crescent moon - Lua Nova

By Violetaever

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Depois que Kris se recupera do ataque de um vampiro que quase lhe tirou a vida, ela decide comemorar seu aniv... More

CAPÍTULO I
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
CAPÍTULO IV
CAPÍTULO V
CAPÍTULO VI
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VIII
CAPÍTULO IX
CAPÍTULO X
CAPÍTULO XI
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO XIII
CAPÍTULO XIV
CAPÍTULO XV
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XVII
CAPÍTULO XVIII
CAPÍTULO XIX
EPÍLOGO

CAPÍTULO FINAL

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By Violetaever

TIVE A SENSAÇÃO DE QUE DORMI POR MUITO TEMPO - meu corpo estava rígido, como se eu não tivesse me mexido nem uma vez em todo esse intervalo. Minha mente estava confusa e lenta; sonhos estranhos e coloridos - sonhos e pesadelos - giravam de forma vertiginosa em minha cabeça.

Eram muito nítidos.

O terrível e o celestial, todos misturados numa confusão bizarra. Havia impaciência e medo profundos, ambos parte daquele sonho frustrante em que seus pés não se movem rápido o suficiente... E havia muitos monstros, demônios de olhos vermelhos que eram ainda mais medonhos devido a sua cortês civilidade. O sonho ainda permanecia - podia até me lembrar dos nomes.

Esse sonho não queria ser afugentado para o cofre de sonhos que eu me recusava a revisitar. Lutei contra ele enquanto minha mente ficava mais alerta, concentrando-se na realidade. Não conseguia lembrar que dia da semana era, mas tinha certeza de que La Push, a escola, o trabalho ou outra coisa esperavam por mim. Respirei fundo, imaginando como enfrentar mais um dia.

Algo frio tocou minha testa com a mais suave pressão. Fechei meus olhos ainda mais apertados.

Pelo visto eu ainda estava sonhando, e parecia anormalmente real.

Precisei de cinco longos minutos para criar a coragem de abrir os meus olhos; e Edward estava ali, seu rosto a centímetros do meu.

- Eu a assustei? - Sua voz baixa era ansiosa.

Pisquei duas vezes, tentando entender o que estava acontecendo aqui.

- Que horas são? Quanto tempo fiquei dormindo?

- Agora é só uma da manhã. Então, umas catorze horas.

Eu me espreguicei enquanto ele falava. Estava muito rígida.

- Charlie? - perguntei.

Edward franziu a testa.

- Dormindo. Você deve saber que estou quebrando as regras agora. Bem, não tecnicamente, uma vez que ele disse que eu nunca voltaria a passar pela porta, e eu entrei pela janela... Mas, ainda assim, a intenção foi clara.

- Charlie proibiu sua entrada aqui em casa?

- Esperava outra reação?

- Na verdade, não. - o encarei brevemente - Qual é a história? - perguntei, genuinamente curiosa.

- O que quer dizer?

- O que vou dizer a Charlie? Qual será a desculpa para ter desaparecido por... Quanto tempo fiquei fora, aliás? - Tentei contar as horas mentalmente.

- Só três dias. - Seus olhos se apertaram, e ele sorriu. - Na verdade, eu estava esperando que você tivesse uma boa explicação. Não tenho nenhuma.

- Ótimo.

- Bom, talvez Alice pense em algo - propôs ele, tentando me reconfortar.

Eu me remexi na cama.

- É... talvez.

Edward hesitou; o rosto cintilando com o estranho brilho verde da luz do despertador, estava dilacerado.

- Eu... - Ele respirou fundo. - Devo-lhe desculpas. Não, é claro que lhe devo muito, muito mais do que isso. Mas você precisa saber... - As palavras começaram a fluir tão rápido, como eu lembrava que ele falava às vezes, quando estava agitado, que tive de me concentrar para assimilar todas elas. -, Precisa saber que eu não fazia a menor ideia. Não percebi a confusão que estava deixando para trás. Pensei que aqui fosse seguro para você. Muito seguro. Não fazia ideia de que Victoria - Seus lábios se retraíram quando ele disse o nome - voltaria. Devo admitir que quando a vi daquela vez prestei muito mais atenção aos pensamentos de James. Mas não vi que ela podia ter esse tipo de reação. Tampouco que ela tivesse tamanho vínculo com ele. Acho que agora percebo por que... Ela estava tão confiante com relação a James que nunca lhe ocorreu a ideia de ele falhar. Foi o excesso de confiança que encobriu os sentimentos dela por ele... Isso me impediu de ver a intensidade entre os dois, o vínculo que existia ali.

