Operação Pegasus Negro

De OneDand5soslover

1.8K 87 602

A Agente Especial Isabelle Kane Evans fez parte de uma parceria inédita e secreta entre o FBI e a CIA, acorda... Mai multe

Bem-vindos
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16

Capítulo 13

60 5 38
De OneDand5soslover

O dia tinha começado comigo a fazer sexo intenso no chuveiro com o meu marido antes de depois ficar com fome e ir comer o pequeno-almoço composto por torradas e café, estando muito bem vestida com um sensual vestido branco e sapatos de marca luxuosa a combinar, fruto do vestuário incrível que a futura mulher de Keith me tinha dado, estando relaxada até me começar a sentir tonta e ter de me sentar na cadeira que me fizeram recuperar algumas memórias do passado, em especial de missões no estrangeiro a mando da CIA, o que me espantou a minha eficiência nas mesmas e o meu modo rápido de agir, mostrando destreza, agilidade, rapidez e sangue-frio na tomada de decisões.

— Tudo bem... então, para pensarmos com clareza, vamos recapitular o que sabemos: um grupo terrorista recentemente causou o pânico na América ao atacar a DIA e matar pessoas que estavam lá dentro, colocou as principais Agências americanas em pânico e a desconfiar umas das outras. Descobrimos depois que o antigo Agente da CIA, agora agente rebelde e terrorista Owen Marshall está por trás disso tudo, apesar de não ser o único, infelizmente. Ele deve ser a pessoa mais procurada do momento. E nós falhámos ao capturar o mesmo, o que me deixa stressada e a perceber que eu deveria retirar-me do terreno e deixar o meu talento de sniper de parte, porque mesmo eu sabendo que não tenho culpa de nada, eu sinto que talvez fosse melhor afastar-me da missão, não quero atrasar-vos na missão de os capturarem. Sou mais uma Agente de apoio psicológico e não do terreno. E todos me parecem sãos e determinados a apanhar os vilões, não precisam de mim, penso que possam lidar com o stress desta magnitude sem mim. — A psicóloga tenta respirar fundo.

— Eu concordo e acho que está correto o que tu disseste, com a exceção de seres inútil para a missão e quereres sair da mesma, porque se queres mesmo saber, és uma peça fundamental para nós, o facto de seres terapeuta psicológica e sniper e és uma mais valia para a equipa. Os teus diagnósticos são úteis e precisos, por isso não duvides do teu valor para a equipa. Se existe alguém que pode duvidar do seu valor, sou eu e eu sinto podia ter feito mais se ele não tivesse ameaçado as nossas filhas. Eu sinto que falhei... nós não somos novatos e deixámos que Owen nos derrotasse assim?! Ainda me custa aceitar isso. — Suspiro.

— Em nossa defesa, ele planeou tudo muito bem, sabia os nossos pontos fracos e soube usar isso contra nós. Não vai acontecer novamente porque desta vez estaremos preparados para o travar. — O meu marido garante antes de me dar a mão e eu relaxar.

O telemóvel toca e William atende rapidamente e permanece neutro. Desliga a chamada com ar aborrecido.

— Bem, Owen Marshall fugiu de Praga com os seus aliados e brincou com a ineficácia dos Serviços Secretos através de um vídeo que enviou aos Agentes Secretos dos principais países europeus... — O meu marido bufa antes de sentar na cadeira perto de mim, largando a mão dele da minha, mas, manteve-se perto, o que me relaxou.

— Sou só eu que me lembrei de um grave problema: se eu fosse uma terrorista procurada e conseguisse sair do país usando máscaras para mudar a pele e lentes de contacto, além de uma peruca de qualidade, porque acreditem que faria isso, imaginem que ele decide mudar permanentemente a aparência física dele... podemos nunca mais o apanhar... ele pode usar daquelas impressões digitais falsas e aí nunca mais o apanhamos... alguém sabe como o vamos apanhar?! Ele acabou de se tornar uma pessoa de interesse público muito mais perigosa e astuta do que parece... existe alguma coisa no vídeo que nos ajuda a encontrar Owen?! É que eu não encontro absolutamente nada para o apanhar! Raios! Se ele pensa que ficou a ganhar, então não sabe com quem se meteu! — Nancy arregala os olhos, antes de se mostrar determinada a apanhar o nosso antigo amigo.

— Infelizmente não me parece... O Owen está a revelar-se um adversário perigoso... não só por ser um génio nas tecnologias como por saber como a CIA opera e quais os Agentes que fazem parte da mesma. Nunca pensei dizer isto, mas, estamos lixados. Ele conhece a CIA bem demais e tem talento o suficiente para entrar nos servidores e descobrir o que quer que seja e causar o caos... como travamos um terrorista que já foi nosso aliado? — O meu marido passa a mão pelo cabelo, parecendo frustrado com o que tínhamos de lidar.

Eu largo-lhe a mão antes de me encostar á mesa, precisando de estar de pé e tentar pensar.

— Bem, eu digo que temos de conhecer os pontos fracos dele e usar os mesmos contra ele, como ele fez connosco. Além disso, ajuda se percebermos quais são as suas motivações para fazer isto, se é só por vingança, amor, diversão, querer ser famoso, puro egoísmo ou puro sadismo. Eu sei que lhe fiz um relatório correto da personalidade dele, mas, ainda não tenho certeza quanto aos motivos pelos quais fez isto. — Nina suspira.

— E muito sinceramente, nós devemos antecipar os próximos passos dele... só temos de tentar entrar na cabeça dele como ele fez connosco e usar isso a nosso favor. — Ryan explica apresentando bons argumentos.

— Eles são uma equipa pequena ainda... Owen permitiu ao aceder à pen que eu lhe dei, fez com que eu lhe infetasse com um vírus e conseguisse saber o essencial no computador dele, antes de me descobrir e basicamente eliminar o meu modo espia no seu computador. Eles são 500 pessoas espalhados pelos EUA, Europa e alguns países do Oriente, consideram-se uma elite, eles não querem qualquer um neste grupo. Os terroristas que morreram no ataque da DIA são mais fanáticos religiosos que Owen manipulou a seu favor. — Nancy explica com calma e eu fico surpreendida com as suas capacidades de análise e de tecnológicas, o que fazem dela realmente uma boa aliada e os ficheiros sobre ela ser talentosa em todas as áreas provaram ser verdade.

