Nesses capítulo tem múltiplas narrações.
Me segue no Instagram.
Boa leitura.
• J U L I A N A •
📍 Vitória, Espírito Santo
🗓 sexta feira, 2 de setembro
Acordo depois de algumas horas de sono. Olho para o lado e vejo o Lennon dormindo.
Sim, estamos hospedados no mesmo quarto, e eu surtei quando descobri e ele me disse: "relaxa marrenta, eu não mordo".
Vê se pode? Não, e fica pior: "só com o teu comando". Me segurei para não dá uma voadora nele pq estávamos em público e não ia ser legal: "mulher agride namorado" já pensou? Credo. Meu pai ia me matar.
A Respiração dele estava calma e profunda, o rosto estava meio tampado com um boné deixando seu maxilar e sua boca amostra.
Ele tava dormindo tão encolhidinho, e eu tenho certeza que ele estava assim para não encostar em mim, ou não atrapalharmeu sono.
Sorri com meus pensamentos.
Qual é, Eu achei bonita sua atitude.
Mas, faz mais do que obrigação né.
Levanto da cama com cuidado para não fazer barulho e nem acorda-lo. Pego meu celular e vejo que são 20hrs ainda. O Lennon me disse que vai cantar meia noite e meia, da tempo de se arrumar de até cochilar novamente, se eu quiser.
Arrumo minha roupa antes de entrar no banheiro para tomar banho.
Tomei um banho mto rápido que nao deu nem cinco minutos. Me troco ali mesmo, que por sinal era bem espaçoso. Saio do banheiro indo até o espelho que tinha perto da cama.
Olhei de todos os ângulos para ver se estava bom mesmo.
Coloquei um short leg preto por baixo da camiseta grabde preta do Travis Scott. No pé, uma bota preta até o joelho.
• L E N N O N •
Por conta da claridade. – Já que a marrenta não quis apagar a luz – Tive que colocar o boné nos olhos para conseguir dormir.
Quando acordei dei de cara com ela se olhando no espelho. Ele estava com uma roupa diferente na qual ela chegou e foi dormir. E pelo quarto meio húmido, tenho certeza que ela já tinha tomado banho. Acompanho todos os seus movimentos até ela tirar a bota e pegar uma meia na bolsa. Vi ela pegar uma bolsinha não muito grande e colorida. Ela veio em direção a cama para pegar o celular e só assim ela vê que eu estou acordado.
— Pensei que não ia acordar. — ela diz e desvia o olhar para o telefone em cima da cama pegando o mesmo
— Tá tomando conta até do meu sono agora? — pergunto em um tom brincalhão mas tenho certeza que saiu com um pouco de deboche
— como é que você fala?... — ela pensa — aiiinda. — me imita indo até o banheiro com a bolsinha e o celular na mão — eu tomo conta de tudo por aqui, preto. — ela diz do banheiro
E por algum momento aquele "preto" mexeu comigo. Outras pessoas já me chamaram de preto e eu nunca fiquei assim mas, ouvir ela falando foi diferente de um jeito bom. Minha única reação foi soltar um sorriso de canto
Eu vi que a porta do banheiro estava aberta. O que ela tá fazendo lá dentro?
— Tá fazendo o que aí dentro? — pergunto quebrando o silêncio que tinha ficado
Ela não me responde mas logo aparece com um pincel na mão, vejo Que ela está fazendo maquiagem. E parece que tinha acabado de começar e ia demorar uma vida naquilo.
— eu preciso tomar banho Juliana — falo sentando na cama e pegando o celular
— oxi, não tô te segurando não. — escuto sua voz
— quer que eu tome banho contigo aí? Beleza depois não surta. — falo e levanto da cama para mala pegar minha roupa.
Deixo a roupa em cima da cama e vou até o banheiro encostando no batente da porta.
— não fica me olhando assim não. Eu nao disse que era pra ti tomar banho comigo aqui. — ela me olha mas logo desvia para o espelho passando algo no rosto
— mas, foi o que pareceu, marrenta. — falo enquanto via ela espalhar com uma esponjinha laranja
— tu vai esperar eu acabar aqui, depois vem tomar banho — ela me olha como se estivesse negociando e eu nego com a cabeça
— tu vai demorar uma vida nesse bagulho aí — falo e ela vira ficando de costas para a pia
— o show não é só meia noite e pouco? — pergunta e eu concordo com a cabeça
— mas, temos que estar la as dez e meia, no máximo — explico que ela me olha confusa — para ir arrumando show e os bagulhos do léozin — explico e ela solta um "ah"
— não dá p mim fazer isso No quarto. Não tem apoio e o espelho é meio estranho.
