°•~━🍁━Como as águas do outono━🍁━~•°
Postado dia: (25/06/2022)
By: blahblah035
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Oieee, postando já mais um episódio, já avisando que vai ter muito diálogos e eu não sou muito boa em escrever diálogos então perdão se ficou muito ruim ksskkssk, boa leitura.
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Aesthetics:
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Pov: Angeline.
Quando minha mãe voltou depois de quase meia hora, ela apareceu com mais 3 meninas e varios vestidos rosas nas mãos das 4. Pelo visto iria ser uma longa noite e iríamos chegar atrasadas.
- Tantos vestidos... - Comentei os olhando.
- Procurei no quarto de todas as meninas alguma coisa rosa que não fosse pro bordel, bem aqui estão eles. - Ela começou a colocar eles na cama e em todo canto, eles eram realmente lindos.
- Porque rosa? - Eu esperava que ela me trouxesse vermelho, dizia ser a cor da luxúria, o bordel era todo vermelho, ela usava em sua maioria vermelho, e amava se gabar dos nossos cabelos que também eram ruivos.
- Minha querida, rosa é uma cor suave, delicada. - Ela dizia fazendo gestos com a mão e se aproximando de mim. - Como você. - Disse tocando a ponta do dedo indicador no meu nariz suavemente.
- Mas o intuito não é seduzir?
- Eu pensei muito, rosa será a melhor opção, você se passaria por uma jovem recatada e gentil, como uma flor bela, eles iram adorar, é uma cor virtuosa, te deixaria um ar de menina intacta, eles iriam adorar querer te desvirtuar. - Engoli em seco, eu não tinha mais o que eles tirarem, desviei o olhar e fui ver os vestidos de perto, eu me encontrava só de toalha.
- Eles são maravilhosos. - Observava um que havia uma fenda de renda ao redor do decote e camadas na calda, outro havia flores ao redor do decote.
- Prove todos.
No final ela me deixou escolher entre 3, acredito que até ela ficou indecisa, além deles serem parecidos e de quase o mesmo tom de rosa bebê.
Elas apertaram tanto o corset, que eu já sentia falta de ar, meus peitos pareciam que ia saltar por aquele decote, pobre renda, era como um soldado sozinho prestes a lutar e perder uma guerra.
No final eu tinha que admitir, até naquele vestido eu estava desejável, de um jeito puro que também era de um jeito um tanto obsceno.
Ela foi ao seu quarto, e voltou com uma caixa de veludo vinho, era um porta joias. Dentro havia um colar lindo e brilhante, trabalhado com muito requinte em suas varias pérolas, exalava delicadeza e principalmente dinheiro, com sua pedra grande. Era lindo, e brilha-va tanto quanto os olhos das psssoas quando a via.
Não sabia que tínhamos coisas caras assim, quem será que deu isso a ela? Não apostaria nenhuma moeda que fosse meu pai, sabia que já foi um homem de posses um dia, mas não mais, foi a muito tempo.
- Que lindo! - Eu disse encantada. Ela o pegou e o admirou com um leve sorriso, com ar de melancolia. - Quem te deu esse colar?
- Hora, eu também já tive a sua idade, e sabia muito bem usar as minhas qualidades querida.
- Parece caro demais...
- Um nobre me deu uma vez. - Sua feição mudou para desgoto. - Mas foi como desculpa de não podermos ficar juntos, e é claro, ele era casado. - Ela o levou ao meu pescoço, mas eu me afastei.
- Eu não posso, parece valioso demais...
- Valioso como você, vai ficar lindo e instigará as pessoas a olharem para ele, e como consequência para o seu decote, não a outra serventia para um colar querida. - Ainda sentia que não devia, mas resolvi ceder, era um pouco pesado, mas me fazia me sentir bonita e poderosa.
Fizeram uma maquiagem leve em mim, mas bem rebocada nas bochechas, por conta do corte, felizmente não era fundo, então ele iria desaparecer, mas ardia um pouco, e escorreu um pouco de sangue enquanto eu tomava banho, quase me deu vontade de chorar ao ver, porém me controlei.
Para me dar o aspecto de uma Lady, usei meus brincos de pérolas que minha avó me deu no meu aniversário de 15 anos, ela disse que conseguiu de um de suas aventuras do passado, ou seja, foram roubadas, e que agora iriam ser minhas.