— Que defeitos Owen tem? Impulsividade? Ego? O que é que pode ser considerado um ponto fraco dele? Ele tem alguma família ou amigos com quem se preocupe que possamos usar como vantagem? — Pablo pergunta tentando saber a nossa opinião sobre Owen.

— Muito sinceramente, ele deve ter protegido quem mais ama antes de fazer isto... ele conhece demasiado bem os nossos métodos de atuar perante esta situação e sabe que quem mais amamos serão sempre as nossas fraquezas. — William bufa antes de me abraçar e eu sinto-me a relaxar imediatamente.

— Ah fantástico... então nós não estamos a encontrar uma vantagem imediata? Então temos de ser mais criativos e atrair o mesmo para uma armadilha. — Ryan comenta.

— Quem é que te garante que resulta?! — Pergunto sem rodeios.

— Quem é que te garante que não resulta?! Eu quase morri, podemos ser mais otimistas e ativos e apanhar esses filhos da mãe?! — O marido de Kelly questiona com um pequeno sorriso.

— Meu querido, ele quer incriminar-me! A mim! Nancy Knox! Estás a perceber o problema?! Eu sou leal ao meu país e orgulho-me de dizer que sempre defendi os interesses americanos como deveria! Eu nunca faria nada de mal contra os nossos cidadãos! E agora esse cabrão quer arruinar a minha vida porque não me juntei a ele! É pessoal agora! E é mais um motivo para o derrotarmos. — Nancy explica com calma antes de se encostar ao ombro do marido.

— Eu acho que devemos ter uma arma secreta qualquer com a qual Owen não está a contar e aí fazemos um ataque surpresa! Não temos grandes opções... — Andrew acaricia o cabelo de Nancy tentando acalmar a mesma.

Saio da beira do grupo usando a casa de banho. Quando ia sair da mesma, o meu telemóvel toca e eu atendo.

— Então Be, como é que tu estás? Antes que tu tentes localizar-me, não consegues porque eu tomei as devidas providências para que não me encontres... vais andar às voltas e voltas a tentar encontrar-me e falhar redondamente. Serás uma desilusão como seria de esperar. Devias ter ficado só no FBI. E isso vai acontecer a Nancy se lhe pedires ajuda a localizar-me. Desta vez preparei-me para a confundir a sério... — Owen mostrou-se calmo e até mesmo confiante.

— O que raio é que tu queres Owen?! Eu não tenho paciência para jogos mentais! E como soubeste da minha amnésia?! — Mostro-me chocada.

— Eu entrei nos servidores médicos do hospital e saquei os teus ficheiros médicos! A sério que me subestimas tanto?! Vá lá, Be, achava que ias perceber que não me podem vencer. Eu não estou no país sequer. Eu passei anos a aprender a como desaparecer no meio das multidões, a evitar câmaras e a infiltrar-me no meio das pessoas, entre outras técnicas relevantes que se aprende na CIA... eu apenas quero falar. — Owen mostra-se confiante.

— Tu és um autêntico psicopata! — Insulto.

— Tens a certeza disso? Eu psicopata? Não me sinto confortável com esse termo! — Owen comenta num tom divertido.

— Ou és um psicopata ou um sociopata! Podes bem ser um sociopata afinal apresentas as características comuns deles: és muito carismático, encantador e simpático para conseguires facilmente a confiança dos outros e pela facilidade de manipulação. A sociopatia provoca comportamentos hostis, antissociais e impulsivos em que a pessoa é exageradamente egocêntrica que desconsidera os sentimentos e opiniões alheia, não apresenta apego a valores morais e é muito dissimulada e manipuladora. — Eu dou a minha opinião tendo memórias das aulas do FBI e CIA quanto a alguns diagnósticos mais comuns, o que me deixa aliviada por estar a recuperar memórias.

— E tu partes logo para a parte em que eu tenho de ter uma dessas doenças! A sério Be? Não o posso ter feito por amor, por fama, por dinheiro, por vingança ou por mero divertimento por ser sádico e cruel?! Tenho de ter problemas mentais desse tipo? Uau! — Owen mantém um falso tom de mágoa e ironia.

— Tu assassinaste superiores da CIA sem rodeios! Não me pareces sentir minimamente culpado! E deste a entender que me querias ver morta! Isso não é normal! Tu tens problemas mentais, só pode! — Insulto novamente.

— Não exatamente... eu só disse que deverias ter morrido... tu tinhas probabilidade disso, principalmente porque desde o dia um que começaste nessa super equipa de elite de ambas as agências que tu diferencias em termos de tratamento os Agentes do FBI e da CIA... tu mal chegaste lá foste um amor com os do FBI que te tratam como uma lenda, só lhes falta fazerem-te um altar em tua honra e foste uma verdadeira cabra convencida e egocêntrica com os da CIA onde eu me incluía, e mais o teu marido era dos melhores Agentes, imagina se não fosse. — Owen comenta.

— A sério? Eu não me lembro de nada... e tu podes estar a mentir-me. — Coço o queixo pensativa.

— Oh, vá lá, não tenho motivos para te mentir, Be. Se tu tens uma relação tensa com Nancy, a culpa é tua! Ela sempre te tratou bem, incluindo parou de ser uma pessoa arrogante e mostrou um lado mais vulnerável contigo e tu foste cruel sendo clara que vocês jamais seriam amigas, a partir daí, ela voltou a ser a Agente arrogante que tu conheces como forma de proteção até... Eu só pensei que um dia, uma de vocês as duas usasse as técnicas da CIA e se tentassem eliminar, mais nada... foi um mero comentário... a Be sem memórias é muito melhor pessoa se queres saber... pelo menos tentas ser melhor, então pontos pelo esforço. E sabes como é, os superiores da CIA que assassinei foram o que se chama de danos colaterais, acontece, eles eram um inconveniente para os meus objetivos. — Owen afirma de forma cruel e eu bufo.

