhei tanto assim? - indaga a si mesma, mas tendo uma resposta do prisioneiro que estava ao seu lado.
-Apanhar? Isso é pouco! Garota, você quase foi morta lá dentro! Se aquele grandão não tivesse tido pena de você, duvido muito que você estivesse aqui agora - termina ele, cuspindo para o lado.

  Era um troll que estava ali para, pelos mesmos motivos que ela, lutar pela diversão dos outros.

-A-ah... Eu... Bem... Eu nunca lutei antes... Não sei como fazer e eu não quero machucar ninguém! - rebate ela com seus olhos a lacrimejar.
-Olha garota, o tempo que você tem agora é o de se recuperar, pois, assim que você estiver minimamente melhor, será jogada de volta para lá. Ou você luta, ou você morre - diz ele sem extravagâncias.
-Mas eu... Eu não sei como... - diz com as orelhas baixas, já deprimida.
-Pirralha, se quiser, eu te ensino. Óbvio, não vou poder fazer muito, mas posso dar algumas dicas. Acredito que na próxima, te colocarão com alguém mais fraco, depois do fiasco que foi a luta de hoje, eles não vão querer perder mais dinheiro.
-E... Por que você me ajudaria? - questiona desconfiada, com suas orelhas agora levantadas como a de um gato curioso.
-Não quero te ver morrer, e também, minha mãe sempre dizia "se você tiver a chance, ajude, caso contrário, se ajude", e eu posso te ajudar! Você não vai lutar comigo, logo, eu não perderei nada com isso.
-Sua mãe parece ser bem sábia e gentil, ela te ensinou bem - ela diz, de um modo meigo.
-Sim - ele respira fundo - ela me ensinou tudo que eu sei sobre bondade... - o clima ficará pesado por um momento.
-Entendi... - diz incomodada com a atmosfera atual.
-Ok, vamos começar! - ele fala - Primeiro, só se afaste para se esquivar do ataque de seu oponente, e só avance quando você ver quea guarda está aberta.
-E como eu sei disso? Como que eu sei quando a guarda está aberta?
-É só lembrar do jeito que você estava hoje, você estava com a guarda completamente aberta! Eu fiquei até surpreso que você conseguiu desviar tão bem dos ataques do seu adversário!
-Isso já é um começo... Não é?
-Com certeza. Você é pequena, mas ainda é um dragão, você tem mais força do que parece - Ele diz orgulhoso.

  O troll, a qual depois de algumas conversas Cassiopeia descobriu se chamar Irwin, ao longo dos dias, ensinou tudo que Cassiopeia precisava aprender para sobreviver naquele lugar. Algum tempo depois, ela já conseguia se movimentar livremente e sem sentir dor ou incômodos por parte dos ferimentos, mas a grande mancha roxa permanecia no seu corpo. Ela suspira aborrecida.

-Isso não vai sair daí, já vi muitos hematomas assim. Então, parabéns, você tem uma marca de briga! - ele celebra tentando levantar o ânimo de Cassio.
-É... Acho que sim - responde ela com um sorriso amarelado desajeitado.

  6 anos se passaram. Cassiopeia estava com seus belos 19 anos. Ainda se encontrava dentro daquele inferno, felizmente, com os conselhos que Irwin lhe deu, a jovem conseguia lutar sem problemas. Eram vitórias e derrotas... Pelo menos, ela conseguia sobreviver naquele lugar, e se sentia feliz quando retornava a sua cela, pois seu amigo troll, sempre estava lá para ajudar com seus ferimentos e vice versa. Eles haviam se tornado bons amigos.

  Agora, era hora de mais uma luta de Cassio:

-Ei, dragão! - chama o carcereiro - você vai entrar na arena em meia hora! Se prepare!

  Ela olha para Irwin.

-Mais uma vez, chegou sua hora Cassiopeia, me deixe orgulhoso!

  Ela se apronta, e o portão de sua jaula é aberto, os guardas a acompanham para a arena, e logo fecham a entrada atrás dela. A pequena se prepara, e ao abrir o outro portão em sua frente, uma quimera é revelada, ela se mostra assustada, isso faz Cassiopeia lembrar de quando ela esteve ali em sua primeira luta.

  Então, sem esperar um tempo de reação de sua oponente, ela vai em direção a quimera. Cassio sentia seus punhos arderem a cada soco que dava no rosto da quimera, que tentava se defender, mas em vão. Após uma sequência de socos, a quimera estava desacordada. Cassiopeia ouvia a plateia gritar:

-Morte! Morte! Morte! Morte! Morte!

  Ela olha pro lado, vendo Irwin que observava tudo de uma pequena abertura na parede da cela, e sussurra:

-Está derrotada... Não é ameaça.

  E assim, ela vira as costas para a quimera, assim como seu primeiro oponente havia feito. A plateia vai à loucura pensando que ela havia finalizado a quimera, e Cassiopeia é levada de volta à sua jaula.

