𝑫𝒆 𝒗𝒐𝒍𝒕𝒂 𝒂𝒐 𝒊𝒏𝒊𝒄𝒊𝒐 𝒑𝒂𝒓𝒕. 𝟒
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10 de novembro de 1963
Dallas, Texas
S/n e Lila estão fazendo suas artes.
S/n neste momento está fazendo origamis de tsuru e Lila riscando o papel aleatoriamente com o giz.
S/n quer muito saber quem é a tal pessoa que veio visitar Diego, e isso está a deixando ansiosa.
Fazer origamis, desenhar, ler ou fazer miniaturas a acalmam quando ela encontra-se neste estado, mas no momento o plano A não está ajudando, então ela parte para o plano B, escrever.
Geralmente ela escreve para passar o tempo, ou escrever cartas para alguém, que é o que ela faz na maioria das vezes.
Mas dessa vez, é o que ela sente que deveria fazer.
S/n: Ahn... Lila. - a chama parando o que estava fazendo. Lila a olha e resmunga um "hum?" - É... eu achu qui vou vultar pu meu quaito.
Lila: Aconteceu algo?
S/n: Naum, eu só... estou cum soninho. - omiti coçando um olho.
Lila: Quer que eu te leve até seu quarto?
S/n: Naum plecisa. S/n chama o titio Aaron ou o titio Cole. - diz guardando suas artes numa caixa. Ela desce de cima da mesa. - Até logo, Lila.
Lila: Até logo, S/n.
"Até logo", duas simples palavras mas que para Diego e S/n são de quebrar.
Eles não sabem quando se verão novamente, pode levar dias, semanas até S/n ser liberada para sair de seu quarto de novo.
O pior, eles não podem visitar um ao outro. Pelo menos Diego não pode ir até sua irmã no quarto dela. E sempre que tenta entrar no corredor que dá acesso ao quarto dela, é sempre barrado por um guarda ou um enfermeiro.
Após se despedirem, S/n sai a procura de Aaron ou Cole.
Um tempo depois, ela encontra Aaron no jardim, sentado em um banco, pensativo.
S/n caminha até ele e senta-se ao seu lado.
S/n: Oi titio Aaron.
Aaron: Ah, oi pequena. - dá um beijo na cabeça dela. - Tudo bem?
S/n: Xim. Eu vim pedir para o titio me levar para o meu quaito. O titio podi?
Aaron: Posso sim. Vamos.
Aaron pega a caixa das mãos de S/n e estende uma de suas mãos para ela. Ela pega a mesma e assim os dois seguem para dentro.
No caminho, os dois conversam sobre diversos assuntos.
S/n: O Di recebeu uma visita hoji.
Aaron: Sério? Você imagina quem seja?
S/n: Naum. Num faço ideia. É meio estlanho, alguém vir visitar eli du nada.
Aaron: Nem um dos seus irmãos?
S/n: É meio que impossível, eu acho. Talvez tenha 12% de chance de ser um deles.
Aaron não diz mais nada, pois eles chegaram em frente ao quarto dela.
Ele agacha-se na altura dela e a olha nos olhos.
Aaron: Chegamos ao seu destino. Não se esqueça, qualquer coisa...
S/n: Eu aperto o butaum secleto e vucê vem currendo. - interrompe a fala dele.
Aaron sorri e deixa um beijo na têmpora dela.
Aaron: Se cuida, pequena.
S/n: Vucê também titio. - sorri para ele e entra no quarto.
Ela vai até sua cama e senta-se nela, pegando um dos seus papéis de carta na prateleira que tem construída dentro da parede. Pega uma caneta preta e começa a escrever sobre o papel.
"Eu amo ele?
Sim, eu acho que sim. Eu acho que realmente o amo. Talvez Klaus sempre tivesse razão e eu quem não queria escutar. Quando ele sorri, me dá vontade de dizer o porquê de tal sentimento. Pode ser exagero, eu sei, mas quando ele me olhava daquele jeito dele... apenas dele, me dava vontade de chorar de felicidade por ele estar ali, por ele fazer eu sentir-me mais segura comigo mesma. Eu amo ele porque sinto que posso ser eu mesma com ele sem preocupações ou inseguranças❤"
Ela fecha a caneta e a guarda. Pega um envelope, dobra sua carta e a guarda dentro do mesma, guardando dentro de uma caixa com outras cartas.
Após isso ela deita-se em sua cama e abraça o bip.
With Diego...
Chegando na sala de visitas, com o guarda atrás de si, Diego olha para dentro da sala e ao ver a pessoa sentada do outro lado da mesa, abre um sorriso forçado.
Diego: Five.
Five: Oi.
Five está sentado do outro lado da mesa, com sua feição séria de sempre.
Diego entre na sala e senta na cadeira de frente para Five.
Five o olha de cima a baixo.
Five: Fica bem de branco.