Ele continuou:

- Não que haja alguma desculpa para o que deixei para você enfrentar. Quando soube do que você contou a Alice... o que ela própria viu... quando percebi que você colocará sua vida nas mãos de lobisomens. - Ele estremeceu, e a enxurrada de palavras parou por um breve segundo. - Por favor, entenda que eu não fazia ideia de nada disso. Sinto-me aflito, aflito em meu âmago, mesmo agora, quando posso ver e sentir você segura em meus braços. Eu sou o mais miserável pretexto para...

Eu o interrompi.

- Edward - O nome ardeu um pouco em minha garganta ao sair. - Isso tem que parar agora. Você não pode pensar nos fatos desse jeito... Você não pode simplesmente correr para a Itália porque se sente mal por não ter me salvado. É muito irresponsável... Pense em Esme, Carlisle e... - parei para respirar fundo - Eu apenas quero que você seja feliz... Não se preocupe comigo...

Ele pegou meu rosto com firmeza entre as mãos de ferro, ignorando meu esforço quando tentei desviar a cabeça.

- Não, por favor - sussurrei.

Ele parou, os lábios a um centímetro dos meus.

- Por que não? - perguntou. O hálito soprou em meu rosto.

- Quando você partir de novo, será difícil para mim.

Ele me afastou um pouco para ver meu rosto.

- Desde que a encontrei na Itália, você fica tão hesitante... tão cautelosa quando eu a toco e fica repetindo que eu não existo. Eu preciso saber por quê. É porque cheguei tarde demais? Porque a magoei muito? Porque você deixou mesmo tudo para trás? Isso seria... muito justo. Não vou contestar sua decisão. Então não tente poupar meus sentimentos, por favor... Só me diga agora se você ainda pode me amar ou não, depois de tudo o que a fiz passar. Pode? - sussurrou ele.

- Que tipo de pergunta é essa?

- Só responda. Por favor.

Eu o fitei sombriamente por um longo tempo.

- Eu ainda o amo...

- Era tudo o que eu precisava ouvir.

Depois disso, sua boca estava na minha, e não pude lutar contra ele.

Retribuí o beijo, meu coração martelando um ritmo irregular e desarticulado enquanto minha respiração transformava-se num arquejo e meus dedos moviam-se cobiçosos até seu rosto. Pude sentir seu corpo de mármore contra cada linha do meu.

As mãos dele memorizaram meu rosto, como as minhas seguiam suas feições, e nos breves segundos em que seus lábios se libertaram, ele sussurrou meu nome.

Quando estava começando a ofegar, ele se afastou, só para colocar o ouvido em meu coração.

Fiquei deitada ali, desnorteada, esperando que meu arfar se acalmasse e sossegasse.

- A propósito - disse ele num tom despreocupado. - Não vou deixar você.

Não falei nada e ele pareceu ouvir o ceticismo em meu silêncio.

Ele levantou a cabeça para contemplar meu olhar.

- Não vou a lugar nenhum. Não sem você - acrescentou num tom mais sério. - Só a deixei antes porque queria que tivesse a oportunidade de ter uma vida humana feliz e normal. Podia ver o que estava fazendo com você... Mantendo-a constantemente à beira do perigo, tirando-a do mundo a que pertencia, arriscando sua vida em cada momento em que estava comigo. Então eu precisava tentar. Tinha que fazer alguma coisa, e parecia que o único caminho era deixá-la. Se eu não achasse que você ficaria melhor, jamais teria tido coragem de partir. Sou egoísta demais. Só você podia ser mais importante do que o que eu queria... do que eu precisava. O que quero e preciso é ficar com você, e sei que nunca serei forte o bastante para partir de novo. Tenho desculpas demais para ficar... Felizmente! Parece que você não consegue ficar segura, por maior que seja a distância que eu coloque entre nós.

- Não me prometa nada - sussurrei.

A raiva brilhou como metal em seus olhos escuros.

- Acha que estou mentindo para você?

- Não... Não está mentindo. - Sacudi a cabeça, tentando pensar em tudo com coerência. - Você pode estar sendo sincero... agora. Mas e amanhã, quando pensar em todos os motivos da sua partida? Ou no mês que vem, quando Jasper me der uma dentada?

Ele vacilou.

Pensei naqueles últimos dias de minha vida antes de ele me deixar, tentando vê-los com a perspectiva do que ele me dizia agora.

- Você pensou bem na primeira decisão que tomou, não foi? - deduzi. - Vai terminar fazendo o que acha que é certo de novo.

