(COMPLETO NA AMAZON) Atraída...

By ManueleCruz

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ESTÁ COMPLETO NA AMAZON NOVA VERSÃO Primeiro livro da série Os mafiosos. História de Fernando e Sara. Sara Ru... More

Livros da série
Sinopse/Informações
Para ler a versão atualizada!
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
(1) Bônus
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Sobre os personagens
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Série completa na Amazon
Livro retirado
Série "Família Bertollini"

Capítulo 1

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By ManueleCruz

SARA

- Bom dia. - falo, enquanto entro na sala. - Todos prontos? - eles confirmam. - Então podemos começar.

Ligo o som e fazemos um breve alongamento para depois a aula começar.

Sou professora de dança. Ensino Zumba, dança do ventre e um pouco de ritmos latinos.

A aula ocorre normalmente. Hoje foi o dia da dança do ventre, só tinha mulher na sala, maioria iniciante.

Demorou um pouco, mas consegui ensinar o básico. Cada aula demora mais ou menos duas horas. Tem dias que ensino duas ou três vezes, hoje eu só tenho essa aula e depois vou para o clube.

Assim que a aula termina, vou em direção da sala da minha melhor amiga, que também ensina aqui, Isabella. Ela também já está saindo.

- Então, chica muy guapa, para se divertir? - Isabella pergunta, toda eufórica.

- Adoraria sua animação, dona Isabella! - quase perco o equilíbrio, quando ela bate o quadril no meu. - Que tanta animação é essa? Nem parece que quase precisei te arrastar para sair de casa.

- Acordei disposta, Sara! - fica a minha frente. - Disposta a seguir em frente, a dançar até o chão, a beber pra cara...

- Uou! - levanto as duas mãos. - O que Adam te fez para que superasse tão rápido? Pelo amor de Deus. - fecho os olhos. - Diga que mandou ir pra bem longe, para o raio que o parta em mil pedacinhos, não que reataram.

- Relaxa, nena. Eu quero dançar até o chão porque esqueci de Adam. Quero apenas me divertir. Adam que se foda!

- Hum... Xingando, dona Vergara? Sério, está estranha. - cruzo os braços, estudando a melhor e única amiga que tenho. - Vai, idiota, desabafa.

- Te chamo de ''nena'', ''chica muy guapa'', e recebo ''idiota'' em troca?

Arqueio a sobrancelha para ela.

- Vá se trocar, Sara. - junta as duas mãos, como se suplicasse. - Por favor, mesmo que eu esteja forçando o ar ''estou bem''. Faça-me esquecer o Adam.

- Se eu fizer isso, queridinha, eu terei que virar bi.

- Besta! Eu falo de comemorar a minha incrível vontade de mandar Adam para a casa da merda. Apoio moral, per favore.

- Isso é italiano?

- Eu falei algo em outro idioma sem querer? - vasculha a bolsa. Cai maquiagem, lenço umedecido, papel de bala...

- Daqui a pouco sai uma barata de dentro.

- Não, isso foi no colégio. Culpa minha que esqueci uma banana dentro.

- Graças a Deus que deixou de ser porca!

- Não é porquice, é coisa de gente esquecida! - olha para mim. - Respeita minha leseira, Sara! Papel de bala para jogar fora em casa, tem nada de sujo aqui. Achei! - pega o celular. - O que eu falei mesmo?

- ''Per favore''. E nem sei se existe, vou logo avisando.

- Existe! - quase enfia o celular na minha cara. - E é italiano. Pode ser um sinal, Sara! Do nada falei em italiano.

- Um sinal que precisa de curso de italiano!

- E aí encontraremos um boy italiano. Gajo... Ragazzo? Ragazo? Ragaço?

- Vamos, Isabella! - cato os seus lixos do chão. - E limpe a bolsa.

- Estou salvando o meio ambiente!

Arrasto Isabella pelo braço, porque ela cismou em espalhar felicidade por aí. Motivada a esquecer o ex, Adam.

E eu?

Quero que Brian vá a merda! Sou mais evoluída que Isa, eu mesma já esqueci o meu ex, dez minutos depois eu nem lembrava que já havia beijado aquela boca.