Eu estava magnífica. Sorri, pelo menos isso me deixou um pouco feliz nesse show de horrores que viria a seguir.
Minha mãe foi se trocar no quarto dela, junto com as outras garotas, as mais belas e experiente iriam para lá, as outras ficariam trabalhando, para os clientes que viriam. Lucy logo apareceu em seguida, ela devia estar esperando a minha mãe sair.
- Pensei que nem iam mais. - Disse ela encostando a porta. Eu estava a provar alguns sapatos.
- Ela quis caprichar na arrumação da boneca dela. - Disse, pegando um sapato branco.
- Deveria ir com esse branco mesmo, vai combinar com a roupa, e caramba Angeline, você está quase a personificação de um anjo. - Ela veio tocar no meu colar após nota-lo, foi quase hipnótico.
- Estou mais para anjo caído. - Ela me olhou nos olhos.
-Está tão linda. - Ela disse quase emocionada.
- A produção é para os 2 nilfgardianos. Me sinto linda, porém suja ao mesmo tempo. - Ela tocou meu rosto, e me olhou com pesar.
- Só será uma noite, apenas uma noite. Depois tudo voltará ao normal, e você ao Geralt.
- Meu consolo será poder vê-lo de madrugada.
- Sim, pense nisso, mantenha isso na cabeça, finja que eles são ele. - Ela foi ate minha penteadeira e começou a borrifar perfumes e cheira-los.
- Vou fazer isso.
- Você está linda Angeline. - Ela repetiu e veio até mim com um perfume, seus olhos pareciam maravilhados por mim. - Você É linda, não esqueça disso.
- Você também está magnífica nesse vestido azul. - Era de um tom de azul claro, com uma pequena renda no decote, alguns botões que desciam até o seu colo, a traseira tinha laços pretos e havia mangas.
- Mangas? - Ela sempre gostava de usar pouco tecido e isso incluía ser exclusivamente sem mangas.
- Sua mãe disse: Vestidos recatados ou ficar no bordel. - Ela imitou o tom de voz da minha mãe, o que fez nós rirmos. - Não iria deixa-la sozinha lá.
- Agora eu entendo, você deve estar suando.
- Você nem imagina! até o final da noite irei derreter, meu maior companheiro será esse leque. - Ela tirou um leque azul de dentro do seu decote. E eu peguei um rosa para mim de dentro de uma gaveta, colocando a mão na bochecha onde estava a cicatriz, felizmente escondida na maquiagem, me lembrando que foi um leque que o causou, um maldito item inofensivo que as vezes era motivo de medo.
- Vamos? - Perguntei para ela e estendendo o braço, que logo ela o entrelaçou.
- Vamos ganhar essa batalha.
Encontramos minha mãe no saguão pois ela se arrumava rápido por conta de prática e de não precisar de muito para estar bonita. Ela estava de azul, porém um azul bem mais forte e escuro, diferente do de Lucy, que recebeu um elogio por escolher a mesma cor.
Ao sairmos e passarmos pelas garotas que ficaram, fomos recebidas por olhares mau encarados e inveja escancarada, principalmente para cima de mim, ao notarem meu colar, tinha medo de alguma delas o roubarem assim que eu o tirar, principalmente de Clare que ficou cuidando do local, não gostando nem um pouco disso.
Chegamos lá por volta de umas nove e meia da noite, o local já estava completamente cheio, pessoas importantes do local e uns afortunados que conseguiram entrar.
O barulho foi cessado assim que minha mãe passou pela porta, todos os olhos virados para ela e depois para Lucy que adentrou segurando a minha mão, que suava de nervosismo e eu a apertava a mão dela fortemente, depois entrei.
Eu podia escutar cochichos, e sabia que se tratavam de mim, comecei a ficar ansiosa com tantos olhares, a maioria das pessoas eu já sabia quem era, mas mesmo assim era estranho se ter essa atenção toda.
Minha mãe logo começou a andar e nós a seguimos, ela comprimentava a todos, maioria com falsidade, não ousei olhar para quase ninguém que não fosse os que minha mãe estava conversando, simplesmente pânico.
- Você está bem? - Sussurrou Lucy no meu ouvido, percebendo meu desconforto.
- Irei ficar.
- Eles não estão aqui ainda. - Disse minha mãe entre-dentres para minha vó.