— eu não disse pra tu sair não — falo e ela me olha confusa — o box é escuro, tu não vai conseguir me ver. Eu sei que era isso que queria, mas não. — brinco e ela me mostra o dedo do meio
— se manca cantor, eu hein — ela diz e eu tiro a calça já que estava de calça jeans e ela me olha — tá fazendo o que?
— vou tomar banho de roupa?
— tu vai tirar na minha frente? — arqueia a sobrancelha e eu não respondo assim tirando a camiseta — peeeeelo amor de deus Lennon, eu saio daqui e tu entra no box. — ela diz é sai do banheiro indo até a cama — depois que tu tiver lá dentro, eu entro
Solto um sorriso do seu desespero e entro no banheiro deixando a porta entre aberta para terminar de tirar a roupa. Entro no box ligando o chuveiro e grito pra ela dizendo que já pode entrar. Logo depois que ela entro no banheiro escutei seu celular tocar.
— oi meus amores, tudo bem? — escuto ela falar e eu tento prestar mais atenção na sua fala — minha linda, é claro que não, só que hj não dá, vamo combinar assim... — eu escuto vozes de crianças mas não entendi o que eles estavam falando
Com quem será que ela tá falando? Do jeito carinhoso que ela tá falando parece que ela é bem próxima das crianças. Filhos, será?
Acho que não, ela não tem cara de mãe, tirando o corpo. Com toda certeza ela não é mãe, a barriga é totalmente chapada, Mas talvez ela faz academia. Talvez não isso era certeza. Aquelas coxas grossas não era apenas genética.
Saio dos meus pensamentos com a voz dela ecoando pelo banheiro.
— ó, a dinda tá com 3 semanas de férias da facu, então qual quer dia eu busco vocês na escola e a gente vai lá naquela pista de skate pra tomar sorvete, Jaé?? — ela diz e eu vejo sua sombra se mexer para perto do box — a dinda tá viajando agora, mas assim que eu chegar, eu passo aí e levo vocês pra dormir em casa, fechou?? - escuto a voz de uma menina concordando com o que ela disse - Amanhã eu te ligo tá!? Tô um pouco ocupada. - ela pausa pra menina responder - manda um beijo pra vó e pro teu irmão ... beijo, tbm te Amo
Ela é grossa só comigo? Pergunto pra mim mesmo enquanto a água caia. Olha o jeito que ela falou com a menininha, parece até outra mulher mané.
— minha tia vai me matar. — escuto ela falar baixo
— problemas? — pergunto
— isso não é do teu interesse. — ela fala e eu reviro os olhos.
Como poder ser tão marrenta assim?
— Mano, eu só tô tentando conversar, te conhecer melhor cara, fica na defensiva o tempo inteiro — bufo
— eu tinha combinado de ficar com os meus afilhados nesse final de semana — ela começa a falar depois de um tempo em silêncio.— e eu esqueci completamente disso, minha afilhada ligou chorando, dizendo que eu esqueci dela e do irmão. — escuto sua voz ficar diferente — caralho, eu nao consigo fazer nada direiro. — ela diz e eu fico confuso por conta do seu tom
— tu esqueceu, isso é normal.— desligo o chuveiro e pego a toalha
— não é normal, pq eu sempre esqueço. Eu sempre tenho compromisso. Eu sou uma péssima madrinha, eles devem me odiar.
— não fala assim. Tu deve ser uma madrinha incrível, só deve ser ocupada. Mas, tenho certeza que eles te amam. — falo e saio do box vendo ela olhar para o espelho. Ela me olha de cima a baixo por uns dez segundos.
— eles perderam a mãe logo que nascerem então, eu junto com a minha tia, assumimos o tal papel. Eu estava com eles a todo momento, qualquer chorinho eu estava lá, mas depois que a faculdade começou parece que eu não tinha tempo nem pra viver. — ela desabafa e eu sigo a olhando — eu não deveria estar falando isso contigo — ela volta a olhar para o espelho e pega um batom brilhante em seus lábios
Não vou mentir. Eu estava loco para saber o sabor.
— e por que não? — pergunto
— porque não! Vai se trocar se não vamos nos atrasar — ela avisa encarando o espelho
— é bom desabafar as vezes — falo saindo do banheiro e sinto seu olhar sobre mim — e outra. Somos namorados agora, tenho que saber um pouco sobre tua vida. — falo e ela me olha com um sorriso sincero de canto e encosta a porta do banheiro para eu poder me trocar