És tão lindo quanto a Lua,
És tão quente quanto o Sol. As estrelas cintilam conforme a
Batidas de nossos corações,
E eu? Te desejo tanto quanto o Sol
Deseja a Lua.
ᵃ ᵉˢᵗʳᵃⁿʰᵃ ᵗᵉʳʳᵃ
O ser humano é naturalmente curioso. Sempre estando na busca, constante, de procurar aprender, explorar e entender o mundo e, tudo no que nele habita.
Eu, particularmente, sou muito curioso. Desde a infância levei o título de "enxerido" nas costas por um bom período, se intrometer a onde eu não era chamado só para ter a minha curiosidade saciada e, depois pensar nas consequências ou me arrepender. Cá entre nós, até hoje levo esse título na carteirinha.
Curiosidade era o que me descrevia, já se me meter em encrencas era o meu nome do meio.
Porém ser curioso nem sempre foi bom e, o meu maior arrependimento por ser curioso foi no dia onde suspeitei dos meus amigos, estes que, viviam de cochichos e segredinhos. Os sorrisos nada discretos lançados um para outro; as bochechas coradas e o ar constrangedor que sempre ficava quando eu perguntava á eles o que 'tava rolando.
Ah! Também sem fala nas desculpas esfarrapadas ditas a qualquer momento, logo depois para sumirem da minha vistas. Eu sabia que eles escondiam algo de mim e ficavam se encontrando as escondidas, eu só não tinha a certeza ainda, mas, que tinha caroço nesse angu tinha.
"É coisa da sua cabeça Jiminie" eles diziam.
Não engolir aquela história. Um dia estávamos todos no refeitório da escola já sentadinhos em "nossa" mesa quando, do nada, Jin alegou ter deixado o celular no armário, falando que iria lá pegá-lo e olhou cúmplice para Taehyung, que o olhou da mesma forma, antes de sair.
Fingir que não tinha percebido e comecei a devorar o meu sanduíche. Após a saida de Jin, ficou só eu e Tae na mesa, este mesmo indivíduo não tirava os olhos do celular, enquanto tomava seu suquinho de maçã na caixinha.
De repente, um notificação parece chegar em seu celular e ele parece lê-la um pouco ansioso. Assim que terminou, o Kim mais jovem abandonou a caixinha de suco na mesa e guardou o celular no bolso traseiro da calça jeans que usava, em minha mente a frase "SUSPEITO, MUITO SUSPEITO!" Brilhava no momento que cerrei os olhos por sua atitude a seguir.
Taehyung ficou de pé, todo nervoso quando disse quase gaguejando "A-ah...eu vou ao banheiro Ji, não demoro" dizendo isso, saiu em disparada a caminho da porta da saida do refeitório, saindo logo em seguida ao virar a esquerda, me deixando para trás com uma cara de quem dizia "Ai tem coisa".
Agucei meus sentidos de intrometido pensando no que os meus amigos poderiam estar aprontando. Terminei rápido o que sobrará do sanduíche e apressadamente embolei a embalagem do alimento, ao que, praticamente, corrir em direção a saida, jogando o papel na lixeira mais próxima do refeitório.
Quem olha-se, diria que sou um psicopata obsessivo correndo louco pelos corredores escolares. Ao chegar no caminho do banheiro, esgueirei-me pela parede, no exato momento que vi Taehyung indo todo apressado para o banheiro, olhando para os lados antes de finalmente entrar no tal.
Cerrei novamente meus olhos, desconfiado.
Algo estava rolando aqui, só não sabia o que era, mas eu iria descobrir ou meu nome não é Park Jimin.
Ergui meu corpo e caminhei a passos cauteloso até a porta do banheiro, respirei fundo e parei para pensar se aquilo era realmente necessario, aquela desconfiança toda. Ora eram meus amigos! E daí se eles escondiam algo? Não era da minha conta, certo?
Foi pensando nisso que empurrei a porta devagar, tomando visão do lugar em questão e também junto a visão de algo, na qual, eu me arrependeria pro resto da minha vida.