- Não sou tão forte como você pensa - disse ele. - O certo e o errado deixaram de significar grande coisa para mim; ia voltar de qualquer modo. Antes de Rosalie me dar a notícia, eu já deixara de tentar viver uma semana de cada vez, ou mesmo um dia. Lutava para suportar uma única hora. Era só uma questão de tempo... e não muito... para eu aparecer em sua janela e implorar que me recebesse de volta. Eu imploraria com prazer agora, se assim você quisesse.

- Não é uma má ideia. - eu me sentei na cama - Gostaria de ver você implorando. De joelhos! Agora!

Edward parecia se divertir perversamente enquanto se levantava da cama e ficava de joelhos no chão.

Prestei atenção em cada movimento seu.

- Antes de você, Kris, minha vida era uma noite sem lua. Muito escura, mas havia estrelas... Pontos de luz e razão... E depois você atravessou meu céu como um meteoro. De repente tudo estava em chamas; havia brilho, havia beleza. Quando você se foi, quando o meteoro caiu no horizonte, tudo ficou negro. Nada mudou, mas meus olhos ficaram cegos pela luz. Não pude mais ver as estrelas. E não havia mais razão para nada.

- Seus olhos vão se acostumar - murmurei.

- É esse o problema... Eles não conseguem.

Ele sorriu, antes de continuar.

- Meu coração não batia havia quase noventa anos, mas isso era diferente. Era como se meu coração não estivesse ali... Como se eu estivesse oco. Como se eu tivesse deixado com você tudo o que havia aqui dentro... Então por favor, aceite de volta esse humilde vampiro que não pode viver sem você.

- Humilde é uma coisa que você não é.

Ele fez uma careta enquanto se levantava.

- Deixe de ser tão má!

Ele pegou meu rosto entre as suas mãos de pedra, segurando-o com firmeza enquanto seus olhos de meia-noite cintilavam nos meus com a força gravitacional de um buraco negro.

E eu tentei encontrar as palavras certas, as palavras que terminariam com tudo. Eram palavras difíceis de dizer.

- Edward - quebrei o silêncio - Eu te amo... Mas não acho que consigo voltar... Pelo menos não agora. Eu preciso pensar um pouco sobre nossa situação.

- Eu entendo - A dor em seu olhar fez meu estômago revirar - Eu realmente entendo.

- Me desculpe.

Ele balançou a cabeça negativamente.

- Se alguém aqui precisa se desculpar, esse alguém sou eu. - Ele tentou sorrir - Me desculpe, Kris!

Ele soltou o meu rosto.

Nos encaramos por alguns longos segundos; quando Edward voltou a falar, sua voz era distante.

- Posso perguntar uma coisa? - pediu Edward, andando até a minha janela. Eu concordei com a cabeça - Você acha que ainda temos chances ? Nós dois ?

Eu encarei seu rosto.

- As probabilidades são boas.

- Isso já é um começo.

Edward sorriu e foi embora.

Eu ainda fiquei alguns minutos fitando a minha janela; me perguntei o que o futuro aguardava para mim.

Será que eu sobreviveria a mais um ano na cidade de Forks?

Será que a minha mortalidade já estava com os dias contados? Eram tantas perguntas, tantas incógnitas...

Suspirei, me preparando para mais um dia.

Quase tudo voltou ao normal - O hospital acolheu Carlisle de volta de braços abertos e ansiosos, sem sequer se incomodar em esconder seu deleite por Esme ter achado a vida em Los Angeles medíocre demais para o gosto dela. Graças à prova de cálculo que perdi enquanto estava no exterior, Alice e Edward estavam em melhor situação para se formar do que eu, e de repente a faculdade era uma prioridade. Muitos prazos finais passaram por mim, mas Edward tinha uma nova pilha de formulários de universidades para eu preencher a cada dia.

Ele já passou por Harvard, então não o incomodava que, graças aos meus adiamentos, nós dois terminássemos na Península Community College no ano seguinte.

Charlie não estava satisfeito comigo, nem falava com Edward. Mas pelo menos Edward tinha permissão - durante meu horário de visita - para entrar lá em casa de novo. Eu é que não tinha permissão de sair dela.

A escola e o trabalho eram as únicas exceções, e as paredes amarelas e opacas de minhas salas de aula tornaram-se estranhamente convidativas para mim.

Não houve avanços de reconciliação entre eu e Bella, mas até que eu estava lidando bem com a situação.

Em resumo, quase tudo estava de volta ao normal a não ser pelo fato de Victoria ainda estar à solta, colocando em perigo todos a quem eu amava.

E não vamos esquecer o mais importante; Se eu não me tornasse vampira logo, os Volturi me matariam.

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