ׂׂ ˖ ◗ ᥫ᭡ ˖ ࣪ ‹ ATO I. the lightning thief
✸ No qual Noelle conhece
um possível amigo.
Noelle Laurent podia ser muitas coisas. Mas, com certeza, não tinha paciência. Na noite anterior, quando ela estava falando com Talia (sua amiga que virou árvore) quando, ela viu Grover desmaiado no chão e um garoto loiro, também desmaiado.
Noelle buscou ajuda e levou os dois em segurança para o acampamento. Mas ela esperava impacientemente o garoto loiro acordar. Grover já tinha acordado e estava se sentindo melhor, já o garoto que ele trazia junto nem tanto.
Annabeth, sua melhor amiga e irmã de consideração, estava com a mão repousada no ombro da morena. Ambas estavam pensando a mesma coisa. Ele era o garoto da profecia. Ele tinha que ser. Apesar da Grande Profecia falar sobre dois semi-deuses filhos dos antigos, e se esse garoto fosse o quem elas pensam que ele é, só faltaria descobrir o outro, outra, meio-sangue.
Noelle era uma garota com um temperamento questionável. A Laurent tomava remédio para o seu controle pessoal, e também para ajudar com a sua bipolaridade.
Seu pai olimpiano não havia aclamado Noelle, e isso a irritava, então ela ficava no chalé 11, Hermes o deus mensageiro, desde que ela chegou no acampamento. Quando ela tinha por volta de seus seis anos de idade, sua mãe enlouqueceu de vez e fugiu com Arianna - a irmã um ano mais nova de Noelle -, deixando-a sozinha no mundo. Após aquele dia, Noelle Laurent não foi mais a mesma. Mas ela era grata por ter encontrado Talia, Luke e Annabeth que a ajudaram a chegar no acampamento salva.
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Dois dias se passaram e nada do garoto acordar. Noelle já estava sem paciência e, por ela, ela já o teria acordado na marra. Mas não era tão fácil assim.
O dia estava ensolarado e a Laurent decidiu ir à enfermaria, novamente. Ela esperava qualquer coisa, menos o que ela viu. O garoto dorminhoco estava acordado, conversando com o Quíron e Annabeth.
Ela queria ir até lá. Queria mesmo. Mas seus pés pareciam que estavam presos no chão. Seus olhos negros como a noite encontraram-se com os azuis esverdeados, qua a lembravam do mar, calmaria. Tanto Noelle quanto o garoto sentiram um arrepio e um calafrio em todo o corpo.
Quíron foi o segundo a notar a presença da garota. Ele sorriu, acenando para ela, chamando-a para a conversa.
— Olá, Quíron, olá, Annie, e olá, ser desconhecido por mim. — ela sorriu inocentemente quando o garoto fez uma careta, seus olhos nunca desviando-se dos azuis esverdeados. — Eu me chamo Noelle. E você é?
— P-percy Jackson.
Ele respondeu dando um meio sorriso, e corando um pouco. Noelle riu de sua reação, achando ele fofo.
— Annabeth, Noelle, poderiam ir arrumando um lugar no chalé onze, por favor?
Os olhos escuros como noite se desconectaram os azuis esverdeados para olhar Quíron.
— Está bem. Vamos, Annie. — Annabeth já foi saindo, mas parou no meio do caminho ao notar que Noelle não a seguia. — Ei, Jackson, você baba enquanto dorme. É nojento.
E, assim, ela agarrou o braço da loira ao seu lado, e juntas foram para o chalé onze.
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A Laurent, como já dito, não tinha paciência alguma, então ela decidiu treinar enquanto Annabeth explicava tudo para o novato. Percy. Ela tinha adorado aquele nome, mas nunca iria admitir.
Enquanto estava concentrada na sua espada – κοράκι, que significa Raven, corvos – em mãos, a manuseando brilhantemente.
— Eu andei treinando, Noe, e acho que talvez eu possa te derrotar.
Noelle escutou uma voz familiar nos seus ouvidos, Luke um de seus melhores amigos, e filho de Hermes. Ele a encarava com um sorriso brincalhão no rosto. Era sempre assim. Noelle e Luke sempre gostaram de treinar juntos. Mas, desde que eles começaram a fazer isso, a morena sempre vence de Luke.