Meus dois amigos, meus MELHORES amigos, Kim Taehyung e Kim Seokjin se atracavam um no outro com as bocas colocadas em um beijo afoito, parecendo que iriam se devorar ali mesmo. Tal pensamento constrangedor se passou pela minha cabeça e eu corei fortemente, enquanto, minha boca se abria de tão chocado e surpreso que estava.
De olhos bem arregalados.
Percebi que eles não tinham notado a minha presença e envergonhado, tentei sair dali de manchinho, mas o universo não cooperou, e por puro desastre meu, acabei escorregando no chão, no momento em que daria meia volta. Na hora tudo parecia devagar e meu corpo ia lentamente caindo, indo de encontro ao chão igual uma jaca madura.
PLOFT!
O baque bem alto, fazendo os beijoqueiros pararem o que estavam fazendo e me olharem assustados por terem sido pegos no flagra, no entanto, a minha pessoa se encontrava lá estirado no chão, com a mão na cabeça e uma expressão de dor, para notar com clareza com estavam as suas caras de espanto.
Foi só eu murmurar um "Ai" que eles voltaram a realidade, e perceberam que bom, eu ainda estava no chão frio do banheiro, massageando a cabeça por tê-la batido no chão duro. Os dois se separaram rapidamente e vieram até mim para ajuda-me a levantar.
Cheios de preocupação, perguntaram a cada segundo se eu estava bem. E olha que cenas como essa eram até normal de acontecer na minha vida, eu sempre estando em um relacionamento sério com o chão, mas, sendo também amparado pelos meus amigos.
Depois desse dia tentei não ser mais enxerido e aprendi que em algumas coisas não se mete o bedelho sendo que o melhor a se fazer é seguir em frente, como se nada tivesse acontecido.
E sim, descobri que meus amigos trocavam saliva nas horas vagas foi um choque total pra mim, principalmente, por eles não terem me contado antes, caramba, contávamos tudo um para o outro, eles eram as pessoas de que eu mais confiava e não vou mentir que não me sentir magoado por eles não possuirem dessa mesma confiança para comigo.
No final, Jin e Taehyung trataram logo de explicarem que, só não contaram para mim do envolvimento romântico deles antes porque ficaram inseguros de como seria minha reação e bom, pensaram que se envolver românticamente iria prejudicar nossa amizade, eu sinceramente, não sei da onde que eles tiraram isso.
No começo de tudo, Jin falou que eles tentaram evitar esse desejo que nutriam um pelo outro e tinha a certeza de que essa vontade de estarem sempre juntos era algo apenas carnal, mas parece que foi bem complicado os tempos onde negavam para si mesmos a paixão que crescia ardente em seus corações. E quando o coração de ambos não aguentou mais, eles passaram a ficar nas escondidas.
Acreditavam de que eu não fosse desconfia de nada, no entanto, os Kims não lembraram da minha pequena fama de fofoqueiro desconfiado, e também, eles não eram os melhores em consegui disfarçar algo, nós levando ao acontecimento do banheiro.
Mas enfim, para resumir tudo eles pediram desculpas e juraram não esconderem mais as coisas de mim e eu como um bom amigo os perdoei, agora estamos todos bem, Tae e Jin estão, atualmente, namorando e são muito felizes juntos, mas, eu diria que estamos muito felizes juntos já que a dupla de namorados são a minha alegria diária.
Mas vamos voltar ao real assunto.
Curiosidade
Eu disse, anteriormente, que o ser humano é curioso, o que de verdade é um fato, mas, esqueci de revelar que os cometas também são curiosos, muito curiosos, principalmente quando eles estão como humanos fisicamente, ai são cem vezes mais curiosos.
[...]
Estava a ponto de arrancar os cabelos diante das informações da noite anterior que viam à tona de uma forma, na qual, me deixa louco.
Completamente louco!
O garoto de cabelos escuros que estava pendurado no parapeito da janela, enquanto, soltava exclamações e apontava para algo lá fora também era louco, só que de um jeito totalmente fofo que até lembrava-me um garotinho de cinco anos curioso com cada coisinha nova no mundo.
