"Não... Não pode ser né?
Tá de brincadeira, vamos todos morrer desse jeito"
Talvez o intuito do experimento seja exatamente esse.
Agora podia entender o porquê de tudo aquilo ter que ser feito escondido, longe dos olhos de todos.
E assim se seguiu, dia após dia daquele experimento infernal ,éramos realmente tratados como cobaias descartáveis e aqui não éramos mais do que isso.
Todos os dias pessoas morriam.
Antes que seus corpos começassem a feder os guardas arrastavam os cadáveres para algum lugar lá fora da imensa floresta.
A única coisa que citavam ao ver os cadáveres era o quanto éramos patéticos e o porquê os corpos dos mortos simplesmente não desapareciam junto com suas existências inúteis.
Os sobreviventes desse tratamento e tortura desumanos estavam aos poucos sofrendo mutações em seus corpos e é claro, isso também incluía a mim, a cobaia de testes que aquele louco desgraçado mais se interresava.
Não nós era permitido chorar.
Não nós era permitido gritar.
Não nós era permitido implorar.
Não nós era permitido a solução mais fácil, o suicídio.
Tínhamos que ficar quietos aguardando o início da próxima sessão de experimentos como os mortos que estávamos nos tornando.
O louco desprezível com sua risada de idiota era um intusiasta de Caesar Clown outro louco em One Piece.
Seu intuito era adicionar DNA animal em pessoas para conseguir um efeito similar à uma Akuma no mi (Fruta do diabo) ou seja, potencializar o poder de uma pessoa normal.
Como eu sabia dessa merda? Simples,
aquele línguarudo não parava de falar em como viraria um cientista mundialmente famoso e coisas idiotas do tipo, todos os dias em que aplicava aquela agulha em meu antebraço.
Hoje era o 1° dia da quinta semana, das 25 pessoas, 21 não resistiram e morreram, mas os 4 sobreviventes não estavam tão longe assim desse destino.
Akira havia desenvolvido afiadas patas de pássaro no lugar de suas pernas, mutações desenvolvidas graças ao sangue retirado de uma águia e aplicado nele na intenção de criar uma harpia.
Já em mim havia sido aplicado o sangue de um animal desconhecido é em nenhum momento o linguarudo falará o que eu queria saber
"Que diabos de animal foi esse?"
Nascerá um chifre grande acompanhado de dois pequenos um em cada lado de minha testa, e algo que nascerá recentemente me fazendo sentir uma dor desgraçada, era uma cauda deformada no fim de minhas costas.
Se os moradores de Loguetown já me consideravam um monstro por causa das orelhas, receio que se me vissem agora teriam um infarto por causa do medo.
Como todos os sobreviventes ali eu havia virado uma aberração.
A cara daquele maldito ao ver que o experimento do que quer que seja que ele aplicou em mim falhará foi impagável.
"Era bom saber que as coisas não saíram do jeito que esse maldito queria."
- Argh!
Sinto fortes pontadas em minha cabeça que latejava fortemente
Meus ossos queimavam, parecia até que iria morrer de tanta dor
Quando consigo focar minha visão vejo que Akira que normalmente acordava primeiro que eu, logo depois do primeiro dia ainda continuava desacordado sobre o chão de palha.
Parecia que os experimentos nele estavam ficando cada vez mais difíceis de aguentar.
???- O garoto que... está desmaiado ali...
Apontava para Akira.
Um homem velho, era quase que um milagre que ele estivesse suportando os experimentos, ele era um dos sobreviventes da mesma cela que a nossa e havia me dirigido à palavra, é essa era a primeira vez.
???- Está aguentando bem... afinal ele lhe deu.... suas rações... todos os dias... para que você pudesse ter uma refeição completa.
Ao ouvir aquelas palavras eu não sabia em que pensar
"Como eu não havia percebido...? Eu estava ocupado demais tentando sobreviver...? Não, a verdade é que eu não me importava com os outros porque sabia que eles não se incomodariam em se preocupar comigo. Mas Akira ele..."
- Qual é...o problema... desse idiota?
"Eu não o entendia, que vantagem ele ganharia com isso?"
Ouço o som de palha se remexendo, Akira acordou e ele ofegava fortemente, como se a dor de seu corpo fosse imensamente insuportável.
Akira- Eu só não... quero te ver morrendo na minha frente..., e velho... você havia me prometido.... não contar nada.