- O senhor do castelo também não está. - Minha vó disse.
- Mais que inferno, eu não vim aqui pra isso. - Disse minha mãe já ficando irritada e pegando uma taça de Edmund, que estava trabalhando, minha vó havia contratado mais 3 para essa noite, para que ela não trabalhasse tanto e que desse conta das pessoas.
- Acalme-se. - Se instalou uma mini discussão que eu não fiz questão de ouvir, entre minha vó e minha mãe. Eu só tomei coragem de observar o local, as pessoas estavam bem vestidas, festas como essa eram ótimas para se estabelecer negócios, principalmente de filhas com filhos, e as pessoas daqui, como em todo lugar adoravam.
Achei meu pai que tocava animadamente sentado em uma mesa, ele piscou para mim e eu o retribui com um sorriso, ele estava bem vestido, do seu modo extravagante e colorido.
Comecei a conversar animadamente depois de bebericar uma taça de um líquido que depois que provei percebi ser álcool, com Lucy, falavamos mal das pessoas do recinto. Até ela ter que ir cantar, quando Jaskier perdia o fôlego.
Fiquei ao lado de minha mãe, quieta, porém consegui uma vaga em uma cadeira, então fiquei sentada me abanando no leque, de olho na porta, a espera de alguém entrar.
Não havia notado Geralt, isso me preocupava, sei que ele tinha ido caçar depois do nosso encontro na cozinha, mas algo me dizia que ele estava bem, afinal ele era um bruxo, sabia se cuidar e principalmente matar qualquer monstro, pelo menos era o que eu sabia.
Mas sabia também que os bruxos estavam em meio que uma extinção, o motivo eu não entendia, porém sabia que eles eram poucos, e meu coração apertava em pensar que poderia ser menos um de cabelos brancos na conta.
Resolvi me levantar e conversar com alguns conhecidos depois de tomar mais um copo, foi então que de costas para a porta, eu senti um arrepio, meus pelos da nuca se levantaram e eu senti olhos me queimarem, me virei esperançosa sorrindo um pouco e esperando ser Geralt, até encarar um homem alto, forte e de cabelos pretos, ele estava muito bem vestido, claramente aparentando ser importante e rico.
Ele me fitava com intensidade, o seu canto da boca esboçava um sorriso quase não notado, enquanto o meu se desfazia. Ao seu lado havia um homem loiro, igualmente alto e forte, porém parecia ser menos sério.
Não havia notado a entrada do senhor do castelo, até ele falar alto o nome da minha mãe, me tirando do transe dos olhos daquele homem, me senti envergonhada, por tê-lo encarado, e corei desviando o olhar rapidamente para minha mãe, respirei fundo e fui até ela graciosamente.
- Higia querida! Você está linda! - Dizia ele colocando a mão da minha mãe na dele e a outra mão dele sobre a dela, depois depositou um beijo em sua bochecha.
- Ah querido, finalmente chegou! - Disse minha mãe calorosamente.
- Está festa parece magnífica Mada. - Ele a abraçou.
- Obrigada. - Ela disse dando um leve sorriso, ela estava linda com um vestido bege. Ele se virou para mim, ficando com a boca aberta e sem reação. Fiquei um pouco sem jeito, porque foram longos segundos, e ele não disse nada, sorri constrangida.
- Linda como uma futura perfeita esposa. - Meu sorriso murchou na hora, porque ele não podia ter ficado calado? Só abriu a boca para falar alguma merda. Pegou a minha mão e beijou demoradamente, me deu vontade de vomitar, desviei o olhar e encontrei o da minha mãe de desaprovação, eu deveria estar com uma cara nada boa.
- Obrigada. - Tentei esboçar um leve sorriso, devia estar uma careta.
- Esses são Sr. Marshall e o Sr. Ballark. - Ele os apresentou para nós, encarei o Sr. Ballark, que era o de cabelo preto, que continuava a me encarar, ótimo, vai ser ele então.
- Um prazer senhorita. - Saí dos meus devaneios quando percebi que ele estava a falar comigo, ele tinha sotaque, que de algum jeito, combinava com ele. Sem jeito estendi a minha mão para a sua, que ele também depositou um beijo, mais cordial e menos discarado do que o do senhor do castelo, Arthur.
- O prazer é meu. - Sorri, mas a única coisa que queria era ir lavar minha mão.