Espera...eu disse pendurado no parapeito da janela!?
— AAAAAAH! SAI DAÍ MENINO! — Corro desesperado e o agarro impedindo de que fosse ao encontro do gramado lá em baixo.
Por pouco que ele não caia, no entanto, parece que o moreno nem sequer tinha noção do que estava fazendo, pois ainda teve a audácia de me olhar como se eu fosse algum tipo de maluco.
— Você quer me mata do coração, garoto!? — o puxo com um pouco de dificuldade para o chão. Me deito no piso do quarto com os braços abertos tentando regular os meus batimentos cardíacos e, pelo sustos que venho levando desde a noite passada tenho certeza de que esse garoto ainda me matar.
— Eu vi algo lá fora. Parecia com uma rocha especial, só que bem pequenininha e azul — Sentando ao meu lado no chão Jungkook comenta —Ah! e fazia uns sons estranhos também. O que era aquilo, humaninho?
Aponta para além da janela, o que me faz ir até a mesma e descobri que a tal rocha especial de que ele estava se referindo era nada mais nada menos do que um pequeno pássaro azul, construíndo seu ninha na árvore do jardim.
— Ora, é um passarinho — Digo observando a pequena ave que continua na construção de sua casa. Percebo Jungkook ao meu lado, fitando curioso o animal lá fora que piava sem parar.
— Um paxarinho? — riu da sua tentativa de pronunciar a palavra. Fofo. O cometa por um momento sorrir de leve e me encara com aqueles belos lumes.
Envergonhado, desvio meus olhos dos seus tão brilhantes.
— A rochinha azul espacial de que você fala é um passarinho — Volto à olhar para a ave, que por um momento nos olhou por breves segundos mas logo voltou a fazer o que estava fazendo.
— E o que ele está fazendo? Porque ele solta esses barulhinhos? Por que ele é azul? O que aquilo branco que está saindo dele? — Em um instante sou bombardeado com perguntas, mas o interrompo antes que possa perguntar mais sobre cocô de passarinho.
Decidimos, por fim, deixar esse assunto de passarinhos e cocô para outra hora. Mas o cometinha é persistente e logo volta a pergunta novamente.
— Existe mais dessas coisinhas aqui na Terra, humaninho? — Ele vai saltitante até a minha cama se jogando na mesma e agarrando o meu travesseiro — Tem o seu cheirinho nele.
Jungkook afundou o rosto no travesseiro inalando o cheiro do mesmo, sorrir logo em seguida. Sinto meu rosto esquentar e um calorzinho bem aconchegante fica no meu coração. Ai meu Deus.
E se você está se perguntando se nós dormimos juntos, a resposta é sim.
Em parte, não tive muito o que fazer. Depois de acharmos um pijama confortável que coubesse no garoto, ele, literalmente, pulou na minha cama fazendo ela de pula-pula. De lá ele não saiu e continuou pular como se estivesse em uma cama elástica, o que resultou em surtos da minha parte misturados as gargalhadas vindas dele.
Entretanto, o sono logo veio para o cometa que mesmo não entendendo muito bem as reações do seu corpo, deitou finalmente, embolando-se no lençóis e bocejando igual à um bebê recém nascido.
Sem muita escolha, dei-me por vencido e deitei ao seu lado. A noite tinha sido bem agitada para ambos.
Porém, pensa nos acontecimentos desta noite confusa me fez sorrir. Eu não sabia o porque, mas me senti tão bem olhando para o seu rosto adormecido e achei uma graça o biquinho formado em seus lábios por ter o lado da bochecha esmagado contra o travesseiro.
Por um minuto, perguntei-me se ele era de fato real ou se era só ilusão.
Fui dormir com esses pensamentos e, pedir para quando acordar amanhã, ele ainda estivesse aqui.