— Nós vamos arranjar forma de te prender! Traíste o teu país e os teus amigos! Como ousas? Nós confiávamos em ti! Eu confiava em ti! — Mostro-me num misto de mágoa e raiva.

— Ah, bem, primeira regra da CIA, nunca confies em ninguém e confia sempre nos teus instintos... sei que tu achas que eu sou um vilão cruel, se queres culpar alguém, culpa a CIA e a sua corrupção, eles transformam-te numa pessoa que não reconheces, fazem-te ser outra por meses e anos até, obrigam-te a ir a todos os limites físicos e mentais para te quebrar... sou apenas o que a CIA me ensinou a ser... sabes como é, os princípios justificam sempre os fins. — Owen mantém uma postura descontraída e eu odeio isso.

— Quem são os dois outros traidores?! Se tu falares agora, vamos ter isso em consideração na redução da tua pena... tu não me pareces ser o líder, quer dizer, és parte importante pelo facto de seres um génio a nível tecnológico, mas, não me pareces ser o principal instigador... — Tento falar com Owen.

— Achas que eu sou burro? Eu sei bem que não terei redenção possível e bem, são as consequências para o meu comportamento.  Não era suposto isto acontecer, inicialmente eu e os meus dois colegas cujo nome não revelarei juntamente com outros Agentes, estávamos a tentar ajudar a destruir documentos contendo informações confidenciais de inteligência do nosso país a pedido do O'Brien. A missão correu mal e eu senti-me abandonado depois de ajudar a equipa, depois de arriscar a vida para salvar os meus colegas que nunca retribuíram o favor e nos ajudaram. Por isso, eu fiquei do lado dos inimigos da CIA que me asseguraram a minha segurança, se eu cumprisse as suas ordens. A única maneira de eu vos ajudar era se emitissem um mandado de indulto presidencial que deve ser emitido por carta e lido publicamente na televisão pelo nosso Presidente. — Owen fala num tom carregado de mágoa e ódio.

  — Owen, nós vamos prender os culpados e tu serás condenado a uma grande pena de prisão por cometer traição contra os Estados Unidos. Pensa se tu queres mesmo estar desse lado. Provavelmente foste vítima de uma lavagem cerebral, seja o que eles te prometeram, estão a mentir. Owen por favor volta para nós. — Explico.

— Aww a Agente Be está a ser astuta, patriótica, empática e intensa, sempre disposta a sacrificar qualquer coisa para seres bem-sucedida. Alguns dos nossos colegas descrevem-te como uma das melhores agentes da CIA, mas, também és alguém que criou sérios problemas para a Agência. Pensa no indulto se quiseres a minha ajuda, Be. Até breve. — Owen era irónico antes de me desligar na cara.

Saio a correr em direção a William, abraçando o meu marido por trás, sentindo-me mais calma.

— Bella? Estás bem? — William tenta virar-se para mim e eu largo-o antes de ser novamente puxada para os seus braços.

— Falei com Owen e ele quer um indulto presidencial para nos ajudar... achas que ele é irredimível? — Mostro-me nervosa.

— Sim... ele o que está a fazer foi para lá da redenção possível e ambos sabemos isso. — O meu marido explica suspirando, antes de me beijar na testa e eu fecho os olhos.

Saio da beira de William, indo fazer ioga com Nancy e Nina, tentando aguentar-me nas posições que ambas faziam, o que me deixa em choque com os meus reflexos.

— Precisava disto... estamos muito tensas... — Confesso.

— Eu desde que Owen nos traiu dessa forma totalmente inesperada que eu nunca mais confio em ninguém da mesma forma. — Nancy encolhe os ombros.

— Nancy? Porque é que eu sinto que tu não gostas de mim?! Eu queria que fôssemos amigas... — Sou honesta.

— Tu fostes clara quanto a não quereres ser minha amiga. Eu tentei Belle, tentei ser tua amiga e compreender-te e ajudar-te, mas, tu odiaste-me... como te disse, eras competitiva estavas furiosa comigo por ser ainda mais bem-sucedida que o teu marido. — Nancy cruza os braços e coloca-se numa postura defensiva.

— Eu lamento muito. Eu já não sou assim, só para que saibas. E dava-me jeito ter uma amiga leal como tu... — Mordo por um segundo o lábio.

— Eu mostro-me arrogante porque o posso fazer... eu sou uma mistura de arrogância e autoconfiança faz de mim alguém interessante de lidar no mínimo. Eu apreendi com o O'Brien a só me deixar ser vulnerável em quem mais confio, ele sempre disse que a partir do momento em que nos mostramos vulneráveis, ficamos expostos e se confiarmos nas pessoas erradas, poderá ser o nosso fim... O nosso Diretor sabia o que dizia. — Nancy baixou os braços.

— Eu ainda me custa aceitar que ele esteja morto... sempre me disseram que sem corpo, não existe provas da morte... e se ele forjou a sua própria morte? O O'Brien era demasiado esperto para morrer assim. — Abano a cabeça.

— Bem, se ele tiver confiado nos Agentes errados, infelizmente pode ter mesmo sido morto... infelizmente ele não era imortal. Acho que nós estamos em negação ainda, faz sentido. Sou só eu que mesmo sentindo que a nossa nova Diretora é vista como uma aliada a todos os níveis, eu vejo-a como uma antagonista oculta com segundas intenções?! Afinal, ela passou de Vice para Diretora e ainda culpou os terroristas, fazendo de tudo para mostrar uma posição forte... eu vejo-a como uma vilã própria com sua fome de poder e comportamentos autoritários. Ninguém na CIA que fosse minimamente leal ao O'Brien parece confiar nela... acham que ela se mostra demasiado calma dada a situação delicada que a nossa Agência está a passar... — Nancy comenta casualmente, parecendo ser uma Agente bastante competente.