Se instalou algum assunto entre minha mãe, Arthur e o Sr. Marshall enquanto eu conversava trivialidades com o Sr. Ballark, que descobri se chamar Karsi. Eu ficava mais calma por conta do seu interesse notável em mim, não teria que seduzir, já iria acontecer naturalmente.
Descobri que ele pintava, uma infelicidade, pois logo ele pediu permissão para fazer um retrato meu, disse que eu era tão bela, que queria congelar a minha imagem em um retrato, para levar com ele. Ele iria me desenhar amanhã, ou seja, mais um dia tendo que o vê-lo, não mentiria em dizer que ele era feio, ele era um homem bonito e jovem, mas era difícil admirar alguém do jeito que eu deveria, quando na sua mente está outra pessoa.
Estava esperando alguém tão arrogante quanto Arthur, mas ele era de certa forma gentil e descobri se tratar do primo do rei, minha mãe que estava do lado, ao escutar essa informação, me deu um chute discreto, eu já entendia seus planos, e por hora, iria segui-los, ele certamente era uma opção melhor do que o Arthur.
Percebi que Lucy parava de cantar, procurei com o olhar ela pelo salão, encontrando ela em um dos cantos, com ninguém nada menos que ele... pensei que não vinha mais, mas lá estava ele parado.
Geralt estava com uma roupa diferente da habitual, digamos que de qualidade melhor e mais formal, mas de certa forma, do estilo Geralt e de tom escuro, ele estava bonito, suspirei, ele ficava bonito de qualquer jeito, mas eu preferia ele do seu jeito de antes.
- Conhece o bruxo? - Disse Karsi, me assustando, droga, eu deveria estar encarando, merda, merda, merda.
- Sim, ele é um amigo da família. - Sorri para amenizar o caos que se instalava na minha mente pelo flagra.
- Ah sim. - Ele me olhava como se estivesse me analisando. Pelo tempo que estávamos conversando, percebi ele ser uma pessoa muito perceptiva, isso me dava medo, principalmente da possibilidade de ter que seduzir alguém tão astuto.
- Ela é minha amiga. - Olhei para Lucy, como se justificasse o do porquê ter olhado para lá.
- Bonita. - Disse simplista, não conseguia decifra-lo.
- Sim ela é. - Voltei a olhá-lo. - E está solteira.
- Não faz meu tipo. - Olhei novamente para Geralt, encontrando seu olhar em mim, senti falta de ar e borboletas no estômago. - Mas bem, me diga Angeline, você canta também? - Ele disse pegando duas taças e se aproximando um passo, voltei a atenção para ele.
- Sim, porém eu prefiro tocar.
- Gostaria de escutar um dia. - Ele me entregou a taça.
- Eu posso tocar para você. - Seria uma ótima distração para minha mente, e um jeito bom de mostrar alguma das minhas qualidades.
- Ah é? Que instrumento? - Olhei ao redor, atrás de algum livre, muitas pessoas estavam a tocar algo em vários cantos, fixei no piano, que estava livre.
- Piano. - Sorri, estava a sorrir muito, usava como uma arma, além de sempre estar com o busto para cima, graciosamente e com postura, o que atraia olhares.
Andei até o piano, sentindo ele logo atrás, coloquei a taça em cima e me sentei no banco, ajeitando o vestido. Olhei para ele sorri levemente, ele retribuiu o sorriso e seu olhar transmitia antecipação, ele inclinou no piano se escorando nos cotovelos, com uma das mãos no rosto, nossos rostos estavam perto demais, fiquei um pouco encomodada.
- Tem alguma preferência? - perguntei, posicionando as mãos nas teclas.
- Me surpreenda. - Fiquei levemente irritada, aquilo soou como um desafio, me senti pressionada.
- Está bem. - Eu comecei a tocar uma música alegre, porém bastante difícil, por conta de estarmos em uma festa. Ela fluía com naturalidade pelos meus dedos e o som da melodia começou a atrair alguns olhares curiosos, principalmente da minha família e sem eu perceber, Geralt.
Estava concentrada, envolvida na música, sem perceber, fechei meus olhos em algum momento, sentindo a música, e senti alguém se sentar ao meu lado, sua perna roçando na minha, abri meus olhos para ver quem era, ja imgainando quem e era Karsi, que começou a tocar a mesma música, porém aprimorando em dueto, exibido.