E ele estava
Sinceramente, foi uma das amanhãs mais barulhentas da minha vida. Por que, ao ter meu olhos abertos e irritados pela claridade, assustei-me com o rosto de Jungkook bem rente ao meu, me curiando com seus olhões arregalados.
Levantei-me depressa e, acidentalmente, minha testa bateu contra a sua, nos atrapalhamos com a coberta e caimos juntos no pé da cama, embolados no lençol fino.
O ser do espaço, simplesmente, riu. Na verdade gargalhou alto com a mão sobre o local atingido por mim, e eu? Não estava diferente dele. Só foi ouvi o som da sua risada, que mesmo com dor o acompanhei rindo da situação desastrosa.
Ali eu não me reconheci porque após ser acordado desse jeito a última coisa na qual eu iria fazer era rir, normalmente, não sou de acordar de bom humor.
Resumindo, após ser acordado por um maluco me encarando eu, ligeiramente, o trataria de forma rude, porém, algo me faz não ser rude com ele.
Decido deixa isso de lado por um tempo, pois afinal, hoje o dia será longo. Resolvi mostrar um pouco da vida aqui na terra para o cometa, visto que, ele até pode falar formalmente mas seus conhecimentos sobre as coisas terrestres são mínimos.
Então vou mostrar a ele um pouco do meu mundo, e assim de quebra posso o conhecer melhor e entender um pouco dos seus costumes.
Além de quer, ele diz ser meu namorado, mas para que isso de certo precisamos conhecer mais um do outro, mesmo que algo em meu ser diga que isso não é necessário.
Uma sensação de já tê-lo o conhecido antes, mesmo nunca tê-lo o visto.
Essa mesma sensação quentinha se apossar do meu coração sempre que penso que finalmente eu tenho um namorado, era o que eu queria e por mais estranho e maluco que seja a forma de como aconteceu, de certa forma é bom.
Tipo, Ah! Pedir um namorado para uma estrela e ela atendeu o meu desejo trazendo um cometa que, por um acaso se transformou em humano para ser meu namorado! Pois é bem louco né?
Rir sozinho, imagino as caras de Jin e Taehyung quando eu os conta! Minha mãe então! Achará que o seu pobre filhinho pirou de vez.
Brincadeiras a parte, tenho que comprar roupas para Jungkook. As minhas certamente não serviram nele, o garoto é bem maior do que eu e pretendo-lhe mostrar como é a vida humana, mesmo que só o básico.
— Ei levanta dai. Vamos sair — digo simples, enquanto calço meus sapatos. Foi ai que lembrei, olhei para o moreno ainda deitado me olhando como sempre, curioso. Conclui. Sim, eu deveria ser mais atento as coisas, Jungkook está só de pijama e sem nada nos pés. Óbvio!
Ele não tem nada 'pra usar, como eu sou burro!
— Humaninho, voc- — Não entendi sua última fala. Corri até o guarda-roupa, revirando tudo até chegar as gavetas de baixo, lá havia alguns moletons e blusões de frio que são maiores, pelo menos para o meu porte.
Escolho o maior deles, um moletom cinza. Ele pode usar junto a calça moletom preta do pijama o que já é um começo.
Jungkook se senta na beira da cama ainda me espionando. Abro uma das minhas caixas de sapato e encontro o tênis preto que ganhei de Taehyung no meu aniversário passado, as duas peças não eram do meu número, mas não rejeitei o presente, pelo contrário, falei que ficaria com ele até que estiver do meu número. Por um tempo pensei que não fosse precisar deles, mas agora percebo que estava enganado. Muito obrigado Taehyung!
— Vem, veste isso. Como eu te ensinei, lembra? — Levei o moletom até ele que assentiu sorrindo — Tira o casaco do pijama primeiro, depois eu te ajudo com o tênis — Falei calmamente e caminhei até a penteadeira, agarrando a escova para tentar ajeitar o ninho que eu chamo de cabelo, enquanto, ele vestia o moletom. Quis também dar um pouco dá-lhe um pouco de privacidade, mesmo que ele parecesse não se importar.
[...]