— Bem, ambas estão na fase de luto da negação e dada a relação complexa que mantinham com O'Brien e o que ele representava para ambas, ainda devem demorar a superar e aceitar a sua morte e é perfeitamente normal. Sinto que a fase da raiva a vão passar a culpar os terroristas e serão sentimentos válidos... vocês estão decididas a vingarem-se deles, lembrem-se que devem proteger apenas os interesses do vosso país, não podem dar uma de Agentes independentes sedentas por vingança e estragar tudo o que construíram até hoje. Eu entendo a vossa dor e ódio, a sério que sim, mas, lembrem-se dos vossos treinos e do que isso implica... estabeleçam limites morais e sejam leais a vocês mesmas. — Nina explica com uma voz calma e cheia de empatia.

Saio da beira delas e fico perto de Pablo. O Agente espanhol mostrou-se surpreso com a minha presença pelo facto de ter sido sorrateira.

— Pablo... como é que alguém como tu acaba aqui? — Questiono curiosa.

— Bem, eu trabalhei como médico do exército espanhol... eu achei que era um trabalho nobre... além disso, se tu soubesses os traumas que eles passam, ajuda ter alguém que os ouve, reconforta e cura, fazendo de tudo para lhes salvar a vida quando é preciso... fiquei em choque quando o CNI soube das minhas qualidades e me contrataram. Eu recusei sete vezes e de todas as vezes me tentaram convencer a aceitar. Na oitava, pediram que fosse ter com eles a um campo de tiros e que tentasse atirar para verem a minha precisão se era tão boa quanto era a minha visão e precisão a salvar vidas. Eu quando ia em missões para ajudar o exército, acabava por espiar para o CNI também. Foi intenso esse meu tempo como médico e espião. Tentei reformar-me desta vida de espião, explicando a minha vocação médica, mas, eles queriam alguém com formação médica no CNI apto a ajudar os Agentes no terreno. Eu ando sempre com equipamento médico na mala... a minha mulher só não morreu porque eu soube agir a tempo e tratar a hemorragia a tempo, além de ter tido sorte em não ter sido atingida nos órgãos vitais. Mas para quem é psicóloga, ela não estava pronta para o terreno, então aquilo pareceu-lhe uma experiência entre a vida e morte. — Pablo suspira.

— Como assim? — Mostro-me confusa. — Tu consegues ressuscitar os mortos?

— É sabido que não se deve retirar a bala de uma pessoa que levou um tiro de qualquer maneira. É preciso estancar o sangramento e reparar os danos, mas, só retirares a bala se a encontrares por acaso. Outro conselho, se o coração de alguém parar, não uses só um desfibrador porque só usando medicamentos injetados específicos é que podes fazê-lo voltar a bater, acredita em mim que estou a falar aqui como médico profissional, mas, espero que nunca tenhas de o fazer. Eu ando sempre pronto com esse tipo de equipamento. Eu tento salvar pessoas de morrer... A reanimação cardiopulmonar é a melhor técnica para ressuscitar alguém, porém não funciona com tanta frequência na vida real. Depende do tipo de morte e das lesões... — Pablo explica de forma simpática.

— Mais algum conselho de sobrevivência? — Tento saber mostrando-me atenta e curiosa em receber o máximo de informação possível.

— Se tu fores atacada com algum objeto, em hipótese alguma, tentes tirar o objeto cortante do corpo, porque a remoção de uma arma, seja ela uma faca, uma navalha ou uma espada, só piorará a lesão, porque, retirar o objeto cortará as mesmas partes para sair. Além disso, a arma é o que te impede de sangrar ainda mais. Usa um médico para te remover a mesma sem causar maiores danos e manter o sangramento controlado. — O Agente Secreto espanhol explica.

— Então, é bom que não me abandones... tenho a sensação de que me querem matar, dá jeito ter quem saiba salvar vidas. — Dou um pequeno sorriso.

— Temos de apanhar estes cabrões... eles são uma ameaça para a Europa e devem ser eliminados. Os nossos países estão a contar connosco. — Pablo mostra-se confiante antes de bufar.

— Ter até temos, mas, não será fácil para os nossos colegas americanos. Descobrirem que o amigo deles é um traidor pode ser doloroso. Além disso, ele soube mexer nos pontos fracos deles, não está fácil. — Nina surge ao nosso lado antes de se sentar ao colo do outro Agente.

— Nós trabalhadores da CIA somos manipuladores de espiões e recrutam alvos nativos para espionar para nós. Sendo nós "agentes de caso" e "oficiais de operações", devíamos ter previsto isto. Nós como oficiais de casos de cobertura ficámos instalados em embaixadas e em outras divisões diplomáticas quando é preciso e permite-nos que voltemos com segurança aos EUA, caso sejamos apanhados a tentar manipular alguém do país onde estamos que tenha conexões e acessos valiosos. Imaginem se nós fossemos oficiais de casos de cobertura não oficiais que operam sem proteção diplomática se formos apanhados. Se fossemos apanhados, ficávamos à mercê do país anfitrião, o que pode resultar em morte ou coisa pior. — William abraça-me ao me ver a tremer e eu relaxo.

— Eu gosto de ser uma Agente Especial e fazer parte do FBI... mas, adorei nessa equipa especial a Diretora chamava Agente Especial a todos os que faziam parte da Operação, os que eram só CIA ficavam tão confusos de não serem chamados Agentes de caso ou Oficiais de Operações ou só Agentes, dependendo do nosso papel na CIA. Um deles disse mesmo "simplesmente chamem-me Agente secreto e está feito, Mestre dos espiões supremos porque nós treinamos e manipulamos estrangeiros a espiar por nós." — Sorrio ao ter algumas memórias de volta.

— Nós ativos da CIA no final do curso acabamos por ficar com elevada preparação física, além de conhecimentos quanto a implantação de escutas, abertura de correspondência sem deixar marcas, escrita invisível, criptografia, bombas, tiro, explosivos, além de guerra psicológica adversa, escrever, criar notícias falsas, manter contatos sigilosos, adotar nomes fictícios, entre outros. Fomos treinados a usar todos os meios para obtermos o que queremos desde usar armas de fogo, venenos, usando a corrupção para comprar agentes, o meio mais eficiente nos países pobres; treinamos mulheres e homens para seduzir, obter informações e matarem os suspeitos e as fontes se for necessário... e estamos a parecer meros novatos quanto ao Owen! Tanta preparação de topo e falhamos miseravelmente a tentar capturar Owen! — Nancy explica frustrada e eu começo a ter memórias dessas preparações e conhecimentos.

