Heyoon Jeong
Constance College
Eu levei Sina até a sala de aula em completo silêncio. Eu não gosto muito de falar.
— Obrigada Heyoon, se não fosse você eu teria me perdido, nessa escola gigante. - Ela riu divertida mas eu continuava séria.
— Você irá se habituar. - Peguei um livro da mochila.
Sina sentou na carteira ao meu lado.
— Heyoon, essa professora é de história, certo? - Sina questionou apontando para a mulher que acabara de entrar na sala.
— É, a turma gosta dela. - Respondi com tédio e voltei meu foco ao livro.
— Olá alunos! Antes de começarmos a aula gostaria de apresentar a aluna nova, Sina, levante-se por favor - A senhorita Jauregui disse amigavelmente e Sina levantou-se.
— Olá a todos, meu nome é Sina Maria Deinert. Tenho dezesseis anos. Eu sou de Las Vegas mas me mudei para New York há algumas semanas. - Ela voltou se a sentar.
Reparei que todos na sala olhavam para Sina. Alguns com interesse e outros apenas para saber quem falava.
— Todos estavam te olhando. Devem estar interessados em você. - Concluí.
— Você é a única amiga que eu preciso. - Ela sorriu.
Todo o filme de um ano atrás me passou pela cabeça. Aquela garota ruim apenas brincando com meus sentimentos.
— Ah, obrigada. - Respondi e fechei o livro.
Ela me dá uma sensação tão boa, nunca me senti assim com ninguém antes. Os olhos, o sorriso, a voz, tudo nela me faz querer saber mais sobre ela. Sina parece ser alguém tão bom, ela me faz querer tê-la por perto.
Mas eu sei que não posso me apegar a ela, isso já aconteceu antes. Uma garota legal entra na escola e tenta ter amizade comigo, assim foi com a Hina Yoshihara, logo depois de alguns meses e eu me abri pra ela, eu me sentia tão bem com ela. Mas a mesma foi induzida pela opinião dos outros e começou a viver de aparências e a me esquecer, logo depois, ela começou a me ignorar e andar com as populares. Any Gabrielly, Joalin Loukamaa e agora, Hina Yoshihara são as populares, a realeza adolescente. Mas eu não importo com elas, eu apenas sinto falta de Hina.
Mas voltando a Sina, ela me faz bem, muito bem. Ela parece me confortar com apenas uma palavra saindo daquela boca.
Voltando a realidade o sinal tocou, indicando o final da aula de história e o início da aula de física.
— Que aula é agora? - Ouço a voz da mexicana.
— Física. - Falei curta e grossa.
— Obrigada Heyoon, apesar da sua frieza, você está me ajudando bastante aqui. - Sorriu leve.
— Bom para você. - Voltei minha atenção ao livro.