Caminhávamos pela calçada da avenida.
Pessoas de todos os tipos e estilos passavam por nós, ocupadas demais com seus próprios mundo e preocupações.
Pessoas distraídas demais para notar um certo garoto desengonçado com seus próprios passos, andando por entre tanta gente, admirado com tudo e todos, sentia-se no mundo da lua.
Fascinado com aquele novo e estranho mundo. Seres humanos com suas roupas de cores diferentes andando para lá e para cá, crianças brincando acompanhadas dos pais, carros barulhentos passando, vendedores fazendo suas melhores ofertas embusca de chamar a atenção dos clientes e cachorros passeando com os seus donos.
Tudo muito curioso para o cometa que não sabia ao certo para onde olhar, visto que, em cada canto uma surpresa nova o esperava.
Perdi as contas de todas as vezes que parávamos no meio do caminho quando Jungkook achava alguma coisa que na sua concepção, era incrivelmente fascinante.
Seu jeitinho fofo de como se mostra curioso com algo era adorável, eu não conseguia resistir. Ele é contagiante, parece brilhar no meio de suas pequenas descobertas aqui na Terra. E o seu sorriso...puxa, é lindo!
Depois que saímos de casa, pegamos um ônibus para ir até o Shopping. No caminho todo foi com Jungkook fazendo perguntas atrás de perguntas, essas que, respondi na maoir tranquilidade do mundo.
Chegamos no shopping e eu quase o perdi de vista! De uma hora para outra, olhei em volta e o cometa não estava do meu lado. Entrei em desespero e o caçei por todas as lojas até o encontra em uma loja de brinquedos infantis, ele conversava com algumas crianças e no meio delas, tirando a parte dele ser bem maior, ele se passava fácil como uma criança. Tão fofo!
Enfim, compramos roupas para ele e eu decidi levá-lo para um passeio no parque.
Já fora do shopping, segurei sua mão quando íamos atravessar a faixa de pederes. Ele olhou para elas juntas e sorrui, como daquela vez, retribuir o sorriso e cruzamos a faixa juntos de mais pessoas.
Chegamos no parque e o cometinha ao meu lado não parava quieto, ele deu um pulinho de animação assim que avistou o playground onde algumas crianças brincavam. Sorrir pela sua animação, nossas mãos ainda estavam juntas, sorrir mais ainda.
— Quer ir até lá? — Me referir ao balanço. Ele assentiu rápido e apertou de leve minha mão. Ai meu Deus!
— Quero sim, Jiminie — Seu sorriso é tão marcante e puro que não tem como não sorrir junto.
— Vem, vou te balança cometinha — Fomos até dois balanço vagos e eu segurei nas correntes de um.
— Como isso funciona, humaninho? — Ele pergunta após senta-se e segura nas mesmas correntes junto a mim.
— Espere e verá, só segure-se bem firme — Vendo que ele fez o que pedi, comecei a empurrar o balanço de vagar.
Jungkook riu alto, se divertindo. Balançei um pouco mais e ele já soltava risada junto a mim, seus olhos e nariz ganhavam ruguinhas com forme ele ria.
Tão adorável...
[...]
Já cansados de brincar no balanço, decidir o leva para tomar sorvete. E eu juro, a carinha confusa que ele fez foi a coisa mais engraçadinha que eu já vi.
Fomos até o sorveteiro mais próximo do parque e eu pedir uma casquinha de chocolate e ele mesmo que confusa com aquele tanto de cores e sabores, escolheu a casquinha de morango. Segundo ele, o lembrava uma nebulosa lá do espaço, em que, ele teve o prazer de vislumbra ao passar por ela.
— Então isso é sorvete, humaninho? — Sentamos em um dos bancos que havia por perto. Jungkook visualizava curioso, como sempre, a massa rosa em suas mãos.
— Sim. Isso é sorvete, Jungkook — Rir suave e logo comecei a tomar o meu de chocolate. Só que, nem eu nem o sorvete esperavamos pelo que estava por vim.
