Torta de Maçã (TobiIzu)

By _rayhxx

5.4K 551 1.5K

Izuna Uchiha é o filho mais novo de um dos maiores e mais ricos marqueses da cidade de Viena no século XIX, q... More

Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Epílogo

Capítulo 15

147 14 212
By _rayhxx

— O que está fazendo? — Tobirama ria envergonhado enquanto era arrastado pelo outro, que segurava sua mão enquanto olhava para os lados entre os becos das ruas cheias

— Só venha cá. — respondeu Izuna, ignorando as próximas perguntas que ele faria

O Uchiha riu, segurando as duas mãos dele ao parar um pouco atrás de alguns prédios industriais abandonados mais afastados do centro. O Senju o fitou de volta, esperando alguma coisa, que logo veio. O Beaufay se pôs nas pontas dos pés ao se inclinar para a frente, já que era baixo demais para alcançar a boca do loiro, que segurou seu rosto quando os braços do moreno se enlaçaram em seu pescoço, para não perder o equilíbrio.

Pegou em sua mão assim que terminou de o beijar, continuando a lhe arrastar enquanto desta vez o maior permanecia em silêncio, tímido e feliz, com a cabeça baixa e sorriso acanhado, as bochechas ruborizadas. O menor percebeu que com o tempo, a vergonha e acanho vinham diminuindo consideravelmente. Ele já não ficava tão nervoso com sua aproximação ou olhares, nem mesmo com seus beijos — fossem eles os mais quentes e famintos. Na verdade, o carteiro vinha se mostrando muito entusiasmado com tudo aquilo, lhe segurando de forma ardente e favorecendo lugares que lhe faziam tampar a boca para não gemer. A primeira tarde onde se deixaram tocar pela primeira vez e verdadeiramente se repetiu e repetiu muitas vezes nestes últimos três meses que se passaram voando.

Quando pararam, Tobirama fitou o beco que entraram, mais limpo que os outros, quase vazio se não fosse por um cachorro de rua que dormia ao começo. Estava frio, o inverno trazendo grandes ventos e às vezes nevava — mas ainda não continuamente —, o que os obrigava a usar agasalhos a todo momento. No final do espaço, havia uma grande abertura coberta por um pedaço de madeira.

— O que é isto? — perguntou enquanto ele o guiava até a abertura

— Era o meu lugar secreto quando eu tinha onze anos. — respondeu, a voz tranquila, um sorriso de mesmo teor quando soltou a mão do Senju para retirar a madeira sem muita dificuldade dali — Gostava de fugir de casa para vir aqui conversar comigo mesmo.

O marido de Delilah riu sem graça assim que pôs a tábua sobre o chão, virando novamente para o louro antes de se abaixar minimamente para entrar ali. O mais alto o seguiu, e entre-abriu os lábios quando observou direito o ambiente assim que Izuna acendeu uma vela, iluminando o local de tamanho mediano para um lugar secreto.

No meio, tinha uma caixa de madeira com uma cesta de piquenique em cima. Ao redor, cheio de velas que ao mesmo tempo que esquentavam, traziam luz ao espaço — que parecia mais uma dispensa abandonada com estantes vazias ao fundo do que qualquer outra coisa, uma limpa demais para qualquer fábrica abandonada. O Uchiha fechou a abertura com o mesmo pedaço de madeira, indo até si com lentidão.

— Como a minha casa está cheia de gente o tempo inteiro — começou o Beaufay ao tocar em seu cachecol, o ajeitando —, resolvi te trazer para um lugar onde podemos estar um pouco mais relaxados. Fiz uma torta e comprei pães e biscoitos na padaria.

— Está perfeito, Izuna. — disse, segurando as mãos dele gentilmente, beijando uma enquanto o via sorrir de canto, baixando a cabeça para disfarçar o corar em suas maçãs do rosto

— Mas é claro, foi tudo feito por mim. — respondeu, de mãos dadas com seu ego inflado para disfarçar a súbita timidez que o assolou com o elogio alheio

O carteiro riu, enrusbecendo junto dele ao beijar sua bochecha com um estalo, voltando-se para poderem se sentar um do lado do outro no caixote quadricular. O moreno começou a retirar as coisas da cesta, mordendo o lábio, quase babando no chão.

