-Acorda. Chegamos. -Diz Will me cutucando
-Pô, meu sono tava tão bom...
Ele ri
-Nós descemos primeiro depois apresentamos vocês. -Diz Mike
-Certo. -Diz Camila
Quando chegamos a frente de uma casa eles descem do carro e nós ficamos.
-O que fazemos? -Pergunta Bruno
-Esperamos nossa deixa óbvio. -Diz Camila
-Eu sou lerdo, me processa. -Diz Bruno
Alguém bate no metal
Abrimos a porta e descemos
-E aí. -Digo pulando da van
Eles acenam
-Esse aqui é o Leo, ele é o Dez. E esses são os amigos dele: Camila, Bruno e Stan. -Diz Jane
Acenamos para eles
-Sejam bem vindos, eu acho. -Diz uma das garotas
-Temos que ir. -Diz um outro rapaz
-Nos vemos mais tarde. -Diz o garoto que eu supus ser o namorado da garota de cachinhos cachinhos
-E nós temos que ir ao hospital. -Diz Jane
-Beleza. Mostra o caminho patroa. -Diz Bruno
Entramos na van e partimos para o Hospital
-Nome? -Pergunta a moça que faz as etiquetas de visita
-Leo. -Digo
-Nome, não apelido.
-Leonard. -Bufo
Acho o nome muito bonito mas odeio que me chamem pelo nome completo, parece que não gostam de mim.
Certo. Pegamos as etiquetas e subimos ao quarto da Max
-Oi. -Diz Jane entrando no quarto
-Oi. -Diz o garoto a abraçando
-Como ela está? -Ela pergunta
-Mal, os médicos não sabem se ela vai acordar.
-Sorte a nossa que eu não sou médico. -Digo
-Quem é esse? -O garoto negro pergunta
-Número Dez, mas me chame de Leo.
-Eu sou o Lucas. -Ele diz
-Vigiem a porta, e não deixem nenhum enfermeiro chegar perto. Não podem interromper enquanto eu estiver dentro da mente dela. -Digo
Tiro meu tênis e sento no pé da cama onde a garota está
-O que ele vai fazer? -Pergunta Lucas
-Confia no processo. -Diz Stan
Seguro as mãos gélidas da garota e fecho meus olhos
Quando os abro estou na sua mente
Está vazio, escuro, como se não houvesse nada.
Mas bem lá no fundo há um sofá, com a garota sentada, inerte...
-Max? -Me sento ao seu lado
-Quem é você? -Ela pergunta
-Eu sou o Leo, vim te ajudar.
Ela olha para o chão
-Sues amigos precisam de você, tem que sair da sua mente.
-Que amigos? -Ela pergunta
-Os de Hawkings.
-Desculpe, não me lembro. -Diz ela
Vecna está consumindo sua mente
-Eu sinto ele chegando, eu vou morrer. -Diz ela
-Não vai não, tem que sair Max.
-É tarde demais. -Ela choraminga
Seguro sua mão
-Ele está se alimentando de você e do seu medo, deve superar o trauma.
-Não consigo.
As lágrimas rolam por seus olhos
-Precisa chegar aonde você se recusa a chegar.
-Não, não quero voltar para lá. -Ela pressiona os lábios
-Por favor Max, só tente.
Ela aperta a minha mão e nós aparecemos no shopping.
Está vazio
-Consegue se lembrar dos seus amigos?
-Não. -Ela ainda chora
-Dustin? Emma? Jane? Will? Lucas?
No último nome as pupilas dilatam
-Esse nome, é familiar
-Conte mais. -Digo
-Eu lembro, ele era meu namorado.
Sorrio
-E da Jane? Você lembra
Os cabelos que estavam meio desbotados começam a ficar em um ruivo escuro
-Ela é minha amiga.
-E do Mike?
Ela ri
-Eu implicava com ele, ele é namorado da Onze.
-Emma?
-Minha amiga e namorada do Dustin.
ótimo ela lembrou do Dustin na mesma bolada
-Ano passado, estávamos enfrentando uma aranha de carne, ela matou o meu irmão.
Ela deixa lágrimas correrem pelos olhos
-Seu irmão, você gostava dele ?
-Eu... Eu... Gostava
-Mentira. Eu estou na sua mente Maxine. Ele te maltratou por anos, foi racista com seu namorado, gritava com você e te deu vários traumas, quando ele morreu você ficou assim porque ele morreu na sua frente, é o sentimento de culpa.
-Como pode ter certeza! -Ela grita
-Porque eu já tive o mesmo sentimento de culpa! -Exclamo
Ela para de chorar
Me sento a sua frente
-Quando eu era mais novo, depois de dois anos morando na California ainda sim havia um garoto que me incomodava. Me xingava de tudo possível, qualquer coisa que fosse no mínimo ofensivo ele falava para mim.
Até que um dia que ele estava andando de carro, ele não podia, ele tinha 11 anos, mas seus amigos mais velhos tinham o ensinado. Eu desejei tão fortemente que ele batesse na árvore, não para matar, mas para dar um susto. Ele bateu, não teria acontecido nada grave se não fosse um galho que estava se soltando, e com o impacto caiu bem encima do garoto. Ele morreu na hora
Abraço meus joelhos
-Eu me senti tão culpado e triste, me sentia como um assassino, mas eu não sou um assassino. Ele me tratava mal, me xingava, me humilhava, fazia eu me odiar, mas por que eu fiquei daquele jeito? Porque ele morreu na minha frente.