— Já disse que pode me chamar de amor, Jiminie! — Estalou a língua no céu da boca e um biquinho chateado se fez presente em seus lábios.
Engasguei com a sua fala e quase cospi o sorvete para fora! Meu Deus, ele quer me matar do coração? O rubro em minhas bochechas era evidente. E o coração? Estava batendo descontrolado no peito.
— T-tome logo o seu sorvete! — Falei com muito custo,tentando ter o controle dos meus batimentos — Vai derreter se não tomar logo.
Ignorando o meu possível ataque, Jungkook pegou um pouco da massa gelada com a colherzinha e levou até os lábios, provando do doce. Em segundos vi a sua face derreter numa expressão prazerosa.
— E então, gostou? — Perguntei sorrindo carinhoso para ele. Ainda sentia minhas bochechas quentes.
— Hummm!
— Vou entender isso como um sim — Gargalhei pegando mais do meu sorvete.
Cometas gostam de sorvetes!
Terminando os sorvetes resolvemos ficarmos um pouco lá sentados no banco do parque, aproveitando a brisa fresca do vento e o calor morno do sol da tarde.
Passar esse tempo aqui com ele foi maravilhoso, está da sua presença me traz uma sensação tão boa de acolhimento como se ali fosse o meu lugar, ao lado dele.
Foi um dia cheio, sem dúvidas, mas foi confortante cada minuto, me senti tão bem como nunca antes.
— Ah...então — Chamei sua atenção tentando puxar assunto. O garoto que olhava contemplando os raios solares, rapidamente voltou-se para mim. Cocei a nuca, tímido por agora ser o seu foco — O-o que está achando aqui da Terra?
Ele sorriu se aconchegando para mais perto de mim. Meu coração saltou. Seus lumes pareciam está sempre embusca dos meus, mas constrangido eu sempre desviava. Era difícil manter contato visual com ele, seus olhos eram tão brilhantes como uma galáxia.
Ele sorriu calmo e olhou em volta. Sei que era tudo diferente para si, disso eu tinha certeza, porém, queria ouvir dele.
— A terra...é estranha. Vocês seres humanos também são estranhos, confusos demais — Faz uma pausa e mexe nos dedos das mãos encarando as mesmas. Ele para e volta a me olhar, dessa vez o mantenho meus olhos em si — Vocês são todos estranhos. Porém...eu gosto do que é estranho.
Pisquei sem palavras, não estava esperando por essa sua fala. Por que eu sentir que o que ele queria dizer era que gostava de mim?
— O sol aqui visto da superfície da Terra não é tão quente — O cometa voltou a falar, mudando do assunto anterior — Uma vez eu passei por perto dele e quase virei poeira cósmica — Riu da sua fala, olhando mais uma vez o sol que, já ia se pondo no horizonte.
Esperei por mais fala da sua parte, o que não demorou para acontecer.
— Humaninho, você sabia que o sol já pediu a lua em casamento? — Ele comentou, enquanto via o sol assumir um tom laranja ao longe, deixando o céu em cores pastéis de rosa, roxo e azul.
— Huh, como? — Agora o confuso era eu. Minha pergunta o fez encosta-se mais no banco, quase que deitado, olhando o céu bonito acima de nós.
— O sol pediu a lua em casamento, mas ela o achava tão estranho que sempre o mandava espera — Fez uma pausa novamente, fechando os olhos — Eles passavam á se encontra em eclipses e o Sol novamente, a pedia em casamento...ela, no entanto, dizia não sei e pedia novamente...por um tempo.
És livre na luz do Sol e livre ante a estrela da noite.
E és livre quando não há Sol, nem Lua ou estrelas.
Inclusive, és livre quando fecha os olhos á tudo que existe.
Então, olha a Terra a tua volta, deita-te no chão e sente o coração do planeta bater.
Oi oi👀
Atualização nova! Espero que gostem❤
Nebulosa que o Jungkook disse se parece com o sorvete de morango👆
Tchau tchau até o próximo capítulo!
Beijos de Saturno 💋🪐