Hora de comer.

×××

Tobirama suspirou, pondo a mão na barriga ao tomar um pouco mais do vinho delicioso que Izuna trouxe também. O Uchiha riu, observando as bochechas coradas do Senju, se inclinando para frente, deixando a sua taça na mesa para poder segurar a do loiro, que protestou quando lhe tirou o vinho. Não que estivesse bêbado, mas o vinho estava tão bom... Como o Beaufay poderia fazer isso?

— Deixe-me pelo menos terminar... — disse, erguendo a mão para poder pegar o copo novamente, sem sucesso — Izuna...

O moreno riu, negando com a cabeça. Se afastou quando o maior fez o contrário, se aproximando com o intuito de pegar a taça de volta. Já haviam comido metade da cesta, quase toda a torta, estavam satisfeitos, principalmente por passarem horas um do lado do outro. Começaram a rir mais alto no momento em que o carteiro apelou para ficar em cima do menor, que tinha o corpo mais fino e consequentemente não conseguindo afastar o copo ainda mais de Tobirama, que conseguiu o pegar sem muita dificuldade, bebendo um último gole para depois deixar a taça sobre a caixa.

— Não é justo! — protestou o marido de Delilah, ainda sorrindo largo, apesar da voz indignada — Você é bem maior que eu.

O Senju deu de ombros e Izuna riu mais uma vez. O louro não saiu daquela posição, e o Uchiha não estava desconfortável, da mesma maneira. Ficaram assim por alguns segundos antes dos risos envergonhados pararem e as bocas se encontrarem com suspiros longos. O moreno abriu a boca, sentindo a língua do mais alto, tocar a sua ao mesmo tempo que seus braços agarraram o pescoço do carteiro, que o ergueu minimamente ao passar o braço debaixo de sua cintura. O mais baixo soltou um resmungo quando Tobirama começou a esfregar seus quadris nos dele, o mantendo preso no chão enquanto suspiravam contra a boca um do outro, sentindo os membros ficarem rapidamente eretos dentro das calças.

Não estava brincando ao dizer que aquilo se repetia constantemente.

O Senju, com a mão livre, deslizou os dedos até estes entrarem por entre os botões da camisa social do marido de Delilah, subindo a camisa de frio que ele usava por cima. Abriu botões suficientes para chegar ao peito dele, e no momento, largou a boca de Izuna para poder chupar um de seus mamilos ao invés de seus lábios, ouvindo um gemido fraco do mesmo, que segurava seus cabelos enquanto fechava os olhos.

Soltou outro gemido surpreso quando o loiro ergueu suas duas pernas para as pôr uma de cada de seu quadril enquanto ainda prostava para a frente. Fazia um bom tempo que haviam ficado daquele jeito, impacientes, sem saber o momento certo para fazer qualquer coisa mais profunda a qual nunca praticaram. Arrancou o cachecol do pescoço dele, o qual segurou para erguer e o deixar à vista, onde deixou os dentes se afundarem, ouvindo um gemido engasgado do maior.

— Eu quero você... — murmurou rente ao ouvido dele, sentindo o braço dele arrepiar, assim como a nuca

— Você já me tem... — respondeu ele, totalmente fraquejado pelas falas e atitudes ousadas do Uchiha

— ... — largou-lhe o pescoço, voltando a se deitar sobre o chão e recebendo olhos atentos e castanho-avermelhados sobre sua pessoa. Agarrou o cós da calça dele, sentindo um espasmo em cima de si — Eu quero mais.

Agarrou o quadril dele com as pernas enquanto fazia o mesmo no ombro, desta vez com os braços. A respiração do carteiro pesou, as bochechas ficaram mais vermelhas que morangos, o lábio inferior começou a tremer, entendendo o que queria dizer. O Beaufay suspirou, a mão se mexendo para desabotoar a calça dele.