Diego: Já era hora de você aparecer.
Five: Como sabia que eu ia voltar?
Diego: Porquê esse é o tipo de coisa que você faz. - diz inclinando sobre a mesa.
Five: Cadê os outros?
Diego: Não estão com você?
Five: Vamos achar eles. - diz, mesmo sabendo onde uma em específico está. - Há quanto tempo 'tá aqui?
Diego: 75 dias. Caí no beco atrás da Comerce e...
Five & Diego: Knox.
Five reprime os lábios, o que faz sua covinha esquerda aparecer, e acena com a cabeça.
Diego o olha.
Diego: E você? - pergunta para Five que arruma seu blazer.
Five: Cheguei hoje de manhã.
Diego passa a língua nos lábios.
Diego: E como me achou?
Five lhe lança um olhar carregado de sarcasmo e põe a mão em seu bolso pegando o pedaço de jornal, desdobrando o mesmo.
Five: Página 16. - abre o papel. - "Homem perturbado com várias facas foi preso no número 1026 na rua N. Beckley". - diz debochando, apoiando o papel sobre a mesa empurrando- o para Diego que apenas ri pelo nariz. É a casa do Lee Harvey Oswald. - diz e lança-lhe um sorriso sarcástico. - Você quer me explicar? - "ordena" mais, do que pede.
Diego: Digamos que... a polícia de Dallas não apoie muito a minha tentativa de impedir o assassinato do... John F. Kennedy. - diz o nome sussurrando.
Five: É porquê ele ainda não aconteceu.
Diego: E não vai acontecer. Não se eu puder evitar. Eu venho serrando as grades do meu quarto, mais um dia ou dois e eu vou conseguir fugir e eu vou deter o Oswald e salvar o presidente. Tá afim de ir? É só falar. - dá uma piscadela para Five.
Five: Escuta com atenção seu tagarela idiota. Você não vai fazer nada disso.
Diego: E por que não?
Five: Poque a gente tem que impedir o apocalipse. - responde óbvio.
Diego: Mas isso só vai acontecer daqui a 60 anos!
Five: Não aquele apocalipse, esse agora é novo. Perseguiu a gente. Eu vi. Guerra nuclear, Diego. em 15 dias.
Diego começa a rir e se encosta na cadeira, cruzando os braços.
Diego: E eu é que 'tô no hospício, é?
Five suspira pesado olhando para a janela.
Diego: Tá. Me conta aí. O que causa ele? - pergunta debochado revirando os olhos.
Five: Não sei. - responde sarcasticamente. - Talvez algum babaca maluco com complexo de herói tente salvar o presidente e ferre com tudo.
Diego: Então acha que deu certo?
Five solta um suspiro, sussurrando algo inaudível, sorrindo com ironia.
Diego: Eu salvei o presidente? Eu sabia que ia conseguir.
Five reprime os lábios, enchendo suas bochechas, semicerrando os olhos enquanto acena com a cabeça.
Diego: Tá bem. Eu vou te ajudar.
Five: Maravilha. - diz "entre dentes".
Diego: Aí depois de salvar o Kennedy, a gente volta mais umas décadas para eu cortar o pescoço de Hitler com uma faca de manteiga.
Five: E é por isso que não tem amigos. Quer saber? Guarda. - chama o guarda levantando-se de sua cadeira. - Meu irmão 'tá planejando fugir. Ele limpou as grades do quarto dele.
Diego: Seu merdinha! - exclama querendo passar por cima da mesa, mas é impedido pelos guardas.
Five: É para o seu próprio bem, Diego.
Diego: Não! Five!
Five: Meu irmão é muito doente. Eu rezo para ele receber a ajuda que ele tanto precisa.
Uma enfermeira aparece com um recipiente e o injeta no braço do Diego.
Five: Volto para te buscar depois, tá? É que... - sussurra no ouvido do Diego, mas nota que ele apagou. - Oh, durma bem.
E assim, Diego desmaia e é carregado para fora dali.
Five senta-se de volta na cadeira.
Passado um tempo, o mesmo guarda que carregava Diego, volta para a sala onde o mesmo estava para organizá-la, mas para assim que vê Five sentado na cadeira, como se estivesse esperando alguém.
Guarda: Já não era para você ter ido, garoto?
Five: Não. Estou esperando uma pessoa.
Guarda: Outra? Tudo bem. Quem você deseja ver?
Five: Alguém chamada S/n Hargreeves. Ela se encontra?
Guarda: Sinto muito, mas não temos nenhum paciente com esse nome aqui. Talvez---
Five: Engraçado, - diz com sarcasmo. - não foi isso que o enfermeiro que passou aqui disse.
A feição sínica do rosto do homem tornou-se para uma séria.
Apenas dois nomes passavam pela sua cabeça.
No corredor do quarto de S/n, Aaron caminhava apressadamente até lá.
