Redline | Twilight

By madamheavenly

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Alice Cullen sempre achou que seu passado nunca seria desvendado e apesar de ter conseguido a família que tan... More

REDLINE
TEASER&GRAPHICS
00 | prologue
01 | life is hope
02 | life is inconsistency
03 | life is a proposed
04 | life is a family
05 | life is similarities
06 | life is kindness
07 | life is a nightmare
08 | life is dear
09 | life is precaution
10 | life is deadlock
11 | life is a date
12 | life is a moment
13 | life is happiness
14 | life is a promise
15 | life is a leap of faith
16 | life is planned
17 | life is comfort
18 | life is a desire
19 | life is fear
20 | life is unfair
21 | life is delusion
23 | life is uncertain
24 | life is cruel
25 | life is truth
26 | life is surrender

22 | life is a mystery

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By madamheavenly

Quando morremos há uma parte do nosso cérebro que continua ligada por alguns segundos, até minutos, de acordo com médicos e cientistas. Talvez seja por conta dessa atividade cerebral que algumas pessoas relatam ver uma luz no fim do túnel, ou até se ver saindo do seu próprio corpo.

Se trata de um grande mistério, o que devemos realmente ver ou sentir quando nosso corpo se desliga para sempre. Talvez se trate apenas de um eterno sonho, como se estivéssemos indo dormir para sempre.

De qualquer forma, sempre imaginei que seja lá qual fosse meu último sonho, seria algo realmente significativo para mim. Nada tão grandioso, talvez estar junto com as pessoas que eu amo, mas que infelizmente já não estavam mais comigo.

No entanto, não era nada disso com o que eu me deparava no momento.

Meus pés moveram-se por conta própria, pisando hesitantemente para trás contra o piso gelado. Girando sobre os calcanhares tentei fugir exatamente por onde vim, mas bati de frente com uma porta de ferro, nenhuma maçaneta ou tranca a vista.

— Onde estou? — Me vi perguntando em voz alta.

Minhas mãos correram pelo metal procurando por uma brecha, qualquer coisa que me indicasse uma saída, mas não havia nada. Em punhos, comecei a bater repetidamente contra a porta, o desespero começando a tomar conta de mim outra vez.

Senti meu coração batendo fortemente contra meu peito, minha respiração descompassada criando pressão contra meu ouvidos até que um zunido persistente me impedisse de ouvir o som das minhas próprias batidas.

— Alguém, por favor! — Gritei desesperadamente. — Me tirem daqui!

Eu quis chamar por alguém que eu conhecia, porém todos os nomes escaparam de minha mente feito fumaça. Instintivamente, me vi chamando por minha mãe, mesmo que seu rosto não surgisse em minhas memórias, sem nunca pronunciar seu nome.

Quando minhas mãos já estavam avermelhadas pelas pancadas e os músculos de meus braços ardiam em cansaço, foi quando eu parei. Deixando minhas costas baterem contra a porta, escorregando até que eu sentasse no chão.

Tive que puxar a camisola mais para baixo de minhas pernas nuas, encolhendo-as para longe do clima gélido, deixando apenas meus pés descalços para fora.

— Onde eu estou? — Minha voz não passou de um sussurro desta vez, mas não havia qualquer um ali que pudesse respondê-la.

Tentei refazer meus passos, em uma tentativa de descobrir como havia parado lá. Mas tudo o que me veio foi este mesmo quarto, como se eu já estivesse ali há longos dias. Quanto mais tentava me recordar, mais vazios encontrava, como uma tela em branco, não uma nova, uma usada a qual haviam passado tinta branca por cima de toda uma pintura.

— O meu nome... — Eu também não sabia.

Eu era apenas uma casca vazia, e tal como uma permaneci sem me mover, apenas sentada sem noção de tempo, esperando por alguma mudança. Havia uma pequena janela no quarto, com grades e alta o suficiente para que eu não alcançasse, mas de um tamanho suficiente para notar a mudança no céu do lado de fora.

O que era azul claro, com nuvens brancas, passou a um forte alaranjado para escurecer ao ponto de quase se tornar preto com pequenos pontos brilhantes. Havia anoitecido e nada aconteceu, ninguém apareceu.

Com as pernas trêmulas eu me levantei, apoiando-me com os braços pela parede até que eu chegasse à pequena cama. Suas molas rangeram quando eu me deitei, puxando o fino lençol para me cobrir, meus olhos permaneceram na janela observando as estrelas.

Quando o sono já me entorpeceu e piscar de olhos se tornavam curtos cochilos, um barulho chamou minha atenção. Meus olhos correram pelo lugar escuro, antes de enfiar minha cabeça para debaixo do lençol a tempo de ver a porta sendo destrancada.

— Mary? — Uma voz gutural soou como a coisa mais bela a se ouvir.

Não me movi mesmo quando ouvi passos se aproximando de onde eu estava, tentei manter minha respiração o mais calma que podia e fechei os olhos para que a pessoas achasse que eu estava dormindo e saísse de volta a sua busca.

— Vamos, Mary. Não temos muito tempo. — A frase soou melódica quase me convencendo.