Mas então, de repente, ouviram vozes ao fundo, passos como de quem faz uma caminhada. Aquele momento foi como infartar, um susto enorme, para em seguida se retirarem de perto do outro com pressa extrema, com medo de serem pegos. Tobirama se jogou num lado do lugar enquanto o moreno estava escorado na parede do outro. Suas respirações tremeram, os rostos se tornaram pálidos. Ficaram deste jeito até que os barulhos e as pessoas que os faziam se afastassem, enfim conseguindo respirar normalmente. Se encararam por um instante, cada olhar vidrado no rosto enrusbecido do outro, como se fosse algum espelho. Ficaram paralisados até que o menor começou a rir, mostrando os dentes de forma desajeitada, apertando os olhos e contendo o gargalhar mordendo os lábios. O Senju, em certo momento, começou a rir também, baixando a cabeça, pensando como haviam chegado naquela situação.

Passou-se algum tempo, e novamente as risadas cessaram, estavam somente se encarando, agora com tranquilidade. O louro entre-abriu os lábios, uma ideia que já pensava à muito tempo na ponta da língua. Será que estaria pronto para isso? Izuna estaria pronto?

— Izuna...

— Sim?

— Eu quero te convidar pra vir na minha casa. — recebeu um olhar alegre e um sorriso animado; contudo, antes que ele pudesse aceitar, o mais alto o interrompeu, completando a pergunta — Pra conhecer minha família, também.

Desta vez, o rosto do marido de Delilah paralisou novamente pela surpresa, e depois, mudou para uma expressão de receio.

— Sua... Família?

— É...

Ele baixou os olhos, pensando, chegando ao resultado que não era algo para ficar muito ansioso ou nada do tipo, eram somente os pais e irmãos de Tobirama afinal.

— Claro, bem, acho que não tem problema. — riu nervoso, para depois franzir o cenho, curioso — Não sabia que morava com seus pais.

— Na verdade, quando falo da minha família, quero dizer que moramos numa... comunidade.

Caramba...

×××

— Onde vai, Izuna? — Delilah perguntou, ao vê-lo se arrumar em frente à porta da frente, com uma maleta em mãos e um chapéu na cabeça

— Vou dormir fora, Delilah. — avisou, se virando sorrindo para a mesma, que o olhou surpresa

— O quê? Onde? Com quem?-

— Não se preocupe, minha querida. — disse Izuna, pousando a mão sobre seu ombro, com o intuito de a tranquilizar — Vou voltar amanhã de manhã, prometo.

— Mas-

— Até, Delilah — falou apressado, já estava se atrasando —, a verei em breve!

E então fechou a porta, impedindo-a de falar ou indagar sobre qualquer coisa que fosse. Escorou as costas ali na porta, suspirando enquanto fechava os olhos. Não sabia se havia tomado a melhor decisão sobre aquilo. Pensou que seria bom, mas agora não parecia que seria satisfatório para nenhuma das partes. Tobirama já tinha dito que se aceitasse, iria ser recebido como um amigo próximo. Era claro que ele não falaria com ninguém sobre aquilo, as consequências seriam inimagináveis. Falando no Senju, este estava lá, fora do terreno de sua casa, escorado no portão com a cabeça e ombros baixos.

Suspirou mais uma vez, dizendo para si mesmo que não seria nada demais, e logo seguindo para o lado do loiro que o esperava, ansioso. Quando chegou ao seu lado, o maior o olhou meio preocupado, percebendo sua ansiedade.

— Você pode desistir, se quiser. — ele falou, contudo, com teimosia, o Uchiha negou com a cabeça

— Não. — pronunciou, firme na decisão já tomada — Já aceitei, e quero mesmo conhecer sua família. Só... Tenho receio que não gostem de mim, acho.