Chegando lá, ele abre a porta animado, mas sua expressão muda em segundos.
Aaron: Pequena! Adivinha... - diz abrindo a porta, mas para de falar ao ver a cena a sua frente.
Um dos enfermeiros em cima de S/n, com as mãos em seus peitos enquanto S/n se debatia para tentar se soltar.
Lágrimas escorriam de seus olhos, seus braços tremiam pela força que usava.
A fúria tomou conta do corpo e rosto de Aaron, ele rapidamente foi para cima do homem o agarrando pela camisa puxando-o para longe de S/n.
Ele o joga no chão e começa uma sequência de socos no rosto do homem.
S/n se encolhe na sua cama, cobrindo seu corpo com a coberta.
Aaron desfere mais um soco no rosto do homem, que encontra-se com o rosto deformado, e o puxa pela gola da camisa ate estar cara a cara com ele.
Aaron: Toque nela mais uma vez e eu juro que você vai desejar não ter nascido. - ameaça ele.
Ele o arrasta, abre a porta do quarto e o joga para fora e fecha a porta de novo.
Aaron respira fundo e vira-se para S/n indo até ela.
Pela visão embaçada por conta das lágrimas, S/n apenas visualiza uma figura masculina aproximando-se dela.
O medo a domina. Flashes do recente acontecido vagam em instantes pela sua cabeça.
Lágrimas começam a rolar sob seu rosto.
Assim que Aaron se aproxima dela, a mesma começa a chutá-lo e socá-lo, desesperadamente para que ele se afaste.
S/n: Naum! Pu favor, di novo naum! - pede com sua voz quebrada pelo choro.
Aaron, com um pouco de dificuldade, imobiliza os braços e pernas dela e a puxa para seu colo abraçando-a, afagando os cabelos da mesma.
S/n o abraça apertado pelo pescoço, deixando lágrimas rolarem pelo seu rosto.
S/n: Diculpa, tio. Eu tentei apertar o butão, eu juru!
Aaron: Tudo bem, pequena. Não foi culpa sua, nem nunca será.
Aaron olha para o lado e vê a blusa dela rasgada, ele se afasta do abraço levantando-se indo em direção ao mini closet dela, pega uma blusa que é o dobro do tamanho da mesma e a ajuda a vesti-la.
Aaron: Vamos lavar esse rostinho? Tem uma surpresa para você.
S/n: Sulplesa? - os olhos dela brilham de imediato. Igual quando uma criança ganha um brinquedo que tanto queria.
Aaron: Isso aí!
Aaron a ajuda a se levantar e a leva até o banheiro. Lá ele lava o rostinho dela e logo partiu para o cabelo.
S/n disse que queria um penteado solto simples.
Aaron então separa duas mechas da frente, amarrando-as para trás deixando-as soltas junto com o cabelo que não havia sido amarrado.
Aaron: O que achou?
S/n: Eu amei titio! Obligada.
Aaron sorri para ela e estende sua mão para a mesma que a segura.
Ele logo os conduz para fora do quarto e assim seguem para a sala de visitas.
S/n sentia-se ansiosa. Faz muito tempo, desde que saiu da casa do Elliott, que não recebia uma surpresa. Várias possíveis surpresas passavam pela sua mente. Em meio a esses pensamentos, ela começa a estalar seus dedos, nervosamente. Um por um.
Aaron logo nota o comportamento dela e pega a mão da mesma fazendo uma leve carícia na intenção de acalmá-la.
Aaron: Fique tranquila, você vai amar a surpresa. Não é nada ruim, isso eu te garanto. - sorri para ela.
S/n sorri de volta e respira fundo.
Logo eles chegam na sala de visitas e quando S/n leva seu olhar para a pessoa que está ali, não acredita.
As chances eram mínimas, não passou pela cabeça dela que sua surpresa seria nada mais nada menos que o Five, que está sentado na cadeira sorrindo levemente para ela.
Uma mistura de sentimentos se apossavam sobre ela, mas ela abriu um sorriso. Um sorriso de alegria, felicidade.
A alegria no rosto dela provocou ondas de alívio em Five e trouxe uma nova energia para seu corpo exausto.¹
S/n: Five... - sussurra.
Five: Pequena... - sussurra de volta.
Olá my psychos🦋♥️
¹: Créditos ao meu livro físico favorito "De Repente, É Ele", da Susan Fox.
Me desculpem mesmo a demora para atualizar aqui para vocês
Agora que estou de férias, terei mais tempo
Enfim
Acho que ainda não mostrei o quartinho da nossa baby no hospício...
Bom, eu olhei essa foto e achei a carinha dela e também era mais ou menos essa a ideia do quarto dela que eu queria
Eu havia desenhado ele e a foto é mais ou menos o que eu havia imaginado
Espero que tenham gostado.
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Beijos meus amores🦋💫
(2290 words)