Vou até o vestiário e pego minha mochila, tirando o vestido de dentro. Tomo banho e depois me arrumo, esperando por Isabella terminar de tomar banho e se arrumar. Faço a maquiagem mais simples de todas, que é a única coisa que sei fazer, e nos olhamos no espelho.

- Se eu não ganhar bebida de graça ficarei frustrada! - Isabella solta beijo para ela mesma. - Comandamos aquele local, animamos, merecemos bebidas de graça.

- Champanhe de graça. - sorrio. - Que decadência.

- Eu quero economizar para ir a Dubai. Melhor lugar da vida, tem tudo lá. Bom economizar com bebida. Até porque é bebida por animarmos o local, não por caras bêbados que dão em cima de nós duas.

- Caras bêbados e estranhos. Sério, acho que precisamos dar uma pausa, Isa.

Ela resmunga e senta no banco.

- Desculpa ser a amiga chata e certinha. Mas esse local está perigoso. O táxi não para na porta, Uber nem passa perto. E como você mesma disse ''Não os caras bêbados que dão em cima de nós duas''. Sério, está ficando cada vez pior.

Não somos cobiçadas, as mais lindas do mundo, mas já ocorreu de estarmos saindo do clube e perceber que tinha homem nos seguindo. A rua está perigosa, e por Isabella tentar separar, ela decidiu que dançar é a melhor coisa a ser feita. Então...

- Ok, Sara. Ficaremos em casa.

- Não! Não é isso que quero dizer, mas já fomos nesse local por três semanas, de sexta a domingo. Domingo sempre das quatro da tarde as nove da noite. Acho que sou paranoica, mas podemos ter uma rotina facilmente monitorada.

- Então vamos para casa...

- Não, eu não falei para desanimar. Apenas que todo mundo está com medo. Guerra de tráfico, Nostra sei lá o que querendo território da ''M'' alguma coisa.

- Garota, você não entende nada do mundo do crime.

- E por que entenderia?

- Porque eu já vi a foto do suposto chefão, gato pra cacete!

- Ah, meu pai! Virou Maria fuzil, meu anjo?

- Combina com você...

- Vamos para o clube, precisa dançar mesmo. Espairecer, esquecer um pouco de doidice.

- A ella le gusta la gasolina. - essa é Isabella, rebolando a bunda no corredor e recebendo o sorriso de uma senhora e a carranca de outra. - Dame más gasolina...

E chegamos ao clube, lotado. Ainda é nove da noite e o local já está cheio.

Não somos dançarinas do clube, mas Isabella, doida como é, dá aula para a galera. Parece filme, você começa a dançar e todos dançam juntos. Assim ganhamos petiscos e champanhe de graça.

É um ótimo negócio, até porque costelinha de porco é a melhor coisa do mundo!

E quando ''El efecto'' começa a tocar, eu e Isabella gritamos. Temos que dançar juntas. Tenho que dançar. Entra ''Gasolina'' e pronto, Isabella começa a gritar com seu ''hino''.

Aí pronto. É meu amado e querido reggaeton antigo!

- Eu concordo, Isa. - coloco a mão na sua cintura, quando saímos do clube. - Melhor coisa da vida!

- Mas eu também concordo, Sara. - negamos a maconha vendida pelo garoto. - Está ficando estranho.

Às três horas da madrugada, decidimos voltar para casa. Estamos cansadas e resolvemos tirar nossos saltos. Ao longo do caminho, escutamos vários homens gritando para nós duas, mas não damos qualquer atenção a eles. E evitamos correr quando vemos pessoas armadas, vendendo drogas.

Isa, precisa superar o ex em outro canto.

Isabella namorou o Adam até dois meses atrás, e eu namorava o Brian.

Eu e o Brian terminamos o nosso relacionamento, ele havia me traído com a minha inimiga. Bem, na verdade, ela não é a minha inimiga. Eu sempre achei Stephanie uma escrota e o idiota sabia disso, o que ele faz? Saía com ela... Transavam. Mas, confesso, eu não me senti tão mal com isso.

- Sara, vamos comer alguma coisa, eu estou com fome. - Isabella fala chamando minha atenção.