— A CIA mantém relações especiais com o MI-6 entre outros e mesmo assim, entre todos existe espionagem, onde realmente vale saber tudo para se saber todos os mínimos detalhes. Se não apanharmos Owen enquanto a organização ainda é pequena e controlada, pode ser tarde demais e perigoso demais também. Eu estou tentando a mandar Kelly para o Canadá, tenho lá amigos dos Serviços Secretos que a podem defender... acham mau querer afastar a minha mulher de Londres?! — Ryan bufa mexendo no cabelo estando claramente frustrada, minimizando o sotaque britânico para ser compreensível.

— Se achares que é o melhor para ela, força, faz o que achares melhor para garantires que a minha melhor amiga está a salvo, mas, tenta saber o que ela quer primeiro, a falar resolvesse tudo. — Sorrio tentando confiar em Ryan.

Depois de estar com eles a recordar os bons velhos tempos e trocar histórias ao almoço, dou por mim a ligar ao meu cunhado e à minha irmã.

— Cunhada! Eu e o resto da família estamos bem, sempre protegidos pela equipa de segurança que o teu marido arranjou para nós. Mas, eu tive grande discussão com a tua irmã. Ela mentiu-me e eu sinto-me frustrado e enganado. — Michael suspira parecendo cansado.

— O que é que ela fez?! — Mostro-me stressada.

— Sabes que durante o tempo em que tu estiveste de coma, a tua irmã em vez de ir ao ginásio libertar as frustrações dela, treinou durante esses três meses na CIA e demonstrou uma competência extraordinária, derrubando vários homens com pistolas, metralhadoras e artes marciais?! Descobri hoje esse vídeo, cortesia da Nova Diretora da CIA que pediu que ela considerasse fazer parte da CIA. O talento para ser bem sucedida a nível físico corre na tua família pelos vistos. Apanhei-a a dar dicas a um dos seguranças de Keith que ficou chocado com o conhecimento dela em armas e tentou namoriscar com ela... — O meu cunhado conta-me as últimas novidades e eu fiquei em choque.

— Espera o quê?! A minha irmã fez parte da CIA e ninguém me informou? Imagina eu e a Ashybear a trabalharmos juntas?! Quer dizer, nós trabalhamos juntas muitas vezes indiretamente, mas, imagina juntas no terreno a proteger os interesses americanos. — Arregalo os olhos surpreendida.

— Foi feita uma parceria inédita da CIA e NSA entre ambas as Agências, além de troca de informações, permitiram aos da NSA testar esses limites físicos e mentais da CIA, podendo participar nalgumas missões inéditas se a CIA pedir. Ela colocou a sua vida em risco ao ser ambiciosa e libertar as frustrações de forma errada. E agora a Diretora da CIA aparece cá em casa e tenta manipular a tua irmã a fazer o que ela quer, manda-a descodificar mensagens secretas e permitir que usasse um telemóvel codificado, além de a tentar levar a fazer missões no estrangeiro a recrutar pessoas e afins a mando da CIA... eu não gostava do O'Brien e não gosto desta nova Diretora... existe algo em mim que não confia nela e mais eu sou um mero civil. — Michael fala com apreensão na voz.

— Afasta a minha irmã da nova Diretora até eu saber se a mesma é de confiança ou não... eu vou tentar falar com a Ashley... deixa-me ligar-lhe, pode ser que comigo como mediadora resolvam esse problema entre vocês. E tu tenta falar com ela com calma, perceber as razões dela e entender que ela é bem, a nossa Ashley, tu sabes isso... vai correr bem. Falamos amanhã cunhado. Cuida-te. — Tento que Michael perceba a minha irmã através de mim.

Ligo à minha irmã que se mostra deprimida.

— Como é que tu estás, Ashybear?! — Mostro-me preocupada com a minha irmã.

— Como é que eu estou Izzy?! Deixa ver, sinto-me triste, frustrada, stressada e cheia de ódio com o que está a acontecer. Ah e eu descobri algo que te deve interessar, o segundo elemento que faz parte do grupo de Owen. É a Leah. De nada. Tu sabes que eu sou perita a lidar com mensagens secretas e encriptadas do mais alto nível, Owen pode ser realmente muito bom, mas, comparado comigo é um novato! Eu consegui aceder a registos telefónicos secretos entre eles e mensagens encriptadas que sugerem uma relação romântica entre ambos, mas, assumo que me deu uma trabalheira, Owen é realmente bom assumo isso, eu demorei a conseguir sacar essas informações. — A minha irmã mostra-se orgulhosa do que tinha descoberto antes de mudar de voz e mostrar-se triste. — E discuti com o meu marido! Ainda não parei de chorar aqui trancada no quarto! Eu fiz parte de um programa secreto entre CIA e a minha Agência e passei nos testes físicos e psicológicos da CIA com apenas três meses de treino durante o teu coma, quis ser produtiva e pensei "porque não?!". Eu não vos falei sobre eu ter feito um treino especial na CIA, porque eu sou da minha Agência na mesma e não é de todo relevante! Eu não sou da CIA! Eu recusei ser da CIA! Odeio essa ideia de ter de ir para fora do país e subornar outras pessoas a espiarem para elas, isso não é para mim... mas, com a raiva que eu tinha na altura, ajudou ser testada ao limite e ver pelo que tu passaste, fez-me sentir mais próxima de ti.

Fico em choque antes de me virem à cabeça memórias de Owen e Leah, sendo que tinham toques e olhares subtis que passaram despercebidos a todos na Agência, sugerindo que eram mais do que amigos e colegas de trabalho.