— Eles irão adorar você. — disse o carteiro ao pôr a mão em seu ombro, o olhando com um sorriso pequeno e terno que o tranquilizou — Assim como eu adorei na nossa primeira conversa.

O moreno sorriu, com vontade de o beijar, todavia, se controlando para somente tocar a mão sobre seu ombro, apertando o dedo do meio e assentindo, ainda não tão confiante assim. Tobirama sorriu mais e então começaram uma caminhada em direção à floresta, os dois rodeados de baixos diálogos e risadas curtas e sopradas. O céu estava rosado como tulipas vermelhas e cheio de nuvens azuis claras, as árvores do bosque secas com o inverno. O final da tarde estava acabando e deixando tudo mais frio e escuro, no entanto, o Senju o surpreendeu ao retirar da bolsa uma pequena lamparina, a qual acendeu com um fósforo frágil numa parada que fizeram no meio do caminho.

— Tem medo de escuro, Tobirama? — brincou com ele, pelo mesmo parecer meio tenso, ouvindo uma leva risada junto do barulho dos ferros se chocando, a luz amarelada iluminava o rosto branco, o deixando atraente

— Não, mas tenho dos animais selvagens que vivem aqui.

— O quê?!

O menor se travou no lugar, olhando apavorado para o outro, que parou passos à frente. Animais selvagens? Tudo bem, nunca havia entrado naquele bosque já que seus pais nunca deixaram fazer tal coisa, mas nunca pensou que lá pudessem houver animais selvagens e perigosos.

Contudo, seu medo de esvaiu aos poucos quando louro começou a rir, o olhando com as sobrancelhas erguidas.

— Era brincadeira. — ele informou, observando com diversão o marido de Delilah assumir uma expressão e postura séria, tirando o chapéu de sua cabeça e lançando na direção. Não doeu nada, era leve como uma pena

— Não brinque destas coisas. — resmungou Izuna, pegando o chapéu de volta, não o colocando na cabeça

Ficaram um tempo em silêncio, voltando a caminhar, antes do mais alto soltar um suspiro, parando mais uma vez. Os papéis se inverteram desta vez, com o Uchiha alguns passos à frente do carteiro, que olhava para baixo, os ombros duros. O moreno o olhou confuso, sem saber o porquê daquilo, porém, ficou ainda mais com a próxima frase.

— Acho que isto foi um erro...

— O quê? — indagou, incrédulo com a nova informação; tinha feito algo de errado? — Por quê?

— Acho que você não está pronto... — Tobirama falou, indo até si e segurando seu ombro, o rosto apreensivo, tanto pela surpresa do mais baixo, como pelo o que já sabia

— Como assim eu não estou pronto? — perguntou, indignado — É somente sua família, não deve ser nada demais! Posso dar conta do recado.

— Eu acho que não... — ele suspirou, logo interrompendo o marido de Delilah novamente — Desculpe, sei que não guardamos muitos segredos um do outro, mas eu deveria ter te contado.

— Ter me contado o quê?

O Senju pareceu ter ficado com a língua presa, o olhar chateado e perdido direcionado apenas para Izuna, todavia, engoliu em seco, abrindo a boca para dizer alguma coisa, segurando seu ombro mais firmemente, no entanto, foi tarde demais.

Algo havia agarrado sua perna.

Continue Reading

You'll Also Like

14.7K 798 6
Trillionaire Izuku Nesta AU, Bakugou namora com Kirishima mas Denki sente ciúmes pois gosta de Kirishima, então inventa mentiras sobre Bakugou; Izuku...
1.2M 126K 61
Com ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.
1.2M 69.5K 85
Grego é dono do morro do Vidigal que vê sua vida mudar quando conhece Manuela. Uma única noite faz tudo mudar. ⚠️Todos os créditos pela capa são da t...
102K 12.1K 17
Eijiro Kirishima, um rapaz de 14 anos sofria de bullying, e tristemente não tinha nenhum amigo. Certo dia, ele decide tentar fazer um amigo virtual...