- Quando não está com fome? - pergunto sorrindo, quando saímos do táxi, na porta do prédio onde moramos.

Sério, eu não sei como Isabella consegue ser tão magra, ela sempre está comendo e reclamando de fome.

Um arrepio sobe pelo meu corpo, chegando até no couro cabeludo.

Talvez seja o frio.

Ou uma sensação estranha de estar sendo vigiada.

- Vamos logo. - apresso meus passos, entrando no prédio.

- Tem razão, não quero ser sequestrada.

- Coitado de quem te sequestrar. - falo brincando quando vejo o pânico em seu rosto. - É bem capaz de eles pagarem para eu te aceitar de volta.

- Vou fazer de conta que não escutei o que você disse.

Depois de chegarmos em casa, Isabella vai tomar banho, fico preparando o miojo com calabresa e bacon, porque se depender de Isa... Ah, Isa, seu sonho ainda é aprender a cozinhar. Nem miojo consegue fazer, nunca dá certo.

- Eu não acredito que o idiota do Adam me ligou. - Isabella fala enquanto procura por algo na geladeira. - Acabei de ver.

- Vocês dois são tão chatos. Você não o dispensa e ele não para de correr atrás. - falo enquanto tomo um copo de água. - Falando sério, eu não sei como você o atura, Adam é muito imaturo. Eu sei que você não é lá muito inteligente, mas, pelo menos, você é maravilhosa como pessoa.

- Ele disse que está com saudade. - percebo incerteza em sua voz.

- E você acreditou? - não responde. - Você sabe que sou sua amiga e eu não acho esse cara legal. Vocês não se combinam e ele te trata muito mal.

- Eu sei, mas eu gosto dele. - responde com tristeza.

Lá vamos nós novamente.

Toda empolgada em esquecê-lo, e agora trouxa de acreditar.

- Às vezes não é amor, Isa. - aperto seus ombros. - Às vezes é só necessidade, carência.

- Eu gosto dele, sinto falta. Mas ele me causa mal. Como você disse, ele quer sexo. Sempre foi sexo. Mas quando não faço, ele reclama, grita, mas depois pede desculpas, me trata bem...

- Eu sei disso. Mas, se você não se afastar de Adam, a história nunca vai mudar.

- Se fosse fácil...

- Relacionamento abusivo, Isa. Ele é seu primeiro e único namorado. Pesquise sobre dependência emocional. Podemos até ir a um psicólogo. Não é saudável, de qualquer modo.

- Você está certa. Eu vou esquecê-lo.

- Não é esquecê-lo, é se amar. Você é a pessoa mais incrível e de autoestima que conheço. Não perca isso por conta de um macho escroto. Não perca por ninguém, na verdade. - beijo seu rosto. - Se for para chorar por homem, chore pelo Chris Evans. Não aceite menos.

- Jamais choraria pelo Chris Evans. Porque eu faria simpatia para ele nunca me deixar! Ele é meu sonho. - suspira.

- Sonhe com um homem inexistente, vai que aparece. Estarei tomando banho, espero que sorria quando eu voltar para jantar. E vê se dorme, temos trabalho amanhã, final da tarde aulas de zumba! E não se atrase, não quero ir sozinha. Hoje foi o cumulo. Nunca vi tanto drogado e vendedores juntos.

- Podemos fazer uma dança sexy para distraí-los, depois atacamos. - ela fala enquanto come um sanduíche. - Eu sou muito inteligente!

- Não precisamos de dança sexy se voltarmos cedo para casa. Nosso bairro está ficando muito estranho, e as redondezas.

- Você está muito cismada, Sara. Eu, hein! Do nada!

- Vá comer, Isa! Miojo vai esfriar.

- Amo miojo frio!

Entro no banheiro e respiro fundo.

Isabella está certa.

Do nada virei paranoica... Acho que foi pelo caminho até o ponto de táxi que me deixou assim. Muita gente mexendo com nós duas e a violência aumentando.

É, deve ser isso mesmo.


⚜⚜⚜⚜⚜


Saudades delas dessa maneira!

Isabella:

Músicas citadas:

Gasolina - Daddy Yankee

El efecto - Rauw Alejandro part. Chencho Corleone

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