— Ah não, tu és um génio! Tu tens razão, mana, eu estou a ter memórias de Leah, ela fez parte das missões e da equipa conjunta CIA e FBI, chegou a ser investigada por práticas abusivas na Agência, pelos vistos foi diagnosticada estando quase no limite de ser uma sociopata porque se especializou em interrogatórios de suspeitos com tortura e mostrou-se bem sádica, mas não lhe aconteceu nada, acabaram por ignorar esses comportamentos abusivos dela. E era demasiado impulsiva. Boa irmãzinha, dois suspeitos já estão identificados... tu tens de continuar essa investigação e descobrir com quem eles falam. Vou deixar nas tuas mãos, tu és a única em quem confio. Investiga o Bill, a Ava e Eric... são esses os principais suspeitos. — Mostro-me feliz de ter algumas memórias importantes de volta.

— Eu sei e também confio em ti. E estou grávida. Eu acho que estou grávida pelo menos. De uma semana. Eu sinto-me com os sintomas de gravidez inicial de uma semana semelhante aos que tive na minha gravidez da minha Grace. Mas, ainda não tive coragem de fazer testes de gravidez. Tenho cólicas recorrentes e culpei as comidas estranhas que tenho comido, mas, noto a minha barriga está um pouco mais inchada que o normal, o que eu associo às comidas estranhas que me incham mais o corpo. Além disso, eu tenho tido um cansaço excessivo que eu associei ao aumento de trabalho que tenho tido. Tive algumas variações de humor que eu associei uma vez mais ao stress que estou a ter e ao trauma de ter medo de te perder por estares longe demais. Eu não sei o que fazer... eu comprei 7 testes e não fiz nenhum. Se não fizer, não é real e se não é real, eu não tenho de lidar com uma gravidez planeada cedo demais. Devíamos engravidar ao mesmo tempo ou o mais perto possível. — Ashley suspira.

— Eu tive um susto e achei que estivesse grávida. Mas, depois veio-me o período e eu relaxei. Mas, se tu engravidares, eu prometo que mesmo o bebé não sendo a melhor altura, eu engravido ou tento engravidar pelo menos. É divertido tentar engravidar. Desde que tu prometas não me deixar passar por isto sozinha. Eu acho que fico mais calma se engravidar na mesma altura que tu. Faz o teste e se estiveres grávida, conta ao teu marido, não fujas para o Canadá como eu quis fazer. Tu tens um marido incrível, podes confiar nele?! — Bufo abanando a cabeça negativamente julgando a minha irmã.

— Eu sei. Eu adoro-o tanto, ele é a minha rocha, o meu tudo e eu tenho medo de o perder! Esperei tanto tempo para ter um tipo incrível como o meu Mikey, não quero deitar tudo a perder! Só tenho medo de sair daqui e enfrentar o meu marido. Ele usou a voz de tribunal comigo: sensual e assertiva como tudo... a nossa tensão sexual é sempre intensa, até quando discutimos... e se ele volta com acusações desse tipo? Ele acusou-me de namoriscar com um segurança, quando ambos estávamos a ser simpáticos e falarmos de armas e eficiência... esse treino na CIA fez-me respeitar-te tanto, é tão lixado passar por aquilo... é não está fácil por aqui. — A minha irmã bufa parecendo frustrada.

— Ambos se amam imenso e resolvem as coisas se falarem... tu não o podes evitar para sempre... não é nada de grave, vocês resolvem isto. Ânimo. — Mostro-me confiante.

— Tu tens razão como sempre... eu e Mike vamos resolver isto... seja como for, não te precisas de preocupar que as tuas filhas estão mais do que bem, totalmente protegidas e entre passar tempo com os teus sogros e uma equipa de segurança especial, connosco e com o Keith e outra equipa de segurança de elite, estão a amar passar tempo com a celebridade e a equipa dela de segurança... pelos vistos a Victoria fez questão de passar tempo com as futuras sobrinhas sempre que conseguir e convidou-as para meninas das alianças... e convidou a minha filha para menina das flores... ela é muito acessível e bem mais fixe do que parece. Vais amar passar tempo com ela quando voltares. — A minha irmã relaxa-me ao falar nas minhas filhas.

Volto para a beira da equipa contando-lhes a novidade do envolvimento de Leah que choca o meu marido e Nancy, os únicos da CIA que conviveram com ela...

— A Leah é a traidora. Não sei o que achar disso, ela perdia o controlo e muito sinceramente eu sempre achei que ela era sádica demais, mas, mesmo assim parecia ser leal ao nosso país. — Nancy suspira.

— Eu já não digo nada... por este andar devemos pensar em quem é menos suspeito porque até agora temos sido apanhados desprevenidos. — William bufa.

Alguém nos liga e William atende a video-chamada, colocando em voz alta.

— Olá meus fofos! Como é que vocês estão? Presumo que Ashley vos tenha contado sobre mim, oh bem, o que é que se pode fazer?! A Ashley é muito previsível nesse sentido! Em breve começará uma nova era na nossa Agência! O princípio do fim da Agência começou e não existirá nada que possam fazer. Todos os que se virarem contra nós, serão declarados inimigos e obviamente serão derrotados... — A voz de Leah surge com uma imagem dela confiante e segura e eu gelo na hora.

— Leah? És uma das traidoras! Uma surpresa! Mais uma vez de todas as pessoas suspeitas, eras a menos suspeita... como assim?! O que é que se está a passar?! — Fico em choque.

— Traidores? Nós? A sério?! Quem é que está nos cargos de liderança e não presta? Esses são os verdadeiros traidores que virariam as costas a tudo e todos para se salvarem... a maior parte dos Oficiais e Agentes não presta! E trabalhar regulamente com o FBI? Uma anedota! A partilha de informações entre nós funciona muito bem, não devíamos ter de trabalhar com outra Agência decadente. — Leah falava com ódio.

— Desculpa? — Nina mostra-se confusa.

— Cada escolha trás consequências sejam boas ou más e devemos sempre pensar muito bem nelas... eu sei que irei seguir os meus instintos e o meu coração, mesmo que para isso pague um preço pode ser insuportavelmente alto. Mas não é assim que devemos fazer para lutar por quem amamos? Eu e Owen estamos juntos até às últimas consequências e vamos triunfar juntos. — Leah mostra uma atitude romântica, mas, ao mesmo tempo perigosa porque referia-se a manter-se numa relação cujos objetivos eram malignos.