Sorri, aquilo foi inesperado, a música estava realmente muito boa, éramos uma boa dupla. Ele começou a sorrir, ele também concordava, começou a fazer gestos um pouco exagerados o que me fez rir abertamente, dele, sendo seguida pelo mesmo e em pouco tempo a música acabou. Nossas respirações muito perto uma da outra, e temi que ele fosse me beijar, pelo seu olhar que intercalada dos meus olhos e a minha boca.
Fomos aplaudidos, e ele se levantou e fez uma reverência, eu fiquei um pouco tímida ao notar tantos olhares, busquei um em especial, um par de olhos amarelos, naquele mesmo canto, com um rosto indecifrável, ele também aplaudia, eu me senti muito mal. Notei uma mão ao meu lado, era de Karsi, eu ponderei aceitar, porém pensei por uns instantes e aceitei, era preciso, se eu o negasse seria pior.
- Foram maravilhosos. - Dizia minha mãe se intrometendo ao nosso lado. A olhei, ela estava tão feliz, como não a via a tempos.
- Obrigada. - Disse ao mesmo tempo que Karsi.
- Tive uma ótima dupla. - Disse Karsi. - Eu o olhei e sorri levemente, mas parecia que sorrir já era como rasgar o meu rosto a essa altura da noite. - Eu gostaria de falar com você. - Ele disse se referindo a minha mãe. Isso me deixou confusa.
- É claro, filha vá tocar com o seu pai.
- Claro, se me dão licença. - Disse me retirando e indo atrás dele, que se encontrava no meio do salão tocando e cantando alguma canção.
Era bom ter um momento de paz, respirar, por um segundo, porém estava agoniada, olhei ao redor enquanto esperava meu pai terminar essa canção, minha vó estava a conversar com Arthur e Sr. Marshall, junto com algumas meninas do bordel, creio que estavam os distraindo, já que ele não veio atrás de mim enquanto conversava com Karsi. Geralt ainda estava no fundo, com Lucy, conversavam ainda, me perguntava o que.
- Quem é aquele? - Meu pai me perguntou com aquele jeito dele, quando terminou, enquanto bebia alguma cerveja.
- Karsi Ballark, um dos 2 que vieram com o senhor do castelo. - Disse como trivialidade, ele fez uma careta.
- Ah, Karsi... um nilfgardiano, humm ele é diferente do que eu estava esperando, eu esperava um velho, mas esse é bem bonito, jovem e aparentemente rico, sua mãe deve ter adorado. -Ele falava fazendo gestos abertos com a mão, o que me fazia bem em estar falando com ele.
- Sim ela adorou, principalmente o fato de ser primo do rei.
- Já não tinha gostado dele, mas agora, muito menos. - O observei. - O rei é cruel, cuidado com esse Karsi.
- Eu tomarei, só estou fazendo isso para agradar minha mãe. - Ele ficou pensativo e inquieto.
- Bom, vamos tocar, você precisa se distrair. - Comecei a tocar violino, e ele o seu alaúde, a música era alegre, o que atraiu mais gente para o meio do salão, começando a dançar, Karsi e minha mãe vieram para o meio, ficaram perto de mim, minha mãe, do meu lado. A música se tratava de de Geralt, eu adorava aquela música.
- Parece que Lucy não perdeu tempo. - Disse minha mãe, a observei, e segui seu olhar, vendo Geralt e Lucy se beijando.
Meu pai e minha mãe riram felizes com a cena, eu sem querer desafinei algumas notas no violino, mas voltei ao normal, com medo de alguém perceber, pensando " é só um beijo " Repetidas vezes para me acalmar, sabia que eles precisavam fazer alguma coisa, só não sabia que seria tão doloroso de ver, principalmente quando a mão dele desceu pelo corpo dela, desviei o olhar.
Minha boca se encontrava seca, meu coração estava acelerado, eu já não me recordava as notas da música, e agradeci ela ter chegado rapidamente ao fim, por um momento, era como se o local inteiro tivesse ficado sem som, as pessoas em movimentos lentos, porém um movimento a minha frente foi impossível eu não notar, de eu não perceber, mesmo na minha visão um pouco embargada por uma lágrima, eu notei, Geralt passando de mãos dadas com Lucy, na nossa frente, indo em direção a porta.
°•~━━🍁━━ Festa ━━🍁━━~•°
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