-Eu desejei a morte do meu irmão também. -Diz ela baixo
-Não tem problema, ele pode ser da sua família, você pode ter algum sentimento pela morte dele, mas não deve esquecer o que ele fez. Não é sua culpa e você não deve se sentir mal.
Ela seca as lágrimas
-O que você fez para seguir enfrente?
-Meus amigos, quando eu contei isso a eles eles entenderam, os poderes tomaram conta de mim, a raiva pode afetar o julgamento...
Ela sorri fraco
-Eu não sou culpada, eu não preciso ficar assim. Ele era mal comigo, tudo bem não se sentir mal.
Ela se levanta
-Max. -Alguém a chama
-Vai embora.
-Max, você não vê, ele está te enganado. -Vecna diz
-Você está, você quer tomar conta do meu corpo, igual você tentou fazer com o Will! Eu não vou ser sua espiã!
As luzes começam a piscar, Vecna chega mais perto de Max
Ela não ousa se mexer
Ele tenta chegar mais perto dela, mas ele não consegue
-Eu quero que você saia da minha mente. Você não consegue mais me controlar!
Ela toca no corpo de Vecna que é jogado longe e some
Ela cai no chão
-Max! -Chamo
-Ele não está, não sinto mais ele. -Ela exclama sorrindo
Ela me abraça forte
-Sinto muito, eu nem te conheço
-Não tem problema, eu adoro abraços. -Sorrio ainda abraçando
Uma luz começa a surgir no meio da praça do shopping
-Acho que é sua deixa ruiva
-Tchau. -Ela diz
-Tchau.- Digo
Fecho meus olhos saindo de sua mente.
Abro os olhos e caio para trás.
Alguém me segura
-Valeu. -Digo
Eu não estava afim de cair da cama
-De nada. -Diz Will
-Por que ela não acordou? -Pergunta Lucas
-Calma ai jogador. -Digo
-Ela não lembrava de vocês, então eu meio que tive que fazer ela lembrar para ela conseguir retomar o controle da mente e expulsar o Vecna que ainda residia por ali. -Eles abrem a boa
-Mas, contudo, entretanto, todavia, ela se lembrou primeiro de você. -Aponto para o Lucas
Ele sorri fraco
-Abaixa perto dela e chama ela. -Digo
Ele vai perto do ouvido dela e chama "Max"
A garota abre os olhos azuis assustada. As pupilas dilatadas
-Se afastem, ela precisa respirar. -Digo
Ela olha para todos ali
-Oi possuída. -Digo
-Oi. -Ela diz baixo
-Ela acordou, você conseguiu! -Lucas me abraça
-Na verdade eu só dei um empurrãozinho, ela que conseguiu. -Digo
-Obrigada. -Diz Jane
-De nada. -Aceno com a cabeça
Eles chamam um médico, ele fica chocado mas depois fala que está tudo bem. Que ela melhorou de uma hora para outra.
Eu sou incrível
-Agora temos que ir a outro lugar. -Diz Jane para Max
-Vão atrás da Emma e do Dustin. Eles vão querer ver ela. -Diz a irmã do Lucas
Saímos do Hospital e vamos para um lugar no meio do mato
-Será que alguém poderia informar para onde estamos indo? -Pergunta Stan
-Para a antiga casa da Jane, é logo a frente. -Diz Will
Quando entramos na casa ela está destruída
-Olha, essa casa tá bem mais para lá do que para cá. -Diz Bruno usando expressões
-Tem água. Já é bom. -Diz Nancy
Vou para perto do meu grupinho
-Você viu Stan? -Pergunta Camila
-Vi o que? -Ele pergunta
-A irmã do Lucas te olhando. -Diz Camila
-Nada haver... -Ele abaixa a cabeça
-Ficou com vergonha. -Zoou ele
-Do que estão falando? -Pergunta Will
-Nada. -Dizemos uníssono
E depois começamos a rir
-Vocês são estranhos. -Diz Mike
-A gente sabe. -Diz Bruno
-Gente, venham aqui fora. -Chama Jane
Saímos de lá, está caindo uma névoa cinza, e a grama está escurecendo, como se o mundo virasse preto e branco igual filme antigo
-Isso aqui tá igual filme preto e branco. -Diz Bruno
-Eu pensei nisso. -Digo
-Estamos em sintonia. -Damos um soquinho
Stan nos olha com julgamento
-Acho que temos que reunir todo mundo -Diz Will
-Ouvi dizer que você foi um dos mais afetados por isso tudo. -Digo para ele
-É, fui possuído por um monstro, devorador de mentes.
-Vocês são criativos para nomes né?
-É, eu acho. -Ele põe a mão na nuca e ri
Ele está nervoso
-Tá nervoso por quê? -Encosto em seu braço
Por mim, eu sou um empata. O que significa que eu sinto emoções, tudo ligado a emoções tem haver comigo, e quando eu encostei nele senti isso.
Eu posso ser muito chato as vezes, eu entendo, mas eu sou uma pessoa que é completamente aberta em sentimentos e emoções, eu fui basicamente projetado para ser assim.
Eu não consigo "não entender alguém" porque eu literalmente sinto o que ele sente se eu fico encostado na pessoa.
Eu só quero o bem das pessoas, por mais que eu zoe alguém eu nunca falo sério. Eu sou literalmente uma emoção viva.
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¹ Entenderam o Leo? Quando ele falou que a Emma era muito bonita para o Dustin ela não quis dizer que ele é feio e sim que ela é muito lida
Ou quando ele disse "como alguém tão bonita como você faz com alguém como ele" ele queria conversar com ela e chegou assim, parece chato mas é o jeito descontraído dele;
² 1532 palavras, eu sou foda