— Tu és a principal instigadora! Tu manipulaste Owen a juntar-se à tua causa. — Mostro-me em choque com a minha própria conclusão.

— Manipulei? Ele ama-me e apenas se juntou a um grupo que o valorizou, algo que O'Brien falhou em fazer. Sabes, sou honesta sempre pensei que vocês falhassem a descobrir a minha identidade ou só o fizessem tarde demais. E muito sinceramente, eu nunca pensei que a tua irmã fosse capaz de me interceptar as mensagens e descobrir a minha relação com Owen, tens aí uma aliada de peso, errei em subestimar a cabra... ela mandou uma mensagem com um dedo do meio e disse: "já foste, vadia!". E eu a pensar que desconfiavas da tua irmã, mas, pelos vistos ainda são próximas e dão-se demasiado bem. Era bom demais uma guerra familiar em que ambas se tentassem destruir mutuamente. — Leah fala com nojo, antes de mostrar um sorriso irónico e eu sorrio por ter confiado sempre na minha irmã.

— Eu lembro-me do teu diagnóstico: Leah é fria, cruel e totalmente implacável, disposta a destruir qualquer pessoa ou qualquer coisa para realizar os seus objetivos, podendo estar perto da sociopatia. Leah mostrou-se sádica, ambiciosa, manipuladora e brutal nas missões secretas cuja existência sempre foi negada pelo nosso país. Leah mataria alegremente qualquer um que ficasse no seu caminho ou para promover seus próprios planos. Eu ainda hoje estou para saber como é que tu conseguiste parar a investigação contra ti e não teres sido condenada de nada. — Nancy explica num tom de voz acusatório.

— Ah... se vocês me querem encontrar boa sorte falhados, não vão conseguir, mas, podem tentar e falhar pateticamente. Eu não te devo justificações, Nancy. — Leah fica calma e arrogante.

— Tu és uma assassina habilidosa e de sangue frio, mas, egoísta e imatura que é propensa a agir com base apenas nas tuas emoções combinada com as tuas habilidades mortais torna-te uma inimiga muito perigosa que faremos questão de te derrotar. — O meu marido fala com calma.

— Owen passou de um típico herói de ação  para um inimigo profundamente perturbado e impiedoso é incrivelmente chocante já que ninguém esperava isso. Embora nunca tenha sucumbido ao objetivo padrão de dominar o mundo, ele passou a infligir dor, morte e destruição àqueles que se opunham a ele. Ele tinha as notas mais altas quando se tratava de espionagem, ele tinha uma tendência a atirar primeiro e perguntar depois, o que explica o porquê de O'Brien o querer na secretária porque poderia ser um problema com essa sua tendência. Faz sentido Owen ser o vilão, mas, dói saber que nos traiu dessa forma. Agora tu... não sei... por amor?!  — Nancy mostra-se confusa.

— Porque é que vocês mataram os da CIA e não os do FBI? Porque foste tão brutal e não usaste os teus talentos da CIA para te safares, sendo sádica em demasia como todos sabemos que és capaz de ser?! — Questiono.

— Ah... Porque deixámos as mortes dos do FBI a cargo de uma pessoa incompetente... se vissem O'Brien leal aos seus valores até ao fim, ele protegeu as informações confidenciais e os Agentes da CIA, ele sabia que ia morrer e mesmo assim não traiu a Agência dele. Realmente, foi um desperdício das minhas capacidades em fazer assassinatos parecerem suicídios pela forma violenta em demasia com que o matei, assumo isso. Eu e Owen ficámos irritados com a forma como a CIA nos traiu, o que nos levou a juntar a uma Organização que realiza uma série de ataques terroristas no nosso país na esperança de desacreditar O'Brien e, eventualmente, matá-lo, o que conseguimos. Mesmo que nós morramos, nós tivemos sucesso na missão de matar O'Brien e companhia limitada, além de colocarmos todas as Agências a desconfiar da CIA. Já vencemos, meus queridos. Aww, é não é Nancy, não gostavas de saber?! Oh bem, eu amava falar convosco, mas, tenho planos. Até breve falhados. — Leah dá-nos uma resposta irónica antes de vermos que a chamada foi desligada.

— Embora ele possa ter sido manipulador, calculado e habilidoso com uma arma de fogo, nós não podemos perder a esperança de os vencer. Ela tem razão, não a consegui localizar. Raios! — Nancy fica frustrada antes de Andrew a abraçar. — Eu vou atirar nela mil vezes! E em Owen também.

— Apesar da dor e mágoa que sentem com a traição deles os dois e ações cruéis deles tentar matar alguém como primeiro recurso de vingança não faz da pessoa um herói, só se mata em último recurso. — Nina explica numa voz calma tentando acalmar os ânimos por aqui dado a ar de raiva que o resto da equipa tinha no rosto.

— Eu sei. — Bufo, respirando fundo na tentativa de me acalmar um pouco após esta troca de palavras com Leah.

— Inicialmente o vosso amigo surgiu como um leal especialista em operações secretas e génio informático, Owen revelou-se um agente duplo sociopata sádico, manipulador que é considerado o mais pessoal e um dos adversários mais perigosos que vamos enfrentar pelo vosso passado em comum. Owen é um mestre manipulador capaz de ajustar a sua personalidade para ganhar a confiança dos outros. Owen mostrou ser muito mais sádico, pois mostrou sinais de gostar da dor que ele infligiu ao matar o O'Brien. Owen também se tornou arrogante e narcisista, apesar de ser manipulador, delirante, sádico e implacável, Owen ainda se importa com Leah já que a ama mesmo. Ela é o seu ponto fraco. É esse o meu diagnóstico profissional sobre ele. — A psicóloga espanhola explica.