— Ora, ora, se não é Luke Castellan em minha frente! — ela sorriu, o que era um pouco raro, e foi correndo o abraçar. — Ah, Luke querido, você nunca vai me vencer em uma batalha. Sabe, eu sempre vou ser muito melhor que você.
O sorriso de Luke deu uma oscilada, ela não pareceu perceber e, se percebeu, não mostrou.
Ele tirou sua espada de seu cinto, a desafiando. Ela adorava um desafio. Então começaram uma briga.
Aos poucos, alguns campistas começaram a aglomerar em volta deles. Quem via de longe, parecia uma dança, que eles treinaram por muito tempo.
Noelle estava tão ocupada em ganhar que nem percebeu os olhos azuis esverdeados a olhando. E ninguém percebeu os olhos rosa avermelhados, de uma pomba os vigiando.
Alguns minutos lutando, Noelle deu seu golpe final, arrancando a espada de Luke de suas mãos e tomando-a para si. Ela havia o derrotado. De novo.
Aplausos foram escutados. Noelle estendeu a mão para Luke que aceitou de bom grado. Ele teria que aceitar que era o segundo melhor espadachim do acampamento.
— Parabéns, de novo, Noe.
Annabeth a elogiou dando um super abraço nela. Percy, que estava ao lado de Annie, apenas a encarou, sem expressão no seu rosto.
— Você quer lutar, Percy? Soube que você matou um monstrengo ontem.
Ela piscou para Percy, que corou. Ele tirou a caneta esferográfica de seu bolso, e tirou a tampa, transformando em sua espada: Anaklusmos, ou Contracorrente.
O sorriso de Noelle cresceu. Finalmente um oponente bom para ela treinar.
— Por favor, Noe, pega leve com o Percy. Está bem?
Luke pediu, olhando para a mais nova que, contra a sua vontade, assentiu.
Então começaram. Noelle não pegaria leve com Percy. Quando ela entrou no acampamento, eles não pegaram leve com ela em seus treinos.
As espadas se chocavam, e o coração de Percy parecia que sairia pela boca. Ele não sabia como manusear uma espada, muito menos lutar com a melhor espadachim do acampamento. Era uma tarefa difícil.
Quando as espadas bateram uma contra a outra, um leve choque percorreu o corpo dos dois, os arremessando-os para longe. Percy caiu em uma poça de água, que pareceu dar forças para ele na hora. E Noelle chocou-se nas sombras que haviam embaixo da árvore que havia ali perto.
Um tempo atrás, Noelle descobriu que as sombras a ajudavam a se fortalecer e que ela também podia controla-las. Mas ela preferiu não contar a ninguém.
Então ela foi a primeira a investir a espada contra Percy, mas a água apenas o deu mais forças então ele investiu de volta, o que acabou derrubando Noelle. Percy, que já estava contando vitória, se virou para os outros com um sorriso no rosto. Sem que ele menos esperasse, a morena deu-lhe uma rasteira. Ela nunca fica pra trás.
— Bem — começou ela, ofegante. —, ceio que eu tenha lhe vencido, Percy. Mas foi um bom começo para você.
Aos poucos os campistas foram saindo. Mas, a morena não podia deixar de pensar no que aconteceu quando as suas espadas se tocaram. Raven, sua espada, se transformava em um lindo anel de caveira. Ela o adorava.
Annabeth, que assistiu toda a "briga", também estava pensando sobre isso. Ela teria que pesquisar sobre. Coisa que ela adorava fazer.
Percy só pensava nos olhos de Noelle. Nada no mundo o faria esquecer daqueles olhos. Eles eram escuros como a noite, combinavam com o seu cabelo castanho escuro, e também tinham um brilho que ele não saberia descrever muito bem. Ele estava preso nesses olhos.
Enquanto Annabeth e Noelle conversavam sobre coisas banais, Luke chamou Percy para lutar com ele, e, advinha? Percy ganhou. O que surpreendeu a todos, mais logo foi revelado que era sorte de principiante.
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