A coberta foi puxada delicadamente puxada para longe de meu corpo, no entanto o desconhecido não fez menção de encostar em mim. Os segundos se passaram em completo silêncio, me fazendo acreditar que não havia mais ninguém ali.

Hesitantemente abri os olhos, piscando algumas vezes para me acostumar com a escuridão e em poucos segundos encontrei a silhueta parada em pé a poucos centímetros da cama. Duas íris brilharam em meio ao breu, vermelho sangue.

Não é muito comum em humanos olhos de tal cor, exclusivamente neste tom que pareciam tão perigosos. Mas me pareciam tão familiares que eu não conseguia temê-los, era a única coisa que meu subconsciente parecia se recordar meramente.

— Não temos muito tempo. — Ele estendeu sua mão em minha direção, tão branca que parecia fantasmagórica. — Devemos nos apressar.

Apesar de insinuar urgência, sua voz transbordava calma e confiança e foi por isso que aceitei sua mão extremamente fria, levantando-me da cama com sua ajuda. Meu coração disparou com a expectativa de sair daquele lugar.

O estranho me guiou até a porta que deixou aberta, não viu necessidade de olhar para os lados em busca de qualquer pessoa ao sair, me guiando corredor a frente. Seus passos eram mais silenciosos que os meus, mesmo que eu fosse a única a estar descalça.

Nada mais foi dito enquanto andávamos para fora daquele lugar, quando atravessamos os grandes muros e grades que me prendiam por tanto tempo, pude respirar mais calmamente, senti a grama embaixo dos meus pés. Estava livre.

Já havíamos nos afastado bons metros quando do edifício quando eu tive que parar, não aguentando mais andar. Eu me virei para olhá-lo mais uma vez, diferente de mim não demonstrava nenhum sinal de cansaço por nossa corrida.

— Por que está me ajudando? — Sussurrei olhando-o. — Qual o seu nome?

— Espero que se recorde em breve. — Foi sua resposta ao sustentar meu olhar profundamente, esticando uma mão em direção ao meu rosto, no entanto se deteve no último segundo.

Não satisfeita abri meus lábios prontamente para questioná-lo, porém uma rajada forte de vento às minhas costas me impediu, exatamente como um fantasma, outro homem surgiu, também possuía olhos vermelhos. Estes, entretanto, não me pareciam nenhum pouco reconfortantes.

Um som animalesco soou de sua garganta enquanto abria a boca, exibindo longas presas. Sua atenção revezava-se entre mim e homem que me ajudara, antes que meus olhos pudessem captar o movimento ambos estavam de frente um para o outro.

Pareciam discutir fervorosamente, mas meus ouvidos humanos não podiam captar nada além de frases desconexas pela rapidez em que falavam. Em um piscar de olhos, eles novamente avançaram, os corpos se chocando quando iniciaram uma duelo, o som soava como trovões.

— Saia daqui, Mary! — A voz agora era quase outra pela tamanha raiva que carregava.

Não hesitei em obedecê-lo, adentrando a floresta rapidamente. Meus pés eram cortados por galhos e cascalhos espalhados pelo chão, fazendo-me desacelerar conforme a dor aumentava.

Continuei correndo por longos minutos, não tendo a mínima ideia de para onde ia. Minha garganta doía pelo vento frio que adentrava ao respirar pela boca, quando meu nariz já não puxava ar suficiente para meus pulmões.

Muito rápido para que eu pudesse impedir, meu pé se enroscou em alguma coisa e eu fui para o chão, sentindo a ardência em meu queixo enquanto sangue escorria dali. Já não aguentando correr, me arrastei até uma árvore, esperando que ela me escondesse.

Não sabia como, mas sabia que estar sangrando só piorava as coisas.

Constatando meus pensamentos, o som de um galho se partindo soou próximo, virei minha cabeça tão rápido que meu pescoço doeu. Para minha infelicidade, não foi o meu salvador que apareceu.

Antes que eu fizesse menção de me levantar e voltar a correr, o loiro já estava na minha frente. Ele possuía um sorriso sádico, uma expressão horripilante, seus olhos agora eram quase completamente negros, com uma insinuação maliciosa.

Não havia nada que eu pudesse fazer além de gritar quando ele avançou, abrindo sua boca e atacando o meu pescoço.

Fechei os olhos transtornada pelo medo, e quando os abri novamente a floresta a minha volta havia sumido. De repente, eu lembrava meu nome e onde estava, parada à porta do banheiro em meu quarto na casa da família Cullen.

Isso não me acalmou. Pois eu não havia apenas tomado noção disso, minha cabeça doía pela forma como o sonho e a realidade se encontravam em detalhes semelhantes.

— Vampiro. — A palavra escapou de meus lábios como uma sentença.

O passado de Alice finalmente foi revelado, assim como a verdade. Como será que Selene irá reagir?

Caso tenha ficado alguma duvida, Alice possuiu Mary como primeiro nome. Pouco de seu passado  é revelado nos livros de crepúsculo, havendo a versão contada para Bella por James, isso e uma curta metragem foram minhas inspirações para esse capítulo.

O que acham do misterioso vampiro que tentou salvar Alice? Estou desenvolvendo um plot nos rascunhos com esse personagem, juntamente com um par para Jasper também. 


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