— O treino de Owen provou ser perigoso, pois ele usou suas habilidades de combate, pontaria, espionagem e manipulação para surpreender os seus inimigos inúmeras vezes e por isso que O'Brien o colocava em missões menos importantes porque não confiava nele. O vosso Diretor sabia o que fazia. — O marido de Nancy comenta confiante.

Ao jantar falamos de Owen e Leah, mostrando-nos mais motivados que nunca a apanhar o casal antes que fosse tarde demais.

Ligo a Kelly que se mantinha em Inglaterra com uma hora de diferença entre nós, foi bom ver a minha melhor amiga por video-chamada.

— Eu estou a tentar não entrar em pânico com o que se passou, mas, entro em pânico de todas as vezes que penso em como eu poderia ter colocado as tuas filhas em risco! Sinto-me uma madrinha inútil! Cheguei a considerar ir obter licença de arma! Eu tive terroristas na minha casa e não dei por eles! Sabes o quão grave isso é? Aproveitei para atualizar com um sistema de segurança de última ponta, cortesia do teu cunhado Keith que me o arranjou a um preço especial, quando voltar aos EUA já me sentirei mais segura, penso eu. Tenho estado com a minha família, amigos e o meu cão. — Kelly explica num inglês americano perfeito.

— Ei! Não és nada inútil, ouviste? És uma pessoa incrível e totalmente normal, o que esperavas sendo uma mera civil, não podias ter feito nada... eles apenas me querem afetar a nós... e meio que conseguiram. — Bufo abaixando o olhar.

— Eu sou casada com um Agente do MI6! Eu devia ter estado melhor preparada para lidar com este tipo de ameaças... acho que vou começar a ter aulas de defesa pessoal. — Kelly é dura com ela mesma e eu fico triste.

— Faz o que achares melhor para ti. Tens o meu apoio deste lado... vais superar isto porque és uma pessoa forte e incrível. O pior já passou. Já descobrimos dois dos terroristas da CIA! Falta-nos um. Vai correr bem! Vamos frustrar os planos deles e prender os mesmos obtendo justiça. Confia em nós. — Mostro-me com confiança, tentando animar a minha melhor amiga.

— Eu sei... E confio em vocês. Voltem para casa em segurança... é só isso que eu peço. Eu não sei o que farei sem vocês, sobrevivam a todos os custos por favor. Garante que o meu Ryan está a ter os cuidados médicos necessários por fazer e trás o meu marido de volta para casa inteiro, por favor. — A minha melhor amiga mantém-se triste.

— Nós vamos ser bem sucedidos e voltar para casa em segurança. Tens a minha palavra. — Ânimo a minha melhor amiga sendo confiante.

Desligo a chamada antes de ir para a beira de William, relaxando nos seus braços, o que me leva a fechar os olhos e sentir o seu cheiro inebriante e típico dele, que me reconforta.

— Bella, estás a chorar... meu amor... seja o que for, vamos superar isto. Eu adoro-te tanto, diz-me como fazer para te tirar essa dor toda. — William fala num tom calmo e eu noto que tinha lágrimas na cara, sendo imediatamente consolada por William que me limpas as lágrimas sendo gentil e amoroso.

— A Kelly está mal com isto tudo... eu tenho de lhe trazer o Ryan de volta para casa... raios, temos todos de voltar a casa em segurança! E a minha irmã pode estar grávida e entrou em pânico. E eu com isto tudo, pensei em como mesmo não sendo o melhor momento para ser mãe, é algo que quero muito, quero ter mais um filho... tem é de nascer para o ano ou a minha irmã fica louca... e na verdade eu também. Quero passar por essa experiência com ela. Vai ser fixe. Achas que vou ser uma boa mãe?! E se não tiver mais memórias de nada?! E se tiver de viver uma parte da minha vida na ignorância de não saber mais sobre mim?! Eu sei que tenho sido boa mãe até agora, mas, tenho medo de falhar. — Olho séria para William, esperando uma resposta.

— Vamos todos de volta para casa, eu farei de tudo para que voltes em segurança. E quanto a Kelly, é normal, ela é civil, nunca poderia fazer nada contra eles... e quanto à tua irmã, eu sei que ela deseja muito ser mãe para o ano e tu também querias... a decisão de quando formos pais é tua e eu apoio o que decidires. Tu és uma mãe espetacular, eu sei que se o desejares, serás uma mãe maravilhosa. É impossível falhares, primeiro porque és incrível e segundo porque me vais ter o tempo todo ao teu lado a ajudar-te... tu não vais estar sozinha nunca, Bella. Eu adoro-te tanto, minha Bella e só quero que sejas feliz. — William dá-me força e um sorriso e é tudo o que eu precisava para parar de chorar e me sentir grata, tomando a iniciativa de beijar o meu marido, dando inicio a momentos quentes entre nós, que me levaram a fazer sexo com William no nosso quarto.

E quando dei por mim a adormecer nos braços de William jurei a mim mesma que iria fazer de tudo para eliminar Owen, Leah e todos os outros terroristas, para tornar o mundo seguro para todos os inocentes, como sempre fiz questão de proteger e estava mais motivada que nunca a garantir que teria a última palavra no próximo confronto com ambos.

Continuă lectura

O să-ți placă și

146K 14.7K 29
❝𝘐𝘯𝘧𝘦𝘤𝘵𝘦𝘥❞ ❝Uma epidemia mortal surge em uma escola. Encurralados, os alunos só tem uma opção: lutar com t...
1.5M 136K 52
Kênia Martino: uma mulher treinada para matar e desestruturar impérios. Nascida no mundo do crime e criada por criminosos, desde criança precisou apr...
paparazzi De Geovanna

Polițiste / Thriller

13.1K 941 37
Agatha uma mulher de 22 anos que está no segundo ano da faculdade de moda e é frequentemente atormentada por um stalker que se apelidou de foxy, o st...
20.4K 1.4K 13
🔥CONTÉM GATILHOS ☠️ DARK ROMANCE 🔥☠️* ⚠️Atenção: Aqui só tem 12 capítulos disponíveis. 🔥LIVRO COMPLETO NA AMAZON KINDLE 🔥 Quando você percebe que...