-Você lutou muito bem, Cassio! - diz ele orgulhoso - E bem, eu tenho que te contar uma coisa - o ambiente havia mudado de forma tão brusca que Cassiopeia se sentiu tonta por um momento, mas logo passou, e assim o troll prosseguiu com a sua fala - eu tenho uma luta bem difícil hoje... Não sei se sairei vivo dessa, mas quero que me prometa uma coisa.
-Pode falar, Irwin.
-Me prometa que nunca vai desistir da sua liberdade, como eu fiz com a minha... - ele fala com o olhar cabisbaixo.

  Ela o olha nos olhos, e confirma:

-Eu irei sair daqui, Irwin, e você irá comigo!
-Você é bem otimista, garota, e eu gosto disso em você! - ele ri enquanto faz carinho na cabeça de Cassio.

  Os guardas vêm ao encontro de Irwin:

-Vamos ogro, chegou sua hora.
-Eu sou um troll!

  O guarda Wolve (uma espécie híbrida de lobo e humano) ignora a fala do troll e o empurra em direção a arena.

-Boa sorte Irwin! - grita Cassiopeia otimista.

  Irwin apenas acena como resposta, e se direciona para a arena. Cassiopeia fica observando pelo mesmo buraco que Irwin havia usado, observando quem seria o próximo oponente de Irwin.
 
  Uma grande tarascona foi posta para lutar contra o troll gentil. A fera, assim que solta, foi correndo em direção de Irwin, que se esquivou com dificuldade das garras da grande criatura, mas ao se virar para se por de pé, é pego por ela. Com suas mãos, ele desfere varios socos no monstro, tentando se libertar, mas seus esforços foram em vão. Cassiopeia assistia de longe a tudo com aflição, sabia do poder de uma tarascona, e também sabia do poder de Irwin, mas não tinha certeza se ele poderia vencer dessa vez. A tarascona pega Irwin com a boca, o joga para o alto, e usa seu rabo como um chicote, arremessando Irwin para o outro lado da arena.

-Irwin! Levanta! Vai, evanta!!! - ela diz aflita, com seu coração acelerado e sentindo um gosto amargo na boca. Sua íris sucede de cor, transformando de um castanho escuro para um púrpura brilhante, que pode ser reparado pelos guardas que estavam a vigiando. Suas asas inconscientemente começaram a se abrir. Irwin já não se mexia, o que causava ainda mais inquietação no pequeno dragão.

  A tarascona se aproxima de Irwin totalmente desacordado, e em seguida, pisa em sua cabeça, esmagando-a contra o chão gélido, fazendo com que seu sangue azul fosse visto. A grande fera, se alimenta do resto do corpo morto do troll. A plateia foi à loucura com a derrota do troll, enquanto Cassiopeia gritava e urrava pela enorme dor emocional que sentira. Lágrimas percorriam seu rosto.

  Ela era apegada ao troll, ele era verdadeiramente uma figura paterna para ela.

  Cassiopeia então, se perdeu na raiva, sua fúria fez com que a pequena se descontrolasse. Ela quebrou suas grades e foi em direção a tarascona. A fera distraída, não percebe a presença do dragão infurecido que se aproximava. A última coisa que a tarascona pode sentir, fora seu coração sendo arrancado pelas garras do dragão, que haviam crescido possibilitando o golpe. O coração ainda pulsava enquanto o corpo da tarascona ia ao chão.

  Cassiopeia pega o corpo morto de Irwin no chão.

-Irwin! Irwin... Por que você?! Por que Irwin?! Nós íamos embora deste inferno juntos!!!

  Ela se questiona e se torturava por não impedir o desastre de acontecer. "Ele não merecia isso", era o que ela repetia para si mesma. Suas roupas agora estavam manchadas do sangue azul e verde por conta dos corpos sem vida que estavam ao seu redor. Os guardas tentaram forçar a volta de Cassiopeia para sua cela. Sem sucesso. Isso só causou mais fúria na pequena, que derrubava qualquer um que se aproximasse do corpo de seu amigo.

  Passaram-se cinco dias, e Cassiopeia, fraca, pois não sairá da arena, do lado de Irwin, não comia nada, sobrevivia somente com água da chuva que caíra durante esses dias.

-O céu está de luto comigo... - era o que ela dizia a si mesma antes de perder a consciência.

  Enquanto estava desacordada, ela foi levada até a floresta nevada de Angnon, e deixada lá para morrer congelada pelo inverno cruel que se aproximava...

  Mas...

  Algo se aproximava de Cassiopeia. Algo, ou alguém. Esse ser desconhecido, não queria que ela morresse. Ele a pegou no colo sem nenhuma dificuldade, e a levou consigo em direção à enseada dos cogumelos brilhantes...

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